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CONSELHEIRO PENA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA

População 2012: 22.890
Área da unidade territorial (Km²): 1.483,882
Densidade demográfica (hab/Km²): 14,99
Gentílico: Conselheiro-penense

Histórico
A região onde se localiza o município foi habitada, primitivamente, pelos índios Botocudos Aimorés. Posteriormente, motivadas pelo garimpo de pedras preciosas abundantes no local, e pela qualidade das terras férteis e de fácil aquisição, várias pessoas fixaram-se no local, iniciando-se assim, a formação do povoado. Em 1910, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória a Minas, iniciou-se nova fase na vida do lugarejo, cuja economia passou a girar em torno da agricultura. A partir de 1947, fatores climáticos e econômicos, levaram, paulatinamente, a população ao abandono quase total da agricultura, trocando-a pela pecuária leiteira e de corte, cuja exploração, constitui hoje, a principal fonte da economia municipal.

O topônimo é homenagem ao estadista mineiro Afonso Pena.

Formação Administrativa
Antigo distrito de Lajão, do Município de Itanhomi, e que por Decreto Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, passou a denominar-se Conselheiro Pena. Pelo citado Decreto-Lei nº 148, foi criado o Município de Conselheiro Pena, com os Distritos de Lajão e Floresta, do Município de Itanhomi, bem como o novo Distrito de Barra do Cuieté, criado com o território desmembrado do extinto Distrito de Cuieté (antigo Degredo) e os novos distritos de Aldeia, Bom Jesus do Mantena (atual município de Mendes Pimentel), Penha do Norte e São Tomé, criado com o território desmembrado do Distrito de Igreja Nova, do Município de Itambacuri. Em 1939-1943, o Município de Conselheiro Pena é constituído dos distritos de Conselheiro Pena, Aldeia, Barra do Cuieté, Bom Jesus do Mantena, Floresta, Penha do Norte e São Tomé, e é termo da comarca de Governador Valadares. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Conselheiro Pena perde o Distrito de Bom Jesus do Mantena e parte do Distrito de Aldeia, desmembrados para constituirem o novo Município de Mantena e passa a compreender o novo Distrito de Ferruginha. No quadro fixado pelo referido Decreto-Lei 1058, para vigorar no quinquênio 1944-1948, o Município de Conselheiro Pena ficou composto dos distritos de Conselheiro Pena, Aldeia, Alvarenga, Barra do Cuieté, Ferruginha, Moscovita(atual município de Galiléia) e Penha do Norte, e é o termo judiciário da comarca de Governador Valadares. O novo Distrito de Ferruginha, criado pelo mencionado Decreto-Lei 1058, ficou com o território desmembrado dos distritos de Aldeia e Penha do Norte, do Município de Conselheiro Pena. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1291, de 30 de dezembro de 1944, que alterou a divisão territorial fixada para o quinquênio 1944-1948, o município de Conselheiro Pena perdeu parte do seu território para a criação de Mantena que passou a constituir-se novo município e comarca.

Figura no quadro fixado pela Lei nº 336, de 27/12/1948 para o quinquênio 1949-1953, o município de Conselheiro Pena composto dos distritos de Conselheiro Pena(sede), Aldeia, Alvarenga, Barra do Cuieté, Cuparaque, Ferruginha, Goiabeira e Penha do Norte e no quadro fixado pela Lei nº 1039, de 12/12/1953 para o quinquênio de 1954-1958 composto pelos distritos de Conselheiro Pena(sede), Aldeia, Alvarenga, Barra do Cuieté, Bueno, Cuieté Velho, Cuparaque, Ferruginha, Goiabeira e Penha do Norte e passou a comarca. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01/07/1960. O distrito de Alvarenga emancipou-se tornando-se município pela Lei Estadual nº 2.764, de 30/12/1962. Através da Lei Estadual nº 12.030, de 21/12/1995 foram criados dois municípios desmembrados de Conselheiro Pena. Cuparaque formado pelos distritos de Cuparaque e Aldeia e Goiabeira formado pelo mesmo território originário como distrito. A partir de 1997 o município de Conselheiro Pena compõem-se pelos distritos de Conselheiro Pena (sede), Barra do Cuieté, Bueno, Cuieté Velho, Ferruginha e Penha do Norte.

Fonte: IBGE
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CONTAGEM (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CONTAGEM


População 2012: 615.400
Área da unidade territorial (Km²): 195,268
Densidade demográfica (hab/Km²): 3.090,33
Gentílico: Contagense

Contagem é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Situada na região central de Minas Gerais, é atualmente a terceira maior cidade do estado, com 617.749 habitantes[1](IBGE, est. 2007). Ao longo do tempo, os limites geográficos da cidade perderam-se em virtude do seu crescimento horizontal em direção à capital, ocasionando uma intensa conurbação com Belo Horizonte. Atualmente, Contagem integra a Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo uma das mais importantes cidades dessa aglomeração urbana principalmente pelo seu grande parque industrial. Seu sistema viário, planejado para comportar um fluxo intenso de veículos e de carga, é feito através das principais rodovias do país, a BR-381 (Fernão Dias - acesso a São Paulo), BR-262 (acesso a Vitória e Triângulo Mineiro) e a BR-040 (acesso a Brasília e Rio de Janeiro).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Contagem, IBGE.
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CONGONHAS (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CONGONHAS


População 2012: 48.519
Área da unidade territorial (Km²): 304,066
Densidade demográfica (hab/Km²): 159,57
Gentílico: Congonhense

Histórico
Congonhas está fixado no mapa turístico do Brasil como uma das mais belas cidades antigas de Minas tradicional. Tem a sua fisionomia traços característicos que a fizeram uma relíquia histórica. Por toda parte, os sinais do gênio do Aleijadinho, que plantou no chão congonhense marcos definitivos da arte barroca.

Em fins do século XVII, amplamente divulgadas as notícias da existência de ouro abundante nas Minas Gerais, aventureiros e faiscadores lançaram-se ávido sertão adentro. Logo a seguir começaram a ser trabalhadas as mais importantes lavras que viriam dar origem às primeiras cidades mineiras, erigidas sob o impulso do ouro fácil e à sombra do culto católico, graças aos quais guarda hoje o Estado de Minas Gerais precioso tesouro artístico que muito contribui para o acervo da arte barroca brasileira. Entre essas cidades, ainda hoje vivendo de suas riquezas mineirais – o ferro agora inclui-se Congonhas, onde se encontra a mais ambiciosa obra de Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho.

A cidade surgiu da lavra do rio Maranhão do Paraopeba. Posteriormente a exploração estendeu-se a outros sítios e ribeiros e as somas fabulosas de ouro daí retiradas favoreceram o crescimento rápido da cidade, onde o caseiro de pedra e os solares imponentes hoje desaparecidos, exibiam não raro traços de opulência e fausto.

Em 1749 Congonhas teve sua capela curada elevada a paróquia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. O povoamento adensara-se, aumenta o nível de prosperidade e crescera o número de aventureiro. Entre estes havia um nome Feliciano Mendes, português, que acometido de grave moléstia e impossibilidade de prosseguir no trabalho da mineração, recorreu aos favores do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, prometendo pôr-se para o resto da vida a seu serviço se recuperasse a saúde atendido em seu rogo, vestiu um burel de eremita e plantou um cruzeiro no alto do morro do Porto, sua terra natal, o havia inspirado. E, a beira das estradas, guardando um nicho com a imagem do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, viveu recolhendo esmolas dos viajantes para a construção do Santuário. Mas este só viria a ficar realmente concluído em princípios do século XIX, quando o Aleijadinho já gravemente enfermo e com quase 70 anos de idade, terminou sua obra prima: os doze Profetas.

