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ESPINOSA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE ESPINOSA

População 2012: 31.340
Área da unidade territorial (Km²): 1.868,965
Densidade demográfica (hab/Km²): 16,65
Gentílico: Espinosense

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Lençóis ex-povoado, pela lei provincial nº 1905, de 19-07-1872 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Boa Vista do Tremendal.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Lençois, figura no município de Boa Vista do Tremendal.

Nos quadro do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o distrito de Lençóis aparece com a denominação de Lençóis do Rio Verde.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Espinosa, pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembrado de Tremendal ex-Boa Vista do Tremendal. Sede na povoação de São Sebastião dos Lençóis. Constituído de 3 distritos: Espinosa, São Sebastião dos Lençóis, Santo Antônio das Mamonas e Itamirim ex-Santa Rita. Desmembrado do município de Tremendal. Instalado em 09-03-1924.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Espinosa, pela lei estadual nº 885, de 27-01-1925.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos: Espinosa ex-São Sebastião dos Lençóis, Itamirim e Santo Antônio de Mamonas.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII­1937. Pelo decreto-lei estadual nº 448, de 17-12-1938, o distrito de Santo Antônio das Mamonas passou a denominar-se simplesmente Mamonas. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3

distritos: Espinosa, Itamirim e Mamonas ex-Santo Antônio das Mamonas.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1963.

Pela lei estadual nº 6769, de 13-05-1976, é criado o distrito de Barrinha e anexado

ao município de Espinosa. Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 4 distritos: Espinosa, Barrinha, Itamirim e Mamonas. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1991. Pela lei estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembra do município de Espinosa os distritos de Mamonas e Barrinho. Para formar o novo município de Mamonas. Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 2 distritos: Espinosa e Itamirim. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Alterações toponímicas municipais

Lençóis para Lençóis do Rio Verde em divisão administrativa de 1911.

Lençóis do Rio Verde para São Sebastião de Lençóis alterado, pela lei estadual nº 843, de

07-09-1923.

São Sebastião dos Lençóis para Espinosa pela lei estadual nº 885, de 27-01-1925.

Fonte: IBGE
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CURVELO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CURVELO


População 2012: 75.715
Área da unidade territorial (Km²): 3.298,789
Densidade demográfica (hab/Km²): 22,50
Gentílico: Curvelano

Histórico
Início séc. XVIII - Curvelo foi fundada há mais de 250 anos pelo Padre Redentorista Ávila Corvelo. Povoamento da região, em torno da capela, por viajantes vindos do Rio ou de Piratininga com destino à Bahia.Formação de sítios de lavouras e criação de gado, nos limites do futuro Julgado do Papagaio,feita pelos primeiros habitantes, (Portugueses e Baianos).

Em 1714 o lugarejo fora denominado "Santo Antônio da Estrada", pelo Padre Antônio Corvelo de Ávila. Aos 16 de Março de 1720 criou-se o Distrito de Curvelo. Em 1749 morre o Padre Corvelo.

Em 1731 o Distrito de Santo Antonio do Curvelo possuía uma área de 19.510 Km, ou seja, quatorze vezes maior do que o antigo Estado da Guanabara; mais de três vezes o atual Distrito Federal. Maior do que três países da América Central; um da América do Sul; seis da Europa; três da Ásia; dois da África e dois da Oceania.

Aos 13 de Outubro de 1831 Curvelo é elevada a categoria de Vila.

Aos 30 Julho de 1832, em seção solene, instala-se a primeira Câmara de Vereadores.

A partir dos anos subsequentes deu-se inicio a fase da cultura algodoeira e o inicio da industrialização do lugarejo.

Em 1865 instalou-se a primeira fábrica de tecidos e primeira sociedade anônima do estado de Minas Gerais a Cedro & Cahoeira.

Em 1867 - Curvelo sofre a primeira mutilação em seu área, ao perder o território do Curato de Taboleiro Grande, anexado ao Município de Sete Lagoas

Em 1875 instalou-se a 2ª fábrica da Cedro & Cachoeira. Neste mesmo ano, Curvelo foi elevada à categoria de Cidade.

Aos 13 de Novembro de 1891, dar-se a denominação da Comarca de Curvelo.1911 - Curvelo sofre a sua segunda mutilação ao perder o território de Pirapora, elevado à categoria de cidade.

O Município ainda sofreu mais mutilações em seu território em 1923, 1938, 1948 e por último em 1962, quando perdeu os Distritos de Inimutaba, Morro da Garça e Presidente Juscelino.

Década 60 - profunda transformação nos processos e métodos aplicados na agropecuária local, propiciando uma utilização mais intensa do solo agrário.

Após 1960 - Curvelo tornou-se no tocante a superfície reflorestada, um dos principais municípios de MG, predominando o reflorestamento de eucalipto

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Curvelo, por Ordem Régia, de 16-03-1720, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Sabará.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Curvelo, pelo Decreto de 13-10-1831, desmembrado de Sabará. Sede na antiga vila de Curvelo. Instalado em 30-07-1832.

Pela Lei Provincial nº 121, de 12-03-1839, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Andrequicé e anexado a vila de Curvelo.

Pela Lei Provincial nº 471, de 01-06-1850, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Traíras e anexado a vila de Curvelo.

Pela Lei Provincial nº 905, de de 08-06-1858, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Piedade do Bagre e anexado a vila de Curvelo.

Pelas Leis Provinciais nºs 1272, de 02-01-1866 e1635, de 15-09-1870 e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Livramento do Papagaio e anexado a vila de Curvelo.

Pela Lei Provincial nº 1272, de 02-01-1866, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Morro da Garça e anexado ao vila de Curvelo.

Pela Lei Provincial nº 1881, de 05-07-1872, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Ponte do Baraúna e anexado ao vila de Curvelo.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Curvelo, pela Lei Provincial nº 2153, de 15-11-1875.

Pelo Decreto nº 2968, de 30-11-1880, é criado o distrito de Monteiros e anexado ao município de Curvelo.

Pelo Decreto nº 296, de 22-02-1890, o distrito de Monteiros passou a chamar-se Santo Antônio da Lagoa.

Pelo Decreto Estadual nº 30-A, de 24-03-1890, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Cedro e anexado ao município de Curvelo.

Pelo Decreto Estadual nº 111, de 17-06-1890, e Lei Estadual nº 2 de 14-09-1891, é criado o distrito de Ipiranga e anexado ao município de Curvelo.

Pela Lei Estadual nº 556, de 30-08-1911, o Curvelo adquiriu o município de Curralinho o distrito de Corinto.

Pela Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Almas e anexado ao município de Curvelo.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 12 distritos: Curvelo, Almas, Andrequice, Cedro, Santo Antônio da Lagoa (ex-Monteiros), Corinto, Ipiranga, Piedade do Bagre, Ponte do Paraúna, Silva Jardim, Traíras e Morro da Garcia.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 12 distritos: Curvelo, Almas, Andrequice, Cedro, Bagre (ex-Piedade do Bagre), Corinto, Ipiranga, Paraúna (ex-Ponte do Paraúna), Morro da Garça, Santa Rita do Cedro (ex-Cedro), Santo Antônio da Lagoa, Silva Jardim e Traíras .

Pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município de Curvelo os distritos de Corinto e Andrequice, para formar o município de Corinto.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de município de 10 distritos: Curvelo, Almas, Morro da Garça, Ipiranga, Piedade do Bagre (ex-Bagre), Santa Rita do Cedro, Santo Antônio da Lagoa, São Sebastião do Paraúna (ex-Paraúna), Silva Jardim e Traíras

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo Decreto-Lei estadual nº 148, de 17-12-1938, os distritos de Traíras e Santo Antônio da Lagoa (atual Lagoa) foram transferidos do município de Curvelo para formar o novo município de Cordisburgo. Pela referida lei o distrito de São Sebastião do Paraúna tomou a denominação de Paraúna.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 8 distritos: Curvelo, Almas, Morro da Garça, Ipiranga, Paraúna (ex-São Sebastião do Paraúna), Piedade do Bagre, Santa Rita do Cedro, e Silva Jardim.

Pelo Decreto-Lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, os distrito de Almas passou chamar-se Angueretá, Silva Jardim a denominar-se Tomaz Gonzaga, Ipiranga tomou o nome de Inimutaba e Paraúna teve sua denominação alterada para Ponte de Paraúna.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 8 distritos: Curvelo, Angueretá (ex-Almas), Inimutaba (ex-Ipiranga), Morro da Garça, Piedade do Bagre, Ponte do Paraúna (ex-Paraúna), Santa Rita do Cedro e Tomáz Gonzaga (ex-Silva Jardim).

Pela Lei Estadual nº 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Curvelo o distrito de Piedade do Bagre. Elevado à categoria de município com a denominação de Felixlândia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 7 distritos: Curvelo, Angueretá, Inimutaba, Morro da Garça, Ponte do Paraúna, Santa Rita do Cedrro e Tomáz Gonzaga.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Curvelo, os distritos de Inimutaba, Morro da Garça e Presidente Juscelino (Ponte do Paraúna), todos elevados à categoria de município. Sob a mesma lei é criado o distrito de J.K e anexado ao município de Curvelo.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 5 distritos: Curvelo, Angueretá, JK, Santa Rita do Cedro, Tomáz Gonzaga.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007

Fonte: www.curvelo.mg.gov.br, IBGE.
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DIAMANTINA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE DIAMANTINA


População 2012: 45.880
Área da unidade territorial (Km²): 3.891,654
Densidade demográfica (hab/Km²): 11,79
Gentílico: Diamantinense

Histórico
O auge aurífero verificado na região do Ivituri, em fins do século XVII, motivou uma expedição com o fito de explorar as minas do território. Fracassada a mineração nas terras do vale do Jequitinhonha, o grupo rumou para oeste orientado pelo pico de Itambé até a confluência de dois rios: Pururuca (em tupi-guarani, "cascalho grosso") e o rio Grande acampando (1691) nas margens de um riacho a que denominaram Tijuco e do qual originou o arraial do mesmo nome, mais tarde cidade de Diamantina. Não existia, naquele sítio, abundância de ouro, como a princípio se supôs. Este fracasso inicial ameaçava o desenvolvimento da povoação, quando a descoberta de diamantes por Bernardo da Fonseca Lobo fez convergir (1729), para as áreas do Tijuco, a cobiça de habitantes das terras vizinhas, transformando o arraial em lugar de esplendor e grande luxo. O progresso local durante esta época esteve conjugado com o comércio diamantífero.

