Aqui você encontra de tudo um pouco, como: Historias, culturas, melhores praias, melhores hotéis, etc

Confira

BIOMAS PARAIBANOS


Bioma é conceituado no mapa como um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria.

Dois dos principais biomas que a Paraíba está incluida são a Caatinga e um pequena parte da Mata Atlântica.

Caatinga
A Caatinga ocupa oficialmente 844.453 Km² do território brasileiro e ocupa a Paraíba em 92% aproximadamente.Há aproximadamente 260 milhões de anos, toda região onde hoje está o semi-árido foi fundo de mar, mas o bioma caatinga é muito recente.

Há apenas dez mil anos atrás era uma imensa floresta tropical, como a Amazônia. Para conhecer bem esse bioma do semi-árido brasileiro, basta fazer uma visita ao Sítio Arqueológico da Serra da Capivara, no sul do Piauí. Ali estão os painéis rupestres, com desenhos de preguiças enormes, aves gigantescas, tigres-dente-de-sabre, cavalos selvagens e tantos outros. No Museu do Homem Americano estão muitos de seus fósseis.

Com o fim da era glacial, há dez mil anos atrás, também acabou a floresta tropical. Ficou o que é hoje a nossa Caatinga.

Algumas plantas como o Pau-Ferro, o Umbuzeiro, a Jurema Preta, são encontrados na Caatinga, e são bem caracteristicas por serem plantas resistentes a seca pois algumas delas como por exemplo o Umbuzeiro, além de produzir frutos para o consumo humano, ela possue as raízes chamadas de “Xilopódios” que são conhecidas também como “Batatas do Umbuzeiro” e são caracterizadas por armazenar água, daí é o que sustenta o fruto o ano todo.

Mata Atlântica
Já foi a grande floresta costeira brasileira. Ocupava a faixa costeira desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Em alguns lugares adentrava o continente, como no Paraná, onde ocupava 98% do território Paranaense.Era também o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade.Hoje é o mais devastado de nossos biomas. Restam aproximadamente 7% de sua cobertura vegetal. São manchas isoladas, muitas vezes sem comunicação entre si.

A Mata Atlântica é o exemplo mais contundente do modelo desenvolvimento predatório desse país. Foi ao longo dele que se saqueou o pau Brasil e depois se instalaram os canaviais, tantas outras monoculturas, além do complexo industrial. Quem vive onde já foi esse bioma muitas vezes nem conhece seus vestígios, tamanha sua devastação.
Share:

HISTÓRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Ladeira do Carmo e Aterrado do Braz (1862)

Período Colonial
A colonização de São Paulo começou em 1532 quando, em 21 de janeiro, Martim Afonso de Souza fundou a povoação que iria transformar-se na Vila de São Vicente, uma das mais antigas do Brasil e a mais remota da Colônia. Dando continuidade à exploração da terra e em busca de novos gentios a evangelizar, no cumprimento da missão que os trouxera ao Novo Mundo, um grupo de jesuítas, do qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalou a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga, onde encontraram, segundo cartas enviadas a Portugal, "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, que facilitava a defesa contra ataques de índios hostis. Nesse lugar, fundaram um colégio em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual se iniciou a construção das primeiras casas de taipa, que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. Em 1560, o povoado ganhou foros de vila.

No início, São Paulo vivia da agricultura de subsistência, aprisionando índios para trabalharem como escravos na frustrada tentativa de implantação em escala da lavoura de cana-de-açúcar. Mas o sonho já era então a descoberta do ouro e dos metais preciosos. Assim, na segunda metade do século começariam as viagens de reconhecimento ao interior do país, as "bandeiras", expedições organizadas para aprisionar índios e procurar pedras e metais preciosos nos sertões distantes, dando início ao desbravamento das Minas Gerais. Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania, que incluía então um território muito mais vasto que o do atual Estado. Embora em 1711 a vila tenha sido elevada à categoria de cidade, o próprio êxito do empreendimento bandeirante fez que a Coroa desmembrasse a capitania, para ter controle exclusivo sobre a região das Minas. Por isso, ao longo de todo o século XVIII, São Paulo continuava sendo apenas o quartel-general de onde não cessavam de partir as "bandeiras", responsáveis pela ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste muito além da linha de Tordesilhas, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que colocavam resistência a esse empreendimento. Disso tudo resultou a proverbial pobreza da província de São Paulo na época colonial, carente de uma atividade econômica lucrativa como a do cultivo da cana-de-açúcar no Nordeste, contando sobretudo com a mão-de-obra do indígena e desfalcada de seus homens válidos, que partiam para o sertão a redesenhar as fronteiras do Brasil.

Durante os três primeiros séculos de colonização, o número de índios e mamelucos superou em muito o de europeus. Até meados do século XVIII, predominava entre a população uma "língua geral" de base tupi-guarani, sendo essa língua franca a mais falada em toda a região. No período da união das coroas ibéricas, entre 1580 e 1640, estima-se que o espanhol fosse a segunda língua da vila de São Paulo. Após a Independência, em 1822, os africanos representavam algo em torno de 25% da população, e, os mulatos, mais de 40%. Era já então insignificante a presença de índios nas zonas ocupadas pela colonização, e em especial nas lavouras de açúcar, implantadas com êxito no litoral norte e na região entre Itu e Sorocaba. Assim, a grande virada da economia paulista só aconteceria na passagem do século XVIII para o XIX, quando as plantações de café começaram a substituir as de cana-de-açúcar e a se preparar para ocupar o primeiro plano na economia nacional.

Império
O fim da Colônia se antecipa, no próprio período colonial, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, fugindo ao avanço das tropas napoleônicas. D. João VI deu então início a uma série de reformas que, da arquitetura ao ensino superior, da civilidade urbana aos empreendimentos artísticos, deveriam adequar o país para sediar o Vice-Reinado que abrigava a Coroa portuguesa, e que de fato preparariam sua independência. São Paulo também se beneficiaria em muito dessas transformações. Foi em território paulista que, em 7 de setembro de 1822, o herdeiro do trono português, o príncipe Dom Pedro, declarou a Independência do Brasil, sendo aclamado Imperador com o título de Dom Pedro I. Com sua renúncia nos anos 30, em meio à agitação política contra o domínio português, seguiu-se o conturbado período da Regência que, na segunda metade do século, com a ascensão ao trono de D. Pedro II, cederia lugar a um período de inusitado desenvolvimento e prosperidade do país, sobretudo após a consolidação da agricultura cafeeira como o principal produto de exportação brasileiro.

Foi nessa época que São Paulo passou a assumir uma posição de destaque no cenário nacional, com o avanço dos cafezais, que encontraram na terra roxa do norte da província o solo ideal. A expansão da cultura do café exigiu a multiplicação das estradas de ferro, iniciando-se então (1860-1861) em Santos e São Paulo os trabalhos da construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a São Paulo Railway, responsável pelo primeiro trem a ligar as duas cidades. Esse foi um período de grandes transformações, marcado pela crise do sistema escravocrata, que levaria à Abolição em 1888 e que daria lugar, entre outros fatos, à chegada em massa de imigrantes, principal alternativa de solução ao problema da mão-de-obra na lavoura cafeeira.

