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SÃO GOTARDO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SÃO GOTARDO


População 2013:    32.800
Área da unidade territorial (Km²): 866,087
Densidade demográfica (hab/Km²): 36,74
Gentílico: São-gotardense

Nos primórdios do século XIX, Antônio Valadares e Domingos Pereira Caldas, saindo da região de Pitangui em busca de terras de cultura, fixaram-se às bordas da Mata da Corda. O primeiro estabeleceu-se próximo ao atual "Córrego Confusão" e o segundo aposseou-se de terras a quatro léguas de distância do primeiro, no lugar hoje denominado "Campos Domingos Pereira".

Em 1836, proveniente do Arraial de Carrancas, Joaquim Gotardo de Lima e Leonel Pires Camargos, vêm residir no local em que hoje se acha a cidade de São Gotardo, em terrenos de Antônio Valadares. Joaquim Gotardo, adquirindo prestígio ali era, em 1º de agosto de 1837, nomeado Inspetor Interino de Quarteirão. O núcleo populacional cresceu em torno da propriedade de Gotardo e passou a chamar-se "Arraial da Confusão". Até 1852, chegaram ao Arraial da Confusão, estabelecendo-se nele ou nos arredores, as seguintes pessoas, e quase todas se tornaram no local, tronco de famílias que viriam a desempenhar importante papel no crescimento e desenvolvimento da nova comunidade: José Lopes Ribeiro, Gabriel e Francisco Rodrigues Ribeiro, José Manoel Fonte Boa, Padres João Paulino e Antônio Estevam, uns provenientes de Cajuru, outros vindos de Santo Antônio da Pedra; Gabriel Resende, de Lagoa Dourada; Bernardo Ladeira, de Formiga, e Francisco Cunha. A 4 de maio de 1852, por Lei provincial, a localidade passou a chamar-se São Sebastião do Pouso Alegre e foi elevada a categoria de distrito do município de Pitangui. Sobre os dois primeiros nomes da povoação, há duas afirmativas: uma asseverando ter sido Confusão o nome primitivo e outra, São Sebastião do Pouso Alegre. Com referência às origens desses nomes há uma explicação: pequena caravana de viajantes ao passar por ali, dividiu-se por qualquer motivo em dois grupos, que permaneceram separados por algum tempo, devido a extravio. Quando voltaram a se encontrar, depois daquela "confusão", houve alegria geral e o grupo "pousou alegre" no local que se tornou berço da atual cidade de São Gotardo. Em um artigo sobre a cidade e o município de São Gotardo, de autoria do Padre José Batista dos Santos, publicado no Semanário "A Luz", da cidade de Luz, vê-se o nome de "São Sebastião do Pouso Alegre da Confusão", havendo diante da explicação da origem dos dois nomes. a possibilidade de ter o lugar recebido, ao mesmo tempo, os nomes de "Confusão" e "São Sebastião do Pouso Alegre". O território pertenceu primitivamente, ao bispado de Pernambuco. Por volta de 1855, passou ao bispado de Mariana, dando-se, nessa ocasião, o falecimento do Padre João Paulino, ocupando o seu lugar o Padre João Gonçalves de Freitas, que se tornou o primeiro vigário do Povoado. A povoação que até 1862 pertencia à paróquia de Santo Antônio dos Tros, foi neste mesmo ano, por Dom Antônio Ferreira Viçoso, elevada à categoria de Paróquia de São Sebastião. Em 1864 começou a ser construida, com a ajuda do povo, a primeira igreja-matriz, no local onde fora erigida a primeira capela. Em 19 de julho de 1872 foi criada a freguesia, sendo, neste mesmo ano, substituido o antigo vigário, padre João Gonçalves de Freitas, por Padre Antônio Teixeira do Carmo. Em 1873 foi construido o primeiro cemitério do município, no local onde se ergue a atual matriz, que é a segunda. A vila de São Sebastião do Pouso Alegre teve seu topônimo mudado em 27 de agosto de 1885, para vila de São Gotardo, em memória de Joaquim Gotardo de Lima, considerado o fundador da cidade que, ao que parece, não viveu no lugar pelo resto de sua vida. Não se tem notícia de terem ficado, no município descendentes dele. Tendo pertencido inicialmente ao município de Pitangui, a vila passou deste o município de São Francisco das Chagas do Campo Grande, e depois para o de Abaeté, sendo novamente transferido, em 11 de novembro de 1890, para o município de Carmo do Paranaiba. Em 1911, com a criação do município de Rio Paranaiba a vila de São Gotardo passou a jurisdição da nova comuna. Em 18 de setembro de 1914, a sede do município de Rio Paranaiba, que ficava na povoação de São Francisco das Chagas do Campo Grande, passando o município a ter este topônimo. A vila de São Gotardo passou a ter foros de cidade em 10 de setembro de 1925. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA: com a denominação de São Sebastião de Pouso Alegre, foi criado o distrito pela Lei provincial número 575, de 4 de maio de 1852, elevado á categoria de freguesia, com o mesmo nome, por efeito da Lei provincial numero 1905, de 19 de julho de 1872. A Lei provincial numero 3300, de 27 de agosto de 1885, mudou para São Gotardo o nome do ditrito, que, primitivamente, pertencera ao município de Pitangui e depois a São francisco das Chagas e a Abaeté, transferindo para Carmo do Paranaiba, por força do Decreto de 11 de novembro de 1890. A criação do distrito foi confirmada pela Lei estadual numero 2, de 14 de setembro de 1891. A LEi estadual numero 556, de 30 de agosto de 1911 criou com território desmembrado do de Carmo do Paranaiba e sede na povoação de São Francisco da Chagas do campo Grande, o município de Rio Paranaiba, o qual, segundo a "Divisão Administrativa, em 1911", se divide em três distritos: Rio Paranaiba, São Gotardo e São Jerônimo dos Poções. A instalação de novel comuna realizou-se a 1º de junho de 1912. Teve o município de Rio Paranaiba a denominação de São Gotardo, em virtude da mudança de sua sede para a povoação deste nome, por efeito da lei estadual numero 622, de 18 de setembro de 1914. Em face da lei estadual numero 843, de 7 de setembro de 1923, São Gotardo perdeu o distrito de Rio Paranaiba, desligado para constituir o novo município de Rio Paranaiba. Ainda por efeito dessa Lei, criou-se, com território do distrito-sede de São Gotardo, o distrito de São José das Perobas, modificações que deram ao município em apreço, na divisão administrativa do estado, fixada pela supracitada lei, a seguinte formação distrital: São Gotardo, São Jerônimo dos Poções e São José das Perobas. A Lei estadual numero 893, de 10 de setembro de 1925, concedeu foros de cidade à sede municipal. Segundo o quadro da adivisão administrativa, concernentes ao ano de 1933, contido no "Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio", o município em apreço aparece constituido pelos distritos de São Gotardo, São Jerônimo dos Poções e São José das Perobas, assim permanecendo nos quadros territoriais datados de 31-12-1936 e 31-12-1937, e no anexo ao Decreto-Lei estadual numero 88, de 30 de março de 1938, devendo notar-se, porém, que, em 1936, o distrito de São jerônimo dos Poções, e, em 1937 e 1938, ele aparece com o nome de São Joaquim dos Poções. Na diisão administrativa estadual , vigente no qüinqüênio 1939-1943, estabelecida pelo Decreto-lei estadual numero 148, de 17 de dezembro de 1938, os distritos de São Gotardo, Funchal (ex-São Jose das Perobas) e São Jerônimo dos Poções são os de que compõe o municipio de São Gotardo. po efeito do Decreto-Lei estadual número 1058, de 31 de dezembro de 1943, o município de São Gotardo perdeu o distrito de São Jerônimo dos Poções, transferido para o novo município de Campos Altos, recem-criado, e passou a abranger o distrito de Matutina, instituido com parte do distrito-sede de São Gotardo. Assim na divisão territorial judiciária-administrativa do estado, estabelecida po esse Decreto-Lei, para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o município de São Gotardo se forma do distrito-sede e dos de Funchal e Matutina. Com a última dicisão territorial feita no Estado o municío de São Gotardo perdeu o distrito de Matutina, que foi desmembrado para constituir o novo município de Matutina, por força da Lei estadual numero 1039 de 12 de dezembro de 1953, depois de ter sido aprovada a emancipação pela Resolução numero 10, de 02-09-1953, da Câmara Municipal de São Gotardo. Pela mesma Lei numero 1039 foi criado o distrito de Rosalinda, com território do distrito-sede de São Gotardo. O distrito de Rosalinda foi instalado em 29 de abril de 1956, tendo como sede a vilka Rosalinda (ex-povoado de Santa Rosa). Com estas modificações, o município de São Gotardo ganhou a formação distrital: São Gotardo, Funchal e Rosalinda. FORMAÇÃO JUDICIÁRIA: Em 1915, pela Lei numero 663, foi criado o termo judiciário, anexo à comarca de Patos de Minas e compreendendo os municípios de São Gotardo e Tiros. O termo foi instalado em 14 de julho de 1917. O Decreto estadual numero 155, de 30 de julho de 1935, criou a comarca de São Gotardo que nos quadros de divisão territorial datados de 31-12-1936 e 31-12-1937, bem como no anexo ao Decreto-lei estadual numero 88, de 30 de março de 1938, tem sob sua jurisdição os termos judiciários de São gotardo de Rio Paranaiba, e o segundo, pelo de Tiros. A comarca foi instalada a 2 de abril de 1936. A mesma situação observa-se nas divisões territoriais judiciário-administrativas do Estado, em vig~encia nao s quinquenios 1939-1943 e 1944-1948, estabelecidas respectivamente, pelos decretos-leis estaduais numeros 148, de 17 de dezembro de 1938, e 1058, de 31 de dezembro de 1943 apenas com alteração na composição do termo de Tiros, que, no último quinquenios se compõe dos municípios de Tiros e São Gonçalo do Abaeté. em 1948, foram criadas as comarcas de Tiros e Rio Paranaiba, sendo instalada a ultima em 23 de setembro de 1950. Assim, a comarca de São Gotardo ficou abrangendo aprnas o município do mesmo nome. E com o desmembramento do distrito de Matutina, que passou a constituir um novo município por efeito da Lei estadual numero 1039, de 12-12-1953, a comarca de São Gotardo ficou composta dos municípios de São Gotardo e Matutina. O município situa-se na Zona Oeste do Estado de Minas Gerais. O aspecto geral do seu território é semimontanhoso. Sua área é de 1156 quilômetros quadrados. A sede municipal a 1100 metros de altitude tem como coordenadas geográficas 19º 20` de latitude sul e 46º 03`de longitude W. Dista da capital do estado em linha reta, 233 quilômetros no rumo O.N.O.