Entrava então em declínio o ciclo do ouro e o município voltou-se mais uma vez para seus recursos naturais: o minério de ferro. Em 1811 o barão Wilhelm Ludwig von Eschwege, que viera ao Brasil em 1811, para estudar nossas riquezas minerais, instalou em Congonhas, juntamente com Varnhagen e Câmara, o primeiro cento siderúrgicos do País - a usina Patriótica.

Hoje Congonhas, enquanto resolve seu pare extrair a hematite que abastece as primeiras usinas do País recebe anualmente milhares de turistas e romeiros que ali vão orar e admirar o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em cujo redor a cidade cresceu e vive.

Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Congonhas do Campo, pelo alvará de 06­11-1746 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Congonhas, figura no município de Ouro Preto.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX­1920.

Pelo decreto-lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Congonhas do Campo deixa de pertencer do município de Ouro Preto para ser anexado ao município de Queluz.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Congonhas do Campo figura no município de Quluz.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII­1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 88, de 30-03-1938, o município de Queluz passou a denominar-se Conselheiro Lafaite, passando o distrito de Congonhas do Campo a permanecer ao município de Conselheiro Lafaite.

Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Congonhas do Campo, pelo decreto lei nº 148, de 17-12-1938, desmembrado dos municípios de Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto. Sede no antigo distrito de Congonhas do Campo. Constituído de 2 distritos: Congonhas do Campo e Lobo Leite, desmembrado de Ouro Preto. Instalado em

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Conselheiro do Campo e Lobo Leite.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o município de Congonhas do Campo adquiiriu o distrito de Alto Maranhão transferido do município de Conselheiro Lafaiete.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 3 distritos: Congonhas do Campo, Alto Maranhão e Lobo Leite.

Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, o município de Congonhas do Campo passou a denominar-se simplesmente Congonhas.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Congonhas ex-Congonhas do Campo, Alto Maranhão e Lobo Leite.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica municipal

Congonhas do Campo para simplesmente Congonhas, alterado, pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948.

Transferência distrital

Pelo decreto-lei estadual nº 843, de 07-09-1923, transfere o distrito de Congonhas do Campo do município de Ouro Preto para o de Queluz.

Fonte: IBGE
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CATAGUASES (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE CATAGUASES


População 2012: 70.650
Área da unidade territorial (Km²): 491,767
Densidade demográfica (hab/Km²): 141,85
Gentílico: Cataguasense

Histórico
Consta que em 1809 ou 1810 vários padres, atraídos pelas notícias da existência de diamantes no local, aportaram no Rio Pomba. em um ponto que passou então a ser chamado de 'Porto dos Diamantes". Em conseqüência, ali se formou um pequeno núcleo populacional, constituído por alguns brancos e várias aldeias de índios coroados, carapós e puris.

Outra versão, divulgada por Moreira Pinto. em seu "Dicionário Geográfico do Brasil". diz que aventureiros exploradores da região sudoeste de Minas Gerais teriam acampado no mesmo local e colhido o peso de meia pataca de ouro em uma só bateada nas areias de um ribeirão próximo, afluente do rio Pomba, passando o ribeirão, por esse motivo, a ser conhecido pelo nome de "Meia Pataca".

O fato é que, inspecionando os trabalhos da estrada que deveria ligar Minas Gerais aos campos de Goitacases, a cargo da Terceira Divisão Militar do Rio Doce, sob seu comando. o Coronel Guido Tomaz Marlière, francês de nascimento e Diretor-Geral dos Índios, chegou ao Pôrto dos Diamantes e, em nome do Governador da Província, recebeu do Sargento Henrique José de Azevedo, ali residente, terrenos destinados a construção de uma igreja consagrada a Santa Rita de Cássia e fundação de um povoado. Assim surgiu no local referido um arraial denominado Santa Rita de Meia Pataca ou, simplesmente, Meia Pataca.

Desenvolveu-se o arraial na base de cuidadoso piano urbanístico, elaborado pelo Coronel Marlière, sendo elevado à categoria de curato pela Lei provincial n.° 209, de 7 de abril de 1841.

Por essa época foi fundada nas proximidades a Fazenda da Glória, numa área de 3 alqueires de terra e cujo proprietário, Major Joaquim Vieira da Silva Pinto, muito veio a contribuir para o desenvolvimento do arraial, de tal forma que em 10 de outubro de 1851. pela Lei provincial n.° 534, foi o curato elevado ao nível de freguesia, fazendo parte do Município de São José do Presídio, hoje Visconde do Rio Branco, com sede em Meia Pataca e dois outros curatos sob sue jurisdição: São Francisco de Assis de capivara e Nossa Senhora da Conceição do Laranjal.

Pela Lei n.° 666, de 27 de abril de 1854, foram incorporadas a nova freguesia diversas fazendas e posteriormente sofreu ela varies reduções em seu território.

Consta que o topônimo Cataguases foi adotado por sugestão do Coronel José Vieira. filho do Major Joaquim Vieira e nascido numa fazenda banhada por um pequeno rio com aquele nome, situado no atual Município de Prado. Seu significado é, segundo uns, "gente boa", segundo outros, "terra das lagoas tortas", ou, ainda, "povo que mora no país das.matas" .

Formação Administrativa
Distrito foi criado, com a denominação de Santa Rita de Meia Pataca, pela Lei n.° 534, de 10 de outubro de 1851, da Assembléia Provincial mineira.

Em 25 de novembro de 1875, a Lei n.° 2 180, da mesma Assembléia, criou o Município de Cataguases, com território desmembrado dos de Leopoldina, Muriaé (ex-São Paulo do Muriaé) e Ubá, e

o fez termo judiciário da comarca deste último nome. A instalação do Município verificou-se a 7 de setembro de 1877. Por efeito da Lei provincial n.° 2 766. de 13 de setembro de 1881, a vila de Cataguases foi elevada à categoria de cidade e o Município passou a termo judiciário da comarca de Leopoldina. Em 14 de setembro de 1891, a Lei estadual n.° 2 confirmou a criação do distrito-sede de Cataguases.

Segundo a divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o município compõe-se de 9 distritos: Cataguases, Vista Alegre, Laranjal, Cataguarino, Itamarati, Porto de Santo Antônio, Mirai, Sereno e Santana do Cataguases. Esta composição aparece também na apuração do Recenseamento de 1920.

A Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, cria o distrito de Astolfo Dutra e desmembra o de Miraí, continuando Cataguases com 9 distritos.

O Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938, manteve a mesma divisão administrativa, quanto a judiciária, estabelece que o Município de Cataguases compreende o termo judiciário único da comarca desse nome.

O Decreto-lei n.° 148, de 17 de dezembro de 1938, desmembra diversos distritos pare formarem novos Municípios e estende o ambito do termo e comarca de Cataguases a mais dois Municípios: Astolfo Dutra e Laranjal .

Segundo a divisão administrativa vigente a 1.° de janeiro de 1961, o Município e constituído de 6 distritos: Cataguases, Cataguarino, Itamarati, Santana do Cataguases, Sereno e Vista Alegre.