São Paulo prosperou muito nessa época e a capital da província passou por uma verdadeira revolução urbanística, resultado da necessidade de transformar uma cidade acanhada, pouco mais que um entreposto comercial, em capital da nova elite econômica que se impunha. Em meados de 1860, a cidade de São Paulo já era bem diferente da antiga cidade colonial. Os primeiros lampiões de rua queimavam óleo de mamona ou de baleia e a cidade já contava com um parque público, o Jardim da Luz, que passaria por extensas reformas no final do século. Nesse período, à medida que a cidade se expandia em todas as direções, consolidava-se também um núcleo urbano moderno em torno de alguns marcos simbólicos, como a Estação da São Paulo Railway e o Jardim da Luz. Ao seu redor instalaram-se bairros residenciais de elite - os Campos Elíseos -, com seus bulevares ao estilo parisiense, como a avenida Tiradentes. Mas as estradas de ferro também permitiram que surgissem novos bairros populares ao lado da Estação da São Paulo Railway, como o Bom Retiro e o Brás, cujo povoamento foi reforçado pela instalação, nas proximidades, da Hospedaria dos Imigrantes. Também os edifícios públicos multiplicaram-se: assembléia, câmara, fórum, escolas, quartéis, cadeias, abrigos para crianças desamparadas. Dezenas de igrejas, conventos e mosteiros ainda continuavam, como nos tempos coloniais, a espalhar-se por toda parte. Na área cultural artistas de circo, atores de teatro, poetas e cantores começaram a consolidar seu lugar na cidade, junto com o primeiro jornal periódico.

Mas as transformações no período também assumiram outras facetas. A chegada de milhares de imigrantes, além de resolver o problema da mão-de-obra da lavoura cafeeira, permitiu maior ocupação do interior do Estado. Criaram-se as condições necessárias para que pequenas fábricas, subsidiárias do café, dessem os primeiros passos em direção à industrialização. Com o interior já integrado ao cenário do rápido crescimento da província, começou haver a preocupação com a construção de novas estradas, prevendo-se a interiorização dos cafezais e a prosperidade que seria sacramentada com a República.

República
O fim do Império já estava selado quando foi declarada a Abolição da Escravidão em 1888. A perda de apoio das elites conservadoras, agravada pelas fricções do imperador com a Igreja, na chamada "Questão religiosa", e a crise no Exército após a guerra do Paraguai, origem da "Questão militar", determinariam a queda de Dom Pedro II. Assim, ele seria deposto por um movimento militar liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 1889. Teve início então o primeiro período republicano no Brasil. Até 1930, a República é controlada pelas oligarquias agrárias de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A importância econômica do café produzido em São Paulo e do gado de Minas Gerais sustenta a "política do café-com-leite", em que paulistas e mineiros se alternam na presidência da República. Na verdade, São Paulo apenas mantinha o poder que conquistara com a consolidação das novas bases econômicas do país nas últimas décadas do Império. A ferrovia puxava a expansão da cafeicultura, atraía imigrantes e permitia a colonização de novas áreas, enquanto nas cidades a industrialização avançava, criava novos contornos urbanos e abria espaço para novas classes sociais, o operariado e a classe média. Mais próspero do que nunca, e agora um Estado de verdade dentro da Federação, São Paulo via surgir a cada dia uma novidade diferente: a eletricidade substituía o lampião a gás; chegavam os primeiros carros (o primeiro de todos pertenceu ao pai de Santos Dumont, em 1891); cresciam as linhas de bondes elétricos; construíam-se na capital grandes obras urbanas, entre elas, o Viaduto do Chá e a Avenida Paulista.

A singularidade desse período está na forma intensa com que tudo se multiplica, desde a imigração, que no campo sustenta a cafeicultura, até o desenvolvimento das cidades, que levam São Paulo a perder suas feições de província e tornar-se a economia mais dinâmica do país. Todo o Estado paulista se transforma. Santos, Jundiaí, Itu, Campinas e diversas outras vilas passam a conviver com o apito das fábricas e com uma nova classe operária. As greves e as "badernas de rua" tornam-se assunto cotidiano dos boletins policiais, ao mesmo tempo que começa a saltar aos olhos a precariedade da infra-estrutura urbana, exigida pela industrialização. Um dos graves problemas passou a ser a geração de energia, centro de atenção das autoridades estaduais. Já em 1900, fora inaugurada a Light, empresa canadense e principal responsável pelo setor em São Paulo até 1970. O Estado passou a ter uma significativa capacidade de geração de energia, o que foi decisivo para o grande desenvolvimento industrial verificado entre 1930 e 1940. Nessa nova conjuntura, mais de uma dezena de pequenas hidrelétricas começaram a ser construídas, principalmente com capital estrangeiro.

Nesse período da Primeira República, a aristocracia cafeeira paulista vive o seu apogeu. Mas a Revolução de 1930 coloca fim à liderança da oligarquia cafeeira, trazendo para o primeiro plano os Estados menores da Federação, sob a liderança do Rio Grande do Sul de Getúlio Vargas. As oligarquias paulistas ainda promovem, contra o movimento de 1930, a Revolução Constitucionalista em 1932, mas são derrotadas, apesar da pujança econômica demonstrada pelo Estado de São Paulo.

Em 1930, os trilhos de suas ferrovias chegavam às proximidades do rio Paraná e a colonização ocupava mais de um terço do Estado. As cidades se multiplicavam. Socialmente, o Estado, com seus mais de um milhão de imigrantes, tornou-se uma torre de Babel, profundamente marcado pelas diferentes culturas trazidas de mais de 60 países. Mas na última década da República Velha, o modelo econômico e político que sustentava o predomínio de São Paulo mostrava seu esgotamento. Após a Revolução de 1930, o país viveu um período de instabilidade que favoreceu a instalação da ditadura de Getúlio Vargas, período de oito anos que terminou juntamente com a Segunda Guerra Mundial, que abriu um período de redemocratização e a instalação da chamada Segunda República.

Entretanto, no plano econômico, o café superou a crise por que passou no início da década de 1930 e foi estimulado por bons preços durante a guerra, favorecendo a recuperação de São Paulo. Mas, agora, era a vez da indústria despontar, impulsionada, entre outros motivos, pelos capitais deslocados da lavoura. Logo, outro grande salto seria dado, com a chegada da indústria automobilística em São Paulo, carro-chefe da economia nacional desde a década de 1950. A partir daí, o Estado paulista se transformou no maior parque industrial do país, posição que continuou a manter, apesar das transformações econômicas e políticas vividas pelo Brasil.

A pobreza dos tempos coloniais jamais levaria a imaginar a pujança e o dinamismo econômico, social e cultural, que são característicos de São Paulo. Quem construiu toda essa riqueza?

Em primeiro lugar, o que se poderia chamar de "espírito bandeirante" de São Paulo. O que é notável desde os primeiros tempos coloniais é que, num território inóspito, uma população escassa de colonos portugueses intensamente misturada à populações indígenas nativas e, mais tarde, aos escravos africanos - para formar este mundo de mamelucos, cafuzos e mulatos da capitania e depois província colonial - fosse capaz, movida pelo gosto da aventura e pela ambição, de sustentar um empreendimento de vulto e tão arrojado como a organização das "bandeiras", que resultariam na redefinição do território nacional em suas fronteiras atuais. É essa população cabocla, essencialmente mestiça, que manteve por três séculos a cultura tradicional paulista, a cultura "caipira" encontrada ainda no interior do Estado.

Mas engana-se quem vê nessa cultura uma forma de "atraso". Feita de lealdade mesclada a uma sossegada e manhosa astúcia, esta é uma cultura de homens e mulheres que sempre souberam tirar proveito das circunstâncias, como instrumento de sua própria sobrevivência, nas condições de penúria proverbial que sempre foram, até o século XIX, as da província paulista. É sobre essa cultura tradicional que vem se enxertar, na segunda metade do século XX, a imigração, que imprimiria à vida de São Paulo seu dinamismo insuperável.