Chegando a notícia da descoberta à Corte Portuguesa, D. João V começou por proibir as minerações, através da ordem Régia de 16 de março de 1731, ao Governador das Minas D. Lourenço de Almeida. Em 1732, no entanto, ante reiteradas petições ao governador, foram restabelecidas com a condição de não serem praticadas por escravos ou fora do arraial; dois anos depois, foi criada a Real Intendência, com o objetivo de evitar que os garimpeiros se subtraíssem à fiscalização da Coroa, o que desencadeou uma ação terrorista contra eles. Em vista disso, a Real Coroa, em 1738, resolveu implantar o regime de contratos para a extração de diamante.

Nomeado contratador, pouco tempo depois, João Fernandes de Oliveira estimulou construções, o comércio floresceu, surgiram as primeiras igrejas, ensejando a que o arraial conhecesse tempos de grande prosperidade.

Os garimpeiros, todavia, viveram dias de grande opressão durante o regime dos contratos; o poderio dos contratadores era tão atuante que os transformava em verdadeiros carrascos na execução dos atos impostos pela Real Coroa. É desta época o célebre Livro da Capa Verde, código que controlava os atos da população sob seus vários aspectos. Os intendentes cumpriam fielmente os artigos despóticos do livro. Depois de luta incansável, os tijucanos conseguiram, em 1821, a reforma do código, fazendo diminuir o poderio dos intendentes.

Por esta época, o arraial do Tijuco foi visitado por diversas figuras de nomeada internacional: Spix, Von Martius, Saint-Hilaire, Eschwege, John Mawe, dentre outros, lá estiveram.

A partir de 1828, a povoação, ultrapassado o período inicial de seu crescimento, livre da simples ambição de riqueza, teve amplo desenvolvimento; a sociedade se organiza, definem-se as classes sociais e surge o interesse pela cultura Em conseqüêcia Diamantina se tornou um dos centros mais florescentes da época.

A elevação do arraial do Tijuco á categoria de vila, com o nome de Diamantina, ocorrido em 1831, a criação da cidade do mesmo nome, passados sete anos, foram, dentre outros, fatos que contribuíram decisivamente para o progresso daquela região.

Formação Administrativa
O Distrito foi criado por Alvará de 17 de outubro de 1819, é o Município, por Decreto de 13 de outubro de 1831, com território desmembrado do termo da vila do Serro e sede no povoado de Tijuco. Instalado a 4 de junho de 1832, teve a sede municipal elevada à categoria de cidade, em face da Lei provincial n.° 93, de 6 de março de 1838.

A Lei estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do distrito-sede de Diamantina que, segundo a divisão administrativa de 1911, era constituída de 17 distritos: Diamantina, Curralinho, Mendanha, Rio Manso, Chapada, Datas, Gouvêa, Inhaí, Rio Preto Pouso Alto, Mercês de Araçuaí Curimataí, Glória, Campinas de São Sebastião, Guinda, Varas e Tábua.

No Censo de 1920, os distritos continuam os mesmos, apresentando-se, porém, alguns com outras designações. Assim, o de Chapada transformou-se em São João da Chapada; Varas, em Conselheiro Mata, e Tábua, em Joaquim Felício.

Pelo disposto na Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, Diamantina perdeu o distrito de Glória, desligado para fazer parte do novo Município de Corinto e teve suprimido o de Mendanha, cujo território foi anexado aos de Diamantina, Inhaí, Campinas (ex-Campinas de São Sebastião), Rio Manso e Extração (ex-Curralinho). Ainda em face da mesma lei, foi criado o distrito de Buenópolis, desmembrado do de Joaquim Felício, o distrito de São Gonçalo do Rio Preto (ex-Rio Preto) tomou o nome de Felisberto Caldeira; e o de Pouso Alto, o de Tijucal.

Segundo a divisão administrativa de 1933, o distrito de Calabar (ex-Mercês de Araçuaí) teve seu topônimo alterado para Mercês de Diamantina.

De acordo com o texto do Decreto-lei n.° 148, de 17 de dezembro de 1938, perdeu Diamantina os distritos de Buenópolis, Curimataí e Joaquim Felício para o novo Município de Buenópolis e voltou a abranger o de Mendanha, já agora instituído com terras desmembradas apenas do de Couto de Magalhães (ex-Rio Manso).

A Lei n.° 1.058, de 31 de dezembro de 1943 alterou a denominação de Campinas para Senador Mourão, e pela de n.° 336, de 27 de dezembro de 1948, o distrito de Gouvêa passou a Município e foi criado o distrito de Monjolos, com território desmembrado do de Conselheiro Maia.

Na divisão estabelecida pela Lei n. 1.039, de 12 de dezembro de 1953, Diamantina contou com mais um distrito, o de Felício dos Santos, criado com parte dos de Felisberto Caldeira e Mercês de Diamantina. Assim permaneceu na Divisão Territorial de 1.° de julho de 1960.

Em 30 de dezembro de 1962, segundo a Lei n.° 2.764, perdeu os distritos de Couto de Magalhães Datas, Felício dos Santos, Felisberto Caldeira, Monjolos, os quais, com os mesmos nomes, foram elevados à categoria de Município, e os de Tijucal e Mercês de Diamantina que passaram a constituir os municípios de Presidente Kubitschek e Senador Modestino Gonçalves, respectivamente.

Criados na mesma data, os distritos de Desembargador Otoni, Planalto de Minas e Sopa.

Constituição atual: Diamantina (sede), Conselheiro Mata, Desembargador Otoni, Extração Guinda, Inhaí, Mendanha, Planalto de Minas, São João da Chapada, Senador Mourão e Sopa, a mesma existente no Censo Demográfico de 1970.

Diamantina é sede de Comarca de 3.ª entrância e tem jurisdição sobre os municípios de Couto de Magalhães de Minas, Felício dos Santos, Felisberto Caldeira, Gouvêa, Monjolos, Presidente Kubitschek e Senador Modestino Gonçalves.

Fonte
: IBGE
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COROMANDEL (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE COROMANDEL


População 2012: 28.100
Área da unidade territorial (Km²):  3.313,115
Densidade demográfica (hab/Km²): 8,31
Gentílico: Coromandelense

Histórico
Consagra a tradição, como ponto pacífico, a fundação do arraial por aventureiros portugueses que teriam vindo da costa oriental da Índia, chamada ″Costa do Coromandel″. Teriam vindos atraídos pela fama de minas diamantíferas e dado este nome ao local em princípios do século XIX. A origem do nome parece assim definitivamente explicada. A única dúvida mantida por alguns baseia-se no fato de haver, numa escritura de doação de patrimônio para a Paróquia, em dezembro de 1823, figurado a futura paróquia com a denominação de ″Paróquia de Nossa Senhora de Santana do Curimandela″, o que pode ter ocorrido por em erro de grafia.

Fixados os primeiros moradores, o local passou a servir de pouso obrigatório para os viajantes que vinham de Paracatu ou de Goiás. Nessa altura, foram descobertos garimpos de diamantes e o antigo pouso recebeu algumas famílias oriundas de Paracatu, surgindo, então, um povoado que prosperou, não só pela afluência de garimpeiros, como também, pelo desenvolvimento da pecuária.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Coromandel, pela lei provincial nº 1670, de 17-09-1870, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891,

Elevado á categoria de vila com a denominação de Coromandel, pela lei Provincial nº 2930, de 06-10-1882.

Pela lei estadual nº 11, de 13-11-1891, a vila de Coromandel é extinta, sendo seu território anexado ao município de Patrocínio, como simples distrito.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Coromandel, figura no município de Patrocínio.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o distrito se denomina

Elevado à categoria de município com a denominação de Coromandel, pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembrado de Patrocínio. Sede no atual distrito de Coromandel (ex-Santana do Pouso Alegre do Coromandel). Constituído de 2 distritos: Coromandel e Abadias dos Dourados, ambos desmembrados de Patrocínio. Instalado em 19-10-1924.

Em divisão administrava referente ao ano de 1933, o município é constituído dos distritos: Coromandel e Abadias dos Dourados.

Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XIIX-1937.

Pela lei estadual 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Coromandel o distrito de Abadias dos Dourados. Elevado á categoria de município. Pela mesma lei estadual é criado o distrito de Alegre ex-povoado e anexado ao município de Coromandel.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Coromandel e Alegre.

Pela lei estadual nº 1039, de 12-12-1953, é criado o distrito de Santa Rosa dos Dourados e anexado ao município de Coromandel.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Coromandel, Alegre e Santa Rosa dos Dourados.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2001,

Pela lei municipal nº 044, de 24-12-2002, é criado o distrito de Pântano de Santa Cruz (ex-povoado) e anexado ao município de Coromandel.

Pela lei municipal nº 2778, de 13-04-2004, foram criados os distritos de Lagamar dos Coqueiros e Mateiro, ambos (ex-povoados) e anexados ao município de Coromandel.

Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 6 distritos: Coromandel, Alegre, Lagamar dos Coqueiros, Mateiro, Pântano de Santa Cruz e Santa Rosa dos Dourados.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE. Enciclopedia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro, 1958. vol.XXIV.
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CORONEL FABRICIANO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIADE CORONEL FABRICIANO


População 2012: 105.600
Área da unidade territorial (Km²):  221,252
Densidade demográfica (hab/Km²): 468,67
Gentílico: Fabricianense
História
Destemidos desbravadores, muitos dos quais heróis anônimos que arrostando o endêmico impaludismo, em meio selvagem e hostil, abriram picadões, rasgaram clareiras, mata virgem adentro sertões afora, para que a ferrovia Vitória a Minas pudesse estender as suas paralelas de aço em direção a Itabira, em demanda do riquíssimo minério de ferro do fabuloso Cauê, hoje fonte principal de uma das maiores divisas acarretadas para a Pátria Brasileira.

Aqueles humildes e valorosos trabalhadores, foram os fidedignos bandeirantes da civilização e povoamento das selvas riodocenses. Foram eles que plantaram no sertão bravo do Rio Doce, dantes habitado pelos temíveis e antropófagos aimorés, vilas e cidades em terras mineiras e capixabas. Foi do arroio daqueles heróicos operários, que surgiu a atual cidade Coronel Fabriciano, que até o princípio de 1922 não passava de uma floresta virgem, não violada pelo machado e pelo fogo inclemente, sem uma aberta sequer.

Já nos fins daquele ano, com a chegada da turma de topografia incumbida de fazer a locação da via férrea Vitória-Minas em construção, começaram os primeiros movimentos da embrionária cidade de Ce. Fabriciano, que a 9 de julho de 1924, nascia com a inauguração de sua estação ferroviária de CALADO, seu primitivo nome.