Fonte: IBGE
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CARMO DA PARANAÍBA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 20.320
Área da unidade territorial (Km²): 1.307,862
Densidade demográfica (hab/Km²):  22,74
Gentílico: Carmense

História
Os primitivos habitantes dessas terras foram os índios araxás e, posteriormente, os bandeirantes, que por lá passaram rumo aos garimpos de Abaeté e Paracatu. Segundo a tradição Francisco Antônio de Morais e Elias de Deus Vieira ali se estabeleceram, agruparam-se economicamente e fundaram o arraial. Com o tempo, ramificaram-se as famílias, aumentando a população, tendo o núcleo primitivo expandido­se consideravelmente.

A ocupação se deu graças aos influxos da afamada picada de Goiás, no desbravamento das matas à procura do ouro e, muitas vezes, do índio, para escravizá-lo. Entretanto, fa fertilidade das terras o principal motivo da ocupação e desenvolvimento do atual município.

topônimo é homenagem a Nossa Senhora do Carmo e, por estar o município situado na bacia do rio Paranaíba.

Formação Administrativa
Vila criada com sede na freguesia de S. Francisco das Chagas do Campo Grande e esse nome por Lei Provincial nº 347, de 20 de setembro de 1848. Desmembrada do Município de Araxá. Suprimida por Leis Provinciais nºs 472, de 31 de maio de 1850 e 1639, de 13 de setembro de 1870. Restaurada por Leis Provinciais nºs 999, de 30 de junho de 1859 e 2032, de 1 de dezembro de 1873. Transferida para o Arraial Novo do Carmo, com a denominação de Carmo do Paranaíba (Carmo do Paranahyba), por Lei Provincial nº 2306, de 11 de julho de 1876. Cidade por Lei Provincial nº 3464, de 4 de outubro de 1887.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Carmo do Paranaíba se compões de 1 Distrito: Carmo do Paranaíba criado por Lei Provincial nº 1713, de 5 de outubro de 1870 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 e no quadro fixado pela Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, bem como na divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Carmo do Paranaíba permanece com 1 Distrito: Carmo do Paranaíba.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, o Município de Carmo do Paranaíba se compõe igualmente de 1 Distrito: Carmo do Paranaíba - e compreende o único têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o Município de Carmo do Paranaíba adquiriu o Distrito de Quintinos, no Município de Patos. Em 1939-1943, o Muicípio de Carmo do Paranaíba é composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos - e é têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Carmo do Paranaíba adquiriu para o Distrito de Carmo do Paranaíba partes dos de Arapuá e Lagoa Formosa, respectivamente, dos Municípios de Rio Paranaíba e Patos de Minas (ex-Patos); e perdeu por sua vez, partes do território do Distrito de Carmo do Paranaíba, anexados aos Distritos de Arapuá e Santana dos Patos, respectivamente, dos Municípios de Rio Paranaíba e Patos de Minas. No quadro fixado pelo referido Decreto-Lei Estadual nº 1058, para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Carmo do Paranaíba ficou composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos - e constitui o único têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba. Permanece composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos nos quadros fixados pelas Leis nº 336, de 27-XII-1948 e 1039, de 12-XII-1953 para vigorar, respectivamente, nos períodos 1049-1953 e 1954-1958, comarca de Carmo do Paranaíba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: IBGE

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CARANGOLA (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEPGRAFIA DE CARANGOLA


 População 2012:  33.300
Área da unidade territorial (Km²): 353,404
Densidade demográfica (hab/Km²): 91,39
Gentílico: Carangolense

História
Situado na Zona da Mata de Minas Gerais, na confluência com os Estdos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o município teve seus primórdios de colonização na primeira metade do Século XIX. A colonização tardia se deve ao fato da região se situar nas chamadas "áreas proibidas" interditadas à penetração, visando coibir o contrabando de ouro no período colonial. A afluência à região se deve à procura de novas lavras auríferas e não sendo encontrado ouro, os colonizadores foram forçados a optar pela agricultura, inicialmente a de subsistência e, pouco mais tarde, para a cultura cafeeira, que se tornou a base econômica de toda a região e fator de seu crescimento.

O Distrito da cidade de Carangola não teve um fundador, pois constituiu-se numa obra de grandes fazendeiros que se estbeleceram nos arredores, algumas décadas antes do início da formação do povoado, na década de 1840. Durante o período citado ocorreu a derrubada de grande parte da mata que cobria o atual perímetro urbano, situado na margem esquerda do rio Carangola. Os primitivos habitantes foram os índios da tribo Purís-Coroados, tangidos do litoral pela civilização e tribos hostís.

O topônimo local, "Carangola", provém do rio do mesmo nome, sendo que a denominação já constava nos mapas da Capitania de Minas Gerais datados de 1780, bem antes da presença do homem branco na região. Quanto ao seu significado existem mais de 10 versões imaginárias, conflitantes, não tendo sido encontrada, até hoje, de onde o cartógrafo obteve a denominação para o rio. Todas as referências existentes não conseguiram convencer os pesquisadores que se dedicam ao assunto.

Existe uma versão que relata a chegada de João Fernandes de Lannes, no ano de 1805, tendo este acampado no local da atual Praça Cel. Maximiano, sem contudo ter alí se fixado. Os primeiros contatos com os selvícolas foram pacíficos, tendo os colonizadores comerciado com estes a troco da extração da poáia, muito comum na região, naquela época, de cujas virtudes medicinais se obtinha bons lucros em Campos dos Goytcazes, Estado do Rio de Janeiro.

O devassamento da região limítrofe ocorreu a partir de 1822 quando Antônio Dutra de Carvalho (Cel. Dutrão) se apossou de 25 sesmarias na região do Caparaó. Em 1826 o Guarda-Mor Manoel Esteves de Lima se apossou de uma área de 800 alqueires na região de Papagaio, tendo fixado sua sede no local onde mais tarde se denominou Córrego dos Freitas.

Em 1833 o Tenente-Coronel José Baptista da Cunha e Castro desbravou a região de Divino. As terras situadas nas margens do rio Carangola, entre Porciúncula e Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, foram desbravadas por José de Lannes Dantas Brandão, incluindo as terras banhadas pelo rio São Mateus.

A área geográfica do município de Carangola pertenceu, sucessivamente, desde o período colonial, aos municípios de Mariana, Pomba, Visconde do Rio Branco, Ubá e Muriaé. Os primeiros proprietários da área onde hoje se encontra o perímetro urbano da cidade foram Francisco Pereira de Souza e Marciano Pereira de Souza.

Na evolução histórica da região, um marco relevante foi a Primeira Eleição para Eleitores Especiais, ocorrida em 02 de novembro de 1856. Em 07 de outubro de 1857 foi benzida a primeira capela do povoado, tendo por orago Nossa Senhora do Rosário, capela esta construída por Francisco de Souza Romano. Em 06 de janeiro de 1859, numa reunião presidida pelo padre Antônio Bento Machado, vigário da Freguesia de Tombos, foi decidida a construção de uma capela, tendo por orago Santa Luzia, destinada a ser a futura Igreja Matriz do lugar. Dentro das exigências da época para a formação do "castrum" da futura Freguesia, incluía-se a doação de uma gleba de terras para a formação do Patrimônio, sendo que a capela tinha de ser construída defronte a um retângulo, para a formação do chamado Largo da Matriz. Coube aos Srs. José Moreira Carneiro, português natural de Funchal, na Ilha da Madeira, e seu sogro Manoel José da Silva Novaes, adquirir de Francisco de Souza Romano a área necessária e efetuar a doação do terreno à Mitra Diocesana de Mariana. Esta doação foi a origem da disposição das ruas do centro da cidade.