Qual é a base da mistura cultural do paulista? A resposta correta é: o Mundo! Afinal, no início da imigração, homens e mulheres de mais de 60 países se estabeleceram em São Paulo, em busca de oportunidades. Eles aqui foram acolhidos porque a província paulista necessitava de mão-de-obra para a lavoura cafeeira e, hoje, estima-se que São Paulo seja a terceira maior cidade italiana do mundo, a maior cidade japonesa fora do Japão, a terceira maior cidade libanesa fora do Líbano, a maior cidade portuguesa fora de Portugal e a maior cidade espanhola fora da Espanha. A mistura de raças, etnias e culturas se acentuou com o correr do tempo e marcou profundamente a vida cultural, social e econômica da cidade.

O final do século XIX e início do século XX marcaram um período de transformações mundiais. Guerras e revoluções resultavam em desemprego e fome na Europa. Populações inteiras rumavam para longe de suas terras, buscando refúgio às perseguições étnicas, políticas e religiosas. As informações da existência de uma terra nova e cheia de oportunidades chegavam em além-mar. Havia portanto mais que os portugueses, aqui presentes desde o Descobrimento, os negros africanos, obrigados a cruzar o Atlântico como escravos, e os índios, a atrair para a colonização do Brasil.

Numa prudente política migratória, os monarcas brasileiros trataram de atrair novos imigrantes, oferecendo lotes de terra para que se estabelecessem como pequenos proprietários agrícolas. Depois, com a Abolição da Escravatura em 1888, a opção foi a imigração em massa para substituir o trabalho escravo. Os imigrantes eram embarcados na terceira classe dos navios e vinham instalados nos porões dos vapores, onde a superlotação e as precárias condições favoreciam a proliferação de doenças, de modo não muito distinto dos antigos navios negreiros. A diferença era que, agora, já não se tratava de transportar escravos para o Brasil. Muitos imigrantes morreram pelo trajeto. Da Europa até o porto de Santos, a viagem demorava até 30 dias. O governo, apoiando a importação da mão-de-obra, recebia-os em alojamentos provisórios.
A partir 1887, passaram pelo complexo da Hospedaria do Imigrante www.memorialdoimigrante.sp.gov.br, em São Paulo, perto de 3 milhões de pessoas. A Hospedaria tinha alojamentos, refeitórios, berçário, enfermaria e hospital. O conjunto abrigava a Agência Oficial de Colonização e Trabalho, responsável pelo encaminhamento das famílias para as lavouras no interior. A partir de 1930 a Hospedaria passa a atender também ao movimento migratório interno. Trabalhadores vindos de outros Estados do Brasil são recebidos e atendidos.
Hoje , o complexo abriga o Museu da Imigração que reconstitui a saga dos imigrantes e presta uma justa homenagem àqueles heróis anônimos que ajudaram a construir o Estado paulista. Na virada do século o imigrante constituía o grosso do operariado paulista. Em 1901 o Estado contava com cerca de 50 mil industriários. Menos de 10% eram brasileiros. A maioria absoluta era de italianos, seguidos de portugueses, espanhóis, alemães e poloneses, entre outros. Cada imigrante tinha um bom motivo para se aventurar nessa, então, terra desconhecida mas cheia de esperança.

Os Portugueses
Responsáveis pelo descobrimento da "nova terra", os portugueses vieram para o Brasil desde os primeiros tempos.

Mesclando-se aqui às populações indígenas e, depois, aos escravos africanos, vieram a constituir o cerne desta cultura mestiça que entendemos como brasileira.

Após a Independência e ao longo do século XIX, as dificuldades que viviam em Portugal, sobretudo graças à pobreza do país, que sucessivamente perdia seus territórios de ultramar e se envolvia em novas guerras coloniais, fez que os portugueses fossem novamente atraídos para o Brasil, sendo a afinidade da língua um atrativo a mais para a imigração, que continuou durante todo o século XX.

Esses imigrantes atuaram em várias áreas, mas foi sobretudo no comércio que a colônia portuguesa se destacou.

Os Espanhóis
A presença espanhola no Brasil é muito antiga. Porém, a grande onda migratória de milhares de espanhóis acontece no final do século XVIII para o trabalho na lavoura de café. Nesta época chegam os andaluzes e, num segundo momento, os catalães, bascos e valencianos.

Os espanhóis foram os que mais se concentraram no Estado paulista. O censo de 1920 revelou que 78% dos espanhóis residiam em São Paulo.
Os Italianos
A imigração em massa italiana começou a ocorrer pouco depois da unificação da Itália, em 1871. A primeira grande leva de imigrantes foi destinada às fazendas de lavoura de café no interior do estado paulista. Junto com os espanhóis, os italianos substituíram os negros nas plantações. Com promessa de lote de terra e bons salários, logo os imigrantes começaram a se decepcionar com a realidade que encontravam. Muitos partiram das fazendas para o centro da cidade e começaram a trabalhar nas fábricas e no comércio.

Os primeiros grandes industriais de São Paulo - os Matarazzo, os Crespi - constituíram o grupo dos "condes italianos", só perdendo o título décadas depois. A marca desse povo não ficou somente na economia. Os imigrantes italianos influenciaram fortemente os hábitos alimentares nas regiões em que se fixaram. O macarrão, a pizza e o vinho foram rapidamente assimilados e adotados pelo paulista.

Os Japoneses
Foi em 1908 que os primeiros japoneses chegaram ao Brasil. Isso foi possível graças a um esquema de imigração subsidiada. Na época, ainda carente de mão-de-obra, o Brasil estava encontrando dificuldade com o governo da Itália para a imigração de italianos.

Os japoneses concentraram-se no Estado de São Paulo. Inicialmente foram destinados às fazendas de café, mas aos poucos tornaram-se pequenos e médios proprietários rurais. Diferente de outros imigrantes que, com o passar dos anos, iam trocando a zona rural pela cidade, grande parte dos imigrantes japoneses permaneceu nas atividades rurais e diversificaram a produção dos hortifrutigranjeiros.

Os Alemães
Logo após a Independência do Brasil, os primeiros imigrantes alemães começaram a chegar em solo brasileiro. Ao longo de mais de 100 anos entraram no Brasil mais de 250 mil imigrantes. Comparado ao número de italianos e japoneses, a vinda de alemães, principalmente para o Estado de São Paulo, é considerada pequena. Será nos anos 30, em decorrência das perseguições nazistas na Alemanha, que o fluxo de imigrantes vai aumentar de forma considerável.

Em São Paulo, os alemães, judeus em sua maioria, vão se fixar em bairros étnicos, como o Bom Retiro e Santo Amaro. A colônia concentrou-se nas atividades comerciais e industriais.

Os Migrantes
Para entender melhor os contrastes e o emaranhado de culturas que povoam o Estado de São Paulo não dá para deixar de falar da migração. Aqui o turista mais desavisado se surpreende com a estranha união do feijão-de-corda com o pão-de-queijo que, por sua vez, convivem em total harmonia com o forró e a música sertaneja. Tudo isso regado a um bom churrasco com chimarrão. É possível encontrar em São Paulo cada pedacinho do Brasil com seus sotaques e culinárias dos mais variados. Afinal, o Estado de São Paulo se transformou num dos mais importantes pólos de atração de fluxos migratórios. O rápido desenvolvimento da região, a oportunidade de emprego e o sonho de uma vida melhor fizeram dessa terra o que é hoje: uma Torre de Babel. Em estatística feita em 1959 constatou-se que o processo migratório para São Paulo começou em 1901. Naquele primeiro ano, o registro de entrada de nacionais no Estado de São Paulo apontou 1.434 pessoas. No mesmo período, o número de estrangeiros aportados em São Paulo foi de 70.348 pessoas. Foi em 1923 que teve início a intensificação do fluxo de nordestinos, mineiros e fluminenses para São Paulo.