Fonte:  IBGE

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SÃO JOÃO DEL REI (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SÃO JOÃO DEL REI


População 2013: 86.400
Área da unidade territorial (Km²): 1.464,327
Densidade demográfica (hab/Km²): 57,68
Gentílico: São-joanense
Os primeiros povoadores de São João del Rei foram paulistas, atraídos pelos cascalhos auríferos da bacia do rio das Mortes, que "assoalhavam o caminho trilhado pelos bandeirantes", denunciando os grandes depósitos de ouro da região. Em fins do século XVII, Tomé Portes del Rei, procedente de Taubaté, fixou-se as margens do rio das Mortes, no local a que chamava, por ser passagem de todas as embarcações "Porto Real da Passagem". Nesse local, ainda hoje denominado Porto Real, teve início o primeiro arraial. Em 1702 faleceu Tomé Portes del Rei, a quem fora conferido o direito de cobrança da passagem no Rio das Mortes. Sucedeu-o seu genro Antônio Garcia da Cunha. Até 1703, a importância do povoado decorria de sua situação como ponto de ligação com os Sertões de Caeté e a região das minas do Carmo, Ouro Preto e Sabará.

De 1703 a 1704, o português Manuel João de Barcelos descobriu, nas fraldas dos montes, ricas manchas de ouro, e os paulistas Pedro do Rosário e Lourenço da Costa iniciaram os trabalhos de faiscação Forasteiros e aventureiros começaram a afluir. Nas encostas das serras, atualmente denominadas Senhor do Monte e Mercês, onde ainda há reservas de ouro, surgiu o outro arraial - o do Rio das Mortes - com sua igrejinha (no local denominado Morro da Forca) consagrada a Nossa Senhora do Pilar, originando-se ai São João del Rei.

Na guerra entre paulistas e emboabas, ainda no início do século XVIII, foi o arraial do Rio das Mortes fortemente abalado com a morte e o afastamento dos paulistas, aos quais foram usurpadas as minas. Apesar dessas lutas e disputas, a povoação continuou a prosperar.

A construção da estrada de ferro (1878-1881) e a chegada, em 1886, de imigrantes italianos, procedentes de Bolonha e Ferrara, aceleraram o progresso do Município. Esses imigrantes, destinados a agricultura, localizaram-se na Várzea do Marçal, onde formaram as colônias do Marçal, Recondego e Felizardo, e na Fazenda José Teodoro. Posteriormente, grande número de sírios fixou-se no Município, dedicando-se de preferência ao comércio.

A freguesia de Nossa Senhora do Pilar data de 16 de fevereiro de 1724. O Município foi criado com sede no antigo arraial do Rio das Mortes e território desmembrado do termo da antiga Vila Rica - mais tarde Ouro Preto - a 8 de dezembro de 1713, recebendo o nome de São João del Rei, em homenagem a D. João V. A Lei provincial n.º 93, de 6 de março de 1838, concedeu à sede municipal foros de cidade. Em 1953 perdeu o distrito de Nazareno para formar novo Município. Segundo a divisão administrativa vigente, o Município é composto dos distritos de São João del Rei (sede), Arcângelo, São Gonçalo do Amarante, Emboabas, Rio das Mortes, São Sebastião da Vitória e foram desmembrados os de Cassiterita e Santa Rita, ainda não instalados.

A comarca, criada com o nome de Rio das Mortes em 1714, recebeu, por força da Lei estadual número 11, de 13 de novembro de 1891, a denominação de São João del Rei.

Fonte: IBGE
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SANTOS DUMONT (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SANTOS DUMONT


População 2013: 47.200
Área da unidade territorial (Km²): 637,373
Densidade demográfica (hab/Km²): 72,62
Gentílico: Sandumonense

Histórico
O Desbravamento da região onde hoje se localiza o Município de Santos Dumont está ligado à abertura do 'Caminho Novo", obra iniciada por Garcia Rodrigues Pais, filho de Pais Leme, o famoso "Caçador de Esmeraldas'' e que se destinava à penetração dos bandeirantes em busca de ouro e pedras preciosas.

À margem do caminho foram concedidas terras pelo Governo da Metrópole, a quem quisesse cultiva-las, para garantir assim a obtenção de gêneros alimentícios pelos bandeirantes durante a longa jornada.

A primeira sesmaria outorgada em terras do Município foi a de Domingos Gonçalves Ramos, em 26 de fevereiro de 1709, que ali se estabeleceu com a. família e dois genros - Pedro Alves de Oliveira e João Gonçalves Chaves.

Em 9 de novembro de 1728, João Gomes Martins adquiriu parte dessa sesmaria - parte esta já então pertencente a João Gonçalves Chaves.

Nas terras assim sucedidas, surgiram os primeiros ranchos em que se abrigavam os viajantes e nelas se foram desenvolvendo plantações e criações. As terras pertencentes a João Gomes Martins tornaram-se conhecidas como "Roça de João Gomes" e correspondem ao bairro de João Gomes Velho, da atual cidade.

Em data que não se pode precisar, foi erigida a primeira capela, à margem do "Caminho Novo", dedicada a São Miguel e Almas, invocados, segundo a tradição. como protetores dos bandeirantes na perigosa travessia da Mantiqueira. Em 27 de fevereiro de 1788, a capela foi transferida para o interior da Roça de João Gomes, onde permaneceu durante 49 anos. Em virtude da Provisão de 27 de junho de 1827 voltou a ser erguida no primitivo lugar. A doadora do patrimônio da capela teria sido uma filha de João Gomes, de nome Palmira, dai se originando a denominação do povoado, quando elevado à categoria de vila. Entretanto só a 29 de dezembro de 1847 e que Manuel da Cunha Lima assinou documento de doação, tendo apresentado, a 19 de fevereiro de 1848. uma petição ao Juiz de Paz sobre o arruamento dos terrenos doados, alinhamento e construção das casas do arraial. Em 1867, foi criada a paróquia.

O Município, com o nome de Palmira, surgiu em 1889. Em 1932, em homenagem ao seu ilustre filho Santos Dumont - o Pai da Aviação - foi-lhe mudado o topônimo para o atual.

Formação Administrativa
Pela Lei provincial n.° 1.458, de 31 de dezembro de 1867, a povoação foi elevada à categoria de distrito.

Com sede na povoação de João Gomes e sob a designação de Palmira, foi criado o Município, pela Lei provincial n.° 3.712, de 27 de julho de 1889, com território desmembrado do de Barbacena. A instalação ocorreu no ano seguinte, a 15 de fevereiro.

O Decreto estadual n.° 25 de 4 de março de 1890, passou a sede municipal à categoria de cidade.

A mudança do nome do Município de Palmira para o de Santos Dumont deu-se por força do Decreto estadual n.° 10.447, de 31 de julho de 1932.

Por ocasião do Recenseamento de 1960, o Município era composto de seis distritos: Santos Dumont, Aracitaba, Conceição do Formoso, Dores do Paraibuna, Eubanque e São João da Serra. Em 31 de dezembro de 1962, por força da Lei n.° 2.764 Santos Dumont sofreu o desmembramento dos distritos de Aracitaba e Ewbank da Câmara ( ex-Eubanque ), que se transformaram em novos municípios.

Em 10 de novembro de 1890 foi criada a Comarca. por força do Decreto n.° 230. A ela se jurisdicionam os termos de Santos Dumont, Aracitaba e Ewbank da Câmara. É de 2.ª entrância.

Fonte: IBGE
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SANTA BÁRBARA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SANTA BÁRBARA

População 2013: 29.210
Área da unidade territorial (Km²): 684,059
Densidade demográfica (hab/Km²): 40,75
Gentílico: Santa-barbarense

Histórico
Em 1702, o bandeirante Domingos Borges descobriu na fralda oriental do Caraça ricas minas auríferas que, mais tarde, foram denominadas Catas Altas, tal a profundeza das escavações feitas. Na mesma época, o desbravador Antônio Bueno explorou, na região, outras minas. Como estas não oferecessem a mesma abundância de ouro que as de Catas Altas, resolveu, o desbravador, descer mais, indo explorar as margens do ribeirão de Santa Bárbara, onde achou minas mais ricas que atraíram povoadores, e dando começo à formação do arraial. Isso lá pelo ano de 1707.

Tão grande foi o desenvolvimento do lugar, alimentado pela inesgotável riqueza da terra, que logo foi elevado à Paróquia. No local onde esta hoje a Matriz de Santa Bárbara, existiu uma Capela com a data de 1713, o que vem confirmar que a localidade teve início nos primeiros anos do século XVIII.

Pelo Alvará de 16 de fevereiro de 1724, o arraial foi elevado a distrito. O município, criou-o, com o território desmembrado de Mariana, a Lei Provincial número 134, de 16 de março de 1839.

Em 1858, recebeu a vila de Santa Bárbara foros de cidade.

Inicialmente o lugar era conhecido como Santo Antônio do Rio Abaixo. Posteriormente chamavam-no Santa Bárbara, nome do ribeirão que banha a cidade.

Falar sobre a história de Santa Bárbara, é ter forçosamente que falar sobre o ?Caraça?, notável educandário, com grande folha de serviços prestados a Deus e à Pátria. Se as minas de Catas Altas, encheram o alforje dos desbravadores, o Colégio do Caraça lapidou a inteligência de muitas gerações. Quem lançou a semente de tão importante obra foi o Irmão Lourenço de Nossa Senhora, personagem misteriosa, da qual pouco se sabe. ?É tradição que o erudito Lourenço não era outro senão Dom Carlos de Mendonça Távora, membro da família Távora, que procurava naquela região refúgio, vítima que eram todos os de sua família das atrozes perseguições do Marques de Pombal.

Com os recursos e auxílios que esmolara, o Irmão Lourenço comprou uma sesmaria no Caraça, escravos, gado e outros bens, e a 24 de março de 1744, pode erigir uma Capela ali, cedendo-lhe todas as propriedades?. Assim nos conta o historiador Vitor da Silveira.

