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CRUZEIRO DO SUL (ACRE) - ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS DE CRUZEIRO DO SUL

Cruzeiro do Sul é um município brasileiro localizado no oeste do estado do Acre. A cidade é, atualmente, a segunda mais populosa do Acre e a umas das mais desenvolvidas do interior do estado.

Sua Área é de 7.925 km² representando 5.1939 % do Estado, 0.2057 % da Região e 0.0933 % de todo o território brasileiro.

A cidade é um dos mais importantes pólos turísticos e econômicos do Estado. Tem seus encantos para mostrar, como: igarapés mágicos, praias de areias claras e finas, águas escuras e límpidas, passeios e pescarias pelos rios e a vegetação selvagem da floresta. Além disso, Cruzeiro do Sul é cercada de construções e monumentos que simbolizam e guardam a história e a grandeza do seu povo.

História
O município, cujo nome foi inspirado na Constelação "Cruzeiro do Sul", surgiu da implementação do decreto de 12 de setembro de 1904, quando o Coronel do Exército Brasileiro Gregório Thaumaturgo de Azevedo instalou a sede provisória do município, em um local denominado "Invencível", na foz do Rio Môa. Teve sua fundação oficializada em 28 de Setembro de 1904, quando a sede do Departamento do Alto Juruá foi transferida para Cruzeiro do Sul. A área escolhida chamava-se "Centro Brasileiro" e foi adquirida do Sr. Antônio Marques de Menezes pelo governo da União. Era localizado à margem esquerda do Barracão Central da Casa de Farinha e algumas barracas isoladas.

Em 17 de Novembro de 1903, o território do Acre, incorporado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, foi dividido em três departamentos: Alto Juruá, Alto Purus e Alto Acre, todos independentes entre si e diretamente subordinados ao Governo da União. Cada um dos departamentos era administrado por um Intendente - cargo parecido com o de prefeito atual, só que nomeado pelo presidente da República, até 1920.

No dia 28 de setembro de 1904, o Coronel Thaumaturgo, através do Decreto N° 4, autorizava a transferência da sede da Prefeitura para o Seringal Centro Brasileiro, à margem esquerda do Juruá, pois no antigo lugar faltava área suficiente para o desenvolvimento futuro da cidade, além do problema das inundações periódicas, resultantes das enchentes do rio. Na área do Centro Brasileiro, a geografia apresentava muitas colinas (terras livres de inundações), facilitando a implantação da futura cidade de Cruzeiro do Sul, atendendo, ainda, outras considerações de ordem administrativa e comercial. Não se sabe, exatamente, de quem foi a ideia de dar o nome à sede da prefeitura do Alto Juruá de Cruzeiro do Sul, mas a denominação é estabelecida no artigo 2° do Decreto e, com certeza, tem por inspiração a constelação do Cruzeiro do Sul.

Geografia
Área: 7 924,943 km²
População: 79.825 hab. IBGE/2012
Densidade: 9,9 hab./km²
Altitude: 182 m
Clima: Equatorial
Fuso horário: UTC−4
Unidade federativa: Acre
Mesorregião: Vale do Juruá
Microrregião: Cruzeiro do Sul
Municípios limítrofes: estado do Amazonas, República do Peru, Porto Walter, Rodrigues Alves, Tarauacá e Mâncio Lima
Distância até a capital: 632 Km
Aniversário: 28 de setembro de 1904 
Fundação: 1904
Gentílico: cruzeirense

O município conta com um relevo formado por uma série de colinas e uma vegetação predominantemente amazônica. A área do município é de 7 924,94 km². Localiza-se na região noroeste do estado de Acre, na margem esquerda do rio Juruá, a 648 km por via terrestre da capital do estado Rio Branco, pela rodovia BR-364 e 593 km em linha reta. Localizada na Mesorregião do Vale do Juruá, faz divisa com o Estado do Amazonas (Norte); o município de Porto Walter (ao Sul); com Tarauacá (a Leste) e com os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e com o Peru (a Oeste).

Hidrografia
Os principais rios do Estado são o Juruá e o Purus, que formam as duas grandes bacias hidrográficas acreanas. A cidade de Cruzeiro do Sul é banhada pelo Rio Juruá.

O Juruá é um rio de águas barrentas, navegáveis e piscosas que banha e divide a cidade de Cruzeiro do Sul em dois distritos. O nome Juruá é de origem indígena, é uma derivação do nome "Yurá", usado pelos indígenas que habitavam suas margens. O rio nasce no Peru e, com 2 410 quilômetros de extensão, é o 43º maior rio do mundo. Suas águas caudalosas e barrentas tem dois períodos distintos: no inverno, especialmente de dezembro a maio, é a época das enchentes, quando ele invade todas as terras baixas; e o período de verão, de junho a novembro, quando suas águas baixam de tal maneira que os barcos e balsas de maior porte não conseguem chegar a Cruzeiro do Sul. Suas margens, após as vazantes, são utilizadas pelos ribeirinhos ou "barranqueiros" para o plantio de produtos agrícolas como: feijão, milho, batata, melancia e outros.

Há uma grande quantidade de lagos espalhados pelo município, localizados, quase sempre, próximos ao Rio Juruá ou à seus afluentes. O aspecto e a largura que apresentam são semelhantes aos dos cursos d'água que passam nas proximidades. Medem, aproximadamente, 6 km de extensão e são, geralmente, piscosos.

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RIO BRANCO (ACRE) - ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS E SOCIAIS

Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre, distando 3.123 quilômetros da capital Brasília. Localiza-se às margens do Rio Acre, no Vale do Acre e na microrregião homônima.

Principal município do estado, de acordo com uma estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até agosto de 2011, a cidade possui uma população de 342.298 habitantes, o qual a coloca como a sexta maior cidade da Região Norte e a 66ª maior do Brasil, . Sua área territorial é de 9.222,58 km², sendo o quinto município do estado em tamanho territorial. De toda essa área, 44,90 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Rio Branco como sendo a 66ª maior do país.

O povoamento da região de Rio Branco se deu no início do século XIX, com a chegada de nordestinos. O desenvolvimento do município ocorreu durante um grande período dado pelo Ciclo da Borracha. Nesta época ocorreu ainda uma miscigenação da população, com traços do branco nordestino com índios Kulinaã, sendo que houve também influência de povos vindos de outras regiões do mundo, como turcos, portugueses, espanhóis e vários outros.