Em 1935, o governo de Armando Salles de Oliveira decidiu estimular a migração para São Paulo, com o objetivo de suprir a lavoura de mão-de-obra. Por iniciativa daquele governo foi estipulada, pelo sistema de contratos com companhias particulares, a introdução de trabalhadores mediante a seguinte subvenção: pagamento de passagem, bagagem e um pequeno salário para a família. As firmas contratadas pelo governo para trazer trabalhadores de outros Estados passaram a operar com afinco no Nordeste do país e no Norte do Estado de Minas Gerais. Em 1939 o Departamento de Imigração e Colonização foi reorganizado e criou-se a Inspetoria de Trabalhadores Migrantes com a finalidade de substituir as firmas particulares no serviço de migração subsidiada. Quando as famílias chegavam a São Paulo eram recebidas na Hospedaria do Imigrante e daí distribuídas pelo Estado. Com o estímulo dado pelo governo, as entradas passaram a ser maciças, atingindo em 1939 a casa dos 100 mil.

Durante o período de 1941 a 1949 só o Departamento de Imigração e Colonização de São Paulo encaminhou à lavoura do Estado 399.937 trabalhadores procedentes de outros Estados do Brasil. Nesta época, na Europa acontecia a II Guerra Mundial e a imigração de europeus reduziu drasticamente. Os 12 municípios que maior número de migrantes receberam (399.927) foram Presidente Prudente, Rancharia, Marília, Martinópolis, Andradina, Presidente Venceslau, Santo Anastácio, Pompéia, Valparaiso, Araçatuba e Presidente Bernardes. Mas foi nas décadas de 1950 e 1960 que se verifica a efetiva industrialização do Estado e a conseqüente abertura de um mercado de trabalho de dimensões amplas, uma vez que o processo de crescimento industrial, por seus efeitos multiplicadores levou também a uma substancial ampliação do setor terciário. A migração em 1950 apresentava o seguinte quadro: Minas Gerais contribuiu com quase 50% do fluxo. A Bahia é o Estado que mais contribuiu depois de Minas Gerais, com 17,56% do fluxo. Somente estes dois Estados representavam 65,04% do fluxo. Migrantes de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí representavam menos de 15%.

O fato de Minas Gerais ser um Estado vizinho de São Paulo, é um motivo a mais a determinar o grande fluxo migratório. O aumento do peso da migração vinda do Nordeste é em grande parte devido às secas que atingiram a região na década de 1950. Outro fator determinante foi a conclusão da Estrada Rio-Bahia em 1949, o que veio facilitar bastante essa migração. Foi por esta rodovia que surgiu o "pau-de-arara", transporte de migrantes feito por caminhões de carga, precariamente adaptados para o transporte de seres humanos. Os migrantes se espalharam por todo o Estado, mas a Região Metropolitana de São Paulo apresentou-se como a mais importante área de atração populacional do Estado, tendo as migrações contribuído com 56,6% do crescimento da população da região no período 1960-1970.

O aparecimento do complexo industrial da Região da Grande São Paulo deu-se sobretudo a partir da Segunda-Guerra Mundial, e de forma mais acentuada durante e após a década de 1950, quando o processo de substituição de importações surgiu como um dos fatores principais do desenvolvimento industrial da região.

Com o passar dos anos, a migração foi diminuindo. Nos anos 60, chegavam à cidade 128 mil migrantes por ano, a partir de 1980 a média anual caiu para 68 mil, segundo dados do Seade.

Por causa dessa miscigenação, hoje, passear por São Paulo é conhecer todas as tradições. O bairro do Brás, por exemplo, antigo reduto de italianos, é ocupado hoje em sua maioria por migrantes nordestinos. Já a cidade de Carapicuíba registra 70% de migrantes entre nortistas e nordestinos. No município de Embu, os gaúchos realizam festas com acordeão e rabeca e, claro, churrasco. Sem falar de toda a tradição do mobiliário rústico e artesanal.

A parte gastronômica é outro capítulo. Por causa da migração, é possível comer em São Paulo qualquer doce feito com a fruta mais exótica da Amazônia, um bom acarajé preparado por uma baiana autêntica, aquele doce de leite com queijo mineiro ou mesmo encontrar uma boa erva-mate para o preparo do chimarrão. Ou ainda comer leitão à pururuca, vaca atolada, galinha ao molho pardo, moquecas com jeitão capixaba, buchada de carneiro, costelinha de porco com canjiquinha e angu, arroz de cuxá do Maranhão, sopa de goma de mandioca com camarão seco do Belém do Pará ou ainda a combinação de tucupi e jambu. O difícil é enumerar todas as opções.

Seja fugindo da seca ou em busca do sonho de uma vida melhor e do melhor centro educacional do País, enfim, cada um que chegou em São Paulo tinha um motivo. Porém, todos adotaram essa terra como seu lar e essa terra, em contrapartida, recebeu não só complexos problemas urbanos mas, principalmente, ganhou a força do trabalho de uma gente com muita determinação e, acima de tudo, com a infinita riqueza de várias culturas.

Fonte: Site Oficial do Governo Estadual
Share:

HIDRELÉTRICAS DE COLORADO DO OESTE EM RONDÔNIA

PCH Castaman I - Colorado do Oeste
PCH Castaman II - Colorado do Oeste
Hidrelétrica de Samuel - Porto Velho
PCH Eletro Primavera
PCH Rio Branco - Alta Floresta
Cachoeira de Santo Antônio
PCH Apertadinho - Vilhena
PCH Apertadinho - Vilhena
Share:

HIDRELÉTRICAS DE RONDÔNIA

PCH Castaman I - Colorado do Oeste
PCH Castaman II - Colorado do Oeste
Hidrelétrica de Samuel - Porto Velho
PCH Eletro Primavera
PCH Rio Branco - Alta Floresta
Cachoeira de Santo Antônio
PCH Apertadinho - Vilhena
PCH Apertadinho - Vilhena
Share:

CATA ALTAS - MINAS GERAIS

CATA ALTAS - MINAS GERAIS
CATA ALTAS - MINAS GERAIS
Casarão da Família Ayires - Catas Altas
Igreja de Santa Quitéria Catas Altas
Igreja Matriz
Pico dos Horizontes Catas Altas
Quaresmeira em Catas Altas

Imagens: © Ricardo Bastos
Share:

CATA ALTAS - CIDADE DE MINAS GERAIS

Catas Altas
Catas Altas é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. De acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010, sua população é de 4.839 habitantes.

JustificarHistória
Em 1702, o bandeirante Domingos Borges descobriu na fralda oriental da Serra do Caraça ricas minas auríferas, mais tarde denominadas de Catas Altas. A ele se deve também a fundação do arraial. Mas foi somente bem recentemente, em 21 de dezembro de 1995, que o então distrito de Catas Altas emancipou-se de Santa Bárbara.