Depois do falecimento do Irmão Lourenço a propriedade foi entregue à Congregação de São Vicente de Paulo, e, com a chegada dos missionários, ficou definitivamente instituído o colégio que educou esmeradamente, milhares de jovens que galgaram as mais elevadas posições.

Das páginas da história de Santa Bárbara, salta, também, a singular figura de João Batista de Souza Coutinho ? o Barão de Catas Altas, que herdando a mina do Congo, tornou-se o homem de maior fortuna da região. Entretanto, levando vida nababesca e cheia de leviandades, morreu na miséria.

Santa Bárbara é berço de Afonso Augusto Moreira Pena que prestou .os mais relevantes serviços à Pátria, chegando ao posto de Presidente da República.

Gentílico: santa-barbarense

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santa Bárbara, pelo alvará de 16-02-1724, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Bárbara, pela lei provincial n.° 134, de 16-03-1839, desmembrado do município de Mariana. Sede na povoação de Santa Bárbara. Constituído de 2 distritos: Santa Bárbara e Catas Altas de Mato Dentro. Instalado em 28-01-1840.

Pela lei provincial nº 184, de 03-04-1840, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Alfié e anexada a vila de Santa Bárbara.

Pela lei provincial nº 247, de 20-07-1843, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Domingos do Prata e anexada a vila de Santa Bárbara.

Pela lei provincial nº 471, de 01-07-1850, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Gonçalo do Rio Abaixo e anexado ao município de Santa Bárbara.

Pela lei provincial nº 760, de 02-05-1856, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Cocais e anexada a vila de Santa Bárbara.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Santa Bárbara, pela lei provincial n.° 881, de 06-06-1858.

Pela lei provincial nº 898, de 04-06-1858, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Bom Jesus do Amparo e anexado ao município de Santa Bárbara.

Pela lei provincial nº 2001, 14-11-1873, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Rio São Francisco e anexado ao município de Santa Bárbara.

A comarca de Santa Bárbara foi criada pela lei provincial n.° 2.500, de 12-11-1878.

Pela lei provincial nº 3100, de 28-09-1883, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de conceição do Acima e anexado ao município de Santa Bárbara.

Pelo decreto estadual nº 23, de 01-03-1890, desmembra do município de Santa Bárbara as distritos de São Domingos do Prata e Alfié, para constituir a nova vila de São Domingos do Prata.

Pelo alvará de 28-01-1752, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Morro Grande e anexado ao de Santa Bárbara.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, foram criados os distritos de Barra (ex-povoado) e Mercês de Dágua Limpa e anexados ao município de Santa Bárbara.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 11 distritos: Santa Bárbara, Barra, Bom Jesus do Amparo, Catas Altas de Mato Dentro, Conceição do Rio Acima, Cocais, Mercês Dágua Limpa, Morro Grande, Rio São Francisco e São Gonçalo do Rio Abaixo.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 11 distritos: Santa Bárbara, Barra, Catas Altas (ex-Catas Altas de Mato Dentro), Bom Jesus do Amparo, Conceição do Rio Acima, Cocais, Morro Grande, Rio São Francisco e São Gonçalo do Rio Abaixo. .

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, é criado o distrito de Itaeté e anexado ao município de Santa Bárbara e o distrito de Mercês DÁgua foi extinto. Sob a mesma lei estadual o distrito de Barra tomou o nome de Barra Feliz e o distrito de Rio São Francisco a chamar-se Florália.

Pela lei estadual nº 981, de 17-09-1927, o distrito de Barra Feliz (ex-Barra) tomou o nome de Brumado e o distrito de Itaeté passou a denominar-se Barra Feliz. . .

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 10 distritos: Santa Bárbara, Barra Feliz (ex-Itaeté), Bom Jesus do Amparo, Brumado (ex-Barra Feliz), Catas Altas, Cocais, Conceição do Rio Acima, Florália (ex-Rio São Francisco), Morro Grande e São Gonçalo do Rio Abaixo.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito de Morro Grande aparece com a denominação de São João do Morro Grande.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de São João do Morro Grande voltou a chamar-se Morro Grande.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 10 distritos: Santa Bárbara, Barra Feliz, Bom Jesus do Amparo, Brumado, Catas Altas, Cocais, Conceição do Rio Abaixo, Florália, Morro Grande e São Gonçalo do Rio Abaixo.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra de Santa Bárbara os distritos de Morro Grande, Bom Jesus do Amparo e Cocais, para constituir o novo município de com a denominação de Barão de Cocais (ex-Morro Grande). Pelo referido decreto-lei estadual o distrito de Brumado tomou o nome de Brumal.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 7 distritos: Santa Bárbara, Barra Feliz, Brumal (ex-Brumado), Catas Altas, Conceição do Rio Acima, Florália, e São Gonçalo do Rio Abaixo.

Pelo decreto-lei estadual nº o distrito de Brumado tomou a nome de Brumal.

De acôrdo com que dispõe a Lei estadual,.n.° 1.093, de 22 de junho de 1954, a comarca de Santa Bárbara foi classificada de 3.ª entrância .

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Santa Bárbara o distrito de São Gonçalo do Rio Abaixo. Elevado á categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6 distritos: Santa Bárbara, Barra Feliz, Brumal, Catas Altas, Conceição do Rio Acima e Florália.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993.

Pela lei estadual nº 12030, 21-12-1995, desmembra do município de Santa Bárbara o distrito de Catas Altas. Elevado á categoria de município.

Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 5 distritos: Santa Bárbara, Barra Feliz, Brumal, Conceição do Rio Acima e Florália.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE
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SANTA LUZIA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SANTA LUZIA


População 2013: 202.942
Área da unidade territorial (Km²): 235,327
Densidade demográfica (hab/Km²): 862,38
Gentílico: Luziense

O Município de Santa Luzia é um dos mais antigos de Minas Gerais: são mais de três séculos de história. Em 18 de março de 1692, durante o ciclo do ouro, remanescentes da bandeira de Borba fundaram o primeiro núcleo da vila que deu origem a cidade de Santa Luzia. Em 1842, Santa Luzia foi palco da batalha final da Revolução Liberal, entre as tropas de Duque de Caxias (Governista) e de Teófilo Otoni (liberalista), que defendia a descentralizção do poder e a autonomia das províncias. Assim formou Santa Luzia, com a riqueza proporcionada pelo ouro e mais de três séculos de históriae cultura. A Rua Direita, o estilo barroco esta presente nos casarios do Centro Histórico da Cidade. O Santuário da Igreja Matriz de Santa Luzia, concluído em 1778, abrigam em seu interior pinturas do Mestre Ataíde e pequenas obras de Aleijadinho e o Museu de Artes Sacras, inaugurado recentemente. A Igreja do Rosário erguida em 1755 pelos negros, tem o seu interior simples, com altares dedicados, à Nossa Senhora do Rosário, Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores, hoje totalmente restaurada. O antigo solar de Juli foi o quartel general de Teófilo Otoni e cenário de combate contra Duque de Caxias, no ano de 1842, hoje Casa da Cultura, abrigando peças de inestimável valor histórico. O solar da Baronesa é a maior residência em estilo barroco da nossa cidade, ele foi construído pelo primeiro marido da Baronesa Maria Alexandrina de Almeida em 1845, no solar foram feitas inúmeras festa, entre elas, a visita do Imperador D. Pedro II, em 1881, que era padrinho de batismo da Baronesa.O Muro de Pedras foi o derradeiro campo de batalha entre as tropas de Teófilo Otoni e Duque de Caxias na Revolução Liberal de 1842. Há 12 km do Centro Histórico encontara-se o Mosteiro de Macaúbas, construído em meados de 1708 foi, o primeiro Colégio feminino de Minas Gerais, onde estudaram as filhas de Chica da Silva. A caminho da Rua Direita, encontra-se a Capela do Bonfim, em estilo barroco, construída em 1711, em seu interior abriga a imagem de Nosso Senhor do Bonfim, esculpida por um escravo, em troca da sua alforria.

Fonte: IBGE
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SANTA RITA DO SAPUCAÍ (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SANTA RITA DO SAPUCAÍ


População 2013: 38.750
Área da unidade territorial (Km²): 352,969
Densidade demográfica (hab/Km²): 106,96
Gentílico: Santa-ritense

No Sul de Minas Gerais, Santa Rita do Sapucaí, é hoje uma cidade de expressão nacional pela projeção de suas escolas, de sua indústria e pela agropecuária.

O Município está compreendido numa área de 321 quilômetros quadrados, com altitude de 821 metros e temperatura entre 6º e 32º C.

Atualmente é Comarca Intermediária e dista, em linha reta 316 Km da Capital do Estado, Belo Horizonte.

Situa-se em região onde se alternam montanhas e vales que forma a Bacia do Sapucaí.

Sua economia está calçada principalmente nas atividades agropecuárias e industriais.

Café, Leite, indústria agropecuária e indústria eletrônica são suas principais fontes de renda, produzindo ainda semente de milho, arroz, café e outros.

Indústrias se instalaram na cidade há pouco mais de dez anos e, acompanhando os ensinamentos de suas escolas, estão mais voltadas para as áreas de eletrônica, telecomunicações e informática.

A data magna da cidade é o dia 22 de maio, festa da Padroeira, celebrada todos os anos com conotações religiosas, folclóricas e sócio-culturais.

A padroeira, Santa Rita de Cássia, Santa italiana nascida nos século XIV, modelo de virtude e coragem, é o símbolo de mulher santa-ritense.

O aniversário de emancipação político-administrativa é comemorado no dia 24 de maio.

Destacam-se entre ilustres figuras da terra, o ex- Presidente da República e Ex-Governador do Estado Dr. Delfim Moreira da Costa; o Ex - Embaixador e Ex-Ministro da Justiça Dr. Olavo Bilac Pinto; Benfeitora inesquecível Luzia Rennó Moreira (Dona Sinhá Moreira); Dr. José Francisco Rezeck, atualmente Juiz da Corte Internacional de Haia, na Holanda; Desembargador e Corregedor do Estado Dr. José Arthur Carvalho Pereira; Major Brigadeiro do Ar Hermes Moreira; Dr. Olavo Bilac Pinto Neto, Deputado Estadual e Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, o jogador de futebol Roque Júnior.