O primeiro civilizado a pisar solo que pertencia a Coronel Fabriciano, foi JOSÉ DE ASSIS VASCONCELOS, vindo em 1752 de Sant'ana do Alfié, pela Serra da Vista Alegre, atravessou o rio Piracicaba, abrindo na margem esquerda do dito Rio, uma posse no lugar hoje conhecido por Sítio Velho, nas cercanias da Usiminas, não tendo prosseguido por ter sido assassinado por um escravo que ele alugara de Dona Ana Matos. Mais tarde FRANCISCO DE PAULA E SILVA, vulgo Chico Santa Maria, por ser ele natural de Santa Maria de Itabira, em 11 de setembro de 1831, estabelecerá com sua família e numerosos escravos, onde achasse hoje a Fazenda do Alegre, de propriedade de Dona Maria Nazareth Lelles Ferreira Maia, para ter direito a uma concessão de uma sesmaria de terra, conforme requererá em 1832, aí estabelecendo a sua fazenda que conserva até hoje o mesmo nome de Fazenda do Alegre.

Mais tarde, outros dos primeiros moradores da cidade que chegaram foram: FRANCISCO ROMÃO, vulgarmente conhecido por Chico Romão, morou numa aberta que ele fizera na foz do Ribeirão do Calado. Ele tinha uma canoa, na qual fazia a travessia dos moradores de ambas as margens do rio Piracicaba, ficando o lugar que residia conhecido por BARRA nome da cidade de Coronel Fabriciano, quando mata virgem ainda. Outro que merece menção justa é o nome do português Manoel Domingos, natural da cidade lusitana de Caudeiras, que a 1º de julho de 1910, entrou nas matas até então desabitada da sede do município, vindo falecer no dia 17 de fevereiro de 1973, na cidade que ele ajudara construir. Para assumir a gerência de uma farmácia que a estrada de ferro vitória a Minas mantinha no lugar denominado Córrego Nossa Senhora, na ocasião fina da linha férrea, a 27 de setembro de 1922, vindo de são Pedro dos Ferros, chegava o Farmacêutico RAIMUNDO ALVES DE CARVALHO, o primeiro a se estabelecer com a farmácia na hoje cidade de Cel. Fabriciano.

Com a inauguração da Estação de Calado, começaram a ser levantadas as primeiras moradias, verdadeiros barracos. Somente em 1928 é que foi construída, a não ser a estação, a primeira casa coberta com cerâmica e assoalhada; o sobrado do Sr. Rotildino Avelino, que ainda existe na atual rua Pedro Nolasco. Até aquela data não havia cemitério local. Os morto eram sepultados onde se acha hoje a Praça Juscelino Kubitschek ou então no cemitério que existia no Patrimônio de Santo Antônio, e não raras vezes eram lançados nas pontas dos aterros da Estrada Ferro Vitória a Minas, em construção sendo soterrados pelas carroçadas de terras que iam sendo despejadas. Quando então o Sr. José Zacarias da Silva Roque, promoveu a construção de um cemitério, sob a invocação de Santa Rita em terras marginais do Rio Piracicaba doadas pelo Sr. Rotildino Avelino, cujo cemitério por se achar na barranca do rio e próximo a Zona Boêmia em 1963, foi interditado pelo então prefeito Raimundo Alves, que providenciou a construção do atual cemitério municipal.

O primeiro nome do lugar quando mata virgem, era BARRA, por achar-se localizado na confluência do ribeirão CALADÃO, passando a denominar-se CALADO, com a inauguração da Estação Ferroviária. Por pouco tempo, foi denominado Raul Soares, voltando novamente o nome de CALADO. Por ocasião das festas comemorativas do centenário do nascimento de Cel. Fabriciano Felisberto Carvalho, realizadas a 25 de abril de 1960, na cidade de Antônio Dias, o prefeito Sr. Valdemir de Castro, querendo homenagear a família Carvalho de Brito, lavrou um simples decreto-lei dando a denominação de CORONEL FABRICIANO, a Estação de Calado, passando assim a povoação a chamar-se CORONEL FABRICIANO.

Em virtude da Lei Estadual nº 843, de 17 de novembro de 1926, foi criado o distrito, instalando-se a 7 de maio de 1927 no então patrimônio de Santo Antônio, que passou a chamar-se Melo Viana, tendo sido nomeado seu primeiro juiz de paz o cidadão Manoel Camilo da Fonseca, que deu posse ao seu primeiro escrivão de paz, o Sr. João Batista Pereira. Os primeiros registros civis feitos foram: o batismo das gêmeas Duraci de Distaneta,, filhas do casal Antônio Viana e o casamento do Sírio Maron Abibi com Geralda Honrata de Souza.

A 1º de março de 1930, foi realizada no novo distrito a primeira eleição, presidindo o ato o Sr. Eugênio dos Santos, tendo como secretário o Sr. Manuel Joaquim Pires, no pleito para presidente da República disputaram os candidatos Getúlio Vargas pela Aliança Liberal que obteve 336 votos, enquanto o situacionista Júlio Prestes conseguiu 144 votos. Mais tarde, residindo o juiz de paz e o escrivão a seu cargo, no povoado do CALADO, o escrivão José Zacarias transferiu o cartório para sua residência, perdendo assim Melo Viana o foro de distrito.

Sendo instalado a 1º de janeiro de 1949, para governar o município até a posse do seu primeiro prefeito eleito, foi nomeado o intendente Sr. Antônio Gonçalves Gravatá, que ocupou a chefia municipal até 27 de março de 1949, quando foi empossado o Dr. Rubem Siqueira Maia, o primeiro prefeito de Cel. Fabriciano, escolhido pelo voto soberano do povo. Na gestão do Dr. Rubem Maia, foi instalado o serviço de força e luz na sede e em Melo Viana.

Por força da Lei Estadual nº 1.039, de 12 de dezembro de 1954, foi criada a comarca, realizando a instalação no dia 5 de agosto de 1955, para a qual foi nomeado o 1º juiz de Direito Dr. José Grossi, e 1º promotor de Justiça, Dr. Orlando Milanez.

1- Como anteriormente foi dito, a atual cidade de Coronel Fabriciano nasceu com a inauguração da sua estação ferroviária, a 4 de julho de 1924, quando começou o seu povoamento.

2- A segunda fase deu-se com o estabelecimento no pequeno povoado do ex-empreteiro da Cia. Vitória a Minas, o capitalista Cel. Silvino Pereira, que deu certo impulso ao incipiente Calado, instalando máquinas para beneficiar café, arroz, algodão, e uma pequena usina termoelétrica para iluminação pública.

Foi quando a Cia Siderúrgica Belo Mineira em 1930 criou uma superintendência para incrementar e prover o seu serviço de fabricação de carvão vegetal na região, construindo as primeiras casas de alvenaria para seu escritório e para seus funcionários e bem assim o seu hospital siderúrgico.

3- Uma das mais importantes foi a implantação em território do município do ex-distrito de Timóteo, da Cia Aços Especiais de Itabira "ACESITA", em 1945, cuja companhia foi fundada em 31 de outubro de 1944, surgida como resultado dos estudos da Itabira Iron, feitos por volta de 1920, sob a orientação de Percival Faguar, um americano radicado no Brasil. Não obtendo a concessão de Itabira Iron, na ocasião fortemente combatida no Congresso pelo então deputado federal Dr. Artur Fernandes, o grupo chefiado por Percival Faguar, conseguiu assumir o controle da E.F. Vitória a Minas, construindo um ramal a fim de atingir as reservas das jazidas de minério de ferro que pertenciam à Itabira Iron e à Brasil Iron Steel. Então Percival Faguar, Amintas Jaques de Morais, Atos de Leme Rache e outros, fundaram a "Cia Mineração Siderúrgica" pouco depois encampada por decreto Federal, surgindo assim a "Cia Vale do Rio Doce". Passando todas as jazidas de minério de ferro a Itabira, que pertenciam a estrangeiros, para o governo federal do Brasil, com a celebração do acordo de WASHINGTON, de 8 de março de 1942, tendo sido também criado o código de águas e minas pelo eminente estadista Getúlio Vargas, segundo o qual ficavam canceladas e proibidas as concessões de jazidas minerais e quedas d´águas a estrangeiros só podendo ser feitas a brasileiros, aproveitando o ensejo, o Dr. Amintas Jaques, com a colaboração de seu irmão Luciano Jaques de Morais, na época alto funcionário do Ministério da Agricultura, conseguiu obter as concessões de algumas jazidas de minério de ferro e a queda do Salto do Município de Antônio Dias.

Apesar de perderem o controle do transporte por vias férreas, Percival Faguar, Minstas Jaques de Morais e Atos de Leme Rache, fundaram como já foi dito a Cia. Que a princípio recebeu o nome de "AÇOS EINOS", passando para Cia. Aços Especiais Itabira, com a sigla ACESITA, que conserva.

Com o advento da Acesita, para o município, não houve contribuição direta para o desenvolvimento da cidade, a não ser o afluxo de famílias em busca de trabalho, porque durante anos, gozou a dita Cia. De isenção tributária municipal em virtude das Leis municipais nº 104 de 6 de abril de 1951, e 171, de 27 de fevereiro de 1953, no fim das quais o distrito de Timóteo emancipara-se.

5- Foi com a entrada das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - USIMINAS no ex-distrito de Ipatinga, cuja Cia surgiu dos entendimentos havidos entre Governo Brasileiro e industriais Japoneses. A 22 de abril de 1957, o Sr. HORISKOSHI, chefe da missão japonesa, para a fundação das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A, declara à imprensa que sua missão é assinar um contrato para a criação de uma sociedade de capital misto brasileiro e japonês até cerca de 10 bilhões de cruzeiros para montar e explorar uma indústria siderúrgica em Minas Gerais, cabendo ao Japão 40% de investimento. Assim em 3 de junho de 1957, na Embaixada Japonesa no Rio de Janeiro, realizou-se a assinatura entre a missão siderúrgica Japonesa e o grupo do conselho de Desenvolvimento, do convênio relativo à cooperação de capitais para a construção da Usiminas.

Fonte: IBGE.
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CONSELHEIRO LAFAIETE (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 118.580
Área da unidade territorial (Km²): 370,245
Densidade demográfica (hab/Km²): 314,69
Gentílico: Lafaietense

História
Quando a primeira expedição paulista penetrou a região dos cataguás, em 1681, ali encontrou, nos altos de um contraforte da Mantiqueira, um aldeamento de índios carijós que poucos anos antes emigraram da baixada do Rio de Janeiro fugindo à perseguição dos brancos. A esse agrupamento indígena, localizado na parte alta da atual cidade, foi dada pelos bandeirantes a denominação de Campo Alegre dos Carijós.