A Lei de n.º 1097 de 07/10/1860 criou um Distrito de Paz em Carangola, como parte integrante do município de São Paulo do Muriahé, desde 1855. A Freguesia (Distrito) foi criada pela Lei Provincial n.º 1273 de 02/01/1866. O município o foi, com território desmembrado de São Paulo do Muriahé, atual Muriaé, por efeito da Lei Priovincial n.º 2500 de 12/11/1878. Em virtude da Lei Provincial n.º 2848 de 25/10/1881, foram concedidos foros de cidade à sede do município de Carangola. Em 07 de janeiro de 1882 ocorreu a instalação do primeiro governo municipal, tendo sido escolhido para ser o 1.º Presidente da Câmara Municipal o médico Dr. Manuel Afonso Cardoso e para Vereadores os Srs. Antônio Carlos de Souza, José Luciano de Souza Guimarães (futuro Barão de São Francisco do Glória), Mariano José Soares, Antônio Antunes Vieira, João Marcelino Teixeira e Estêvão Rodrigues Pedrosa.

A criação do Distrito de Carangola foi confirmada através da Lei Estadual n.º 02 de 14/09/1891. Na época de sua emancipação, o município de Carangola compreendia os Distritos de Carangola, Tombos do Carangola, São Mateus, São Sebastião da Barra, Alto Carangola, São Francisco do Glória, Espera Feliz e Divino do Espírito Santo do Carangola. Na imensa área que constituía o Município, em 1882, ocorreram sucessivos desmembramentos sendo que hoje se constitui em 12 Municípios.

A vida judiciária teve início na elevação do povoado à condição de Distrito de Paz (Lei 1097 de 07/10/1860). Pela Lei n.º 2665 de 04/11/1880, era criada a Comarca de Rio Manhuaçú, abrangendo os Termos de São Lourenço do Manhuaçú e Santa Luzia do Carangola, sendo o de Carangola criado pela Lei n.º 2500 de 12/11/1878. Em 10 de abril de 1882 o Presidente da Província de Minas Gerais nomeou para Juiz Municipal o Dr. Benjamin Firmo de Paula Aroeira. Tendo o Juiz de Direito oportunidade de optar para sede da nova Comarca, este escolheu Carangola, fixando aqui sua residência, instalando-se em 20 de janeiro de 1883, preenchendo aquela formalidade o Juiz Suplente Dr. Américo Fernandes Leão. Em 10 de maio de 1883 o Juiz de Direito, Dr. Francisco Xavier Rodrigues Campello inaugurou as audiências públicas. Através do Decreto n.e 230 de 10/11/1890, era criada a Comarca de Carangola, desmembrada da Comarca de Rio Manhuaçú. Em 28 de setembro de 1922 foi a Comarca elevada à categoria de 2.ª Entrância através da Lei 839. Em 23 de novembro de 1925, pela Lei n.º 912, foi elevada para 3.ª Entrância. Pelo Decreto n.º 667, de 1940, a Comarca de Carangola tornou-se de 4.ª Entrância. O primeiro registro civil de nascimento ocorreu em 10 de janeiro de 1889 e o primeiro registro de imóveis, em 28 de fevereiro de 1891.

A vida religiosa teve início com a construção da capela do Rosário, edificada por Francisco de Souza Romano, benzida em 07 de outubro de 1857. A primeira Igreja Matriz foi construída de taipa, no ano de 1859. Em 1862, Dom Antônio Ferreira Viçoso, Bispo de Mariana, durante sua visita à Freguesia de Tombos, assinou o decreto criando o Curato de Santa Luzia, filial da Paróquia de Tombos. Em 1868 chegou o primeiro Cura, o padre italiano Antonio Cassaleto. Dentre os vigários da Paróquia se destacou o padre Cândido Alves Pinto de Cerqueira, deputado provincial por duas legislaturas. A partir de 1915 foi a Paróquia de Santa Luzia incorporada à Diocese de Caratinga. Em 1925 a provisão passou a ser exercida pela Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado de Maria (Claretianos) que permaneceram até 1954, quando foram sucedidos pela Congregação dos Padres Missionários de Nossa Senhora do Sacramento (Sacramentinos), que permaneceram até 1982. Em 1921 vieram as primeiras freiras da Congregação das Servas de Maria do Brasil, que naquele ano adquiriram a Escola Normal "Arthur Bernardes". Em 1935, para assumirem a direção interna da Casa de Caridade de Carangola, chegaram as freiras da Congregação das Pequenas Irmãs da Divina Providência.

A primeira confissão evangélica a se estabelecer em Carangola foi a Igreja Metodista, em novembro de 1921. Em seguida formou-se uma Congregação da Igreja Batista e, em 1949, a Igreja Presbiteriana do Brasil estabeleceu sua casa de oração na rua Barão de São Francisco. A Igreja Cristã iniciou suas atividades inaugurando sua primeira Casa de Oração em 01 de janeiro de 1914, na região de Conceição. Em 1941 inauguraram seu templo na rua Coronel Manoel José de Souza. Em 1954 a Igreja Evangélica Assembléia de Deus iniciou suas atividades num salão situado na rua 12 de Outubro. Posteriormente surgiram novas confissões e hoje totalizam 18 igrejas de denominações diferentes.

As comunicações desta região para com os portos do litoral eram precárias, sendo o transporte efetuado por tropas de burros devido à carência de rios navegáveis e o terreno muito montanhoso. Em 1872 o Comendador Cardoso Moreira iniciou a construção da Estrada de Ferro do Carangola que, partindo inicialmente de Campos-RJ, deveria ter seu ponto final em Tombos. Mas as freqüentes interrupções dos trabalhos permitiram que a ferrovia atingisse no máximo o povoado de Porciúncula-RJ. Em 10 de julho de 1887 um trem de lastro da Estrada de Ferro Alto-Muriahé foi festivamente recebido na cidade, que assim passava a ter comunicação direta e diária com o Rio de Janeiro. Sendo ponto final da ferrovia, até o ano de 1914, a cidade teve um grande surto de desenvolvimento, constituindo o empório de uma área geográfica de 250 km de raio. O primeiro automóvel chegou a Carangola em 1917, adquirido pelo Sr. José Joaquim Ferreira. As condições das estradas de rodagem eram precárias. A maioria delas foram locadas pelas antigas trilhas dos indígenas e ampliadas para o trânsito de tropas de alimárias e carros de bois. Com a construção da rodovia Rio-Bahia, seu traçado passava no antigo povoado onde hoje é a cidade de Fervedouro. Em 1939 foi iniciada a construção do trecho de Fervedouro a São João do Manhuaçú. Em 1944 foi iniciada, de Carangola, a construção do ramal ligando a Fervedouro e à estrda tronco. A Estrada de Ferro Alto-Muriahé foi absorvida pela Estrada de Ferro Leopoldina que, por sua vez, em 1899, passou para propriedade inglesa, passando a constituir a The Leopoldina Railway Company Limited, que assim permaneceu até 1949, quando foi encampada pelo governo brasileiro. A ferrovia foi erradicada do município em 09 de setembro de 1976. A pavimentação do trecho rodoviário Carangola-Fervedouro atingiu a cidade em 30 de abril de 1966.