Santa Rita do Sapucaí foi fundada por uma família de portugueses, Sr. Manoel da Fonseca, sua esposa Dona Genoveva Maria Martins, o filho Antônio e sua filha menor Maria Rita, que se instalaram às margens do Ribeirão do ?Mosquito?. Próximo á Igreja de São Benedito.

Saíram eles de Olivença, uma dentre tantas cidades de Portugal que formavam o ?Contestado?, descontentes com a anexação da terra natal à Espanha.

Desembarcaram na cidade do Rio de Janeiro e foram ali recebidos por D. João VI que não se esquecera dos serviços prestados por Manoel da Fonseca, quando da invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal.

O Casal se instalou em Baependi e ali desenvolveu um comércio lucrativo, e quando soube das terras devolutas às margens do Sapucaí, serviram-se de recomendações do Imperador e, vendendo seus bens, rumaram com os filhos e escravos para tomar posse das terras, que ficavam nas margens do Rio Sapucaí. Sempre portando a santa de sua devoção (Santa Rita de Cássia), fundaram a freguesa que iria celebrar o nome da Santa.

Para cumprir a promessa, pedindo um milagre para salvar o chefe da família, doaram a santa oito alqueires de terra. Quatro anos após falecido Manoel da Fonseca, sua Esposa Dona Genoveva consolidou a promessa mandando construir a capela onde foi celebrada a primeira missa.

No dia 22 de maio o Pe. Mariano Acciolli oficiava a 1ª missa e introduzia a imagem que trazida de Portugal, e estava fundada a freguesia que, mais tarde, viria a se tornar a cidade de Santa Rita do Sapucaí.

Datas Históricas
1821 - Doação de oito alqueires feita pelos fundadores

1825 - Celebração da primeira missa na Capela

1836 - A Capela recebe prerrogativas de Curato

1839 - Elevação à categoria de Freguesia

1839 - Elevada à paróquia e seu primeiro pároco foi Pe. Athanásio José Rodrigues

1888 ? É elevada a categoria de Vila, em 1º de setembro.

1891 - Foi instalado na Vila o Fórum Cível

1892 - Foi elevada a categoria de cidade, em 24 de maio.

Santa Rita do Sapucaí comemora 113 anos, em 2005.

Vários nomes
Santa Rita do Mosquito

Santa Rita do Vintém (adotado pelo povo)

Santa Rita da Boa Vista

Santa Rita do Sapucaí, em 1880, nome oficial

O nome atual tem 125 anos.

Sapucaí, do Tupi-Guarani, significa a terra das Sapucaias. Sapucaia é uma espécie de árvore. Na Praça Santa Rita, próximo à estátua em homenagem ao Cel. Existe um raro exemplar.

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Rita do Sapucaí, IBGE

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POUSO ALEGRE (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE POUSO ALEGRE


População 2013: 135.600
Área da unidade territorial (Km²):  543,068
Densidade demográfica (hab/Km²): 240,51
Gentílico: Pouso-alegrense

Histórico
A história de Pouso Alegre, antigo Arraial de Bom Jesus de Matozinhos do Mandu, tem início no despertar social e econômico da rica região sul-mineira. Data mais ou menos de 1596 o devassamento, pelos bandeirantes paulistas, do Alto Sapucaí, por onde passaria em 1601, conforme Diogo de Vasconcelos, a expedição de D. Francisco de Souza, da qual fazia parte o alemão Glimmer, o primeiro naturalista a penetrar naquelas paragens.

Pelos fins do século XVI já se sabia da existência de ouro no Alto Rio Verde e no Alto Sapucaí, como se lê na obra de Orville Derby - Os Primeiros Descobrimentos de Ouro em Minas Gerais.

O primeiro marco de povoação em terras de Pouso Alegre teria sido lançado no século XVIII por João da Silva, assim relatado no Almaneque Sul-Mineiro de 1874, organizado por Bernardo Saturnino da Veiga: "Segundo tradição que se tem conservado, quem primeiro habitou às margens do Mandu foi o aventureiro de nome João da Silva.

"Prosperando em sua lavoura, fez João da Silva, no fim do século passado, doação do terreno necessário a edificação de uma igreja dedicada ao Senhor Bom Jesus. Construiu-se a capela com auxílio de alguns moradores vizinhos e, no ano de 1795, o padre Francisco de Andrade Melo, que então residia na Paróquia de Santana do Sapucaí, veio celebrar a primeira missa que houve nesse lugar, ficando, desde então, como capelão particular.

"Em 1797 o Governador D. Bernardo José Lorena, Conde de Sarzedas, que de São Paulo fora transferido para a Capitania de Minas Gerais, passou pelo nascente povoado, onde veio a seu encontro

o Juíz de Fora de Campanha, Dr. José Joaquim Carneiro de Miranda.

"Encantados pelo suntuoso panorama que se descortinava a seus olhos e pelos vastos límpidos horizontes que os cercavam, conta-se que um daqueles personagens dissera: "Isto não devia chamar-se Mandu, mas sim Pouso Alegre". E daí veio a denominação que o povo e a lei posteriormente sancionaram".

Segundo alguns autores, o batismo da localidade como Mandu se derivou da corruptela do nome de um pescador ou tropeiro, que se chamaria Manuel atendendo pela alcunha de Manduca ou simplesmente Mandu, e que teria sido o primeiro povoador da região. Segundo outros, do tupi-guarani mandi-yu (mandi = peixe e yu = amarelo). Atestam Marques de Oliveira e Augusto Vasconcelos que até 1799 a florescente povoação localizada às margens do Mandu era também conhecida pelo nome desse rio

Crescendo a população do lugar, a cerca de seis léguas da Freguesia de Santa Ana do Sapucai, surgiu em 1789 a idéia da construção de uma capela, que foi erguida em terreno doado por Antônio José Machado e sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Matozinhos. Benta possivelmente a 18 de abril de 1802, teve por capelão o padre José de Melo.

Oito anos depois de inaugurada a capela, foi o povoado elevado à categoria de freguesia colada a do Senhor Bom Jesus de Pouso Alegre, vulgarmente chamada Mandu. Nomeado Vigário Colado e da Vara da Freguesia o Padre José Bento Leite Ferreira de Melo, natural de Campanha, tornou-se a figure central da história de Pouso Alegre em seu tempo.

Em 1830, o Padre Bento, auxiliado por seu coadjutor, padre João Dias de Quadros Aranha, fundou o Pregoeiro Constitucional, jornal de grande relevo na vida política da época, sendo o primeiro a sair no sul de Minas e o quinto na Província Foi em suas oficinas que se imprimiu o projeto da nova Constituição do Império, chamada "Constituição de Pouso Alegre", preparada por membros do Partido Moderador no intuito de satisfazer as exigências dos mais avançados e pacificar os demais.

A 7 de maio de 1832, foi levantado o pelourinho, símbolo da emancipação municipal, no Largo da Alegria. No ano seguinte, quando irrompeu a sedição militar em Ouro Preto, Pouso Alegre fez-se presente ao lado da legalidade, enviando numeroso contingente.

Com a renúncia do padre Diogo Antônio Feijó ao cargo de Regente do Império, e conseqüente mudança da situação política no País, foi organizado no Município, o Partido Conservador, chefiado por Antônio de Barros Melo.

Ao entrar o ano de 1842, agravaram-se as lutas políticas locais em conseqüência da agitação em todo o Pais, que culminou com a revolução de 42, atingindo as Províncias de São Paulo e de Minas Gerais. Em Baependi, no sul de Minas, travou-se um combate, com a participação de 360 soldados legalistas de Pouso Alegre, comandados pelo Coronel Julião Florêncio Meyer.

Em fins de 1849, teve início a construção da nova Matriz benzida em 21 de novembro de 1857 e posteriormente transformada em Catedral. Demolida esta, construiu-se outra para sede do Bispado.

Gentílico: pouso-alegrense

Formação Administrativa

O Distrito de Pouso Alegre foi criado por Alvará Régio de 6 de novembro de 1810 e o Município com território desanexado do Município de Campanha, por Decreto de 13 de outubro de 1831, instalando-se a 7 de maio do ano seguinte.

A sede municipal recebeu foros de cidade pela Lei provincial n.° 433, de 19 de outubro de 1848.

A Lei estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do distrito-sede do Município de Pouso Alegre, que, na Divisão Administrativa de 1911 se compõe de 4 distritos: o da sede e os de Congonhal (criado pela Lei provincial n.° 2.650, de 4 de novembro de 1880), Borda da Mata (Lei provincial n.° 901, de 8 de junho de 1858) e Estiva (Lei provincial n.° 1. 654, de 14 de setembro de 1870, com o nome de N. S.ª da Conceição da Estiva).

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1 de setembro de 1920, o Município continua constituído por 4 distritos: Pouso Alegre, Carmo da Borda da Mata, (ex-Borda da Mata), Nossa Senhora da Estiva (Estiva) e São José do Congonhal (Congonhas) .

Por efeito da Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, Pouso Alegre perdeu o distrito de Borda da Mata (antigo Carmo da Borda da Mata), cujo território passou a constituir o novo Município desse nome. Assim, na Divisão Administrativa fixada pela referida Lei, o Município de Pouso Alegre abrange 3 distritos: o da sede e os de Estiva (amigo Nossa Senhora da Estiva) e São José do Congonhal. Idêntica composição aparece não só no quadro da Divisão Administrativa de 1933, como nos das divisões territoriais de 1936 e 1937 e no anexo ao Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938.

Dá-se o mesmo nas divisões judiciário-administrativas do Estado, estabelecidas pelos Decretos-lei estaduais números 148, de 17 de dezembro de 1938 e 1.058, de 31 de dezembro de 1943, para vigorarem respectivamente, nos quinqüênios 1939-1943 e 1944-1948, nas quais o topônimo do distrito de São José do Congonhal foi simplificado para Congonhal.

Pela Lei n.° 336, de 27 de dezembro de 1948, Pouso Alegre perdeu o distrito de Estiva, cujo território passou a constituir o Município de igual nome. A mesma Lei criou, subordinado ao Município de Pouso Alegre, o distrito de Senador José Bento. Dessa forma, no quinqüênio 1949-1953,

o Município abrangia 3 distritos: o da sede e os de Congonhal e Senador José Bento. A Lei n.° 1.039, de 12 de dezembro de 1953, desmembrou de Pouso Alegre os distritos de

Congonhal e Senador José Bento, que passaram a constituir juntos o novo Município de Congonhal. Desde então, o Município possui um só distrito: o da sede.