Outras bandeiras devassaram a região, merecendo destaque a chefiada por Bartolomeu Bueno de Siqueira, que em 1694 se deteve em Itaverava, onde realizou plantações, para mais tranqüilamente explorar as redondezas, em busca de Itacolomi. Essa bandeira constituiu-se no ponto de partida oficial da descoberta de ouro nas "Gerais" - nome que com o tempo substituiu o de Cataguás, pelo qual eram conhecidos os primitivos habitantes -, e trouxe , em conseqüência , o povoamento in tenso de uma grande área.

Situado justamente no ponto de intercessão das regiões dos Cataguas e das Congonhas, foi o aldeamento carijó, durante anos, a entrada obrigatória pare quem demandava Itaverava, mete dos bandeirantes que se seguiram a Bartolomeu Bueno de Siqueira. Dada a sua posição excepcional, transformou-se em ponto de atração de aventureiros de toda espécie, predominantemente paulistas, pioneiros das descobertas.

De início nenhuma importância deram os desbravadores aos cascalhos e areias dos córregos Varginha, Ouro Branco, Soledade, Gagé e Maranhão, afluentes e sub afluentes do Paraopeba , dos quais seriam extraídas, já no século XVIII, grande quantidade de ouro. Quando tal ocorreu, os paulistas logo se apossaram das terras, sendo primeiros concessionários os mineradores Jerônimo Pimentel Salgado e Amaro Ribeiro. Por volta de 1790, quando a exploração aurífera se achava em franco declínio em outras regiões, aí florescia o trabalho da mineração.

A origem da vila prende-se às providencias da administração colonial no sentido de dirimir conflitos de jurisdição e confusões judiciárias resultantes da indeterminação inicial de limites de diversas vilas e comarcas. Atendendo a suplicas verbais e escritas de pessoas de destaque do povoado, o Governador da Capitania, Visconde de Barbacena, submeteu o assunto ao Conselho Ultramarino. Foi, assim, por ato da Rainha D. Maria I, determinada a criação da Vila Real de Queluz, nome escolhido por haver o documento sido assinado quando a Rainha se encontrava enferma no Palácio de Queluz.

Passou o Município de Queluz a denominar-se Conselheiro Lafaite, em homenagem ao jurisconsulto, político e estadista Conselheiro Lafaiete Rodrigues Pereira, ali nascido. Aliás, desde que a Estrada de Ferro Central do Brasil alcançou a cidade, foi a estação dessa via férrea denominada Lafaiete, em homenagem àquele vulto eminente. Com esse nome, também, ficou conhecida toda a parte baixa da cidade, onde se localiza a estação, ao passo que a parte alta passou a ser chamada Queluz. Pelo fato de existir cidade com igual nome em São Paulo, foi a denominação definitivamente abolida.

A cidade teve papel relevante nos acontecimentos do segundo Reinado, notadamente na Revolução Liberal de 1842, quando escreveu uma página de heroismo. Na era republicana, destacou-se durante a campanha civilista de Rui Barbosa, em 1910.

Conselheiro Lafaiete Rodrigues Pereira
Político e jurista brasileiro, nasceu em 1834 em Queluz, atual Conselheiro Lafaiete.

Formado em direito pela Faculdade de São Paulo, em 1857, foi promotor público em Ouro Prêto deputado geral (1878-1881); senador do Império, Ministro da Justiça (1878) e organizador e chefe do gabinete de 1883; presidente do Maranhão e Ceara. Teve o titulo de conselheiro do Imperador D. Pedro

II. Recebeu a gran-cruz da Ordem de Cristo e foi oficial da Ordem da Rosa. Publicou: Direito das Cousas (1877), Questão Comercial (1877), Proposta e Relatório apresentados pelo Ministro da Fazenda (1884); Direitos de Família (1869). 0 fim desta obra foi alinhar em quadros resumidos os princípios de direito que regem as relações de família, segundo a sue filiação lógica, travando-as com as razoes que as esclarecem e prendendo-as às fontes de que derivam, oferecendo assim uma obra aos que começam a dar os primeiros passos no direito civil. O autor empregou a classificação usada na Alemanha, não por mais perfeita, mas por mais acomodada para uma distribuição regular das diversas instituições do direito civil.

Formação Administrativa e Judiciária
O Distrito foi criado por Ordem Régia datada de 1752.

Em 19 de setembro de 1790, foi criado o Município com a denominação de Queluz, em território

desmembrado do termo da vila de São José del Rei, mais tarde Tiradentes. Pela Lei provincial n.° 1.276, de 2 de janeiro de 1866, concederam foros de cidade a sede municipal. Queluz e seu distrito-sede passaram a chamar-se Conselheiro Lafaiete pelo Decreto estadual n.° 11.274, de 27 de marco de 1934.

O Município sofreu varias reformulações administrativas, chegando a 1950 com 6 distritos: Conselheiro Lafaiete, Catas Altas da Noruega, Cristiano Otoni, Itaverava, Queluzita e Santana dos Montes. Em dezembro de 1953 sofreu nova reformulação administrativa com a criação dos distritos de Buarque de Macedo e Joselandia. Em 30 de dezembro de 1962, pela Lei estadual n.° 2.764, perdeu seis de seus distritos, pare formarem novos Municípios, ficando constituído do distrito-sede e Buarque de Macedo.

A comarca, com o nome de Queluz, foi criada em 30 de junho de 1833, sendo elevada à categoria de 2.ª entrância em 15 de julho de 1872, por efeito da Lei provincial n.° 1.867. De acordo com o Decreto-lei estadual n.° 667, de 14 de março de 1940, foi classificada de 3ª entrância.

Fonte: IBGE
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CONSELHEIRO PENA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA

População 2012: 22.890
Área da unidade territorial (Km²): 1.483,882
Densidade demográfica (hab/Km²): 14,99
Gentílico: Conselheiro-penense

Histórico
A região onde se localiza o município foi habitada, primitivamente, pelos índios Botocudos Aimorés. Posteriormente, motivadas pelo garimpo de pedras preciosas abundantes no local, e pela qualidade das terras férteis e de fácil aquisição, várias pessoas fixaram-se no local, iniciando-se assim, a formação do povoado. Em 1910, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória a Minas, iniciou-se nova fase na vida do lugarejo, cuja economia passou a girar em torno da agricultura. A partir de 1947, fatores climáticos e econômicos, levaram, paulatinamente, a população ao abandono quase total da agricultura, trocando-a pela pecuária leiteira e de corte, cuja exploração, constitui hoje, a principal fonte da economia municipal.

O topônimo é homenagem ao estadista mineiro Afonso Pena.

Formação Administrativa
Antigo distrito de Lajão, do Município de Itanhomi, e que por Decreto Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, passou a denominar-se Conselheiro Pena. Pelo citado Decreto-Lei nº 148, foi criado o Município de Conselheiro Pena, com os Distritos de Lajão e Floresta, do Município de Itanhomi, bem como o novo Distrito de Barra do Cuieté, criado com o território desmembrado do extinto Distrito de Cuieté (antigo Degredo) e os novos distritos de Aldeia, Bom Jesus do Mantena (atual município de Mendes Pimentel), Penha do Norte e São Tomé, criado com o território desmembrado do Distrito de Igreja Nova, do Município de Itambacuri. Em 1939-1943, o Município de Conselheiro Pena é constituído dos distritos de Conselheiro Pena, Aldeia, Barra do Cuieté, Bom Jesus do Mantena, Floresta, Penha do Norte e São Tomé, e é termo da comarca de Governador Valadares. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Conselheiro Pena perde o Distrito de Bom Jesus do Mantena e parte do Distrito de Aldeia, desmembrados para constituirem o novo Município de Mantena e passa a compreender o novo Distrito de Ferruginha. No quadro fixado pelo referido Decreto-Lei 1058, para vigorar no quinquênio 1944-1948, o Município de Conselheiro Pena ficou composto dos distritos de Conselheiro Pena, Aldeia, Alvarenga, Barra do Cuieté, Ferruginha, Moscovita(atual município de Galiléia) e Penha do Norte, e é o termo judiciário da comarca de Governador Valadares. O novo Distrito de Ferruginha, criado pelo mencionado Decreto-Lei 1058, ficou com o território desmembrado dos distritos de Aldeia e Penha do Norte, do Município de Conselheiro Pena. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1291, de 30 de dezembro de 1944, que alterou a divisão territorial fixada para o quinquênio 1944-1948, o município de Conselheiro Pena perdeu parte do seu território para a criação de Mantena que passou a constituir-se novo município e comarca.

Figura no quadro fixado pela Lei nº 336, de 27/12/1948 para o quinquênio 1949-1953, o município de Conselheiro Pena composto dos distritos de Conselheiro Pena(sede), Aldeia, Alvarenga, Barra do Cuieté, Cuparaque, Ferruginha, Goiabeira e Penha do Norte e no quadro fixado pela Lei nº 1039, de 12/12/1953 para o quinquênio de 1954-1958 composto pelos distritos de Conselheiro Pena(sede), Aldeia, Alvarenga, Barra do Cuieté, Bueno, Cuieté Velho, Cuparaque, Ferruginha, Goiabeira e Penha do Norte e passou a comarca. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01/07/1960. O distrito de Alvarenga emancipou-se tornando-se município pela Lei Estadual nº 2.764, de 30/12/1962. Através da Lei Estadual nº 12.030, de 21/12/1995 foram criados dois municípios desmembrados de Conselheiro Pena. Cuparaque formado pelos distritos de Cuparaque e Aldeia e Goiabeira formado pelo mesmo território originário como distrito. A partir de 1997 o município de Conselheiro Pena compõem-se pelos distritos de Conselheiro Pena (sede), Barra do Cuieté, Bueno, Cuieté Velho, Ferruginha e Penha do Norte.