SANTUÁRIO CATA ALTAS

Situada ao pé da Serra do Caraça, a apenas 120 quilômetros de Belo Horizonte, a aconchegante e turística cidade pertenceu ao ciclo do ouro. O primeiro batismo foi celebrado na capela de Nossa Senhora de Conceição, em 1712, época que coincide com o início da construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Nesta época já se delineava o aglomerado urbano que se formava ao redor da mineração.


Em 1718, o arraial foi elevado à freguesia, através de medidas da administração colonial, sendo a paróquia declarada de natureza coletiva. Seis anos mais tarde, foi nomeado o primeiro vigário de Catas Altas, então chamada de Catas Altas do Mato Dentro para diferenciar de Catas Altas da Noruega. A construção da Igreja da Matriz prolongou-se até por volta de 1780, encontrando-se inacabada até os dias atuais.

A mineração de ferro é hoje a principal atividade econômica. Mesmo tendo causado grandes estragos ao meio ambiente, pois o controle ambiental é bastante recente, a atividade não conseguiu diminuir a imponência e beleza da Serra do Caraça, guardiã da cidade. Com o esgotamento das minas, Catas Altas tornou-se um arraial abandonado e em ruínas e os habitantes que ali permaneceram se dedicaram ao cultivo de pequenas roças de subsistência.

No início do século XIX, o arraial contava com 200 casas enfileiradas em duas ruas. A mineração sobrevivente era feita nas lavras do Capitão-mor Inocêncio. O Capitão-mor recebeu, então, o conselho do naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire de substituir a exploração do ouro pela do ferro, cujas reservas eram abundantes na região. Saint-Hilaire visitou a região nos idos de 1816.

Em 1821 o Bispo de Mariana passou por Catas Altas e falou do estado da Matriz de Catas Altas, da capela de N.S. do Rosário dos Pretos, Santa Quitéria e a Ermida da Arquiconfraria de São Francisco. Contou que o povo era muito chegado à igreja e que havia nada menos do que seis padres na paróquia. Hoje praticamente apenas a matriz resta para glorificar aqueles tempos. Em 1839, por ocasião da emancipação do município de Santa Bárbara, Catas Altas passou a pertencer à sua jurisdição até 1995, quando também emancipou-se.

Patrimônio preservado
O conjunto arquitetônico barroco formado não só pela Igreja da Matriz, mas também por casas antigas ao redor da Praça Monsenhor Mendes, entre outras construções, traz para o presente a história do passado da pequena e bucólica cidade mineira.

Para proteger este rico acervo histórico, cultural e religioso, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) tombou todo o perímetro urbano de Catas Altas. O conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário do Caraça, a Praça Monsenhor Mendes e a Igreja Nossa Senhora da Conceição são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Além disso, o Parque do Caraça, de propriedade da Província Brasileira da Congregação da Missão, situado no município de Catas Altas (parte dele em Santa Bárbara), também foi transformado em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), outra medida que visa preservar a área.

O tombamento do acervo é importante porque impede que as construções antigas sejam substituídas ou modificadas, paralisando o processo de destruição das preciosas construções, e preserva a memória da cidade. Antes desta medida legal, várias construções foram destruídas, como o prédio da escola que pertencia à família do Sr. Augusto Franklin Pereira. Catas Altas é, sem dúvida, uma cidade privilegiada: ao perceber a importância da identidade cultural de seu povo para construção da cidadania e da nação, afirma-se como uma enciclopédia viva de sua própria história e da história de Minas Gerais.

Catas Altas atualmente é uma cidade histórica de Minas Gerais e conta com várias pousadas/restaurantes que contribui com seu desenvolvimento.
Share:

RESERVA EXTRATIVISTA DO RIO OURO PRETO - RONDÔNIA

Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto

Decreto de Criação
Plano de Utilização
Base de Dados Geográficos, Econômicos e Ambientais

Histórico
Durante a década de 70, grandes mudanças aconteceram no antigo território de Rondônia, hoje Estado, motivadas principalmente pelas políticas e estratégias do Governo Federal visando a ocupação das áreas de fronteira na região norte do país.

Dentro dessa política, vários projetos de colonização foram implantados, modificando lentamente o sistema de produção até então empregados na região, cuja base era o extrativismo da borracha, castanha e outros produtos regionais. A modificação se dava porque os migrantes assentados tinham uma outra concepção de produção, precisando cada vez mais promover desmatamentos para implantação dos seus cultivos.

Em 1981, com a criação e implantação do Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil - POLONOROESTE, Projeto financiado pelo Banco Mundial ( US$ 411 milhões ), e a consequente construção/pavimentação da BR 364, acelerou-se ainda mais o processo migratório, transformando radicalmente em menos de 10 anos, quase toda a estrutura social, cultural e ambiental naquele Estado, mesmo com o compromisso assumido em seu documento original, de orientar a colonização em uma área de 410 mil Km², entre os Estados de Mato Grosso e Rondônia. O Polonoroeste se propunha também a assentar comunidades de pequenos agricultores embasada na agricultura auto-sustentada, com atendimento básico nas áreas de saúde, educação, escoamento da produção, protegendo a floresta e garantindo a manutenção das terras e das culturas das comunidades indígenas.

Na sua vigência, esse Programa fomentou os mais altos índices de desmatamento de toda região. De uma área de 1.217 Km², em 1975, passou para 30.046 Km² em 1987, e apesar de todos os recursos financeiros investidos, esteve longe de atingir os objetivos propostos, e pode ser considerado um desastre tanto do ponto de vista ambiental quanto social.

A partir daí, diversas entidades não-governamentais lançaram uma campanha nacional e internacional exigindo sua paralisação, e foi nesse contexto que a proposta de criação da Reserva Extrativista ganhou força no Estado de Rondônia. Em julho de 1988, atendendo a uma forte pressão de várias organizações extrativistas e de assessoria, o Governo de Rondônia, através de Decreto, definiu uma política de ordenamento ambiental, visando a ocupação racional das terras estaduais - Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico.

Dentre as 06 Áreas definidas pelo Zoneamento, uma delas, a Zona IV, definiu as bases para o ordenamento e desenvolvimento do extrativismo, na ótica do Governo de Rondônia. Considerando que na sua concepção essa proposta não contemplava as principais reivindicações dos extrativistas, referido zoneamento veio a se transformar no principal instrumento de pressão, utilizado pelas organizações não-governamentais, para forçar o Governo do Estado a promover mudanças tanto na proposta quanto na forma de condução dessas políticas.

Nessa mesma época, os seringueiros do Acre, temendo que se repetissem os mesmos problemas acontecidos em Rondônia, iniciaram um movimento de oposição ao asfaltamento da BR-364, no trecho entre Porto Velho e Rio Branco, caso não fossem adotadas providências para garantir o acesso à terra aos seringueiros e o respeito às comunidades indígenas.

Fortalecidos pela experiência de resistir, através dos empates, aos desmatamentos promovidos pelos fazendeiros, começaram a se articular e ampliar o movimento tamébm no estado de Rondônia, fomentando as bases para a criação das Reservas Extrativistas.

Crescia muito a mobilização dos seringueiros na busca do estabelecimento de novas premissas de uso e ocupação da terra, e principalmente da sua emancipação em relação ao sistema comercial vigente - o aviamento. Como consequência foi criado em 1985 o Conselho Nacional dos Seringueiros - CNS, que com a liderança de Chico Mendes, passaria a partir daí a congregar e todas as forças Políticas na busca do seu reconhecimento enquanto protetores da floresta.