A iluminação pública, inicialmente, era feita com lampiões que queimavam óleo de baleia. Durante a administração do Agente Executivo Manoel José de Souza (1898-1901) foi instalada a iluminação pública a gás acetileno e em abril de 1914 a cidade passou a ser iluminada com energia elétrica.

Quando ocorreu sua emancipação, em 1882, a cidade de Carangola se compunha de cinco ruas e duas praças, com 36 residências. Em 1896, na época da instalação dos serviços de água e esgoto, o perímetro urbano já possuía 156 domicílios e estabelecimentos comerciais. Em 1901 foi inaugurado o Parque Municipal, misto de área de lazer e jardim botânico, que teve duração efêmera. O ajardinamento da praça principal só ocorreu em 1910, durante a administração municipal do Cel. Olympio Joventino Machado. Apesar de na época citada já estarem instaladas as pedras de meio fio, o calçamento a paralelepípedos só foi iniciado em março de 1923, durante a administração do Cel. Adolfo Eusébio de Carvalho, limitando-se ao centro da cidade.

Desde 1856 que a cidade dispunha de escolas singulares, tanto na área urbana como na rural. Em 1890 foi inaugurada a Escola Intendencial e em 1907 instalado o Grupo Escolar na Praça Cel. Maximiano. Em março de 1916 o prédio onde este Grupo se instalava desabou e a escola funcionou até 1925 em vários pontos da cidade. Em 21 de abril de 1925 foi inaugurado o Grupo Escolar Mello Vianna. Em 01 de fevereiro de 1934 iniciava suas atividades, em três casas na rua Marechal Deodoro, o Grupo Escolar Interventor Benedito Valadares. No ano de 1946 passou a ocupar as suas instalações definitivas na rua Quintino Bocaiúva. Em 1947, no prédio do antigo Instituto Propedêutico Carangolense, começava a funcionar o Grupo Escolar Antônio Marques. O ensino secundário teve início com o Ginásio Carangolense, de propriedade do Sr. Vespasiano Leopoldino de Souza, que iniciou suas atividades em 1914 num casarão na rua Marechal Deodoro. Em 1917, anexo a este, era instalada a Escola Normal Arthur Bernardes, transferida de Manhuaçú para Carangola. Em 1916 foram lançados os alicerces de um estabelecimento escolar que teria a denominação de Colégio Santa Luzia. A construção só ficou pronta em 1922 e ali se instalou o Ginásio Municipal Carangolense, que durou até 1973, sendo extinto e suas instalações adquiridas pela Fundação Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Carangola. O Instituto Propedêutico Carangolense foi inaugurado em 20 de janeiro de 1929 e funcionou até 1938, na rua Magalhães Queiróz.

No aspecto econômico, a agricultura foi o fator de crescimento da região. A introdução do cultivo do café data de 1848, quando Manoel Pinheiro plantou as primeiras mudas em Caiana. A generalização do cultivo de café na região atraiu a ferrovia, devido ao volume considerável de produção. No auge do período produtivo a cidade chegou a exportar 100 mil sacas anuais. A produção cafeeira local teve sua primeira crise em 1907 devido às especificações previstas no Convênio de Taubaté, pois o tipo produzido na região não se enquadrava no mesmo. A pecuária, outrora limitada à criação de gado Barroso, de pouco leite e carne dura, teve um incentivo a partir de 1914, quando Roberto Ferreira de Toledo Júnior adquiriu os primeiros exemplares de gado de origem européia: holandês preto e branco, normando e simental. Posteriormente outros fazendeiros introduziram animais de origem indiana e outras raças européias. A produção econômica de Carangola era tamanha, chegando ao ponto de se constituir na segunda arrecadação fiscal do Estado de Minas Gerais.

Uma grande experiência foi tentada a partir de 1915 pelo médico Dr. Jonas de Faria Castro que, através de uma sociedade anônima, fundou a Companhia Industrial Carangolense inaugurando, em 1921, a primeira fábrica de isoladores de porcelana da América do Sul. A empresa entrou em insolvência em 1926. Outro empreendimento industrial de vulto foi a Oficina Metalúrgica de Antônio Pistono & Filhos, que dispunha de uma grande fundição de ferro, tendo fabricado tornos mecânicos e limadores, em 1917.

Apesar de ter deixado de constituir ponto final da ferrovia, em 1914, a cidade ainda experimentou um grande desenvolvimento. As sucessivas emancipações de seus distritos - Tombos (1922), Divino e Espera Feliz (1938), Faria Lemos e São Francisco do Glória (1953) e ultimamente Fervedouro (1993) - esvaziaram a base econômica do município. Em 1936 existiam em Carangola treze grandes armazéns exportadores de café e, em 1950 estes já se reduziam a apenas três. Em 1968 o município aderiu ao Programa de Erradicação dos Cafeeiros tidos como improdutivos a troco da pavimentação das rodovias que cortavam o município. Assim se esvaiu o restante da economia local, outrora uma das mais pujantes do Estado de Minas Gerais.

Fonte: ROGÉRIO CARELLI - Prof. História Contemporânia da Fundação FAFILE/UEMG - Sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, IBGE.
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CAMPO BELO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA

População 2012: 52.500
Área da unidade territorial (Km²): 528,225
Densidade demográfica (hab/Km²): 97,58
Gentílico: Campo-belense

Histórico
Segundo o historiador local José Miserani de Carvalho, em sua obra " Velharias, as origens de Campo Belo encontram-se entre fins do século XVI, quando, por aqui andou, o bandeirante Lourenço Castanho, perseguindo os ferozes índios Cataguases, data em que se deu o início da civilização nestas terras.

Acredita-se que o local servia de pouso para os viajantes, pela proximidade com a Estrada Real.

Uma tradição oral nos conta que viajando por ínvios caminhos, uma dessas caravanas vindas do sul e em demanda do oeste de Minas, acampou casualmente, ao entardecer de um dia muito claro e quente, perto de manso regato, para descansar e passar a noite.

Em pesquisa pela redondeza do pouso, quis a fortuna que ao chefe da expedição se deparasse no âmago da floresta, uma verde alcatifa aureolada por mato fechado. Ao leve farfalhar do arvoredo que lamentava o fim do dia, a voz do sertanista se elevou triunfal numa exclamação que está atravessando séculos - Que Campo Belo!

Acampara o viajor próximo ao córrego que posteriormente vaio a chamar-se "Lavapés"; ficava o campo belo à distância, na graciosa encosta de uma colina. Romão Fagundes do Amaral, era como se chamava o aventureiro.

Mais tarde, dizem que aí por 1720, às terras do campo belo chegou uma senhora por nome de Catarina Parreira, vinda de Suaçuí, aqui em Minas, segundo uns, de Portugal, segundo outros.

Cerca de dez anos após a sua chegada, Catarina, católica fervorosa, deu início às obras de monumental igreja.

Formação Administrativa
Campo Belo tornou-se distrito por Alvará de 24 de setembro de 1818.