Fonte: IBGE
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CONTAGEM (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CONTAGEM


População 2012: 615.400
Área da unidade territorial (Km²): 195,268
Densidade demográfica (hab/Km²): 3.090,33
Gentílico: Contagense

Contagem é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Situada na região central de Minas Gerais, é atualmente a terceira maior cidade do estado, com 617.749 habitantes[1](IBGE, est. 2007). Ao longo do tempo, os limites geográficos da cidade perderam-se em virtude do seu crescimento horizontal em direção à capital, ocasionando uma intensa conurbação com Belo Horizonte. Atualmente, Contagem integra a Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo uma das mais importantes cidades dessa aglomeração urbana principalmente pelo seu grande parque industrial. Seu sistema viário, planejado para comportar um fluxo intenso de veículos e de carga, é feito através das principais rodovias do país, a BR-381 (Fernão Dias - acesso a São Paulo), BR-262 (acesso a Vitória e Triângulo Mineiro) e a BR-040 (acesso a Brasília e Rio de Janeiro).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Contagem, IBGE.
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CONGONHAS (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CONGONHAS


População 2012: 48.519
Área da unidade territorial (Km²): 304,066
Densidade demográfica (hab/Km²): 159,57
Gentílico: Congonhense

Histórico
Congonhas está fixado no mapa turístico do Brasil como uma das mais belas cidades antigas de Minas tradicional. Tem a sua fisionomia traços característicos que a fizeram uma relíquia histórica. Por toda parte, os sinais do gênio do Aleijadinho, que plantou no chão congonhense marcos definitivos da arte barroca.

Em fins do século XVII, amplamente divulgadas as notícias da existência de ouro abundante nas Minas Gerais, aventureiros e faiscadores lançaram-se ávido sertão adentro. Logo a seguir começaram a ser trabalhadas as mais importantes lavras que viriam dar origem às primeiras cidades mineiras, erigidas sob o impulso do ouro fácil e à sombra do culto católico, graças aos quais guarda hoje o Estado de Minas Gerais precioso tesouro artístico que muito contribui para o acervo da arte barroca brasileira. Entre essas cidades, ainda hoje vivendo de suas riquezas mineirais – o ferro agora inclui-se Congonhas, onde se encontra a mais ambiciosa obra de Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho.

A cidade surgiu da lavra do rio Maranhão do Paraopeba. Posteriormente a exploração estendeu-se a outros sítios e ribeiros e as somas fabulosas de ouro daí retiradas favoreceram o crescimento rápido da cidade, onde o caseiro de pedra e os solares imponentes hoje desaparecidos, exibiam não raro traços de opulência e fausto.

Em 1749 Congonhas teve sua capela curada elevada a paróquia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. O povoamento adensara-se, aumenta o nível de prosperidade e crescera o número de aventureiro. Entre estes havia um nome Feliciano Mendes, português, que acometido de grave moléstia e impossibilidade de prosseguir no trabalho da mineração, recorreu aos favores do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, prometendo pôr-se para o resto da vida a seu serviço se recuperasse a saúde atendido em seu rogo, vestiu um burel de eremita e plantou um cruzeiro no alto do morro do Porto, sua terra natal, o havia inspirado. E, a beira das estradas, guardando um nicho com a imagem do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, viveu recolhendo esmolas dos viajantes para a construção do Santuário. Mas este só viria a ficar realmente concluído em princípios do século XIX, quando o Aleijadinho já gravemente enfermo e com quase 70 anos de idade, terminou sua obra prima: os doze Profetas.

Entrava então em declínio o ciclo do ouro e o município voltou-se mais uma vez para seus recursos naturais: o minério de ferro. Em 1811 o barão Wilhelm Ludwig von Eschwege, que viera ao Brasil em 1811, para estudar nossas riquezas minerais, instalou em Congonhas, juntamente com Varnhagen e Câmara, o primeiro cento siderúrgicos do País - a usina Patriótica.

Hoje Congonhas, enquanto resolve seu pare extrair a hematite que abastece as primeiras usinas do País recebe anualmente milhares de turistas e romeiros que ali vão orar e admirar o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em cujo redor a cidade cresceu e vive.

Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Congonhas do Campo, pelo alvará de 06­11-1746 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Congonhas, figura no município de Ouro Preto.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX­1920.

Pelo decreto-lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Congonhas do Campo deixa de pertencer do município de Ouro Preto para ser anexado ao município de Queluz.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Congonhas do Campo figura no município de Quluz.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII­1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 88, de 30-03-1938, o município de Queluz passou a denominar-se Conselheiro Lafaite, passando o distrito de Congonhas do Campo a permanecer ao município de Conselheiro Lafaite.

Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Congonhas do Campo, pelo decreto lei nº 148, de 17-12-1938, desmembrado dos municípios de Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto. Sede no antigo distrito de Congonhas do Campo. Constituído de 2 distritos: Congonhas do Campo e Lobo Leite, desmembrado de Ouro Preto. Instalado em

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Conselheiro do Campo e Lobo Leite.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o município de Congonhas do Campo adquiiriu o distrito de Alto Maranhão transferido do município de Conselheiro Lafaiete.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 3 distritos: Congonhas do Campo, Alto Maranhão e Lobo Leite.

Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, o município de Congonhas do Campo passou a denominar-se simplesmente Congonhas.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Congonhas ex-Congonhas do Campo, Alto Maranhão e Lobo Leite.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica municipal

Congonhas do Campo para simplesmente Congonhas, alterado, pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948.

Transferência distrital

Pelo decreto-lei estadual nº 843, de 07-09-1923, transfere o distrito de Congonhas do Campo do município de Ouro Preto para o de Queluz.

Fonte: IBGE
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CATAGUASES (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CATAGUASES


População 2012: 70.650
Área da unidade territorial (Km²): 491,767
Densidade demográfica (hab/Km²): 141,85
Gentílico: Cataguasense

Histórico
Consta que em 1809 ou 1810 vários padres, atraídos pelas notícias da existência de diamantes no local, aportaram no Rio Pomba. em um ponto que passou então a ser chamado de 'Porto dos Diamantes". Em conseqüência, ali se formou um pequeno núcleo populacional, constituído por alguns brancos e várias aldeias de índios coroados, carapós e puris.

Outra versão, divulgada por Moreira Pinto. em seu "Dicionário Geográfico do Brasil". diz que aventureiros exploradores da região sudoeste de Minas Gerais teriam acampado no mesmo local e colhido o peso de meia pataca de ouro em uma só bateada nas areias de um ribeirão próximo, afluente do rio Pomba, passando o ribeirão, por esse motivo, a ser conhecido pelo nome de "Meia Pataca".

O fato é que, inspecionando os trabalhos da estrada que deveria ligar Minas Gerais aos campos de Goitacases, a cargo da Terceira Divisão Militar do Rio Doce, sob seu comando. o Coronel Guido Tomaz Marlière, francês de nascimento e Diretor-Geral dos Índios, chegou ao Pôrto dos Diamantes e, em nome do Governador da Província, recebeu do Sargento Henrique José de Azevedo, ali residente, terrenos destinados a construção de uma igreja consagrada a Santa Rita de Cássia e fundação de um povoado. Assim surgiu no local referido um arraial denominado Santa Rita de Meia Pataca ou, simplesmente, Meia Pataca.

Desenvolveu-se o arraial na base de cuidadoso piano urbanístico, elaborado pelo Coronel Marlière, sendo elevado à categoria de curato pela Lei provincial n.° 209, de 7 de abril de 1841.

Por essa época foi fundada nas proximidades a Fazenda da Glória, numa área de 3 alqueires de terra e cujo proprietário, Major Joaquim Vieira da Silva Pinto, muito veio a contribuir para o desenvolvimento do arraial, de tal forma que em 10 de outubro de 1851. pela Lei provincial n.° 534, foi o curato elevado ao nível de freguesia, fazendo parte do Município de São José do Presídio, hoje Visconde do Rio Branco, com sede em Meia Pataca e dois outros curatos sob sue jurisdição: São Francisco de Assis de capivara e Nossa Senhora da Conceição do Laranjal.

Pela Lei n.° 666, de 27 de abril de 1854, foram incorporadas a nova freguesia diversas fazendas e posteriormente sofreu ela varies reduções em seu território.

Consta que o topônimo Cataguases foi adotado por sugestão do Coronel José Vieira. filho do Major Joaquim Vieira e nascido numa fazenda banhada por um pequeno rio com aquele nome, situado no atual Município de Prado. Seu significado é, segundo uns, "gente boa", segundo outros, "terra das lagoas tortas", ou, ainda, "povo que mora no país das.matas" .

Formação Administrativa
Distrito foi criado, com a denominação de Santa Rita de Meia Pataca, pela Lei n.° 534, de 10 de outubro de 1851, da Assembléia Provincial mineira.

Em 25 de novembro de 1875, a Lei n.° 2 180, da mesma Assembléia, criou o Município de Cataguases, com território desmembrado dos de Leopoldina, Muriaé (ex-São Paulo do Muriaé) e Ubá, e

o fez termo judiciário da comarca deste último nome. A instalação do Município verificou-se a 7 de setembro de 1877. Por efeito da Lei provincial n.° 2 766. de 13 de setembro de 1881, a vila de Cataguases foi elevada à categoria de cidade e o Município passou a termo judiciário da comarca de Leopoldina. Em 14 de setembro de 1891, a Lei estadual n.° 2 confirmou a criação do distrito-sede de Cataguases.

Segundo a divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o município compõe-se de 9 distritos: Cataguases, Vista Alegre, Laranjal, Cataguarino, Itamarati, Porto de Santo Antônio, Mirai, Sereno e Santana do Cataguases. Esta composição aparece também na apuração do Recenseamento de 1920.

A Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, cria o distrito de Astolfo Dutra e desmembra o de Miraí, continuando Cataguases com 9 distritos.

O Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938, manteve a mesma divisão administrativa, quanto a judiciária, estabelece que o Município de Cataguases compreende o termo judiciário único da comarca desse nome.

O Decreto-lei n.° 148, de 17 de dezembro de 1938, desmembra diversos distritos pare formarem novos Municípios e estende o ambito do termo e comarca de Cataguases a mais dois Municípios: Astolfo Dutra e Laranjal .

Segundo a divisão administrativa vigente a 1.° de janeiro de 1961, o Município e constituído de 6 distritos: Cataguases, Cataguarino, Itamarati, Santana do Cataguases, Sereno e Vista Alegre.

Fonte: IBGE
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CARMO DA PARANAÍBA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 20.320
Área da unidade territorial (Km²): 1.307,862
Densidade demográfica (hab/Km²):  22,74
Gentílico: Carmense

História
Os primitivos habitantes dessas terras foram os índios araxás e, posteriormente, os bandeirantes, que por lá passaram rumo aos garimpos de Abaeté e Paracatu. Segundo a tradição Francisco Antônio de Morais e Elias de Deus Vieira ali se estabeleceram, agruparam-se economicamente e fundaram o arraial. Com o tempo, ramificaram-se as famílias, aumentando a população, tendo o núcleo primitivo expandido­se consideravelmente.