Em continuidade ao movimento, e contando com apoio do Conselho Nacional dos Seringueiros-CNS, Instituto de Estudos Amazônicos - IEA e Instituto Estadual de Florestas - IEF/RO, foi realizado em fevereiro de 1989 o I Encontro Estadual de Seringueiros e Soldados da Borracha, que devido ao assassinato de Chico Mendes em outubro do ano anterior, foi coordenado por Raimundo Barros, primo de Chico Mendes. Nesse Encontro, realizado em Guajará-Mirim, foi reforçada a tese da necessidade dos seringueiros terem para sí áreas protegidas às comunidades indígenas. Referido Encontro, à exemplo de outros que aconteceram nos Estados do Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso e Acre, mobilizava sempre grandes contingentes tanto de seringueiros quanto de simpatizantes para nova proposta.

Assim, ainda durante o ano de 1989, o INSTITUTO DE TERRAS DE RONDÔNIA - ITERON, contando com o auxilio técnico de outras instituições estaduais e federais, realizou o Levantamento Sócio-Econômico, Fundiário e Edafo-Florístico da Bacia do Rio Ouro Preto, com a finalidade de criar uma Floresta Extrativista Estadual. Foi a base de estudos utilizada para a criação da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, em março de 1990.

Localização
A RESEX do Rio Ouro Preto, criada pelo Decreto N° 99.166 de 13/03/1990, está localizada no Estado de Rondônia, nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré. A partir de Guajará-Mirim, chega-se à Reserva pelos rios Mamoré e Ouro Preto ou por estrada, através de um ramal de 40 Km que leva até o "Lago do Pompeu" às margens do rio Ouro Preto.

Com uma área aproximada de 201.334 ha, a RESEX do Rio Ouro Preto limita-se ao Norte com a Terra Indígena Lage e o Parque Estadual de Guajará-Mirim; a Leste com a Terra Indígena Uru-eu-wau-wau; a Sul e Oeste com a Reserva Biológica Estadual do Rio Ouro Preto e a Floresta Estadual Extrativista do Pacaás Novos.

Características
A área da Reserva é drenada pela bacia hidrográfica do Rio Ouro Preto, que tem como principais tributários os igarapés Concordia, Repartição e Amarelo. O Rio Ouro Preto tem suas nascentes na Serra do Pacaás Novos, desembocando no Rio Pacaás Novos, próximo à foz deste no Rio Mamoré. No inverno o Rio Ouro Preto é navegável por embarcações de pequeno e médio calados (15 a 30 tons), enquanto que no período seco (verão), apenas pequenas embarcações e canoas conseguem navegar.

A temperatura média anual é superior aos 24°C, com a máxima absoluta anual de 38°C e mínimas absoluta que podem descer aos 4°C, durante as "friagens" no mês de julho. A umidade relativa do ar tem média anual de 85 %. O clima da Reserva está condicionado por uma precipitação média anual da ordem de 2.200 mm, sendo os meses de Dezembro/Janeiro/Fevereiro, o trimestre mais chuvoso, e Junho/Julho/Agosto o mais seco.

O bioma dominante é a floresta tropical úmida. Em menor proporção ocorrem as formações de savanas e em trechos mais restritos formações pioneiras. As espécies de maior valor econômico encontradas na área são: ltaúba, Maçaranduba, Sorva, Caucho, Copaíba, Seringueira e Castanheira.

Levantamentos realizados pelo Projeto RADAMBRASIL indicam que os solos da área da Reserva são em sua grande maioria inaptos para o uso agrícola intensivo, compreendendo terras mais apropriadas para a preservação da flora e da fauna.

Fonte: Ibama
Share:

MOITA BONITA - SERGIPE

Moita Bonita - Povoado de Capunga
Moita Bonita, Igreja Matriz de Santa Terezinha
Moita Bonita Imagem em homenagem a Santa Terezinha do Menino Jesus
Share:

MALHADOR, SERGIPE: ESPECTOS SOCIOCULTURAIS DE MALHADOR

Igreja Matriz de Malhador
Etnia
A nossa população possui traços físicos predominantemente brancos, porém encontram-se traços culturais negros e mulatos resultante da miscigenação do branco, negro e índio.

Religiosidade
Em Malhador há predomínio das crenças baseadas no cristianismo, uma vez que a festa mais importante, se não a única, é a do padroeiro São José. As comemorações religiosas alusivas a São José, acontecem dia dezenove de março, mas há momentos em que essa data é alterada para o mês de abril.

Os povoados também têm suas comemorações religiosas, a exemplo do povoado Saco Torto que homenageia o seu padroeiro Senhor do Bomfim; o povoado Alecrim festeja com São Pedro; o povoado Tabua com Nossa Senhora Aparecida; e o povoado Palmeiras com Nossa Senhora da Conceição.
Festas Populares
Além das comemorações religiosas, comemoram-se os festejos juninos no município com o tradicional acorda vem ver. Os moradores se juntam para acordar a população de casa em casa anunciando a chegada do São João e pedindo bebidas, dinheiro e fogos para festejarem até amanhecer o dia. O criador desse elemento cultural foi o senhor João Piloto que também criou a queima de busca-pé e brinquedo de roda, manifestações que praticamente desapareceram.

No dia 24 de junho acontece o Casamento dos Tabaréus ou dos Caipiras que se desloca da sede do município com destino ao povoado Alecrim, retornando à cidade onde acontece um grande forró encerrando o ciclo junino do nosso município.

Filarmônica
Também possuímos a Filarmônica Jacinto Figueiredo a qual tem desenvolvido um importante trabalho com os jovens, oferecendo-lhes a iniciação musical. A referida Filarmônica sobrevive com doações daqueles que acreditam na força da cultura e dos próprios alunos, é administrada pelo Centro Social São José

A Feira
Nas cidades do interior do Nordeste, as feiras livres vão além do aspecto comercial onde estão a venda diversos produtos. Trata-se de um dia festivo, as pessoas se encontram, trocam informações, uma vez que durante os demais dias da semana ficam praticamente isoladas, cada um cuidando de suas atividades. Em Malhador não poderia ser diferente, a feira representava esse ponto de encontro. Além das tradicionais compras, todos aproveitavam para saber notícias de parentes, amigos e conhecidos que moram em outras regiões do município. Hoje, porém, este aspecto cultural está descaracterizado. Com a transferência da feira da Praça Coronel Tércio Veras para o novo mercado localizado na Av. Valter Franco, desapareceu a principal característica, ou seja, a feira tornou-se apenas local de exposição e venda de produtos, aquela convivência com aspecto festivo já não existe mais.

Bibliogrfia
  • FIGUEIREDO, Ariosvaldo. História de Malhador. S/editora. Aracaju. 1979.
  • GRAÇA, Tereza Cristina Cerqueira da, SOUZA, Josefa Eliana e FILHO, Manoel Luiz Cerqueira. Sociedade e Cultura Sergipana. Parâmetros Curriculares e Textos. Aracaju. 2002.
  • SANTOS, Maria Gorete da Rocha. História e Geografia de Sergipe. FTD. São Paulo. 1995.
Share:

MOITA BONITA, SERGIPE - ASPECTOS HISTÓRICOS DE MOITA BONITA

Moita Bonita

A atual sede do município de Moita Bonita, na região central do Estado de Sergipe, originou-se de um local denominado Alto do Coqueiro, que não passava de uma pequena aglomeração de sítios, localizada num terreno elevado, onde existiam muitos coqueiros. O seu nome, por sua vez, teve influência de outro povoado vizinho, denominado Moita de Cima, que teve seu nome alterado para Moita Bonita.