Geografia
Unidade federativa: Acre
Mesorregião: Vale do Acre
Microrregião: Rio Branco
Municípios limítrofes: Bujari, Capixaba, Porto Acre, Senador Guiomard, Sena Madureira e Xapuri.
Distância até a capital (Brasília): 3 123 km
Área: 9.222,58 km²
População: 345.000 hab. (estimativa IBGE/2012)
Densidade: 37,12 hab./km²
Altitude: 153 m
Clima: equatorial AM
Fuso horário: UTC−4
Fundação: 28 de dezembro de 1882
Gentílico: riobranquense

Rio Branco se localiza a 9°58'29" sul e a 67°48'36" oeste, numa altitude de 153 metros acima do nível do mar. A cidade é cortada pelo rio Acre, que divide a cidade em duas partes denominadas Primeiro e Segundo Distritos. Atualmente, o rio é atravessado por seis passarelas - a mais nova é a Passarela Joaquim Macedo.

O município localiza-se na microrregião de Rio Branco, mesorregião do Vale do Acre. Limita-se ao norte com os municípios de Bujari e Porto Acre e com o Amazonas, ao sul com os municípios de Xapuri e Capixaba, a leste com o município de Senador Guiomard e a oeste com o município de Sena Madureira.

Relevo
Rio Branco situa-se em ambas as margens do Rio Acre, sua topografia à direita (na região hoje denominada pelo Segundo Distrito) formada por imensa planície de aluvião, enquanto que o solo na margem esquerda (onde fica o centro da cidade), caracteriza-se por sucessão de aclives suaves.

Solo
Cerca de 90% dos sedimentos da Bacia do Acre são de idade terciária de origem continental fluvial, tendo sido estudados sob denominações diversas, como a Formação de Pebas Manaus, Puca e Rio Branco. Delas a mais conhecida é a Formação Solimões.

A Formação Solimões é composta por sedimentos típicos de planície de inundação, apresentando estratificações cruzadas, estrutura laminar em argilitos, siltitos acamados e em lentes, arenitos finos e grosseiros em lentes ou interditados com siltitos e argilitos, etc.

Levantamentos de solos feitas para o Zoneamento Econômico Ecológico do Estado do Acre e do municipio de Rio Branco, indicam as seguintes classes de solo:

Argissolo Vermelho Amarelo, principal classe de solo do município e que apresenta caracteristicamente argila de atividade baixa em sua composição mineralógica, sendo solos ácidos, distróficos ou alumínicos, em relevo predominantente ondulado a suave ondulado. São solos de baixa fertilidade natural, moderada susceptibilidade à erosão e à mecanização, notadamente em função das limitações do relevo. Esta classe de solos predomina ao sul do município de Rio Branco, na porção sul da bacia do rio Riozinho do Rola, compreendo quase a totalidade das bacias dos igarapés Espalha, Forquilha, Vai-Se-Ver, Bom Futuro e Caipora, além de porções de terra a oeste do rio Acre, ao norte da BR-364.

Luvissolo Hipocrômico, com argila de alta atividade, textura média, hipereufrófico e com elevada acidez em profundidade. São solos de elevada fertilidade natural, porém, com deficiência de oxigênio devido a drenagem interna, sendo fortemente susceptíveis à erosão pela ocorrência em relevo ondulado. Para a mecanização destes solos deve-se priorizar técnicas de baixo revolvimento do solo, como plantio mínimo ou plantio direto. Esta classe de solo predomina ao norte do município de Rio Branco, na porção norte da bacia do rio Riozinho do Rola e ao sul da rodovia transacreana (AC-090), incluindo também a maioria das terras na margem oriental do rio Acre, principalmente entre a sede do municipio de Rio Branco e a divisa com o município de Porto Acre.

Estas duas classes de solos descritas acima são claramente diferenciadas em relação aos dois principais corpos de drenagem do município de Rio Branco: rio Acre e o rio Riozinho do Rola: os argissolos predominam na porção sul da bacia do Riozinho do Rola e na porção oriental da bacia do rio Acre, onde está a principal rede de recarga hídrica do município, facilmente identificada pela maior riqueza e maior extensão de canais de drenagem; por sua vez, os luvissolos predominam na porção norte da bacia do Riozinho do Rola e ocidental da bacia do rio Acre, onde a rede de drenagem é menos rica e menos extensa. Esta associação de rede de recarga hídrica e dos solos do município indicam a necessidade de políticas de gestão do uso da terra diferentes, onde o manejo conservacionista da bacia hidrográfica é particularmente importante nas áreas com argissolos.

Outras classes de solo que ocorre no município de Rio Branco trata-se do Latossolo Vermelho, cauliniticos, distróficos, profundos e de textura argilosa, em relevo suave ondulado, associados a Argissolo Amarelo e Argissolos Vermelho, normalmente de textura mais leve (média a argilosa), distróficos ou ácidos, e em relevo ondulado. Estes solos ocorrem na porção oriental da bacia do rio Acre, principalmente entre as sedes dos municípios de Rio Branco e Senador Guiomard. Do ponto de vista da fertilidade natural, são os solos de menor fertilidade natural e, extremamente susceptívies a erosão devido a maior erodibilidade de seu solo, embora, o relevo suave ondulado minimize tal risco. Entretanto, nestes solos é comum observar a formação de voçorocas em áreas manejadas inadequadamente. São solos bem drenados e adequados para a mecanização intensiva e podem proporcionar excelentes produtividades desde que corrigidas as deficiências de fertilidade. Do ponto de vista da recarga hidrica, constituem o ambiente mais importante para a captação de água e provavelmente sua posição em relação ao aquífero sob a cidade de Rio Branco indica que estes solos podem constituir-se na principal fonte de reabastecimento do aquífero, indicando a necessidade de cuidados especiais quanto a utilização de produtos químicos e instalação de industrias que possam contaminar este aquífero.

De menor importância quanto a sua abrangência territorial no município de Rio Branco, mas importante devido a estar associado as bacias de sedimentação do bacia do rio Acre e do Riozinho do Rola está o Gleissolo Melânico, de textura argilosa e eufróficos, associados as várzeas em relevo plano ao longo dos principais canais de drenagem, e os Plintossolos Háplicos, também de textura argiloosa, eufróficos, porém, mais profundos e associados a relevo suave ondulado, em posições mais afastadas da zona de sedimentação. Estes solos são extremamente férteis, propícios para agricultura de pequena escala e familiar, porém, com fortes restrições quanto a deficiência de oxigênio, sendo, em alguns locais, sujeitos a alagação períodica. Por estarem associados a mata ciliar, em áreas de proteção permanente, também apresentam restrição ambiental para seu uso.

Também com menor expressão territorial, encontra-se o Argissolo Vermelo plintico associado ao Argissolo Vermelho Amarelo plíntico e ao Plintossolo Argilúvico, todos solos com gradiente textural entre o horizonte superficial, de textura média, e o horizonte subsuperficial de textura argilosa, normalmente distróficos e em relevo variando de suave ondulado a ondulado. Estes solos localizam-se em uma pequena extensão no norte da bacia do rio Riozinho do Solo.