A vila foi criada pela Lei provincial n.° 373, de 9 de outubro de 1848, com sede no povoado de Senhor Bom Jesus do Campo Belo e essa mesma denominação. Suprimida pela Lei n° 472, de 31 de maio de 1850, reconquistou sua autonomia administrativa por efeito da Lei n.° 2 221, de 13 de junho de 1876. Originou-se do então Município de Tamanduá, ocorrendo sua reinstalação a 28 de setembro de 1878.

A Lei n° 3 196, de 23 de setembro de 1884, concedeu foros de cidade a sede municipal.

Em 12 de dezembro de 1953 e 30 de novembro de 1962 perdeu os distritos de Santana do Jacaré e Aguanil, desmembrados para formarem novos municípios destes nomes.

Na divisão territorial vigente figura com dois distritos: Campo Belo e Porto dos Mendes, este último criado pela Lei n.° 2 764, de 30 de novembro de 1962, com território desanexado do distrito-sede.

Judicialmente, Campo Belo é sede de comarca, criada pela Lei provincial n.° 3 196, de 23 de setembro de 1884 e instalada em 7 de março de 1892.

É comarca de 3.ª entrância, constituída pelos municípios de Campo Belo (sede), Cristais, Santana do Jacaré e Aguanil.

Fonte: Prefeitura Municipal, IBGE.
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CAMPOS GERAIS (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 27.600
Área da unidade territorial (Km²): 769,504
Densidade demográfica (hab/Km²): 35,87
Gentílico: Campos-geraiense

Histórico
Em 1827, Tomé Soares de Oliveira, Francisco Graciano Macedo, Simão Martins Ferreira e outros membros das famílias Soares e Martins, proprietários de duas Fazendas na região, iniciaram a fundação do povoado, denominado Carmo do Campo Grande.

A evolução da localidade ocorreu após a doação, pelas duas famílias, de 50 alqueires de terras, às margens do Córrego da Divisa, para formação do patrimônio da igreja, ali construída, em meados de 1832, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, Padroeira da povoação. O lugar passou a ser chamado "Divisa Vermelha", nome que o distinguia do Distrito de Divisa Nova.

Em 1860, José Silveira de Oliveira, descendente dos fundadores, com apoio do povo, construiu uma notável capela para a época, depois substituída, com a contribuição de Antônio Joaquim Pereira, pela atual Igreja do Rosário.

A agricultura e a pecuária contribuíram decisivamente para o desenvolvimento de Campos Gerais.

Formação Administrativa
Antiga povoação de Carmo do Campo Grande. Vila criada com a denominação de Campos Gerais por Lei Estadual nº 319, de 16 de setembro de 1901. Desmembrada dos Municípios de Dores da Boa Esperança e Três Pontas ou somente deste último.

Instalada em 2 de janeiro de 1902. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Campos Gerais se compõe de 3 Distritos: Campos Gerais, criado por Lei Provincial nº 1655, de 14 de setembro de 1870 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891; Córrego do Ouro e Coqueiros.

Cidade por Lei Estadual nº 663, de 18 de setembro de 1915.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o Município de Campos Gerais permanece com 3 Distritos: Campos Gerais, Espírito Santo dos Coqueiros e Córrego do Ouro.

Por Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, o Município de Campos Gerais perdeu o Distrito de Coqueiros (ex-Espírito Santo dos Coqueiros), transferido para o Município de Dores da Boa Esperança, mas sem uma parte do território, que se incorporou ao Distrito de Campos Gerais; e o Distrito de Campos Gerais perdeu o território que constituiu o Distrito de Campo do Meio, no mesmo Município de Campos Gerais.

Por efeito da citada Lei 843, o Município de Campos Gerais ficou composto de 3 Distritos: Campos Gerais, Córrego do Ouro (antigo N.S. do Rosário do Córrego do Ouro) e Campo do Meio.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Campos Gerais, Córrego do Ouro e Campo do Meio.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, o Município de Campos gerais é termo judiciário da Comarca de Três Pontas - e se compões de 3 Distritos: Campos Gerais, Campo do Meio e Córrego do Ouro.

No quadro fixado pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938 para 1939-1943, o Município de Campos Gerais é composto dos seguintes Distritos: Campos Gerais, Campo do Meio e Córrego do Ouro - e é termo único da Comarca de Campos Gerais.

Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943 que fixou o quadro territorial para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Campos Gerais figura exatamente como em 1939-1943, tanto na divisão administrativa como na divisão judiciária.

Aparece no quadro fixado pela Lei nº 336, de 27-XII-1948 composto dos Distritos de Campos Gerais e Córrego do Ouro menos o Distrito de Campo do Meio elevado à categoria de município por essa mesma Lei.

Permanece com os Distritos de Campos Gerais e Córrego do Ouro no quadro fixado pela Lei nº 1039, de 12-XII-1953 para vigorar em 1954-1958, Comarca de Campos Gerais.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: IBGE
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BRUMADINHO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 34.400
Área da unidade territorial (Km²): 639,434
Densidade demográfica (hab/Km²): 53,13
Gentílico: Brumadinhense

Histórico
Os desbravadores da região Espinhaço Meridional onde hoje se situa o município foram bandeirantes paulistas, chefiados por Fernão Dias Paes Leme, que fundaram inicialmente um núcleo de abastecimento da bandeira, pousos de repouso de tropas e lugar de levantamento dos mantimentos. De ponto de abastecimento de víveres, passou a pequeno arraial de mineradores.

O desenvolvimento da cultura cafeeira e a possibilidade de se extrair e exportar minérios de ferro, abundantes na região, provocaram a construção do ramal do Paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil, fazendo nascer e desenvolver o povoado, com a chegada de trabalhadores e imigrantes estrangeiros. Começou assim o povoado a tomar aspectos de uma pequena cidade, já com um pequeno comércio estabelecido, várias moradias e uma população fixa de tamanho razoável.

O topônimo Brumadinho foi dado à Estação construída no lugar e tem origem na derivação do nome do povoado mais próximo, Brumado e Paraopeba.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Brumado do Paraopeba ex-povoado, pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Bonfim.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Brumado do Paraopeba figura no município de Bonfim.

Pela lei estadual nº 622, de 18-09-1914, o distrito de Brumado do Paraopeba tomou o nome de Conceição do Itaguá.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o distrito de Conceição do Itaguá, figura no município de Bonfim.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Conceição do Itaguá passou a chamar-se Brumadinho.

Em divisão administrativa referente a 1933, o distrito de Brumadinho (ex-Conceição do Itaguá), figura igualmente no município de Bonfim.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Elevado à categoria de município com a denominação de Brumadinho, pelo decreto estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembrado dos municípios de Bonfim, Itabirito e Nova Lima. Sede no antigo distrito de Brumadinho. Constituído de 4 distritos: Brumadinho, Aranha e São José do Paraopeba, desmembrado do município de Itabirito e Piedade do Paraopeba desmembrado do município de Nova Lima. Não temos a data de Instalação.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Brumadinho, Aranha, Piedade do Paraopeba e São José do Paraopeba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Pela lei estadual nº 1039, de 12-12-1953, é criado o distrito de Conceição do Itaguá e anexado ao município de Brumadinho.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 5 distritos: Brumadinho, Aranha, Conceição do Itaguá, Piedade do Paraopeba e São José do Paraopeba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas distritais

Brumado do Paraopeba para Conceição do Itaguá alterado, pela lei estadual nº 622, de 18-09-1914.