Mas os relatos mais antigos sobre o início do povoamento naquele local datam da administração de Manuel de Miranda Barbosa, que se estendeu de abril de 1600 a abril de 1602, quando a colonização de Sergipe se endereçou para o centro. Foram encontradas nesse período as primeiras notícias de terras doadas a alguns lavradores, para colonizar as circunvizinhanças de Itabaiana.

O crescimento desde então foi lento. Para se ter uma idéia, em 1950 a localidade possuía como moradores apenas quatro famílias. Mesmo assim foi elevada à categoria de vila pela Lei Estadual nº 823, de 25/07/1957, como sede do 2º Distrito de Paz do Município de Itabaiana, ao qual pertencia.

Nessa época a comunicação com outras regiões se dava por estradas precárias, que ficavam quase intransitáveis nos períodos chuvosos. O transporte era feito à pé, carro de bois ou através de animais, pois não existiam veículos e estradas apropriadas.

A PADROEIRA
No primitivo Alto do Coqueiro, onde viviam os primeiros moradores, foi construída uma capelinha, da qual os fiéis resolveram consagrar Santa Terezinha como padroeira. Aos poucos o local foi se desenvolvendo, aumentando o número de casas. Mas, como pertencia a Itabaiana, tinha sua vida influenciada pelas brigas políticas.

No início da década de 60, Itabaiana tinha como chefe político Euclides Paes Mendonça, originário do povoado vizinho Serra do Machado, pertencente, atualmente, ao município de Ribeirópolis. Seu irmão e adversário político, Pedro Paes Mendonça, tinha muita influência na região que era conhecidamente seu ‘curral eleitoral’.

Como o então deputado estadual Pedro Paes Mendonça não conseguia bater seu irmão em outras regiões de Itabaiana, decidiu lutar pela independência política de sua região. Após muito jogo de influência, a Lei Estadual nº 1.165, de 12/03/63, cria o município de Moita Bonita, com sede no antigo Alto do Coqueiro, que enfrentou a concorrência da localidade denominada Capunga, que pleiteava o direito de ser a sede do município, por ser maior e mais antiga. Capunga perdeu a possibilidade de ser a sede do município por influência de Euclides Paes Mendonça.

DISPUTA ENTRE IRMÃOS
Antigos moradores do Capunga contam que a povoação foi fundada em 1843 pelo português Antônio Brito, que depois de muitas brigas com os índios, possivelmente xocós, dominou as terras da região. O nome ‘Capunga’ é explicado através da junção de duas palavras: capanga e mapurunga, árvores comuns na localidade. Era embaixo delas que os índios faziam tocaias a Antônio Brito e seus comandados.

Nas primeiras eleições municipais, que aconteceram em 6 de outubro de 1963, Pedro Paes Mendonça saiu vencedor, batendo seu adversário Josias Costa, que futuramente iria ser uma figura muito importante na região.

Pedro Paes Mendonça exerceu o cargo de prefeito de 24 de novembro de 1963 até 27 de maio de 1964 quando, usando seu direito de opção, retorna ao Legislativo estadual. Assumiu em seu lugar o presidente da Câmara de Vereadores, José Costa, irmão e adversário político de Josias Costa.

Já na segunda eleição municipal, ocorrida em 12 de março de 1967, Josias apontou José Barbosa de Oliveira para candidato a prefeito e venceu seus adversários, tornando-se o maior líder político da região e chegando a ser prefeito em dois mandatos, de 1971 a 1973 e de 1977 a 1983.

Atualmente, Moita Bonita é uma cidade pacata, agradável, que conseguiu conciliar o moderno com a vida tranqüila das pequenas cidades do interior, onde as famílias ainda costumam sentar-se em cadeiras nas calçadas ou nos bancos das praças para conversar com amigos e vizinhos.

FONTE: www.infonet.com.br
Share:

RIBEIRÓPOLIS, SERGIPE - ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DE RIBEIRÓPOLIS

Ribeirópolis

O nome antigo de Ribeirópolis, quando ainda era povoado de Itabaiana, era Saco do Ribeiro, em homenagem a um certo Ribeiro que viveu no povoado nos anos 30. Existem várias versões na cidade sobre quem era Ribeiro. Sabe-se apenas que ele era um forasteiro que carregava sempre um saco nas costas e depois foi embora deixando o saco embaixo de uma mangueira.

Alguns dizem que se tratava de um cigano natural de Alagoas. Outros afirmam que Ribeiro poderia ser um comerciante que trazia suas mercadorias de outras localidades. Mas há ainda quem acredite que ele era um criminoso e que carregava uma arma dentro do seu saco.

De acordo com a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, a primeira referência histórica da região de Ribeirópolis data de 1637. Época em que os povoados começaram a ser formados provavelmente por holandeses. O Povoado Saco do Ribeiro desenvolveu-se quando a população começou a se reunir semanalmente para realizar a feira às segundas. Em 1915, ela foi transferida para a Praça da Bandeira, onde continua sendo realizada até hoje.

Conforme o livro ‘Saco do Ribeiro, Pedaços de Sua História’, do advogado José Gilson dos Santos, dentre os comerciantes da época o de maior destaque era Antônio Nilo. Ele trouxe da cidade de Maruim, em 1918, um pedreiro chamado Pedro Magno para construir um barracão com o objetivo de concentrar os feirantes. Pedro Magno deixou muitas obras bem acabadas, inclusive a Igreja Matriz, e também ministrou aulas de construção para a comunidade.

No início da década de 20, Saco do Ribeiro já começava a ter estrutura de povoado, mas somente em 29 de outubro de 1927 a lei estadual nº 997 criou o Distrito de Paz de Saco do Ribeiro, pertencente a Itabaiana. Seis anos depois, o interventor federal em Sergipe, major Augusto Maynard Gomes, chegou à conclusão de que o povoado apresentava condições que permitiam sua elevação à categoria de município.

A autonomia de Saco do Ribeiro, que passou a se chamar Ribeirópolis, veio com o decreto estadual nº 188, de 18 de dezembro de 1933. O município foi instalado solenemente no dia 1º de janeiro de 1934, tendo como primeiro prefeito Felino Bomfim, nomeado pelo interventor.

A primeira obra de Felino Bomfim foi o Talho Municipal, construído em 1934, para comercialização de carne verde. Ele substituiu o antigo barracão existente no centro da praça da feira, construído por Antônio Nilo.

Segundo José Gilson, o erário não tinha recursos suficientes e o intendente teve de se valer de um empréstimo particular através do próprio pai, Rosendo Monteiro. “Na ocasião circulavam rumores de que se os novos municípios não edificassem logo alguns prédios públicos, a autonomia seria tornada sem efeito”, informa ele.

Calendário cultural e Festivo
Sergipe é rico por natureza de gente que canta, dança, sapateia e mostra sua arte na força da dança, no colorido das roupas, na pintura, no artesanato, na culinária, na arquitetura, nas belezas de nossas praias, na voz de quem canta e encanta. Tem servido de cartão-postal, tem sido inspiração para belas canções.

Ele é orgulho de um povo hospitaleiro cuja história se reúne em museus, revistas e se propaga na imprensa falada, escrita e televisiva. Elas vendem o que temos e produzimos de melhor: nossos valores culturais.

O turismo, por exemplo, é um meio que movimenta a cidade, o comércio formal e informal; traz renda, gera emprego direto e indireto.