A ocupação se deu graças aos influxos da afamada picada de Goiás, no desbravamento das matas à procura do ouro e, muitas vezes, do índio, para escravizá-lo. Entretanto, fa fertilidade das terras o principal motivo da ocupação e desenvolvimento do atual município.

topônimo é homenagem a Nossa Senhora do Carmo e, por estar o município situado na bacia do rio Paranaíba.

Formação Administrativa
Vila criada com sede na freguesia de S. Francisco das Chagas do Campo Grande e esse nome por Lei Provincial nº 347, de 20 de setembro de 1848. Desmembrada do Município de Araxá. Suprimida por Leis Provinciais nºs 472, de 31 de maio de 1850 e 1639, de 13 de setembro de 1870. Restaurada por Leis Provinciais nºs 999, de 30 de junho de 1859 e 2032, de 1 de dezembro de 1873. Transferida para o Arraial Novo do Carmo, com a denominação de Carmo do Paranaíba (Carmo do Paranahyba), por Lei Provincial nº 2306, de 11 de julho de 1876. Cidade por Lei Provincial nº 3464, de 4 de outubro de 1887.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Carmo do Paranaíba se compões de 1 Distrito: Carmo do Paranaíba criado por Lei Provincial nº 1713, de 5 de outubro de 1870 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 e no quadro fixado pela Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, bem como na divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Carmo do Paranaíba permanece com 1 Distrito: Carmo do Paranaíba.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, o Município de Carmo do Paranaíba se compõe igualmente de 1 Distrito: Carmo do Paranaíba - e compreende o único têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o Município de Carmo do Paranaíba adquiriu o Distrito de Quintinos, no Município de Patos. Em 1939-1943, o Muicípio de Carmo do Paranaíba é composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos - e é têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Carmo do Paranaíba adquiriu para o Distrito de Carmo do Paranaíba partes dos de Arapuá e Lagoa Formosa, respectivamente, dos Municípios de Rio Paranaíba e Patos de Minas (ex-Patos); e perdeu por sua vez, partes do território do Distrito de Carmo do Paranaíba, anexados aos Distritos de Arapuá e Santana dos Patos, respectivamente, dos Municípios de Rio Paranaíba e Patos de Minas. No quadro fixado pelo referido Decreto-Lei Estadual nº 1058, para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Carmo do Paranaíba ficou composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos - e constitui o único têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba. Permanece composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos nos quadros fixados pelas Leis nº 336, de 27-XII-1948 e 1039, de 12-XII-1953 para vigorar, respectivamente, nos períodos 1049-1953 e 1954-1958, comarca de Carmo do Paranaíba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: IBGE

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CARANGOLA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEPGRAFIA DE CARANGOLA


 População 2012:  33.300
Área da unidade territorial (Km²): 353,404
Densidade demográfica (hab/Km²): 91,39
Gentílico: Carangolense

História
Situado na Zona da Mata de Minas Gerais, na confluência com os Estdos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o município teve seus primórdios de colonização na primeira metade do Século XIX. A colonização tardia se deve ao fato da região se situar nas chamadas "áreas proibidas" interditadas à penetração, visando coibir o contrabando de ouro no período colonial. A afluência à região se deve à procura de novas lavras auríferas e não sendo encontrado ouro, os colonizadores foram forçados a optar pela agricultura, inicialmente a de subsistência e, pouco mais tarde, para a cultura cafeeira, que se tornou a base econômica de toda a região e fator de seu crescimento.

O Distrito da cidade de Carangola não teve um fundador, pois constituiu-se numa obra de grandes fazendeiros que se estbeleceram nos arredores, algumas décadas antes do início da formação do povoado, na década de 1840. Durante o período citado ocorreu a derrubada de grande parte da mata que cobria o atual perímetro urbano, situado na margem esquerda do rio Carangola. Os primitivos habitantes foram os índios da tribo Purís-Coroados, tangidos do litoral pela civilização e tribos hostís.

O topônimo local, "Carangola", provém do rio do mesmo nome, sendo que a denominação já constava nos mapas da Capitania de Minas Gerais datados de 1780, bem antes da presença do homem branco na região. Quanto ao seu significado existem mais de 10 versões imaginárias, conflitantes, não tendo sido encontrada, até hoje, de onde o cartógrafo obteve a denominação para o rio. Todas as referências existentes não conseguiram convencer os pesquisadores que se dedicam ao assunto.

Existe uma versão que relata a chegada de João Fernandes de Lannes, no ano de 1805, tendo este acampado no local da atual Praça Cel. Maximiano, sem contudo ter alí se fixado. Os primeiros contatos com os selvícolas foram pacíficos, tendo os colonizadores comerciado com estes a troco da extração da poáia, muito comum na região, naquela época, de cujas virtudes medicinais se obtinha bons lucros em Campos dos Goytcazes, Estado do Rio de Janeiro.

O devassamento da região limítrofe ocorreu a partir de 1822 quando Antônio Dutra de Carvalho (Cel. Dutrão) se apossou de 25 sesmarias na região do Caparaó. Em 1826 o Guarda-Mor Manoel Esteves de Lima se apossou de uma área de 800 alqueires na região de Papagaio, tendo fixado sua sede no local onde mais tarde se denominou Córrego dos Freitas.

Em 1833 o Tenente-Coronel José Baptista da Cunha e Castro desbravou a região de Divino. As terras situadas nas margens do rio Carangola, entre Porciúncula e Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, foram desbravadas por José de Lannes Dantas Brandão, incluindo as terras banhadas pelo rio São Mateus.

A área geográfica do município de Carangola pertenceu, sucessivamente, desde o período colonial, aos municípios de Mariana, Pomba, Visconde do Rio Branco, Ubá e Muriaé. Os primeiros proprietários da área onde hoje se encontra o perímetro urbano da cidade foram Francisco Pereira de Souza e Marciano Pereira de Souza.

Na evolução histórica da região, um marco relevante foi a Primeira Eleição para Eleitores Especiais, ocorrida em 02 de novembro de 1856. Em 07 de outubro de 1857 foi benzida a primeira capela do povoado, tendo por orago Nossa Senhora do Rosário, capela esta construída por Francisco de Souza Romano. Em 06 de janeiro de 1859, numa reunião presidida pelo padre Antônio Bento Machado, vigário da Freguesia de Tombos, foi decidida a construção de uma capela, tendo por orago Santa Luzia, destinada a ser a futura Igreja Matriz do lugar. Dentro das exigências da época para a formação do "castrum" da futura Freguesia, incluía-se a doação de uma gleba de terras para a formação do Patrimônio, sendo que a capela tinha de ser construída defronte a um retângulo, para a formação do chamado Largo da Matriz. Coube aos Srs. José Moreira Carneiro, português natural de Funchal, na Ilha da Madeira, e seu sogro Manoel José da Silva Novaes, adquirir de Francisco de Souza Romano a área necessária e efetuar a doação do terreno à Mitra Diocesana de Mariana. Esta doação foi a origem da disposição das ruas do centro da cidade.

A Lei de n.º 1097 de 07/10/1860 criou um Distrito de Paz em Carangola, como parte integrante do município de São Paulo do Muriahé, desde 1855. A Freguesia (Distrito) foi criada pela Lei Provincial n.º 1273 de 02/01/1866. O município o foi, com território desmembrado de São Paulo do Muriahé, atual Muriaé, por efeito da Lei Priovincial n.º 2500 de 12/11/1878. Em virtude da Lei Provincial n.º 2848 de 25/10/1881, foram concedidos foros de cidade à sede do município de Carangola. Em 07 de janeiro de 1882 ocorreu a instalação do primeiro governo municipal, tendo sido escolhido para ser o 1.º Presidente da Câmara Municipal o médico Dr. Manuel Afonso Cardoso e para Vereadores os Srs. Antônio Carlos de Souza, José Luciano de Souza Guimarães (futuro Barão de São Francisco do Glória), Mariano José Soares, Antônio Antunes Vieira, João Marcelino Teixeira e Estêvão Rodrigues Pedrosa.

A criação do Distrito de Carangola foi confirmada através da Lei Estadual n.º 02 de 14/09/1891. Na época de sua emancipação, o município de Carangola compreendia os Distritos de Carangola, Tombos do Carangola, São Mateus, São Sebastião da Barra, Alto Carangola, São Francisco do Glória, Espera Feliz e Divino do Espírito Santo do Carangola. Na imensa área que constituía o Município, em 1882, ocorreram sucessivos desmembramentos sendo que hoje se constitui em 12 Municípios.

A vida judiciária teve início na elevação do povoado à condição de Distrito de Paz (Lei 1097 de 07/10/1860). Pela Lei n.º 2665 de 04/11/1880, era criada a Comarca de Rio Manhuaçú, abrangendo os Termos de São Lourenço do Manhuaçú e Santa Luzia do Carangola, sendo o de Carangola criado pela Lei n.º 2500 de 12/11/1878. Em 10 de abril de 1882 o Presidente da Província de Minas Gerais nomeou para Juiz Municipal o Dr. Benjamin Firmo de Paula Aroeira. Tendo o Juiz de Direito oportunidade de optar para sede da nova Comarca, este escolheu Carangola, fixando aqui sua residência, instalando-se em 20 de janeiro de 1883, preenchendo aquela formalidade o Juiz Suplente Dr. Américo Fernandes Leão. Em 10 de maio de 1883 o Juiz de Direito, Dr. Francisco Xavier Rodrigues Campello inaugurou as audiências públicas. Através do Decreto n.e 230 de 10/11/1890, era criada a Comarca de Carangola, desmembrada da Comarca de Rio Manhuaçú. Em 28 de setembro de 1922 foi a Comarca elevada à categoria de 2.ª Entrância através da Lei 839. Em 23 de novembro de 1925, pela Lei n.º 912, foi elevada para 3.ª Entrância. Pelo Decreto n.º 667, de 1940, a Comarca de Carangola tornou-se de 4.ª Entrância. O primeiro registro civil de nascimento ocorreu em 10 de janeiro de 1889 e o primeiro registro de imóveis, em 28 de fevereiro de 1891.