Do ponto de vista das potencialidades do uso da terra, o município de Rio Branco possui paisagens diversas, desde solos de baixa fertilidade e de excelente aptidão para agricultura intensiva, como solos de excelente fertilidade, porém, mais apropriados para um uso agrícola menos intensivo no que diz respeito à mecanização. Os solos também variam em relação ao seu papel na conservação dos recursos hídricos, havendo deste importantes áreas de reabastecimento de aquíferos (Latossolos), como redes de drenagem extensas (Argissolos) ou restritas (Luvissolos). Esta variabilidade de paisagens indica a possibilidade de uma grande variabilidade de uso agrícola e prestação de serviços ambientais.

Clima
O clima é equatorial, com temperaturas oscilando entre 25°C e 40°C nos dias mais quentes do ano, porém as sensações térmicas em Rio Branco sempre estão bem acima da temperatura real, facilmente ultrapassando 40°C, fazendo com que Rio Branco seja, talvez, a capital mais quente do Brasil. Situada a 153 metros de altitude, as menores temperaturas ocorrem à noite, com registros frequentes de 22°C nas madrugadas. O período compreendido entre os meses de dezembro e março corresponde à época mais quente do ano, com máximas acima de 40°C e ocorrência de queimadas (extremamente prejudiciais à saúde). Às vezes, entre maio e agosto o município sofre o fenômeno da friagem, registrando temperaturas mais baixas (em torno de 15°C) para os padrões regionais. Em julho de 2010, devido ao fenômeno, foram registrados recordes de temperaturas mínimas do ano. Na tarde do dia 17 os termômetros não passaram dos 14,7°C com mínima de 12,1°C. Dia 19 destacou-se a mínima de 9,8°C. Porém esse fenômeno ocorre raramente e tem uma duração muito curta.

Vegetação
Sua vegetação natural é composta basicamente por floresta tropical aberta (baixos platôs e aluvial).

Hidrografia
No comum, os rios e igarapés de Rio Branco são bastante sinuosos, escoando em estreitas planícies fluviais de deposição, com o regime fluviométrico obedecendo ao regime pluviométrico alternando assim períodos de cheias e vazantes. Os períodos de cheias apresentam, conforme intensidade das chuvas, enchentes de diferentes magnitudes. A formação geológica e geomorfológica são indicadores de rios de águas brancas, com grande concentração de material sólido em suspensão, oriundos dos processos hidroerosivo da corrente sobre as margens.

O Rio Acre, afluente direto do Rio Purus. Por sua extensão e pelo seu caudal, constitui-se no maior representante de drenagem nessa unidade. Tem uma dinâmica geomorfológica muito comum – o deslizamento das suas margens, o que está relacionado às variações de regime fluvial de cheias e vazantes. Este fenômeno ocorre, comumente, no período das enchentes. Quando as águas começam a baixar, a pressão hidrostática diminui e a água anteriormente retida nas margens é liberada. Com isso, o deslizamento que ocorre nas suas margens configura patamares desmoronados. Em Rio Branco estes contribuem para o assoreamento do leito normal do Rio Acre influenciando o regime e a extensão das cheias sazonais que caracterizam a inundação parcial das áreas urbanas da cidade.

O Igarapé São Francisco, com percurso de 115,6 km² e densidade de drenagem de 1,37 km/km², é de grande importância por ser, a exceção do Rio Acre, o principal coletor da bacia hidrográfica do sítio urbano de Rio Branco. Está bastante degradado devido o desmatamento de suas margens para a ocupação humana e também pela poluição de suas águas por estar servindo de depósito de lixo e esgoto a céu aberto.

O Igarapé Judia possui um percurso de 26 km, possui um escoamento de drenagem do tipo dentrítica. Encontra-se bastante poluído.

Canal da Maternidade encontra-se bastante poluído, por cortar a cidade é um grande coletor de águas pluviais.

Bairros
A prefeitura de Rio Branco divide a cidade em 7 áreas urbanas, denominadas regionais.

Cada regional possui peculiaridades, já que foram definidas com base em fatores socioeconômicos, comprendendo bairros e conjuntos com características semelhantes. Elas são numeradas de I a VII, sendo que cinco delas se localizam no 1º distrito: II, III, IV, V, VI; e outras duas no 2º distrito: I, VII. As regionais são compostas por aproximadamente 110 bairros, são eles:


  • Abraão Alab
  • Adalberto Aragão
  • Aeroporto Velho
  • Areial
  • Aviário
  • Bahia Nova
  • Bahia Velha
  • Bairro XV
  • Bairro da Base
  • Bairro da Paz
  • Bairro dos Mirandas
  • Bairro do Amapá
  • Baixada da cadeia velha Base
  • Belo Jardim I
  • Belo Jardim II
  • Boa União
  • Bom Jesus
  • Bosque
  • Cadeia Nova
  • Cadeia Velha
  • Caladim
  • Calafate
  • Capoeira
  • Centro
  • Cerâmica
  • Chico Mendes
  • Cidade Nova
  • Comara
  • Conjunto Adalberto Sena
  • Conjunto Bela Vista
  • Conjunto Castelo Branco
  • Conjunto Esperança I e II
  • Conjunto Guiomard Santos
  • Conjunto Laélia Alcântara
  • Conjunto Mariana
  • Conjunto Mascarenha de Morais
  • Conjunto Rui Lino
  • Conjunto Tancredo Neves
  • Conjunto Tangará
  • Conjunto Tucumã I
  • Conjunto Tucumã II
  • Conjunto Universitário I
  • Conjunto Universitário II
  • Conjunto Universitário III
  • Conjunto Waldemar Maciel
  • Conjunto Xavier Maia
  • Conquista
  • Custódio Freire
  • Defesa Civil
  • Distrito Industrial
  • Doca Furtado
  • Eldorado
  • Estação Experimental
  • Flor de Maio
  • Floresta
  • Floresta Sul
  • Geraldo Fleming
  • Habitasa
  • Ipase
  • Ipê
  • Irineu Serra
  • Isaura Parente
  • Jardim Brasil
  • Jardim Europa
  • Jardim de Alah
  • Jardim Primavera
  • João Eduardo I
  • João Eduardo II
  • Jorge Lavocat
  • José Augusto
  • Loteamento Helena
  • Loteamento Joafra
  • Loteamento Novo Horizonte
  • Manoel Julião
  • Mauri Sérgio
  • Mauro Bittar
  • Mocinha Magalhães
  • Montanhês
  • Morada do Sol
  • Nova Estação
  • Novo Calafate
  • Palheiral
  • Papouco
  • Parque dos Sabiás
  • Paulo Coelho Oliveira
  • Pista
  • Placas
  • Plácido de Castro
  • Portal da Amazônia
  • Praia do Amapá
  • Primavera
  • Raimundo Melo
  • Recanto dos Buritis
  • Residencial Iolanda
  • Residencial Ouricuri
  • Santa Inês
  • Santa Quitéria
  • São Francisco
  • Seis de Agosto
  • Sobral
  • Taquari
  • Triângulo
  • Tropical
  • Vila Acre
  • Vila da Amizade
  • Vila Ivonete
  • Vila Nova
  • Village
  • Vitória
  • Volta Seca
  • Wanderley Danta