Conceição do Itaguá para Brumadinho alterado, pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923.

Fonte: IBGE
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CAMBUÍ (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 27.100
Área da unidade territorial (Km²): 244,567
Densidade demográfica (hab/Km²): 108,31
Gentílico: Cambuiense

História
Segundo a tradição, Cambuí foi via de acesso dos bandeirantes à procura de ouro e pedras preciosas, de aventureiros exploradores dos "descobertos", terras anteriormente devassadas, além de via de acesso preferida pelos viajantes em demanda das cidades, vilas e arraiais, já formados às margens dos rios Sapucaí e Verde. Alguns deles, percebendo a fertilidade das terras, permaneceram na região, iniciando fazenda de lavoura e criação de gado, resultando no povoamento e no aparecimento de moradores. Em 1813, foi construída uma capela consagrada a Nossa Senhora do Carmo, a 3 km da atual Cidade. Segundo contam, quando os moradores perceberam a má localização do arraial, mudaram-no para o local onde hoje se situa a Cidade, acelerando, a partir daí, o progresso do atual município. O topônimo originou-se da abundância na região de uma árvore de nome cambuí.

Gentílico: Cambuiense.

O distrito foi criado em 1 de junho de 1850, pela Lei nº 571, e o Município, desmembrado do de Jaguari, em 19 de janeiro de 1892, pela Lei nº 23.

Vila criada com sede na povoação de N.S. do Carmo do Cambuí, por Lei Provincial nº 3712, de 27 de julho de 1889. Desmembrada do Município de Jaguari.

Instalada em 19 de janeiro de 1890. Cidade por Lei Estadual nº 23, de 24 de maio de 1892.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Cambuí (Cambuhy) se compõe de 3 Distritos: Cambuí, criado por Lei Provincial nº 471, de 1º de junho do ano de 1850 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891; Bom Retiro e Bom Jesus do Córrego.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 e no fixado pela Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, bem como na divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Cambuí figura com os mesmos distritos citados na divisão de 1911.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, 31-XII-1937 e no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, bem como no quadro fixado pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938 para 1939-1943, o Município de Cambuí é composto dos Distritos de Cambuí, Bom Jesus do Córrego e Bom Retiro - e é termo judiciário único da Comarca de Cambuí.

Em virtude do Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943 que fixou o quadro territorial para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Cambuí ficou composto dos Distritos de Cambuí, Bom Jesus do Córrego e Bom Repouso (ex-Bom Retiro) - e constitui o único termo judiciário da Comarca de Cambuí.

Aparece no quadro fixado pela Lei nº 336, de 27-XII-1948 para vigorar em 1949­1953, composto dos Distritos de Cambuí, Bom Jesus do Córrego, Bom Repouso e Senador Amaral e no fixado pela Lei nº 1039, de 11-XII-1953 para 1954-1958 apenas com os Distritos de Cambuí e Senador Amaral em vista da elevação a município dos Distritos de Bom Repouso e Bom Jesus do Córrego, este último com a denominação de Córrego do Bom Jesus.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Fonte: IBGE
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BOM DESPACHO (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012: 46.600
Área da unidade territorial (Km²): 1.223,864
Densidade demográfica (hab/Km²): 37,28
Gentílico: Bom-despachense

Histórico
Foi um português chamado Manuel Picão, quem primeiro se internou nas terras que constituem o atual município de Bom Despacho, por volta de 1730. Em 1775, outros povoadores também portugueses, ali chegaram e foram apossando-se das terras que lhes parecerem mais propícias à criação de gado e a lavoura de subsistência.

Esses portugueses e seus descendentes edificaram, por volta de 1790, uma ermida dedicada a Nossa Senhora do Bom Despacho. Era o arraial que nascia. Mais tarde, a velha capela de capim cedia lugar à outra, coberta de telhas, e passou a constituir o mais importante instrumento de sociabilidade, ligação e intercâmbio da população. A criação e a pecuária deram bases estáveis para a ocupação do território, e sobre elas pode fixar a economia do arraial.

A origem do topônimo "Bom Despacho" deve-se à invocação religiosa na consagração da ermida pioneira, cujo fundador foi grande devoto de Nossa Senhora do Bom Despacho. i

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Bom Despacho, pelo decreto de 14-07-1832, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Santo Antônio do Monte.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Bom Despacho, pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembrado de Santo Antônio do Monte. Sede na antiga povoação de Bom Despacho. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-06-1912.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede.

Assim permanecendo nos quadros do Recenseamento Geral de 1-IX-1920.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, é criado o distrito de Moema (ex-povoado Doce de Cima) e anexado a vila de Bom Despacho.

Elevado á condição de cidade com a denominação de Bom Despacho, pela lei estadual nº 893, de 10-09-1933.

Em divisão administrativa referente ao ano 1933, o município é constituído de 2 distritos: Bom Despacho e Moema.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei nº 148, 17-12-1938, é criado o distrito de Araújos e anexado ao município de Bom Despacho.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Bom Despacho, Araújos e Moema.

Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, é criado o distrito de Engenho do Ribeiro e anexado ao município de Bom Despacho.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Bom Despacho, Araújos, Engenho do Ribeiro e Moema.

Pela lei estadual nº 1039, de 12-12-1953, desmembra do município de Bom Despacho os distritos de Araújos e Moema, ambos elevados á categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Bom Despacho e Engenho do Ribeiro.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE
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ARAXÁ (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA


População 2012:  95.600
Área da unidade territorial (Km²): 1.164,358
Densidade demográfica (hab/Km²): 80,45
Gentílico: Araxaense

Histórico
Os primeiros relatos sobre a região em que se encontra a cidade de Araxá, iniciam no ano de 1669 , onde foram encontrados os primeiros habitantes Índios Arachás, descendentes dos Cataguás que viviam nas cercanias de Bambuí. De acordo com os relatos, um grupo de índios Cataguás, chefiado pelo guerreiro Andaia-Aru teria se desvinculado da tribo e rumado para as terras ao norte da Serra da Canastra, onde se instalou e viveu tranqüilo até a vinda do homem branco, em meados do século XVII.

As terras férteis, cobertas de florestas, onde habitavam os índios Arachás e as águas minerais nela existentes, constituíram uma poderosa atração para o desbravador branco. Para que este obtivesse o controle daquele território, muitas tentativas de ocupação foram feitas, na primeira metade do século XVII.

Mas foi somente em 1766 com o sucesso da expedição comandada pelo mestre de Campo Inácio Correia de Pamplona, foi vencida a tenaz resistência que o índio opunha ao invasor. Conseguiu assim, a Capitania de Minas Gerais o controle efetivo, por pouco tempo, da região. Pois, a região do Desemboque e todo o então chamado Sertão da Farinha Podre (Região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba) passam a Capitania de Goiás.

Em 1770, Araxá recebe seus primeiros habitantes atraídos pela fertilidade das terras da região, pelas águas e pelo sal mineral da região do Barreiro. Surgem ali, as primeiras fazendas de gado.

Em 1778 teve início da fundação da cidade de Araxá, data em que foi celebrada a primeira missa do território.

Em 1791 foi elevada à condição de Freguesia de São Domingos de Araxá, em honra a São Domingos de Gusmão (Santo originário da Espanha, fundador da Ordem dos Pregadores).