Fonte: IBGE
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PRATA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PRATA


População 2013: 25.850
Área da unidade territorial (Km²): 4.847,544
Densidade demográfica (hab/Km²): 5,32
Gentílico: Pratense

Histórico
O município de Prata teve sua origem no antigo povoado de Nossa Senhora do Monte do Carmo, iniciado pelo comandante Capitão Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira. Em 1810, o referido Capitão, ao acampar nas margens de um Córrego, que ele nomeou de córrego do Carmo (por ser devoto de Nossa Senhora do Carmo), de frente aos dois morrinhos, tomou posse de uma grande área dessas terras e em 13 de fevereiro de 1811, com a autorização de Dom João, recebeu permissão para construir a Capela de Nossa Senhora do Monte Carmo no sertão do rio da Prata.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Carmo de Morrinhos, pela lei provincial nº 164, de 09-03-1840, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Uberaba

Elevado à categoria de vila com a denominação de Prata, pela lei provincial nº 668, de 27-04-1854, desmembrado do município de Uberaba. Sede na antiga povoação de Carmo de Morrinhos. Constituído do distrito sede. Instalada em 02-12-1855.

Elevado á condição de cidade com a denominação de Prata, pela lei provincial nº 2002, de 15-11-1873.

Distrito criado com a denominação de Bom Jardim, pela lei municipal nº 26, de 20-02-1900 e anexado ao município de Prata.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, o município de Prata adquiriu do município de Vila Platina o distrito de Campo Belo.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Bom Jardim e Campo Belo.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, município é constituído de 3 distritos: Prata, Bom Jardim e Rio Verde (ex-Campo Belo).

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Bom Jardim teve sua denominação simplificada para Jardim e o distrito de Rio Verde tomou o nome de Campina Verde. .

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Campina Verde (ex-Rio Verde) e Jardim (ex-Bom Jardim).

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Prata os distritos de Campina Verde. Elevado á categoria de município. Pelo mesmo decreto-lei acima citado é criado o distrito de Patrimônio com terras desmembradas do distrito de Jardim e anexado ao município de Prata.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Jardim e Patrimônio.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Jardim tomou a denominação de Jardinésia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Jardinésia (ex-Jardim) e Patrimônio.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

Carmo de Morrinhos para Prata, alterado pela lei provincial nº 668, de 27-04-1854.

Fonte: Prefeitura Municipal
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RIBEIRÃO DAS NEVES (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE RIBEIRÃO DAS NEVES


População 2013: 301.300
Área da unidade territorial (Km²): 154,501
Densidade demográfica (hab/Km²): 1.917,90
Gentílico: Nevense

História
As primeiras referências sobre o município de Ribeirão das Neves são do início do século XVIII, o qual denominava-se "Matas de Bento Pires".

Em 1745, o mestre-de-campo Jacintho Vieira da Costa obtém o título de sesmaria de uma porção de terra na região cental e dois anos mais tarde, constrói uma Capela dedicada a Nossa Senhora das Neves, o que dá origem ao nome " Fazenda das Neves". Em 1746, foi construído o engenho da Fazenda das Neves.

Em 1760, morre Jacintho Vieira da Costa e tendo oito filhos ilegítimos, lega seus bens ao filho Antonio Vieira da Costa. Isso gerou um conflito que durou até 1796 quando este falece, sem ter herdeiros legítimos.

Os bens foram levados à leilão, e as fazendas das Neves e Carijós foram arrematadas pelo Capitão José Luis de Andrade, português, morador da Vila do Sabará, iniciando um novo período na história do município. José Luis casou-se em 1799 com D. Francisca Antonia da Costa, com a qual teve dois filhos: O Guarda-mor Joaquim José de Andrade e o Padre José Maria de Andrade. Joaquim José de Andrade, nascido em 1781, veio para Neves em 1818 para morar na Fazenda dos Carijós (hoje bairros Santa Marta, Santa Martinha, Porto Seguro e Nova União) e a comprou de seu pai em 1825. Casou-se em 1826 com Dona Úrsula Maria Nogueira de Alvarenga com a qual teve 8 filhos, deixando grande descend ência em Ribeirão das Neves e Pedro Leopoldo. José Maria de Andrade, segundo filho do Capitão, nasceu em 1794, ordenou-se padre em 1818, vindo para a Fazenda das Neves neste período onde ficou até sua morte. Com a vinda do Padre, a Capela já existente desde 1747 passou a ter mais importância.

Em 1820, foi criada uma Guarda-Moria nas Capelas de Nossa Senhora das Neves e Santo Antonio da Venda Nova. A lei Providencial de 15 de setembro de 1827, reforçada pelo Decreto de 11 de setembro de 1830, eleva Neves a Distrito de Paz, com uma população aproximada de 1.241 habitantes.

No período em que Neves foi distrito de 1827 a 1846 existe uma grande quantidade de documentos tais como mapas de população, lista de juízes de Paz, fiscais e procuradores sulbalternos. Existiu no distrito das Neves, na região de Campanha, a pimeira fábrica de fios de algodão de Minas Gerais, fundada por volta de 1830 por Antonio Luiz de Avellar, filho de José Pedro de Avellar e D. Quitéria Franscisca da Encarnação, proprietários da Fazenda de Mato Grosso.

Neves perdeu sua condição de distrito em 1846 atavés do pedido do então vereador, Padre José Maria de Andrade, visto as condições precárias da capela e o aumento da população. É criado então,o distrito de Venda Nova, ao qual Neve é anexado. Mesmo tendo perdido o distrito, a capela continuou funcionando e os registros de batizados e casamentos realizados na mesma estão no livro de registros de Curral Del Rey e abrange o período de 1831 a 1916.

O padre José Maria de Andrade morreu no dia 06 de dezembro de 1975 e foi sepultado no interior da capela de Neves. Em seu testamento ele citou e reconheceu seis filhos. É extensa sua descendência no município de Ribeirão das Neves.

Após a morte do padre, Neves foi anexada ao distrito de Pindahybas (Lei nº2.041 de 01/12/1873), atual Vera Cruz de Minas (Pedro Leopoldo) com a qual permaneceu até 1911, quando ambas foram anexadas ao recém município de Contagem.

Em 1927, o Estado de Minas Gerais adquire as fazendas do Mato Grosso e parte da Fazenda de Neves para construção de uma Penitenciária Agrícola que impulsiona o crescimento populacional. Em 1938, Contagem perde sua autonomia de município e é anexada à Betim juntamente com todos os seus distritos, incluindo Neves e Campanha. Neste mesmo ano, foi inaugurada a Penitenciária Agrícola de Neves.

Por cinco anos, Neves pertenceu a Betim, quando foi, então, anexada ao município de Pedro Leopoldo, criado no ano de 1943. A mesma lei que transfere o distrito de Neves para Pedro Leopoldo, altera seu nome para Ribeirão das Neves.

Após várias reuniões dos representantes políticos, população e governador, Ribeirão das Neves se torna município através da Lei nº1.039 de 12 de dezembro de 1953 sendo anexada ao seu território o distrito de Campanha com o nome alterado para Justinópolis e o povoado de Areias.

Fonte: IBGE
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PONTE NOVA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PONTE NOVA

População 2013: 59.200
Área da unidade territorial (Km²): 470,642
Densidade demográfica (hab/Km²): 121,94

Histórico
A segunda metade do século XVIII, uma comissão incumbida oficialmente de abrir uma estrada para a capitania do Espírito Santo fez construir uma passagem provisória sobre o rio Piranga, a partir de sua margem esquerda . A passagem não resistiu por muito tempo, construindo-se no mesmo local, por determinação das autoridades, uma ponte apoiada em pilares de pedra e que logo seria denominada ponte nova, origem do topônimo do Município.

As primeiras habitações começaram a surgir em 1770, quando o padre João do Monte Medeiros, obtendo provisão para construir uma capela sob o orago de São Sebastião e Almas de Ponte Nova, filiada a paróquia de Furquim, cedeu em doação, para patrimônio do pequeno templo, um terreno entre o córrego do Vau-Açu e a sesmaria da Vargem.

Em outubro de 1832, o curato foi elevado a paróquia. Foi seu primeiro pároco o padre João José de Carvalho, que se empossou a 22 de agosto de 1836. A 25 de janeiro de 1838, começou a dirigir a paróquia o padre pontenovense José Miguel Martins Chaves. Proprietário da fazenda do Engenho, que confrontava com os terrenos da primitiva doação do padre João de Monte Medeiros, doou uma área situada a esquerda da Igreja matriz destinada a cemitério e autorizou construções em lotes próximos, havendo ele próprio mandado construir uma casa, existente até há poucos anos. Do antigo núcleo de habitações, irradiou-se o povoamento do lugar, multiplicando-se as casas e as ruas.

A 11 de julho de 1857, adquiriu o povoado categoria de vila, compreendendo as freguesias de Ponte Nova, Barra Longa, Santa Cruz do Escalvado, Barra do Bacalhau, São Sebastião da Pedra do Anta e Abre-Campo, que passaram a integrar a Comarca de Piracicaba

Teve sua confirmação em 1861 e instalação a 26 de abril de 1863, depois de ter sido verificada a 28 de dezembro de 1862, a eleição de sua primeira Câmara Municipal, assim constituída: Capitão Manoel Francisco de Souza e Silva, presidente, Miguel Martins Chaves, Luís José Pinto Coelho da Cunha, Sebastião José Pereira do Monte, Antônio Justiniano Gonçalves Fontes, Joaquim Rodrigues Milagres e Antônio Carlos Corrêa Mayrinck, vereadores. Foi elevada a Termo em 1863 e a Comarca em 1880, com a denominação de Rio Turvo, mudada para Ponte Nova em 1883.

A agricultura e o comércio constituíram por muitos anos as principais ocupações dos habitantes. Em 1860, foi introduzido no Município o primeiro engenho-de-açúcar com moenda horizontal de ferro. Em 1886, inaugurou-se a Usina Ana Florência, que foi um dos mais importante empreendimento em terras de Ponte Nova, com expressiva a produção de açúcar e álcool. Hoje a Usina fencontra-se desativada.

A 30 de outubro de 1866, adquiriu Ponte Nova foros de cidade.