Fonte: Wikipédia
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ALTO ARAGUAIA - GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CURIOSIDADES DE ALTO ARAGUAIA NO MATO GROSSO

 Campus da Unemat em Alto Araguaia

Dados Gerais de Alto Araguaia
Aniversário: 26 de outubro
Fundação: 1938
Gentílico: alto-araguaiense
Prefeito(a): Alcides Batista Filho (PT) (2009-2012)
Unidade federativa: Mato Grosso - MT
Mesorregião: Sudeste Mato-Grossense
Microrregião: Alto Araguaia
Municípios limítrofes: Alto Garças, Alto Taquari, Santa Rita do Araguaia e Araguainha
Distância até a capital:  418 km
Área: 5.538,022 km²
População: 15.780 hab. (2012)
Densidade: 2,85 hab./km²
Clima: Tropical
Fuso horário: UTC−4
PIB: R$ 750 413,806 mil
PIB per capita: R$ 52 388,57

O município de Alto Araguaia, que inicialmente chamava-se Santa Rita do Araguaya, denominação em referência à santa de devoção e ao Rio Araguaia, que margeia a sede municipal e ao mesmo tempo serve de marco divisório com o vizinho Estado de Goiás, onde também existia uma povoação com o mesmo nome; uma goiana, na margem direita, e outra mato-grossense, na margem esquerda. Formavam como que uma só unidade física.

Em 31 de janeiro de 1911, foi criada em Santa Rita do Araguaya, a primeira escola mista da povoação. Já a primeira escola primária só foi montada no ano de 1915, mas a resolução que criou o município de Santa Rita do Araguaya, sendo seu primeiro Intendente o major Carlos Hugueney, só aconteceu em 1921, através da Resolução nº 837. A década de vinte representou um período de turbulência para os moradores da região, por conta dos conflitos garimpeiros entre os caudilhos Morbeck e Carvalhinho.

O Decreto nº 291, de 2 de agosto de 1933, transferiu a sede e a comarca do município de Santa Rita do Araguaya para o de Lageado (atualmente Guiratinga). A seguir, Santa Rita do Araguaya foi encampado por Lageado. Extinguia-se o município de Santa Rita do Araguaya.

Através do Decreto-Lei 208, de 26 de outubro de 1938, foi restaurado sob a denominação de Alto Araguaia, em ato de reestruturação territorial do Estado de Mato Grosso. A partir de então o termo Alto Araguaia não mais seria alterado. O nome Alto Araguaia é de origem geográfica, pelo fato do município abrigar em seu território as nascentes do Rio Araguaia.

Dentre as grandes obras a serem realizadas no município, uma delas foi o asfaltamento da estão Avenida 7 de Setembro, em 1959. Este foi o primeiro trecho urbano a receber asfalto em Alto Araguaia. Depois disso vieram outros grandes marcos para o município como, por exemplo, o primeiro banco, que foi o Banco do Brasil, instalado em 15 de setembro de 1962, sendo que a conta número 01 pertencia ao então Coronel Ondino Rodrigues Lima.

Curiosidades
- A pedra fundamental para a construção da Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora, foi colocada na principal praça da povoação e solenemente benta pelo Senhor Prelado D. Antônio Malan em 1920.

- A primeira linha de tráfego terrestre foi registrada em 1921, pela Empresa Auto-Viação Jataí, que percorria 186 quilômetros até Santa Rita do Araguaya.

- Em 1922, comemorando o centenário da Independência do Brasil, a cidade instalou a primeira Câmara Municipal.

- A chegada das irmãs Salesianas aconteceu em 03 de dezembro de 1927 criando assim o Instituto Maria Auxiliadora, sendo fechado em 1934 e reaberto em junho de 1939. O Instituto funcionou como escola particular em regime de externato e internato durante vários anos. Passando a pertecer ao Estado em 29 de março de 1974, sendo que o regime de internato funcionou até o ano de 1987.

- Os primeiros veículos a motor, três fordecos, foram trazidos para Alto Araguaia pelo Major Carlos Hugueney, em 1929.

- O primeiro jornal nasceu em 1931 e foi intitulado "O Araguaia".

- Em fevereiro de 1939 começou a funcionar no povoado o Colégio Padre Carletti, que na época recebia o nome de Obras do Cristo Redentor, que tinha como inspetor o Major Carlos Hugueney. Em 1951 passou a se chamar Patronato Salesiano e dois anos mais tarde, em 1953, Colégio Padre Carletti e atendia alunos em regime convencional e em regime de internato. O colégio deixou de funcionar em 1989 devido a motivos financeiros e carência dos padres salesianos disponíveis para direcionar a obra.

- Em 24 de maio de 1955, Alto Araguaia recebeu a visita do então candidato a Presidência da República, Juscelino Kubistchek.

- A imagem da TV Anhanguera de Goiânia/GO, chegou ao município somente em 1973. O serviço telefônico de DDD (Discagem Direta à Distância) e DDI (Discagem Direta Internacional) veio através da Rede Nacional de Telefones em 03 de novembro de 1981, quando foram instaladas as 50 primeiras linhas telefônicas de Alto Araguaia.

Alto Araguaia Atualmente
Situada no Sudeste de Mato Grosso, Alto Araguaia possui atualmente 15.780 habitantes, de acordo com o senso realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico). Além disso, a cidade possui um clima que varia, em média de 22º C ao ano, com a precipitação de 1750 mm. Seu relevo pertence ao Planalto Taquari - Itiquira e está localizada a 17º 18'53", numa Latitude sul e 53º 12' 5"de Longitude Oeste. A distância de Alto Araguaia à Cuiabá, Capital do estado de Mato Grosso, é de 426 km e de outras capitais, como: Campo Grande - 500 km, Goiânia - 520 km e de São Paulo - 950 km.