No calendário festivo do município, em janeiro, abrimos com a tradicional Festa de Reis e apresentação do Grupo Folclórico “As Caretas”, tradição de mais de meio século, a qual ocorre na semana que antecede o carnaval. Após esta festa, em março ou início de abril, acontece apresentação do Bloco Esperança “Só para baixinhos”; um evento direcionado às crianças e adolescentes da cidade. Este evento vem crescendo a cada ano e se destacando dentre as demais festas de crianças na região agreste de Sergipe.

No mês de abril, acontece a festa pós-carnavalesca denominada: Ribeirópolis Folia. Neste dia, milhares de foliões dão brilho à avenida principal arrastados pelo som baiano. Já no mês seguinte, acontece a Festa Vamp, um evento semelhante à Festa das Bruxas, porém com aspectos diferentes como: cenários mal assombrados e decoração em ambiente fechado com morcegos e tudo em tom preto, exótico, uma espécie de Castelo mal assombrado.

Em junho, realizam-se os Festejos Juninos com arraiás de todas as escolas, apresentação de quadrilhas, apresentações características da época, shows artísticos, além de uma belíssima decoração na cidade.

No mês de setembro, temos a mais tradicional festa de rua da cidade, a Festa do Vaqueiro, a qual acontece no último final de semana do mês e reúne centenas de cavalos e uma multidão de pessoas e empresários da área agrícola.

Em outubro, realizam-se a Festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus, a maior festa católica da cidade e a mais tradicional manifestação religiosa do município. Há quem diga que seja festa campeã em número de visitantes e a que mais manifesta o comércio local. E, finalmente, em dezembro, no dia 18, ocorre o aniversário da cidade. Pretendemos não parar por aí, porque nosso povo cria, inventa, faz história e se destaca na música, na literatura, na dança, na pintura, na arte, na comunicação e tem evoluído bastante.

Assim, o nosso propósito é difundir e fazer redescobrir os valores culturais de nosso povo, afinal, nós fazemos parte desta história.

Fevereiro
AS CARETAS: Uma tradição de mais de meio século.
O Grupo Folclórico, AS CARETAS, surgiu em meados da década de 50, tendo como fundador o Sr. José Robustiano de Menezes (Seu Robusto) e permanece até os dias atuais resgatando o que há de mais rico em nossa cultura, porque tudo que o homem produz é cultura e, com certeza, “AS CARETAS” tornou-se a identidade cultural de nosso povo. Nesse evento, homens caracterizados com trajes femininos desfilam pelas ruas da cidade, esbanjando alegria e mostrando a mais rica cultura de nosso município.

Abril
Festa das crianças – Bloco Esperança
O evento foi idealizado por Luciano Paulista e é realizado na segunda quinzena de março ou primeira de abril. A quarta edição aconteceu este ano e já demonstra um número significativo de participantes. A festa tem como objetivo principal trazer uma nova opção de lazer, em estilo carnavalesco, uma vez que na cidade já existe o Bloco pós-carnavalesco para adultos. Além disso, as crianças se somam-se a cada ano fazendo com que o evento torne-se de maior porte e semelhante aos grandes blocos mirins.

Maio Ribeirópolis Folia
Em seguida, no mês de Maio, acontece o Ribeirópolis Folia, evento idealizado por Jorge Andrade. Essa festa tem cerca de oito anos e surgiu para comemorar o aniversário do então idealizador.
Caracterizada pela estrutura das grandes micaretas, o Ribeirópolis Folia é apresentado com apenas um bloco, ou seja, o Bloco da Paz. Esta festa atrai milhares de pessoas que dançam e pulam ao som de vários artistas e bandas. Geralmente, ocorre em dois dias e favorece o aumento nas vendas comerciais da cidade, além de gerar alguns empregos indiretos.

Vamp Fantasy Fest
O evento é exclusivo na região e caracterizado, principalmente, pelas fantasias inéditas dos participantes. Também pelo suspense no ambiente em que é realizado, pelo tom das cores, enfim, pelo requinte e organização dos personagens e dos shows no evento.

A população sempre fica curiosa em saber qual a inovação e como serão as apresentações dos respectivos personagens. A festa se assemelha ao Halloween, porém tem um estilo diferente no aspecto predominante que não é a bruxa, mas sim o morcego. Além disso, os cenários com vampiros e com pouca iluminação dão idéia de um baile num castelo abandonado.

Junho Histórico do São João
Das comemorações brasileiras, as festas juninas estão entre as mais antigas e mais recheadas de histórias. Em nosso país, figuram ao lado do Natal e do Carnaval em popularidade. Assim, deve ser ressaltado seu caráter tão festivo; a animação, os costumes e rituais. Fogueiras, bandeiras, danças, fogos de artifício, comidas, quermesses, pau-de-sebo, correio elegante, casamento caipira, balões, quentão, mil superstições e muito mais.

No Brasil, trazidas pelos Portugueses com seus costumes Europeus, as festas ganham ares de regozijo igualmente pelo período das colheitas, início do ano agrícola. O solstício de verão dos lusitanos torna-se o nosso solstício de inverno. A isso, somam-se aos poucos os sentidos religiosos introduzido pelo Cristianismo; costumes dos indígenas e dos escravos africanos. Assim, as Festas Juninas constituem um produto único, resultado de toda essa mistura de influências.

Setembro Festa do Vaqueiro
A Festa do Vaqueiro de Ribeirópolis, organizada por Tião Bila; “O Rei da Festa”, mantém a tradição com cavalgada pelas principais ruas da cidade e atrações no decorrer do último final de semana de setembro.

A vaqueirama de Ribeirópolis e região prestigia o evento que simboliza a cultura sertaneja e nordestina, a exemplo de outras cidades que realizam também seguindo os costumes, ou seja, fazendo um desfile com cavalos.

Outubro Festa do Sagrado Coração de Jesus
Desde a formação da cidade, uma das mais tradicionais festas católicas da região é a de Ribeirópolis. A cidade é conhecida por possuir um povo de muita fé e amor ao segmento.
No entanto, a festa reúne não só os ribeiropolenses como visitantes de diversos lugares do país. A imagem do padroeiro Sagrado Coração de Jesus é levada em desfile pelas principais ruas e em seguida abençoada pelo pároco. Sendo que, durante toda a semana, acontecem novenas na Igreja Matriz. Na verdade não é uma semana, mas um mês festivo para comunidade que reza, canta e também dança na festa social que ocorre durante a noite, neste mês de alegria.
A tradição da Festa do Padroeiro transborda nos cristãos a fé e alegria de comemorar em reunião com irmãos os atos religiosos e sociais.

Dezembro Aniversário da Cidade
A comemoração não é tradição devido à interrupção, ou seja, nem todos os anos as festividades em alusão ao aniversário da cidade têm ocorrido. Entretanto, em alguns anos, veio a realizar-se com pouco destaque, exceto quando comemorou 70 anos, pois nessa data ocorreu um grande evento na cidade.

A história do município foi encenada passo a passo com participação de todas as escolas da comunidade enfim, de todos os detalhes necessários para a simbolizar a nossa história. Nesse ano, a cidade pareceu apresentar uma grande escola de samba, mas não foi realmente uma merecedora homenagem às personalidades e aos momentos mais importantes de toda a história do município.

Assim, a cidade tem sido palco para a realização de pequenos e grandes shows em comemoração ao aniversário da cidade e outras festividades importantes no calendário cultural.

Fonte: Ribeiropolis.net
Share:

Confira as novidades

Popular

Tecnologia do Blogger.

Total de visualizações

confira as novidades

Arquivo do blog