A vida religiosa teve início com a construção da capela do Rosário, edificada por Francisco de Souza Romano, benzida em 07 de outubro de 1857. A primeira Igreja Matriz foi construída de taipa, no ano de 1859. Em 1862, Dom Antônio Ferreira Viçoso, Bispo de Mariana, durante sua visita à Freguesia de Tombos, assinou o decreto criando o Curato de Santa Luzia, filial da Paróquia de Tombos. Em 1868 chegou o primeiro Cura, o padre italiano Antonio Cassaleto. Dentre os vigários da Paróquia se destacou o padre Cândido Alves Pinto de Cerqueira, deputado provincial por duas legislaturas. A partir de 1915 foi a Paróquia de Santa Luzia incorporada à Diocese de Caratinga. Em 1925 a provisão passou a ser exercida pela Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado de Maria (Claretianos) que permaneceram até 1954, quando foram sucedidos pela Congregação dos Padres Missionários de Nossa Senhora do Sacramento (Sacramentinos), que permaneceram até 1982. Em 1921 vieram as primeiras freiras da Congregação das Servas de Maria do Brasil, que naquele ano adquiriram a Escola Normal "Arthur Bernardes". Em 1935, para assumirem a direção interna da Casa de Caridade de Carangola, chegaram as freiras da Congregação das Pequenas Irmãs da Divina Providência.

A primeira confissão evangélica a se estabelecer em Carangola foi a Igreja Metodista, em novembro de 1921. Em seguida formou-se uma Congregação da Igreja Batista e, em 1949, a Igreja Presbiteriana do Brasil estabeleceu sua casa de oração na rua Barão de São Francisco. A Igreja Cristã iniciou suas atividades inaugurando sua primeira Casa de Oração em 01 de janeiro de 1914, na região de Conceição. Em 1941 inauguraram seu templo na rua Coronel Manoel José de Souza. Em 1954 a Igreja Evangélica Assembléia de Deus iniciou suas atividades num salão situado na rua 12 de Outubro. Posteriormente surgiram novas confissões e hoje totalizam 18 igrejas de denominações diferentes.

As comunicações desta região para com os portos do litoral eram precárias, sendo o transporte efetuado por tropas de burros devido à carência de rios navegáveis e o terreno muito montanhoso. Em 1872 o Comendador Cardoso Moreira iniciou a construção da Estrada de Ferro do Carangola que, partindo inicialmente de Campos-RJ, deveria ter seu ponto final em Tombos. Mas as freqüentes interrupções dos trabalhos permitiram que a ferrovia atingisse no máximo o povoado de Porciúncula-RJ. Em 10 de julho de 1887 um trem de lastro da Estrada de Ferro Alto-Muriahé foi festivamente recebido na cidade, que assim passava a ter comunicação direta e diária com o Rio de Janeiro. Sendo ponto final da ferrovia, até o ano de 1914, a cidade teve um grande surto de desenvolvimento, constituindo o empório de uma área geográfica de 250 km de raio. O primeiro automóvel chegou a Carangola em 1917, adquirido pelo Sr. José Joaquim Ferreira. As condições das estradas de rodagem eram precárias. A maioria delas foram locadas pelas antigas trilhas dos indígenas e ampliadas para o trânsito de tropas de alimárias e carros de bois. Com a construção da rodovia Rio-Bahia, seu traçado passava no antigo povoado onde hoje é a cidade de Fervedouro. Em 1939 foi iniciada a construção do trecho de Fervedouro a São João do Manhuaçú. Em 1944 foi iniciada, de Carangola, a construção do ramal ligando a Fervedouro e à estrda tronco. A Estrada de Ferro Alto-Muriahé foi absorvida pela Estrada de Ferro Leopoldina que, por sua vez, em 1899, passou para propriedade inglesa, passando a constituir a The Leopoldina Railway Company Limited, que assim permaneceu até 1949, quando foi encampada pelo governo brasileiro. A ferrovia foi erradicada do município em 09 de setembro de 1976. A pavimentação do trecho rodoviário Carangola-Fervedouro atingiu a cidade em 30 de abril de 1966.

A iluminação pública, inicialmente, era feita com lampiões que queimavam óleo de baleia. Durante a administração do Agente Executivo Manoel José de Souza (1898-1901) foi instalada a iluminação pública a gás acetileno e em abril de 1914 a cidade passou a ser iluminada com energia elétrica.

Quando ocorreu sua emancipação, em 1882, a cidade de Carangola se compunha de cinco ruas e duas praças, com 36 residências. Em 1896, na época da instalação dos serviços de água e esgoto, o perímetro urbano já possuía 156 domicílios e estabelecimentos comerciais. Em 1901 foi inaugurado o Parque Municipal, misto de área de lazer e jardim botânico, que teve duração efêmera. O ajardinamento da praça principal só ocorreu em 1910, durante a administração municipal do Cel. Olympio Joventino Machado. Apesar de na época citada já estarem instaladas as pedras de meio fio, o calçamento a paralelepípedos só foi iniciado em março de 1923, durante a administração do Cel. Adolfo Eusébio de Carvalho, limitando-se ao centro da cidade.

Desde 1856 que a cidade dispunha de escolas singulares, tanto na área urbana como na rural. Em 1890 foi inaugurada a Escola Intendencial e em 1907 instalado o Grupo Escolar na Praça Cel. Maximiano. Em março de 1916 o prédio onde este Grupo se instalava desabou e a escola funcionou até 1925 em vários pontos da cidade. Em 21 de abril de 1925 foi inaugurado o Grupo Escolar Mello Vianna. Em 01 de fevereiro de 1934 iniciava suas atividades, em três casas na rua Marechal Deodoro, o Grupo Escolar Interventor Benedito Valadares. No ano de 1946 passou a ocupar as suas instalações definitivas na rua Quintino Bocaiúva. Em 1947, no prédio do antigo Instituto Propedêutico Carangolense, começava a funcionar o Grupo Escolar Antônio Marques. O ensino secundário teve início com o Ginásio Carangolense, de propriedade do Sr. Vespasiano Leopoldino de Souza, que iniciou suas atividades em 1914 num casarão na rua Marechal Deodoro. Em 1917, anexo a este, era instalada a Escola Normal Arthur Bernardes, transferida de Manhuaçú para Carangola. Em 1916 foram lançados os alicerces de um estabelecimento escolar que teria a denominação de Colégio Santa Luzia. A construção só ficou pronta em 1922 e ali se instalou o Ginásio Municipal Carangolense, que durou até 1973, sendo extinto e suas instalações adquiridas pela Fundação Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Carangola. O Instituto Propedêutico Carangolense foi inaugurado em 20 de janeiro de 1929 e funcionou até 1938, na rua Magalhães Queiróz.

No aspecto econômico, a agricultura foi o fator de crescimento da região. A introdução do cultivo do café data de 1848, quando Manoel Pinheiro plantou as primeiras mudas em Caiana. A generalização do cultivo de café na região atraiu a ferrovia, devido ao volume considerável de produção. No auge do período produtivo a cidade chegou a exportar 100 mil sacas anuais. A produção cafeeira local teve sua primeira crise em 1907 devido às especificações previstas no Convênio de Taubaté, pois o tipo produzido na região não se enquadrava no mesmo. A pecuária, outrora limitada à criação de gado Barroso, de pouco leite e carne dura, teve um incentivo a partir de 1914, quando Roberto Ferreira de Toledo Júnior adquiriu os primeiros exemplares de gado de origem européia: holandês preto e branco, normando e simental. Posteriormente outros fazendeiros introduziram animais de origem indiana e outras raças européias. A produção econômica de Carangola era tamanha, chegando ao ponto de se constituir na segunda arrecadação fiscal do Estado de Minas Gerais.

Uma grande experiência foi tentada a partir de 1915 pelo médico Dr. Jonas de Faria Castro que, através de uma sociedade anônima, fundou a Companhia Industrial Carangolense inaugurando, em 1921, a primeira fábrica de isoladores de porcelana da América do Sul. A empresa entrou em insolvência em 1926. Outro empreendimento industrial de vulto foi a Oficina Metalúrgica de Antônio Pistono & Filhos, que dispunha de uma grande fundição de ferro, tendo fabricado tornos mecânicos e limadores, em 1917.

Apesar de ter deixado de constituir ponto final da ferrovia, em 1914, a cidade ainda experimentou um grande desenvolvimento. As sucessivas emancipações de seus distritos - Tombos (1922), Divino e Espera Feliz (1938), Faria Lemos e São Francisco do Glória (1953) e ultimamente Fervedouro (1993) - esvaziaram a base econômica do município. Em 1936 existiam em Carangola treze grandes armazéns exportadores de café e, em 1950 estes já se reduziam a apenas três. Em 1968 o município aderiu ao Programa de Erradicação dos Cafeeiros tidos como improdutivos a troco da pavimentação das rodovias que cortavam o município. Assim se esvaiu o restante da economia local, outrora uma das mais pujantes do Estado de Minas Gerais.

Fonte: ROGÉRIO CARELLI - Prof. História Contemporânia da Fundação FAFILE/UEMG - Sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, IBGE.
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CAMPO BELO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA

População 2012: 52.500
Área da unidade territorial (Km²): 528,225
Densidade demográfica (hab/Km²): 97,58
Gentílico: Campo-belense

Histórico
Segundo o historiador local José Miserani de Carvalho, em sua obra " Velharias, as origens de Campo Belo encontram-se entre fins do século XVI, quando, por aqui andou, o bandeirante Lourenço Castanho, perseguindo os ferozes índios Cataguases, data em que se deu o início da civilização nestas terras.

Acredita-se que o local servia de pouso para os viajantes, pela proximidade com a Estrada Real.

Uma tradição oral nos conta que viajando por ínvios caminhos, uma dessas caravanas vindas do sul e em demanda do oeste de Minas, acampou casualmente, ao entardecer de um dia muito claro e quente, perto de manso regato, para descansar e passar a noite.

Em pesquisa pela redondeza do pouso, quis a fortuna que ao chefe da expedição se deparasse no âmago da floresta, uma verde alcatifa aureolada por mato fechado. Ao leve farfalhar do arvoredo que lamentava o fim do dia, a voz do sertanista se elevou triunfal numa exclamação que está atravessando séculos - Que Campo Belo!

Acampara o viajor próximo ao córrego que posteriormente vaio a chamar-se "Lavapés"; ficava o campo belo à distância, na graciosa encosta de uma colina. Romão Fagundes do Amaral, era como se chamava o aventureiro.

Mais tarde, dizem que aí por 1720, às terras do campo belo chegou uma senhora por nome de Catarina Parreira, vinda de Suaçuí, aqui em Minas, segundo uns, de Portugal, segundo outros.

Cerca de dez anos após a sua chegada, Catarina, católica fervorosa, deu início às obras de monumental igreja.