O município conta ainda com um significativo Pólo Industrial, um avanço relevante na educação, economia, no turismo, pecuária, agricultura, cultura e também no esporte. Devido às suas características geo - climáticas, a agricultura em Alto Araguaia cresce substancialmente, é uma das maiores produtoras de soja, arroz, feijão, milho e algodão. Já o setor da pecuária vem expandindo gradualmente, tornando-se uma opção altamente rentável. Alto Araguaia conta com um rebanho de mais de 180.000 cabeças de gado.

Geografia
Localiza-se a uma latitude 17º18'53" sul e a uma longitude 53º12'55" oeste, estando a uma altitude de 692 metros. Sua população estimada em 2004 era de 14.800 habitantes. A cidade é cortada pela BR-364, estando distante 515 km de Goiânia e 415 km de Cuiabá e faz parte do "Mato Grosso goiano" (região de Mato Grosso conhecida como Vale do Araguaia com forte influência cultural e social de Goiás).

Turismo
O cenário araguaiense é composto por imensas praias, corredeiras, imensas grutas, exuberantes saltos e fantásticas cachoeiras, formando-se assim um verdadeiro e magnífico santuário. Não poderíamos deixar de citar, as mais importantes peças desse santuário ecológico, as nascentes do rio Araguaia. O Rio Araguaia, principal afluente da margem esquerda do Tocantins, nasce no Município de Alto Araguaia (MT), na Serra do Caiapó, a uma altitude de 850 m, próximo ao Parque Nacional das Emas, divisa de Goiás e Mato Grosso, e corre para o Norte, desaguando na margem esquerda do Rio Tocantins, em São João do Araguaia, na divisa dos estados de Tocantins e Pará, num total de 2.115 km de extensão. Divide os Estados de Tocantins e Mato Grosso, Tocantins e Pará, e Goiás e Mato Grosso, onde se bifurca para formar a ilha do Bananal, passando seu braço direito a ser chamado de rio Javaés. É um rio de planície, muito largo e pouco profundo, com pequenas quedas e corredeiras e águas turvas. Sua largura máxima é de 1.600 km e é navegável durante a cheia por cerca de 1.300 km, de Aruanã (GO) a Araguacema (TO).

Foi responsável pelo desbravamento do Centro-oeste e conta com uma fauna e flora muito extensa e diversificada. É considerado um dos rios mais piscosos do mundo, o que atrai pescadores do mundo inteiro, profissionais e amadores que encontram os maiores bagres das Américas, piraíbas, surubins, tucunarés e pirarucu, o maior peixe de escamas dos rios brasileiros. A melhor época para a pescaria é de setembro a abril e só é permitida com molinete ou vara e para peixes com até 30 kg.

A pesca é proibida durante a piracema, período de reprodução dos peixes, de outubro a fevereiro. O início da temporada de pesca é em fevereiro e a alta temporada do Araguaia é em julho. Em toda sua extensão, existem excelentes hotéis e pousadas. No extremo Nordeste de Mato Grosso, o rio divide-se em dois braços, pela margem esquerda o rio Araguaia e pela margem direita o rio Javaés, por aproximadamente 320 km, formando a ilha de Bananal, maior ilha fluvial do mundo, onde estão várias aldeias Carajás. Durante a seca oferece diversas praias muito procuradas pelos turistas. A Cidade de Aruanã é o principal portão de entrada para o Rio Araguaia.

Seu curso é dividido em Alto Araguaia, das nascentes até a cidade de Registro do Araguaia, numa extensão de 450 km; Médio Araguaia, de Registro do Araguaia até a cidade de Santa Isabel do Araguaia, numa extensão de 1.505 km e Baixo Araguaia, de Santa Isabel até a foz, numa extensão de 160 km. Entre Aruanã (GO) e Conceição do Araguaia (PA), o fundo arenoso limita a navegabilidade no período de estiagem.

Cacheiras
- Cachoeira dos Padres: Queda do Rio Araguaia, a 500 m do centro da cidade;

- Cachoeira do Rio Araguaia: Queda do Rio Araguaia, a 3 km do centro da cidade;

- Cachoeira do Estádio Bilinão: Queda do Rio Araguaia, a 3 km do centro da cidade;

- Cachoeira Couto Magalhães: Queda do Rio Araguaia, a 35 km do centro da cidade;

- Cachoeira da Onça: Queda do Córrego da Água Emendada, a 41 km do Centro;

- Cachoeira do Paraíso: Queda do Rio Paraíso, a 45 km do Centro;

- Cachoeira das Orquídeas: Queda do Córrego Rico, a 46 km do Centro;

- Cachoeira da Água Emendada: Queda do Córrego da Água Emendada, a 62 km do Centro;

- Cachoeira do Sonho: Queda do Rio Araguainha, a 67 km do Centro.

Relevo
- Gruta da Gota Santa: Rodovia MT-100, a 66 km do centro da cidade;

- Loca do Rio Araguaia;

Serra Vermelha: Formação montanhosa que oferece vista panorâmica da região, é propícia aos esportes radicais, localizada a 50 km do centro da cidade;

- Serra Preta: Formação montanhosa que oferece vista panorâmica da região, localizada a 100 km do centro da cidade.

Outros: Não poderíamos deixar de destacar: o Córrego da Água Emendada, o Rio Paraíso, o Córrego Rico e o Rio Araguainha.

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GEOGRAFIA DO MATO GROSSO - MT

Mato Grosso localiza-se na região Centro-oeste do território brasileiro. O Estado ocupa uma área de 903.357km², sendo o terceiro maior em extensão territorial do país. É o único a possuir características dos três biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia. Mato Grosso possui um clima caracteristicamente continental, com duas estações bem-definidas, uma chuvosa e outra seca. A estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro a março, e a estação seca começa em abril e termina somente em setembro.

O ponto culminante fica a 1.118m de altitude e se localiza na Serra de Santa Bárbara., entre os municípios de Pontes e Lacerda e Porto Esperidião.