Em 1951 foi fundado em Ponte Nova a empresa Bartolomeu Cordeiro e Filhos Ltda. Em 1958 a empresa já possuía 8 lojas de varejo em Ponte Nova e região. No início da década de 70 iniciou suas atividades no setor indusrial. Em 1982 a empresa atacadista atuava com o nome de Bartofil. Em 2004 construiu o Centro de distribuição e mudou sua razão social para BCR Comércio e Indústia S/A. Sempre ajustando suas velas aos novos desafios que encontrou pela frente, de uma pequena rede regional com 8 lojas em 1958, a empresa se transformou em um atacadista com atuação nacional. Hoje a BCR e formada pela Bartofil Distribuidora, Cotril Distribuidora, Ormel Distribuidora, Varejão Ormel, Atac, Cadernos Bartofil e Gráfica Bartofil.

Um dos mais recentes empreendimento no município ocorreu em março de 2000 com a inauguração do Frigorífico Industrial Vale do Piranga S/A (SAUDALI), com que há de mais moderno em que se tratando de controles na produção de alimentos, desde a granja de origem até o produto final. E o quarto maior pólo produtor de suínos do Brasil e o maior do Estado de Minas Gerais, resultado da parceria inédita de 52 produtores de suínos, que saíram da condição de concorrentes para se tornarem sócios acionistas, em uma união histórica com o objetivo de agregar valor a sua matéria-prima.Em 2004 iniciou suas vendas para o mercado externo, inicialmente para os países relacinados na Lista Geral do Ministério da Agricultura. Em 2005 é vistoriado por agentes sanitários representantes da Rússia e passa a exportar para àquele país. Hoje exporta para os seguintes países: Africa do Sul, Argélia, Argentina, Armênia, Bulgária, Cazaquistão, Chile, China, Cingapura, Colômbia, Cuba, Japão, Moldávia, Paraguai, Rússia, Suiça, Ucrânia, Urugai e Uzbequistão.

Gentílico: Ponte-novense

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Ponte Nova, pelo decreto de 14-07-1832, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Mariana.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Ponte Nova, pela lei provincial nº 827, de 11-07-1857, desmembrado de Mariana. Instalado em 26-04-1863.

Pela lei provincial nº 768, de 02-05-1856, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Santa Cruz do Escalvado e anexado a vila de Ponte Nova.

Pela lei provincial nº 875, de 04-06-1858, é criado o distrito de Santana do Jequeri e anexado a vila de Ponto Nova.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Ponte Nova, pela lei provincial nº 1300, de 30-10-1866.

Pela lei provincial nº 3442, de 28-09-1887 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, são criados os distritos de Piedade de Ponte Nova e Urucu e anexados ao município de Ponte Nova.

Pelo decreto estadual nº 58, de 07-05-1890 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891 é criado o distrito de Grota e anexado ao município de Ponte Nova.

Pelo decreto estadual nº 160, de 08-08-1890, o município de Ponte Nova adquiriu o município de Mariana o distrito de Rio Doce.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, é criado o distrito de São José do Oratório e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 9 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Grota, Piedade de Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santana do Jequeri, São José do Oratório e Urucu.

Pela lei estadual nº 823, de 07-09-1923, desmembra do município de Ponte Nova os distritos de Santana do Jequeri e Grota. Para formar o novo município de Santana do Jequeri.Sob o mesmo decreto é criado o distrito de Van Assu e anexado ao município de Ponte Nova, o distrito de Urucu passou a denominar-se Urucânia e ainda o município de Ponte Nova adquiriu o distrito de Barra Longa do município de Mariana.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 9 distritos: Ponte Nova, Barra Longa, Oratórios ex-São José dos Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado Urucânia ex-Urucu e Van Assu.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece com os mesmo município de da divisão de 1933, menos o de Van Assu.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Barra Longa. Elevado à categoria de município. Sob o mesmo decreto, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Rio Doce, sendo anexado ao município de Dom Silvério.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Santa Cruz os Escalvado e Urucânia.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Rio Doce volta a pertencer do município de Ponte Nova.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 7 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Urucânia.

Pela lei nº 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Santa Cruz do Escalvado. Elevado à categoria de município. Sob a mesma lei é criado o distrito de Vau-Açu ex-povoado e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 7 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Urucânia e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960.

Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Ponte Nova os distrito de Amparo da Serra, Piedade de Ponte Nova, Rio Doce e Urucânia, todos elevados à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 3 distritos: Ponte Nova, Oratórios e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-I-1979.

Pela lei estadual nº 8285, de 08-10-1982, é criado o distrito de Rosário do Pontal ex-Pontal e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 4 distritos: Ponte Nova, Oratórios, Rosário do Pontal e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VI-1995.

Pela lei estadual nº 12030, de 21-12-1995, desmembra de Ponte Nova o distrito de Oratórios. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 3 distritos: Ponte Nova, Rosário do Pontal e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE
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PORTEIRINHA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTEIRINHA


População 2013: 38.600
Área da unidade territorial (Km²): 1.749,679
Densidade demográfica (hab/Km²): 21,51

Histórico
Porteirinha, como a maioria das povoações da região, originou-se a partir de uma pousada de viajantes à margem de um rio. O local onde se originou a povoação era apenas um movimentado ponto de pousada para os viajantes que demandavam o sul do estado e do País, vindos do estado da Bahia e de vasta região do nordeste brasileiro, e os que faziam o percurso de volta. A estrada que ali passava vinha da Bahia, passava por diversos pontos de pousada: Espinosa, Monte Azul, Mato Verde e Porteirinha continuava, passando por Riacho dos Machados e seguindo adiante.

Uma brecha entre os altos troncos, de um lado e de outro da clareira, na entrada norte, lhe servia de acesso. Era como uma porteira. Os que para ali se dirigiam, em busca de pouso, se referiam ao local como Porteirinhas.

Segundo a tradição os primeiros moradores foram os tropeiros Severino dos Santos, José Cândido Teixeira, Galdino Teixeira, José Antônio da Silva, João Soares, João de Deus, João Pereira e José Miguel, que por aqui se estabeleceram nos primórdios do século XVIII.

Alguns deles eram retirantes que por algum motivo interrompiam a viagem e fixavam morada por ali. Outros, vieram à cata de ouro. Cessada a febre do metal, alguns tornaram-se senhores de grandes extensões de terras e escravocratas poderosos. Dedicavam-se às lavouras, empregando os escravos em suas propriedades. As terras estavam à disposição de quem as quisesse ocupar. Não havia escrituras. Chamavam o aglomerado de São Joaquim da Porteirinha.

A localização da sede do município se deve ao fato de ser esta a parte que possui as melhores terras de cultura e também por ser caminho aberto às regiões vizinhas.

Há outra versão sobre os primeiros anos da vida da comuna. Alguns habitantes de Nossa Senhora da Conceição de Jatobá internaram-se pelos sertões adjacentes, e à margem direita do Rio Mosquito ergueram as primeiras casas do povoado de São Joaquim da Porteirinha. Isso nos primeiros anos após a proclamação da república. É mais aceita, entretanto, a primeira versão. O certo é que os dois grandes atrativos eram as terras férteis e a água do Rio Mosquito.

Gentílico: Porteirinhense

Formação Administrativa
Pela lei estadual nº 805, de 22/09/1921, a sede do distrito de Jatobá foi transferida para o povoado de São Joaquim da Porteirinha.

Segundo a divisão administrativa do Estado, fixada pela lei estadual nº 843, de 07/09/1923, o povoado sob a designação de São Joaquim de Porteirinha, se mantinha como integrante do município de Grão Mogol.

Em 17/12/1938, pelo decreto-lei estadual nº 148, que estabeleceu a divisão judiciário-administrativa do Estado, a vigorar de 1937 a 1943, foi criado o município de Porteirinha, composto de 3 distritos: o da sede, o de Gorutuba e o de Riacho dos Machados.

Em 1943, pelo decreto-lei nº 1058, o município passou a constituir-se de 4 distritos: Porteirinha, Gorutuba, Riacho dos Machados e Serranópolis.

Em 30/12/1962 o município perdeu o distrito de Riacho dos Machados, emancipado através da lei Estadual nº 2764, daquela data.

Posteriormente foram criados outros distritos: Tocandira, criado pela Lei Estadual; Paciência, criado pela Lei Estadual nº 8285, de 08/10/1982; Mocambinho, criado pela lei nº 8285, de 08/10/1982; Mulungu de Minas, criado pela Lei Municipal nº 847, de 06/05/1994; Serra Branca de Minas, criado pela lei Municipal nº 1108, de 06/03/1998.

E através da lei Estadual nº 12030, de 21/12/1995, foram emancipados também os distritos de Pai Pedro e Serranópolis de Minas, para formarem novos municípios.

Atualmente o município compõe-se de 6 distritos: Porteirinha, Gorutuba, Mocambinho, Paciência, Mulungu de Minas, Serra Branca de Minas e Tocandira.

Fonte: IBGE
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PIUMHI (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PIUMHI


População 2013: 32.200
Área da unidade territorial (Km²): 902,468
Densidade demográfica (hab/Km²): 35,33

Histórico
Habitavam estas paragens, em tempos idos, dois abastados fazendeiros, inimigos figadais, Capitão Luís Antônio Vilela e Fernão Alves dos Santos. Motivava a inimizade e as lutes constantes entre os senhores, familiares e escravos a fixação das divisas de suas terras e sesmarias.

Por volta de 1707, famílias paulistas, chefiadas por Manoel Marques de Carvalho, quando regressavam dos sertões mineiros, onde estiveram à cata de ouro, acamparam às margens de um córrego - hoje córrego do Carvalho - para ligeiro repouso . Com permissão do chefe, exploraram a região e encontrando ouro, diamantes e outros minerais obtiveram autorização dos proprietários das terras para garimpar. Já em 1708, o número dos garimpeiros aumentara. Veio então, trazendo licença para garimpar, o Padre Marcos Pires Corrêa, que propôs aos habitantes construíssem uma capela e conseguissem o necessário para a celebração dos ofícios divinos, uma vez que todos eram católicos. A 15 de agosto de 1708, era celebrada a 1.ª missa na região .

Recrudescendo o ódio entre as duas famílias, Manoel Marques de Carvalho, amigo de ambas, resolveu por termo às rixas, propondo para árbitro da questão o Padre Marcos. Sugeriu a doação das terras litigiosas a Nossa Senhora do Livramento, separando, desta forma, as duas fazendas. Doados os terrenos, ficou conhecida por Nossa Senhora do Livramento do Piui a povoação.