Formação Administrativa
Campo Belo tornou-se distrito por Alvará de 24 de setembro de 1818.

A vila foi criada pela Lei provincial n.° 373, de 9 de outubro de 1848, com sede no povoado de Senhor Bom Jesus do Campo Belo e essa mesma denominação. Suprimida pela Lei n° 472, de 31 de maio de 1850, reconquistou sua autonomia administrativa por efeito da Lei n.° 2 221, de 13 de junho de 1876. Originou-se do então Município de Tamanduá, ocorrendo sua reinstalação a 28 de setembro de 1878.

A Lei n° 3 196, de 23 de setembro de 1884, concedeu foros de cidade a sede municipal.

Em 12 de dezembro de 1953 e 30 de novembro de 1962 perdeu os distritos de Santana do Jacaré e Aguanil, desmembrados para formarem novos municípios destes nomes.

Na divisão territorial vigente figura com dois distritos: Campo Belo e Porto dos Mendes, este último criado pela Lei n.° 2 764, de 30 de novembro de 1962, com território desanexado do distrito-sede.

Judicialmente, Campo Belo é sede de comarca, criada pela Lei provincial n.° 3 196, de 23 de setembro de 1884 e instalada em 7 de março de 1892.

É comarca de 3.ª entrância, constituída pelos municípios de Campo Belo (sede), Cristais, Santana do Jacaré e Aguanil.

Fonte: Prefeitura Municipal, IBGE.
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CAMPOS GERAIS (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 27.600
Área da unidade territorial (Km²): 769,504
Densidade demográfica (hab/Km²): 35,87
Gentílico: Campos-geraiense

Histórico
Em 1827, Tomé Soares de Oliveira, Francisco Graciano Macedo, Simão Martins Ferreira e outros membros das famílias Soares e Martins, proprietários de duas Fazendas na região, iniciaram a fundação do povoado, denominado Carmo do Campo Grande.

A evolução da localidade ocorreu após a doação, pelas duas famílias, de 50 alqueires de terras, às margens do Córrego da Divisa, para formação do patrimônio da igreja, ali construída, em meados de 1832, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, Padroeira da povoação. O lugar passou a ser chamado "Divisa Vermelha", nome que o distinguia do Distrito de Divisa Nova.

Em 1860, José Silveira de Oliveira, descendente dos fundadores, com apoio do povo, construiu uma notável capela para a época, depois substituída, com a contribuição de Antônio Joaquim Pereira, pela atual Igreja do Rosário.

A agricultura e a pecuária contribuíram decisivamente para o desenvolvimento de Campos Gerais.

Formação Administrativa
Antiga povoação de Carmo do Campo Grande. Vila criada com a denominação de Campos Gerais por Lei Estadual nº 319, de 16 de setembro de 1901. Desmembrada dos Municípios de Dores da Boa Esperança e Três Pontas ou somente deste último.

Instalada em 2 de janeiro de 1902. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Campos Gerais se compõe de 3 Distritos: Campos Gerais, criado por Lei Provincial nº 1655, de 14 de setembro de 1870 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891; Córrego do Ouro e Coqueiros.

Cidade por Lei Estadual nº 663, de 18 de setembro de 1915.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o Município de Campos Gerais permanece com 3 Distritos: Campos Gerais, Espírito Santo dos Coqueiros e Córrego do Ouro.

Por Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, o Município de Campos Gerais perdeu o Distrito de Coqueiros (ex-Espírito Santo dos Coqueiros), transferido para o Município de Dores da Boa Esperança, mas sem uma parte do território, que se incorporou ao Distrito de Campos Gerais; e o Distrito de Campos Gerais perdeu o território que constituiu o Distrito de Campo do Meio, no mesmo Município de Campos Gerais.

Por efeito da citada Lei 843, o Município de Campos Gerais ficou composto de 3 Distritos: Campos Gerais, Córrego do Ouro (antigo N.S. do Rosário do Córrego do Ouro) e Campo do Meio.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Campos Gerais, Córrego do Ouro e Campo do Meio.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, o Município de Campos gerais é termo judiciário da Comarca de Três Pontas - e se compões de 3 Distritos: Campos Gerais, Campo do Meio e Córrego do Ouro.

No quadro fixado pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938 para 1939-1943, o Município de Campos Gerais é composto dos seguintes Distritos: Campos Gerais, Campo do Meio e Córrego do Ouro - e é termo único da Comarca de Campos Gerais.

Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943 que fixou o quadro territorial para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Campos Gerais figura exatamente como em 1939-1943, tanto na divisão administrativa como na divisão judiciária.

Aparece no quadro fixado pela Lei nº 336, de 27-XII-1948 composto dos Distritos de Campos Gerais e Córrego do Ouro menos o Distrito de Campo do Meio elevado à categoria de município por essa mesma Lei.

Permanece com os Distritos de Campos Gerais e Córrego do Ouro no quadro fixado pela Lei nº 1039, de 12-XII-1953 para vigorar em 1954-1958, Comarca de Campos Gerais.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: IBGE
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BRUMADINHO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 34.400
Área da unidade territorial (Km²): 639,434
Densidade demográfica (hab/Km²): 53,13
Gentílico: Brumadinhense

Histórico
Os desbravadores da região Espinhaço Meridional onde hoje se situa o município foram bandeirantes paulistas, chefiados por Fernão Dias Paes Leme, que fundaram inicialmente um núcleo de abastecimento da bandeira, pousos de repouso de tropas e lugar de levantamento dos mantimentos. De ponto de abastecimento de víveres, passou a pequeno arraial de mineradores.

O desenvolvimento da cultura cafeeira e a possibilidade de se extrair e exportar minérios de ferro, abundantes na região, provocaram a construção do ramal do Paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil, fazendo nascer e desenvolver o povoado, com a chegada de trabalhadores e imigrantes estrangeiros. Começou assim o povoado a tomar aspectos de uma pequena cidade, já com um pequeno comércio estabelecido, várias moradias e uma população fixa de tamanho razoável.

O topônimo Brumadinho foi dado à Estação construída no lugar e tem origem na derivação do nome do povoado mais próximo, Brumado e Paraopeba.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Brumado do Paraopeba ex-povoado, pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Bonfim.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Brumado do Paraopeba figura no município de Bonfim.

Pela lei estadual nº 622, de 18-09-1914, o distrito de Brumado do Paraopeba tomou o nome de Conceição do Itaguá.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o distrito de Conceição do Itaguá, figura no município de Bonfim.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Conceição do Itaguá passou a chamar-se Brumadinho.

Em divisão administrativa referente a 1933, o distrito de Brumadinho (ex-Conceição do Itaguá), figura igualmente no município de Bonfim.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Elevado à categoria de município com a denominação de Brumadinho, pelo decreto estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembrado dos municípios de Bonfim, Itabirito e Nova Lima. Sede no antigo distrito de Brumadinho. Constituído de 4 distritos: Brumadinho, Aranha e São José do Paraopeba, desmembrado do município de Itabirito e Piedade do Paraopeba desmembrado do município de Nova Lima. Não temos a data de Instalação.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Brumadinho, Aranha, Piedade do Paraopeba e São José do Paraopeba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Pela lei estadual nº 1039, de 12-12-1953, é criado o distrito de Conceição do Itaguá e anexado ao município de Brumadinho.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 5 distritos: Brumadinho, Aranha, Conceição do Itaguá, Piedade do Paraopeba e São José do Paraopeba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas distritais

Brumado do Paraopeba para Conceição do Itaguá alterado, pela lei estadual nº 622, de 18-09-1914.

Conceição do Itaguá para Brumadinho alterado, pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923.

Fonte: IBGE
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CAMBUÍ (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 27.100
Área da unidade territorial (Km²): 244,567
Densidade demográfica (hab/Km²): 108,31
Gentílico: Cambuiense

História
Segundo a tradição, Cambuí foi via de acesso dos bandeirantes à procura de ouro e pedras preciosas, de aventureiros exploradores dos "descobertos", terras anteriormente devassadas, além de via de acesso preferida pelos viajantes em demanda das cidades, vilas e arraiais, já formados às margens dos rios Sapucaí e Verde. Alguns deles, percebendo a fertilidade das terras, permaneceram na região, iniciando fazenda de lavoura e criação de gado, resultando no povoamento e no aparecimento de moradores. Em 1813, foi construída uma capela consagrada a Nossa Senhora do Carmo, a 3 km da atual Cidade. Segundo contam, quando os moradores perceberam a má localização do arraial, mudaram-no para o local onde hoje se situa a Cidade, acelerando, a partir daí, o progresso do atual município. O topônimo originou-se da abundância na região de uma árvore de nome cambuí.

Gentílico: Cambuiense.

O distrito foi criado em 1 de junho de 1850, pela Lei nº 571, e o Município, desmembrado do de Jaguari, em 19 de janeiro de 1892, pela Lei nº 23.

Vila criada com sede na povoação de N.S. do Carmo do Cambuí, por Lei Provincial nº 3712, de 27 de julho de 1889. Desmembrada do Município de Jaguari.

Instalada em 19 de janeiro de 1890. Cidade por Lei Estadual nº 23, de 24 de maio de 1892.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Cambuí (Cambuhy) se compõe de 3 Distritos: Cambuí, criado por Lei Provincial nº 471, de 1º de junho do ano de 1850 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891; Bom Retiro e Bom Jesus do Córrego.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 e no fixado pela Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, bem como na divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Cambuí figura com os mesmos distritos citados na divisão de 1911.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, 31-XII-1937 e no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, bem como no quadro fixado pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938 para 1939-1943, o Município de Cambuí é composto dos Distritos de Cambuí, Bom Jesus do Córrego e Bom Retiro - e é termo judiciário único da Comarca de Cambuí.

Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943 que fixou o quadro territorial para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Cambuí ficou composto dos Distritos de Cambuí, Bom Jesus do Córrego e Bom Repouso (ex-Bom Retiro) - e constitui o único termo judiciário da Comarca de Cambuí.

Aparece no quadro fixado pela Lei nº 336, de 27-XII-1948 para vigorar em 1949­1953, composto dos Distritos de Cambuí, Bom Jesus do Córrego, Bom Repouso e Senador Amaral e no fixado pela Lei nº 1039, de 11-XII-1953 para 1954-1958 apenas com os Distritos de Cambuí e Senador Amaral em vista da elevação a município dos Distritos de Bom Repouso e Bom Jesus do Córrego, este último com a denominação de Córrego do Bom Jesus.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: IBGE
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