Clima
A grande extensão territorial de Mato Grosso lhe confere uma grande diversidade de tipos climáticos.
O Estado compreende seis tipos de clima, a saber:
Clima Tropical Monçoico (AM)
Clima Tropical de Savana (AW)
Clima Tropical de Savana com Primavera Quente
Clima Tropical do Pantanal
Clima Tropical de Altitude
Clima Tropical com Verão Chuvoso

Relevo
Em Mato Grosso são encontradas as seguintes grandes unidades de relevo:
Altos Planaltos
Planaltos Rebaixados
Depressões
Planícies Fluviais

Após pesquisas do Projeto RADAMBRASIL, hoje em dia o Estado divide-se em 17 regiões altimétricas. Projetando essas regiões sobre os municípios de Mato Grosso, temos:

Planalto Apiacás-Sucurundi
Depressão Interplanáltica Amazônia Meridional
Planalto Residual Norte
Planalto Dissecado do Sul do Pará
Depressão Periférica Sul do Pará
Planalto Parecis
Depressão Araguaia
Planície do Bananal
Depressão Guaporé
Planícies Alto e Médio Guaporé
Planalto Residual Alto Guaporé
Depressão Rio Paraguai
Província Serrana
Depressão Interplanáltica Paranatinga
Planalto Guimarães
Planície e Pantanal Mato-grossense
Planalto Taquari-Itiquira

Hidrografia
O maior divisor de águas da América do Sul está em Mato Grosso. Estende-se no sentido oeste-leste, separando as bacias fluviais opostas, vertentes umas para o norte e outras para o sul. Toda a extensa rede hidrográfica que serve o estado de Mato Grosso, abrange grande parte das duas maiores bacias hidrográficas do Brasil - Amazônica e Platina, cujas águas se acham separadas pela Chapada dos Parecis e pela Serra Azul. Destaca-se a Bacia do Tocantins, na qual o tributário mais importante, em terras mato-grossenses é o Rio Araguaia. Cumprem desta forma, as chapadas mato-grossenses, o papel de divisor entre estas bacias hidrográficas. Esse divisor de águas tem início no emaranhado de cabeceiras dos rios Guaporé, Jauru e Juruena, indo até as cabeceiras dos rios Teles Pires, Xingu e Cuiabá. O divisor então declina para sudeste, até alcançar o emaranhado das cabeceiras dos rios Araguaia e Taquari, nas imediações das divisas de Mato Grosso do Sul e Goiás. Em alguns pontos ocorrem as águas emendadas, denominação popular do estrangulamento do divisor, em que um banhado, de um lado dá origem a rios vertentes para o norte e por outro, a vertente para o sul.

Saiba mais sobre as principais bacias que banham o Estado:
O maior divisor de águas da América do Sul está em Mato Grosso. Estende-se no sentido oeste-leste, separando as bacias fluviais opostas, vertentes umas para o norte e outras para o sul. Toda a extensa rede hidrográfica que serve o de Mato Grosso, abrange grande parte das duas maiores bacias hidrográficas do Brasil - e Platina, cujas águas se acham separadas pela Chapada dos Parecis e pela Serra Azul. Destaca-se a Bacia do Tocantins, na qual o tributário mais importante, em terras mato-grossenses é o Rio Araguaia. Cumprem desta forma, , o papel de divisor entre estas bacias hidrográficas. Esse divisor de águas tem início no emaranhado de cabeceiras dos rios Guaporé, e , indo até as cabeceiras dos rios Teles Pires, Xingu e . O divisor então declina para sudeste, até alcançar o emaranhado das cabeceiras dos rios Araguaia e Taquari, nas imediações das divisas de Mato Grosso do Sul e Goiás. Em alguns pontos ocorrem as águas emendadas, denominação popular do estrangulamento do divisor, em que um banhado, de um lado dá origem a rios vertentes para o norte e por outro, a vertente para o sul.

Bacia Amazônica
Bacia Tocantins-Araguaia
Bacia Platina (Rios Paraná e Paraguai)


Chuvas em Mato Grosso
Mato Grosso recebe um total pluviométrico médio anual entre 2.700 e 1.200 mm, estando sua distribuição espacial ligada à posição geográfica da região, em face dos sistemas regionais da circulação atmosférica e também dos aspectos orográficos.

Os totais anuais de chuva diminuem de Norte-Noroeste em direção ao Sul-Sudoeste. O trecho Norte, incluído na Bacia Amazônica, concentra os maiores totais, enquanto em direção ao Pantanal, a diminuição é gradual, caindo até os 1.200 mm. Esta diminuição também se evidencia em direção ao Leste do Estado, onde os totais anuais variam ente os 2.000 e os 1.500 mm. A distribuição dessas chuvas no decorrer do ano evidencia o caráter tropical da área, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa.

Esse caráter é mais nítido na metade Sul do Estado, em que se alternam um período seco, de inverno-primavera e um período chuvoso, de verão-outono, que concentra cerca de 70% dos totais de chuva. Na metade Norte, o período seco diminui gradualmente, atingindo dois meses (junho-julho) no extremo NW do Estado.

Vegetação
Mato Grosso, rico em biodiversidade, é o único estado da federação a possuir três ecossistemas distintos.

Amazônia
Cerrado
Pantanal

Temperatura
O comportamento da temperatura em Mato Grosso decorre de fatores geográficos (continentalidade, latitude e relevo) e dinâmicos (circulação atmosférica). A distância da costa brasileira, impedindo a influência moderadora do oceano, condiciona a ocorrência de altas temperaturas, além de fortes amplitudes térmicas anuais. A elevação da altitude, associada ao aumento da latitude, é responsável pelo decréscimo da temperatura nos trechos mais elevados das chapadas. A temperatura média anual no Estado varia de 27°C, ao Norte, a 20°C nos morros isolados e mais elevados ao Sul. Observa-se que de Leste para Oeste ocorre também um aumento térmico médio anual, explicado pelo decréscimo altimétrico em direção à Baixada do Pantanal. No período da primavera-verão as temperaturas permanecem elevadas particularmente na primavera, quando o período chuvoso ainda não se iniciou. Setembro é, em geral, o mês mais quente, com média atingindo os 28°C- 26°C ao Norte e 26°C-24°C ao Sul.

A partir do outono, as temperaturas decaem, chegando ao mínimo no inverno, sendo os meses de junho e julho os mais frios. Mesmo no período mais quente, ocorrem resfriamentos significativos, possivelmente graças à influência de Frente Polar Atlântica. As amplitudes térmicas diárias são elevadas, especialmente na época mais fria e seca, em virtude da existência de uma menor quantidade de vapor d’água na atmosfera, possibilitando uma maior insolação durante o dia e radiação terrestre mais intensa à noite. No período quente e úmido, a elevada porcentagem de vapor de água na atmosfera, aliada à maior nebulosidade, possibilita um certo equilíbrio térmico, impedindo a ocorrência de grandes mudanças térmicas numa mesma massa de ar.

Aspectos gerais da população
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, em 1950 Mato Grosso contava com 211.858 habitantes, já em 2011 este número subiu para 3.022.668 habitantes. Vivem na zona urbana 83,28% da população e na zona rural 16,72%. A densidade demográfica é de 3,16 hab/km2. Segundo o TRE o Estado possui 1.940.270 eleitores. O número de homens residentes em Mato Grosso é ligeiramente superior ao de mulheres. São 1.452.153 pessoas do sexo masculino e 1.377.327 do sexo feminino. Constata-se intensa miscigenação em todo o Estado de Mato Grosso. Segundo o IBGE, 56,73% da população é parda, 36,1% é branca, 6,09% é negra, 0,73% é indígena e 0,37% é amarela.