Após a guerra dos Emboabas, voltaram as bandeiras paulistas a desbravar os sertões, datando daí a crescente povoação de Nossa Senhora do Livramento do Piu-i, conhecido, então, somente por Piu-i, nome do rio que atravessa a região. O vocábulo Piu-i, indígena, significa "água cheia de moscas" e na verdade, as águas quase paradas do rio são infestadas por esses insetos.

Em 1770, o povoado foi elevado à categoria de curato, sendo primeiro cura o Padre Francisco Alves Torres. Em 1813 era elevado à categoria de freguesia. A paróquia foi criada em 1854.

Gentílico: Piuiense

Formação Administrativa:
Freguesia criada com a denominação de Piui, por Alvará de 26-01-1803, subordinado ao município de Formiga.

Elevado à categoria de município com a denominação de Piui, pela lei provincial n.° 202, de 01-04-1841, desmembrado do de Formiga. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-04-1842.

Elevado à condição de Cidade e sede municipal, por lei provincial n.° 1.510, de 20-07-1868.

Pela Lei estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, são criados os distrito de Araújos, Bocaina, Perobas e São Roque e anexado ao município de Piui.

Pela lei municipal nº 73, de 05-10-1901, é criado o distrito de São Sebastião dos Franciscos e anexado ao município de Piui.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, o distrito de Pimenta passa a pertencer ao município de Piui, desmembrado do município de Formiga.

Em divisão administrativa referente ao de 1911, o Município de Piui é constituído de 7 distritos: Piui, Bocaina, Araújos, Perobas, Pimenta, São Roque e São Sebastião dos Franciscos.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município Piui os distritos de Araúna ex-Araújos e Capitólio ex-São Sebastião dos Franciscos. Para formar o novo município de Guapé. Sob o mesmo decreto distrito de Bocaina passou a denominar-se Santo Hilário. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Piui, Perobas, Pimenta, Santo Hilário e São Roque. Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Piui o distrito de Guia Lopes ex-São Roque. Elevado à categoria de município com a denominação de Guia Lopes.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Piui, Perobas, Pimenta e Santo Hilário.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra o distrito de Pimenta do município de Piui. Para formar o novo município de Pains. Sob o mesmo decreto o distrito de Capitólio é anexado ao município de Piui. Desmembrado de Guapé.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Piui, Capitólio. Perobas e Santo Hilário.

Pela lei estadual nº 366, de 27-12-1948, desmembra do município de Piui o distrito de Santo Hilário. Para formar o novo município de Pimenta. Sob a mesma lei desmembra do município de Piui o distrito de Capitólio. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Piui e Perobas.

Pela lei estadual nº 2.764, de 30-12-1962, transfere o distrito de Perobas do município de Piui para o de Doresópolis.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído do distrito sede.

Pela lei estadual nº 12946, de 15-07-1998, o município de Piui passou a denominar-se Piumhi.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica municipal

Piui para Piumhi teve sua grafia alterado por força da lei estadual nº 12946, de 15-07­1998.

Fonte: IBGE
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POÇOS DE CALDAS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE POÇOS DE CALDAS


População 2013: 156.400
Área da unidade territorial (Km²): 547,261
Densidade demográfica (hab/Km²): 278,54

Histórico
A região onde se localiza o atual Município de Poços de Caldas foi inicialmente habitada pelos indios Cataguases que, em 1675, ofereceram combate e venceram a célebre bandeira de Lourenço Castanho, cognominado "O Velho".

Somente em meados do século XVIII verificou-se o seu desbravamento propriamente dito. Os desbravadores penetraram o Planalto, abrindo vias de comunicação para as novas "descobertas'' ou socavões, em pesquisas infrutíferas, através dos braços do rio Pardo. Três fatores influíram no desenvolvimento social e econômico deste período: a busca de ouro, a abertura de estradas - que facilitassem a fiscalização e dificultassem os contrabandos - e ainda a procura de "água santa", para fins medicinais.

Como até meados do século XVIII a "única coisa que dava valor aos territórios novos, motivando sua ocupação e povoamento, era a descoberta de ouro", a região só foi ocupada e povoada quando terminada a era da mineração e iniciado o "ciclo pastoril'.

Com a busca de pastagens para manter a pecuária valorizou-se a região dos "Campos de Caldas'', como passou a ser chamado o local. Com isto, facilitou a instalação do núcleo pastoril que, economicamente, substituiu a lavra e grupiara. Entre os que vieram para os "Campos de Caldas", nos últimos anos de 1700, encontrava-se o Padre Manoel Gonçalves Correia, que instalou uma fazenda no "Monte Alegre", junto à fronteira paulista. Lá ergueu uma ermida, a primeira igreja da região, dedicada a Nossa Senhora do Carmo.

Os povoadores foram aumentando e com sua propulsão, promovendo o recuo da divisa; se no "ciclo do ouro" era o descobrimento das novas minas que trazia a massa invasora, no "ciclo pastoril" a corrida pelas zonas das "campinas" fez com que o fenômeno se repetisse.

Em 1700, nas suas últimas décadas, toda a zona de Caldas era completamente despovoada. A região deserta entre as duas Capitanias estava, pois, limitada por duas estradas paralelas - a Estrada de Goiás, pelo lado paulista, e, pelo lado mineiro, as "antigas picadas reabertas por Luís Diogo, passando por Cabo Verde, Campestre e Ouro Fino". Foi em 1776 ou 77, que o guarda-mor Veríssimo João de Carvalho, anotado pelo "Cabo do Registro de Ouro Fino", fez a "tranqueira" que lhe tomou o nome. Ordenou-lhe a feitura o Governador da capitania de Minas Gerais, "para divisão entre as duas capitanias" e mandou que daquela tranqueira para dentro não se adiantasse "uma só polegada aos súditos de Minas, e nem se consentisse que por parte da Capitania de São Paulo se entrasse para a de Minas um só palmo".

Os paulistas, na "marcha para o Oeste" em demanda de pastagens, pulavam as tranqueiras e arrancavam os moirões de posse como tinham feito no "ciclo do ouro" e assim iam invadindo o Planalto. O recuo da divisa foi o curioso fenômeno que ligou geograficamente a Região do "planalto da Pedra Branca", também chamada "maciço de Poços de Caldas", ao desenvolvimento social e econômico da Capitania de Minas. Começou com a expulsão do paulista Bartolomeu Buenos do distrito de Campanha, em 1743, e terminou com a disputa entre a Câmara de Caldas e a de São João da Boa Vista, na Fazenda do óleo (atual município de Andradas), por ocasião do inventario de Antônio Martiniano de Oliveira, em 1874.

Quando das costumeiras penetrações realizadas pelos aventureiros da época, foram descobertos, em meio do planalto, os poços de água quente, cujo valor medicinal foi de pronto constatado. Nasceu desse fato o constante crescimento do lugarejo que imediatamente se formou nas vizinhanças dos poços. Esta data é considerada a de fundação da cidade de Poços de Caldas.

O nome de Caldas veio da tradição portuguesa relacionada com as águas de igual nome existentes em Portugal. Inicialmente era a freguesia de Nossa Senhora da Saúde das Águas de Caldas.

Desde 1886, funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas, na qual já era utilizada a agua sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Poços recebeu seu primeiro visitante ilustre, o Imperador Dom Pedro II, em outubro de 1.886. O mesmo esteve acompanhado da Imperatriz Dona Tereza Cristina para inauguração do ramal da Estrada de Ferro Mogiana.

Foi elevada a vila, com sede na povoação de Nossa Senhora da Saúde de Poços de Caldas e a denominação de Poços de Caldas, em 1889, tendo sido desmembrada do município de Caldas.

Com o aumento considerável do número de veranistas que procuravam Poços de Caldas para repouso ou tratamento e o crescimento de seu renome como estância hidroterápica, foi iniciada, em 1888, a construção do primeiro estabelecimento balneário.

Ao presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada deve Poços de Caldas apreciáveis melhoramentos, que a tornaram a primeira Estância Balnearia da América do Sul.

A prosperidade e o luxo tiveram seu grande momento em Poços de Caldas enquanto o jogo esteve liberado no Brasil. Pelos salões do Palace Casino e do Palace Hotel desfilava a "nata" da aristocracia brasileira e até de outros países. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel, co a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país.

A proibição do jogo, em 1946, e a descoberta do antibiótico tiveram forte impacto para o turismo da cidade. O termalismo deixou de ser a maneira mais eficaz de tratar as doenças para as quais era indicado. E os cassinos foram fechados. A economia de Poços sofreu um grande abalo, mas logo encontrou uma alternativa ao entrar no "ciclo da lua-de-mel", quando tornou-se elegante passar as núpcias na cidade e o turismo consiguiu fôlego para sobreviver. Depois deste período, o perfil do turista que visita Poços mudou. A classe média e grandes grupos passaram a frequentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos de atração da cidade, antes retrito à elite.

Gentílico: Poços-caldense

Formação Administrativa:
A 6 de dezembro de 1879, pela Lei provincial n.° 2.542, foi o distrito elevado à categoria de freguesia, integrando o termo de Caldas.

A Lei n.° 3.659, de 1.° de setembro de 1888, criou, com sede na povoação de Nossa Senhora da Saúde de Poços de Caldas e território desmembrado do Município de Caldas, o de Poços de Caldas, cuja instalação se verificou a 31 de maio de 1890.

A Lei estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do distrito-sede do Município de Poços de Caldas, que, na Divisão Administrativa de 1911, aparece constituído de um só distrito.

Os foros de cidade à sede foram concedidos pela Lei estadual n.° 663, de 18 de setembro de 1915, permanecendo o Município até a presente data com um só distrito, o da sede. Pela Lei municipal n.° 365, de 3 de junho de 1954, foi considerada a data de 6 de novembro de 1872 como de fundação da cidade. Foi elevada a categoria de 2ª entrância pela Lei n.° 887, de 24 de fevereiro de 1925, e à de 3ª, pela de n.° 1.098, de 22 de junho de 1954. Inicialmente constituída de 2 Termos: o da sede e o de Botelhos, foi este último desmembrado pelo Decreto-lei n.° 2.904, de 15 de fevereiro de 1948.