Em 1795 teve início a construção da primeira Igreja Matriz de São Domingos de Gusmão, por um rico fazendeiro da época, Alexandre Gondim.

Em 1811 foi elevado à condição do Julgado de São Domingos do Araxá, a partir de então, um juiz passou a residir permanentemente na vila, que permanecia sob a administração da Comarca da Villa Boa de Goyaz.

Em 1815, os moradores de São Domingos do Araxá, por meio de Requerimento à Coroa, solicitam a passagem do domínio da mesma para a Capitania de Minas Gerais.

Sua integração em Minas Gerais se reveste de aspectos interessantíssimos, envolvendo de forma decisiva a figura de D. Beija, personagem importante da história e hoje da lenda do munícipio.

Conforme a informação de Eduardo Frieiro, citado no livro de Leopoldo Correia "Achegas à História do Oeste de Minas", em 1815, estando em Araxá o Ouvidor-Geral da Comarca, Joaquim Inácio Silveira da Mota, viu ele, certa tarde, passar a jovem Ana Jacinta de São José, também conhecida como D. Beija. Tomado de grande paixão pela moça, fê-la raptar, pelo seus lacaios, aquela mesma noite.

A família de Beija - gente pobre - queixou-se ao governador de Goiás, inimigo que era do Ouvidor-Geral. Este último, para livrar-se da situação, intercedeu junto a D. João VI, conseguindo que os julgados de Araxá e Desemboque passassem para Minas, onde seu julgamento não teria maior importância. O rapto de D. Beija, deslocou, desta forma, para Minas Gerais a extensa área do Triângulo Mineiro, com a subordinação de São Domingos de Araxá à Vila de Paracatu. Essa mudança também se deve por conta de um grande movimento popular ocorrido no julgado de Araxá.

Em 1831 foi elevada à condição de Município, desmembrado do município de Paracatu.

Topônimo, Araxá, pelo que diz a Revista do Archivo Público Mineiro, com o escritor mineiro Lafayette de Toledo e Cônego U. Pennafort, seria em referência aos planaltos ou taboleiros de região descampada, em elevada altitude. Entretanto, diz ainda a revista, com cientista Theodoro Sampaio e Gal. Couto de Magalhães, com a melhor compreensão do topônimo, de origem tupi-guarani, vem a ser, portanto, "a região elevada d'onde primeiro se observa o despontar do Sol".

Formação Administrativa
Freguesia de São Domingos do Araxá, criado em 20-10-1791, pelo alvará de 04-04-1816, transfere a freguesia da antiga Província de Goiás, a qual pertencia desde sua criação, para Minas Gerais.

Elevado à categoria de vila com a denominação de São Domingos do Araxá, pelo decreto de 13-10-1831, desmembrado do município de Paracatu. Sede no antigo distrito de São Domingos do Araxá. Constituído do distrito sede. Instalado em 07-01-1833.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Araxá, pela lei provincial nº 1259, de 19-12-1865.

Pela lei provincial nº 1819 ou 819 de 02-10-1871, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Santo Antônio do Pratinha e anexado ao município de Araxá.

Pela lei provincial nº 2153, de 15-11-1875, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, São criados os distritos de São Domingos do Araxá e Dores de Santa Juliana e anexados ao município de Araxá.

Pela lei provincial nº 2594, de 03-01-1880, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Nossa Senhora da Conceição e anexado ao município de Araxá.

Pela lei provincial nº 2980, de 10-10-1882, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Pedro de Alcântara e anexado ao município de Araxá.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 5 distritos: Araxá, Dores de Santa Juliana, Nossa Senhora da Conceição, São Pedro de Alcântara e Santo Antônio da Pratinha.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-09-1920, o município é constituído de 5 distritos: Araxá, Dores de Santa Juliana, Nossa Senhora da Conceição, São Pedro de Alcântara e Pratinha (ex-Santo Antônio da Pratinha).

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município de Araxá o distrito de São Pedro de Alcântara e Pratinha, para formar o novo município de Ibiá (ex-São Pedro de Alcântara). Pela referida lei estadual são criados os distritos de Argenita (ex-povoado de São João do Araxá) e Tapira ex-povoado e anexado ao município de Araxá.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Araxá, Argenita, Dores de Santa Juliana, Nossa Senhora da Conceição e Tapira.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Araxá os distritos de Nossa Senhora da Conceição. Elevado á categoria de município com a denominação de Perdizes e Dores de Santa Juliana com a denominação de Santa Juliana.

Pelo referido decreto-lei os distritos de Argenita deixa de pertencer a Araxá para ser anexado ao município de Ibiá e Tapira a pertencer ao município de Sacramento.

Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2008.

Alteração toponímica distrital:

São Domingos do Araxá para simplesmente Araxá alterado, pela lei provincial nº 1259, de 19-12-1863.

Fonte: IBGE; Revista do Archivo Público Mineiro, da Secretaria de Cultura de Minas Gerais; Assembléia Legislativa de Minas Gerais e Fundação Cultural Calmon Barreto, de Araxá.
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ANDRADAS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE ANDRADAS


População 2012: 37.900
Área da unidade territorial (Km²): 469,370
Densidade demográfica (hab/Km²): 79,40
Gentílico: Andradense

Histórico
Data de 1790 a ocupação do território de Andradas. Felipe Mendes do Prado e o Guarda-Mor Antonio Rabelo de Carvalho, explorando outras regiões, atravessaram o rio das Antas, cruzaram a cachoeira Grande Córrego do Tamanduá e foram fixar-se às margens do Córrego do Cipó, um à margem direita e outro à margem esquerda, com o gado que traziam de Baependi, onde eram fazendeiros.

A serra, seu principal acidente geográfico, deu origem ao nome Caracol.

O nome Andradas veio da homenagem que a cidade prestou a Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, Governador do Estado.

Em 1848, foi feita a doação, por Candido José Mendes, de um alqueire de terra ao patrimônio da igreja .

Anos após, com a abolição da escravatura, Andradas recebeu os primeiros colonos italianos, a maioria dedicada à viticultura, ramo que mais tarde conferiu ao município a posição de bom produtor de vinho do país.

Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de São Sebastião de Jaguari, pela lei provincial nº 1098, de 07-10-1860, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Caracol, pela lei estadual nº 3656, de 01-09-1888, desmembrado de Caldas. Sede na povoação de São Sebastião do Jaguari.

Constituído do distrito sede. Instalado em 22-02-1890.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila de Caracol é constituído do distrito sede.

Elevado à condição de cidade com a denominação Caracol, pela lei estadual nº 893, de 10-09-1925.

Pela lei estadual nº 1035, de 20-09-1928, o município de Caracol passou a chamar-se Andradas.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Andradas (ex-Caracol) é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto estadual nº 148, de 17-12-1938, é criado o distrito de Grama e anexado ao município de Andradas.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Andradas e Grama.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Grama passou a denominar-se Gramínea.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Andradas e Gramínea (ex-Grama).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1971.

Pela lei estadual nº 6769, de 13-05-1976, é criado o distritos de Campestrinho e anexado ao município de Andradas.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 3 distritos: Andradas, Campestrinho e Gramínea

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

São Sebastião do Jaguari para Caracol alterado, pela lei provincial nº 3656, de 01-09-1988.

Alteração toponímica municipal

Caracol para Andradas alterado, pela lei estadual nº 1035, de 20-09-1928.

Fonte: IBGE
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