Processo demográfico de Mato Grosso
O processo demográfico ocorrido em Mato Grosso é um exemplo de povoamento de regiões fronteiriças. Apesar de o território ocupar praticamente 10% da área total do país, a população do Estado representa apenas 1,53% dos habitantes do Brasil. Mato Grosso, apesar de ainda pouco povoado, vive um intenso processo de migração ocorrido principalmente nas últimas décadas e vem sendo gradativamente ocupado. Em busca de melhores condições, pessoas procedentes principalmente do sul e do sudeste têm encontrado aqui maior acesso a emprego, qualidade de vida e terras para cultivar.

Municípios mais populosos e IDH
Os municípios mais populosos são Cuiabá (585.831 habitantes), Várzea Grande (248.307 habitantes), Rondonópolis (180.783), Sinop (115.762) e Cáceres (88.175). A região mais densamente ocupada do Estado é a Baixada Cuiabana, que abrange 13 municípios. O Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, de responsabilidade do PNUD-Brasil, é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil. Segundo o PNUD, as cidades mato-grossenses que apresentam os maiores índices de desenvimento humano são: Sorriso, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Cláudia, Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sinop.

Economia de Mato Grosso
A partir de 1985, a economia mato-grossense registrou o maior crescimento no país, 315%, de acordo com os resultados de pesquisa do IBGE. Os dados confirmaram o resultado favorável da atividade agropecuária, além do comércio varejista impulsionado pelo comércio de vendas de automóveis e material de construção. Em 2004, o Estado obteve uma recuperação nas atividades econômicas, apresentando a maior taxa de crescimento desde 1994, ou seja, 10,2%; e a segunda maior do Brasil, ficando atrás apenas do Amazonas, com 11,5%. Aumento da arrecadação de impostos, do consumo de energia elétrica e das exportações e importações, são alguns dos indicadores positivos que Mato Grosso vem apresentando nos últimos anos. Essa tendência de crescimento vem sendo constatada também em 2008, segundo os dados divulgados pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), que confirmam o bom desempenho da economia estadual neste primeiro trimestre do ano. De acordo com o levantamento da Fiemt - que compara o primeiro trimestre de 2008 com o mesmo período do ano passado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) total do Estado obteve uma variação nominal positiva de 18,8%, enquanto que a arrecadação do referido imposto no setor industrial teve incremento de 26,4%. Outro indicador que apresentou crescimento foi o consumo de energia elétrica. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a produção gerada no Estado, atingiu em valores correntes R$ 27,9 bilhões, posicionando Mato Grosso em 15º lugar na economia nacional. Na região onde a agropecuária é atividade econômica mais intensa, foi registrada perda na produção, sendo que os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás tiveram reduções na cultura da soja e do feijão. Somente Mato Grosso manteve o ritmo de crescimento. O PIB per capita, resultado da divisão do total da produção gerada no Estado pelo número de habitantes, registrou em 2004 uma sensível melhora na distribuição da renda estadual. Ele alcançou o valor de R$ 10.162,00, acima da média nacional que foi de R$ 9.743,00, fazendo com que Mato Grosso passasse para a 9ª posição no ranking nacional contra a 12ª no ano anterior.

A economia de MT no século XVIII
No início do século XVIII várias bandeiras paulistas chegaram à região do Coxipó motivados pela captura de índios para escravização. Neste intento acabaram por descobrir as “Minas de Cuyabá”. A partir daí a base econômica da região foi caracterizada pelo extrativismo do ouro. O descobrimento deste metal precioso na região foi vital para que um grande contingente de pessoas migrasse em busca de riqueza fácil. A grande quantidade de ouro encontrada e o crescimento demográfico intenso elevaram a região a Arraial de Cuiabá, em 1719, e a Villa, em 1727. Nesta época, Cuiabá foi considerada uma das cidades mais densamente habitadas do Brasil. Embora populosa, convivia com a ausência de gêneros alimentícios, pragas e falta de segurança. O intenso extrativismo levou a escassez do ouro. A má alimentação da população trouxe uma série de epidemias e com isso Cuiabá entrou em decadência. Na mesma época já se ouvia a notícia de que na região do Guaporé haviam encontrado ouro. Além do metal precioso, a região era de vital importância para a manutenção da fronteira, pois dali em diante era domínio espanhol. Em 1748 foi criada a Capitania de Mato Grosso, sendo a sede fixada em Vila Bela da Santíssima Trindade. Muitos negros trazidos da África foram levados e participaram ativamente da construção da nova capital. Apesar dos garimpos, da tímida produção agropecuária e dos incentivos para os que se aventurassem a tentar a vida em Vila Bela, os produtos manufaturados eram muitos caros. Além disso, eles só podiam ser adquiridos de Portugal, ou da Inglaterra, devido a um acordo de proteção bélica. Logo surgiu o contrabando. Os mato-grossenses trocavam ouro por produtos manufaturados com os espanhóis. Além de Vila Bela, outros povoados surgiram em Mato Grosso e tiveram forte importância econômica. Santana da Chapada surgiu por volta de 1750, inicialmente era uma grande reserva indígena que tinha por objetivo diminuir os constantes choques com os garimpeiros da região. O local, hoje Chapada dos Guimarães, vivia essencialmente do garimpo, mas começou a desenvolver o cultivo de cana de açúcar, que era transformada em aguardente e açúcar. O modelo econômico se espalhou pela região e foi o embrião da industrialização da Capitania. Por ocasião da descoberta de diamante no Rio Diamantino foi fundado, em 1728, o Arraial de Alto Paraguay, embora a exploração do metal tenha sido proibida até 1805. Após este período, a região de Diamantino viveu franca ascensão. Esta grandeza econômica pode ser medida pela intensa atividade comercial na época. Existiam 21 lojas de secos e molhados, 107 tabernas, 26 alfaiatarias, 16 sapatarias, 12 ferrarias, uma selaria, inúmeras ourivesarias, 12 pedreiros, propriedades agrícolas e fazendas de gado.

Século XIX
Em 1820, Cuiabá volta a ser sede política e administrativa de Mato Grosso e Vila Bela entra em decadência. Neste período surgiu uma indústria doméstica que supriu a necessidade de produtos da terra como farinha de mandioca, arroz, feijão, açúcar, aguardente, azeite de mamona e algodão. Por volta de 1830 surge a extração da ipecacuanha ou poaia, Cephaelis ipecacuanha. Nesta época, José Marcelino da Silva Prado, explorando garimpos de diamantes nas imediações do Rio Paraguai, em região próximo à Barra do Bugres, observou que seus garimpeiros usavam, quando doentes, um chá preparado com raiz de arbusto facilmente encontrado à sombra da quase impenetrável floresta da região. Tratava-se da “poaia”, que era antiga conhecida dos povos indígenas, que tinham repassado seu conhecimento aos colonizadores. Curioso e interessado, o garimpeiro enviou amostras da planta para análise na Europa, via porto de Cáceres e Corumbá. Desta raiz é extraída a Emetina, substância vegetal largamente utilizada na indústria farmacêutica, principalmente como fixador de corantes.