A Comarca foi criada pela Lei estadual n.° 663, ocorrendo sua instalação a 20 de janeiro de 1917, em cumprimento do Decreto estadual n.° 4.687, de 19 de dezembro de 1916.

Fonte: IBGE, Prefeitura Municipal de Poços de Caldas (www.pocosdecaldas.mg.gov.br)


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PEDRA AZUL (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PEDRA AZUL

População 2013: 23.880
Área da unidade territorial (Km²): 1.595,129
Densidade demográfica (hab/Km²): 14,94
Gentílico: Pedra-azulense

Histórico
Admite-se tenha sido a região do atual município de Pedra Azul primitivamente habitada por índios, uma vez que é comum encontrarem-se nas pedreiras existentes no território municipal amplas grutas que, ao que parece, serviram de habitação a silvícolas, pois apresentam as suas paredes internas cobertas de desenhos, embora já quase apagados pelo tempo, os quais são atribuídos a esses primitivos moradores. Isto se verifica na Loca dos Caboclos, a 700 metros da cidade, e na Gruta da Lapa dos Caboclo, e na gruta da Lapa Pintada, a 1 quilometro do pico da cabeça Torta.

Colatino Antunes de Oliveira, um dos primeiros povoadores do município, contava que, em 1888, ao passar pelo local onde hoje se acha a cidade de Pedra Azul, viu uma pequena taba de índios; porém não há documentação que comprove a que tribo pertenciam. A 8 quilômetros da cidade existe uma fazenda ainda denominada Aldeia, por se acreditar tenha sido, realmente, aldeamento indígena.

Conhece-se a história da cidade do regime monárquico para cá, quando então era ainda o arraial da Bôca da Caatinga, que foi o seu primeiro nome, pertencendo ao Município de Salinas. O primeiro povoador da região foi o português Manoel Machado, que no último quartel do século XVIII por ali aportou vindo da Bahia, para conhecer as propriedades do conde da Ponte. Aí chegando, fundou a fazenda Carvalhada, onde viveu por muitos anos e, ao morrer, deixou duas filhas, uma das quais se casou com José Pereira, homem instruído para a época, professor vindo da Bahia. O primeiro lar levantado no município presume-se tenha sido em 1809, no povoado de Cateriongongo, por um português de nome Manoel José Botelho, vindo de Veredinha, município de Rio Pardo.

Em 1834, em procura das largas de Cateriongongo, abertas no ano anterior por um grande incêndio que durou 60 dias, entrou na região, procedente de Barra do Rio de Contas, Estado da Bahia, o padre Fernandes acompanhado de um grupo de escravos que tangiam 50 novilhas. O padre Fernandes, após abrir várias fazendas no município, dentre elas a da Vargem Grande, rumou para a região de Santa Rita de Medina, lançando ali os fundadores do atual município de Medina. Em 1860, chega a região a família Antunes, natural de Gurutuba, município de Grão Mogol; em 1890, as famílias Faria, Veloso e Figueiredo, também procedentes de Gurutuba, e a família Almeida, vinda da Bahia. O motivo da migração dêsses elementos para aqueles rincões foi a procura de terras frescas para o cultivo e a criação de gado. E inestimável a contribuição destas famílias para o desenvolvimento local.

Não existe documentação e nem noticiário de como e nem por que surgiu a povoação de Caatinga, hoje Pedra Azul, podendo-se, embora, fixar em 1830 a existência de núcleos iniciais de população no município. Quando caiu o regime monárquico, ainda era chamado arraial de Nossa Senhora da Bôca da Caatinga, ou simplesmente, Caatinga. Em 1891, tinha o seu nome, sede e distrito alterados para Fortaleza.

A evolução do lugar, paulatina e constante, deve-se ao grande desenvolvimento da pecuária e da agricultura. Em 1911, foi sede da primeira exposição pecuária da região e vem sendo sucessivamente sede de outras exposições de igual teor, promovidas pela Associação Rural de Pedras Azul. Hoje o município encontra-se completamente desbravado, sendo significativa a sua situação econômica no Estado. A localidade teve os seguintes nomes: Bôca da Caatinga, Nossa Senhora da Bôca da Caatinga, Caatinga, Fortaleza, devido talvez a Pedra da Rocinha, com uma altura de 200 metros e a 700 metros da cidade, que apresenta aspecto característico de um forte e, atualmente Pedra Azul, devido às riquezas minerais desta natureza, existentes no subsolo do território municipal.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Catingas, pela Lei Provincial nº 2.565, de 03-01-1880, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Salinas.

Pela Lei Municipal de 1892, o distrito de Catingas tomou a denominação de Fortaleza.

Elevado á categoria de vila coma denominação de Fortaleza, pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembrado de Salinas. Sede no antigo distrito de Fortaleza. Constituído de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu, criado pela esta mesma lei acima citado. Instalado em 01-06-1912.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Fortaleza, pela lei estadual nº 893, de 10-09-1925.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

No quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30-03-1938, figura no município de Fortaleza o distrito de Santa Rita do Medina.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município Fortaleza o distrito de Santa Rita do Medina. Elevado à categoria de município com a denominação de Medina.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o município de Fortaleza passou a denominar-se Pedra Azul.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município já denominado Pedra Azul é constituído de 2 distritos: Pedra Azul e Cachoeira do Pajéu.

Pela Lei nº 336, de 12-12-1948, o distrito de Cachoeira do Pajéu passou a denominar-se André Fernandes.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Pedra Azul e André Fernandes (ex-Cachoeira de Pajéu).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Pedra Azul o distrito de André Fernandes. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

Catingas para Fortaleza, alterado pela Lei Municipal de 1892.

Alteração toponímica municipal

Fortaleza para Pedra Azul alterado pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943.

Fonte: IBGE
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PEDRO LEOPOLDO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PEDRO LEOPOLDO


População 2013:  60.100
Área da unidade territorial (Km²):  292,989
Densidade demográfica (hab/Km²): 200,49
Gentílico: Pedro-leopoldense

Histórico
Pedro Leopoldo foi o terceiro vilarejo de Minas. O bandeirante Fernão Dias Paes Leme veio conduzido por índios e fundou o Arraial de São João do Sumidouro no inverno de 1674. Mas se esta é a data registrada pela história, o lugar mostra sinais de ocupação muito mais antiga.

O fóssil encontrado na região, conhecido como Luzia, é uma das peças de maior importância da arqueologia em todo o mundo, com idade de 11.500 anos.

Pedro Leopoldo tem belezas naturais de raro valor. As grutas guardam vestígios, como restos de cerâmicas, instrumentos de vários tipos, fósseis humanos e de animais em bom estado de conservação e muitas pinturas rupestres. A Gruta do Baú é a preferida na região pelos escaladores. É também ótima para uma boa caminhada e ainda tem um quiosque que serve bebida gelada para os aventureiros ofegantes.

Ultimamente, tem sido um incrível cenário para shows de artistas de fama nacional. Já a Quinta do Sumidouro guarda muito da história da fundação da cidade. A lagoa do Sumidouro é mais um dos tesouros, com sua bela paisagem cercada de milenares pinturas rupestres.

A noite de Pedro Leopoldo é animada. A Exposição Agropecuária atrai várias pessoas com seus shows e rodeios, e o folclore tem seu espaço garantido no Encontro de Guardas de Congo. A festa de Nossa Senhora do Rosário, em Vera Cruz, tem fogos, apresentações de cavalhada, e os visitantes podem servir-se à vontade de uma deliciosa galinhada.

No início do ano, acontece o Festival de Verão, que agita a cidade com grandes shows e oficinas de arte e cultura. Um mês antes do Carnaval, começa a festa o Boi da Manta, um bloco divertidíssimo que sai toda quarta e sábado, com banda e muita gente fantasiada. Em abril, acontece a curiosa festa do poste.

Há alguns anos, descobriram uma plaquinha em um poste da cidade com a data da sua inauguração (20/04/1961), e algumas pessoas passaram a brindar no dia. Com o tempo, a brincadeira foi-se tornando uma grande festa, com direito a shows de bandas locais, bolo e discurso para o aniversariante.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Pedro Leopoldo (ex-povoado de Cachoeira da Moças), pela Lei Municipal de 27-01-1901, subordinado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Pedro Leopoldo, figura no município de Santa Luzia do Rio das Velhas.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Pedro Leopoldo, pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembrado Santa Luzia (ex-Santa Luiza do Rio das Velhas).

Sede no antigo distrito de Pedro Leopoldo. Constituído de 6 distritos: Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Fidalgo (ex-Lapinha), Vera Cruz e Prudente de Morais. Os quatro primeiro desmembrado de Santa Luzia e o quinto desmembrado de Contagem. O distrito de Prudente de Morais foi criado por esta mesma lei estadual acima citada com terras desmembradas do distrito de Capim Branco. Instalado em 27-01-1924.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Pedro Leopoldo, pela Lei Estadual nº 893, de 10-09-1925.

Em divisão administrativa referente ao no de 1933, o município é constituído de 6 distritos: São Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Lapinha, Prudente de Morais e Vera Cruz.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1937.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de Fidalgo tomou a denominação de Sumidouro.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Prudente de Morais, Sumidouro (ex-Fidalgo) e Vera Cruz.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de Pedro Leopoldo os distritos de Matozinhos, Capim Branco e Prudente de Morais, para constituir o novo município de Matozinhos. Pelo mesmo decreto-lei acima citada o distrito de Vera Cruz tomou o nome de Pindaré e Sumidouro voltou a chamar-se Fidalgo. E ainda adquiriu do município de Betim os distrito de Campanha e Ribeirão da Neves.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos: Pedro Leopoldo, Campanha, Fidalgo (ex-Sumidouro), Pindaré (ex-Vera Cruz) e Ribeirão da Neves.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Pela Lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembra do município de Pedro Leopoldo os distritos de Ribeirão das Neves e Justinópolis (ex-Campanha), para constituir o novo município de Ribeirão das Neves.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos:Pedro Leopoldo, Fidalgo e Pindaré.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VI-1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, é criado o distrito de Doutor Lund e anexado ao município de Pedro Leopoldo.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 4 distritos: Pedro Leopoldo, Doutor Lund, Fidalgo e Vera Cruz de Minas (ex-Pindaré).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2001.

Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 5 distritos: Pedro Leopoldo, Doutor Lund, Fidalgo, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: www.citybrazil.com.br, IBGE.
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