Constatado oficialmente seu valor medicinal, iniciou-se, então, o ciclo econômico da poaia, de longa duração e grandes benefícios para os cofres do Tesouro do Estado. Esta planta é extremamente sensível, abundando em solos de alta fertilidade sob árvores de copas bem formadas. Seus principais redutos eram áreas dos municípios de Barra do Bugres e Cáceres. A princípio, os carregamentos seguiam para a metrópoles via Goiás, depois passou a ser levada por via fluvial, com saída ao estuário do Prata. Os poaieiros eram os indivíduos que se propunham a coletar a poaia. O poaiaeiro surgiu em Mato Grosso em fins do século XIX, e foi responsável pelo surgimento de núcleos de povoamento no Estado, graças à sua atividade desbravadora, sempre à procura de novas “manchas” da raiz da poaia. Porém, o próprio poaieiro decretou o (quase) fim desta cultura, pois os “catadores” da poaia somente extraíam as plantas, não faziam o replantio, não seguindo o exemplo dos povos indígenas que, ao subtraírem as raizes da ipeca, as replantavam, garantindo, assim, a perenidade do vegetal.

Outro fator que contribuiu para a escassez da planta foi o desmatamento desenfreado da região oestina de Mato Grosso, pois a poaia estava acostumada à sombra das matas úmidas, e sucumbiu ante a queda das árvores. A poaia chegou a ser o segundo contribuinte para os cofres da Província de Mato Grosso, devido a sua exportação principalmente para a Europa. Após a constatação em Paris de que a borracha mato-grossense possuía boa qualidade o produto tornou-se famoso em várias partes do mundo. Logo após a Guerra do Paraguai, em 1870, a produção, oriunda dos vastos seringais nativos da imensa região banhada pelo Rio Amazonas, tornou-se um ponto de apoio para os minguados cofres da Província. Diamantino foi o grande centro produtor de látex e Cuiabá se transformou em centro comercial do produto, com várias empresas criadas para exportar a borracha mato-grossense. Destacou-se entre elas a Casa Almeida e Cia., com matriz na Praça 13 de Maio. Ela exportava para várias partes do mundo, principalmente para Londres e Hamburgo. A criação de gado e a lavoura tornaram Livramento, Santo Antônio do Rio Abaixo e Chapada dos Guimarães os grandes celeiros da capital. Mas com o fim da escravidão estas localidades entraram em verdadeiro colapso. Na região sul da Província, hoje território de Mato Grosso do Sul, surgiu ainda no fim do século XIX a produção de erva mate, Ilex paraguaiensis. O empresário Tomás Laranjeira obteve privilégios da Província para começar a empresa Mate Laranjeira. Entre as facilidades conseguiu arrendar toda a região banhada pelos afluentes da margem direita do Rio Paraná, numa área de aproximadamente 400 léguas quadradas. O empreendimento foi um sucesso e foi de grande contribuição para os cofres públicos na época. Com a quase extinção dos ervais nativos e uma política econômica contrária aos interesses comerciais desta cultura, o segmento comercial entrou em decadência em menos de duas décadas.

Apesar de conturbado politicamente, o período de 1889 a 1906 foi de intenso progresso econômico. Logo após a proclamação da República, várias usinas açucareiras foram criadas e se desenvolveram. Entre elas se destacaram as usinas Conceição, Aricá, Flechas, São Miguel e Itaici. Esses grandes empreendimentos foram, na época, o maior indício de desenvolvimento industrial de Mato Grosso. Sua decadência foi em razão do grande isolamento da região e do abandono por parte do governo.

Século XX
A política implementada por governos de estado na esfera federal, ao longo dos anos, no sentido de fixar grandes contingentes migratórios nas áreas disponíveis, estabeleceu um modelo nacional e ordenado de ocupação espacial. Na década de 1940, já se fazia sentir a vocação de produzir alimentos e absorver mão-de-obra, isto se deu com a criação de colônias agrícolas para atender à pressão da demanda de pequenos e médios agricultores de todo Brasil. Entretanto, a ocupação limitou-se ao assentamento de colonos e à criação de precária e ineficiente rede viária, sem estímulo à produção ou garantias de comercialização. De 1942 a 1945, Mato Grosso reviveu os tempos áureos do látex. A Segunda Guerra Mundial eclodia e, como os aliados viram-se privados da borracha asiática, acabaram batendo na porta do Brasil em busca da preciosa goma. Este foi o tempo dos Soldados da Borracha, época de maior produção de borracha por pé de seringa em campos nativos. Para a base empresarial foi criado o Banco da Borracha.
Na década de 1960, as mudanças político-administrativas no país e o surgimento de fatores estruturais, relacionados com a agricultura brasileira, iriam modificar substancialmente a perspectiva potencial do Estado. Com a escassez de terras desocupadas e utilização de tecnologia moderna no Centro-Sul, muitos migrantes chegaram a Mato Grosso dispostos a ocupar as áreas do Estado. O interesse de fazer crescer o setor agrícola e a necessidade de atender as pressões demográficas de grupos de pequenos e médios proprietários levou o poder público a uma efetiva ocupação do território mato-grossense. O incremento desta ocupação e a caracterização da função de Mato Grosso como estado eminentemente agrícola se consolidou na década de 1970, a partir principalmente do estímulo à colonização privada e à exploração de terras devolutas em bases empresariais. A colonização, que atraiu primeiramente colonos com larga experiência agrícola, mas também, acostumados ao manejo tradicional e ainda arredios às modernas técnicas de agricultura. A partir da intervenção governamental caracterizou-se por um processo seletivo, baseado no recrutamento de pequenos e médios proprietários rurais, relativamente capitalizados e com larga experiência na moderna agricultura. O apoio à iniciativa privada foi caracterizado por facilidades na aquisição de terras a baixo custo, de forma a garantir a rentabilidade dos investimentos. Tal política deu origem a um novo padrão de ocupação, no mesmo espaço econômico deu-se o estabelecimento de grandes empresas agropecuárias paralelamente às pequenas e médias propriedades. A ocupação de espaços econômicos desta forma seletiva, pelos migrantes assentados como pequenos proprietários nos projetos de colonização e empresas agrícolas consolidaram a posição de Mato Grosso como estado agrícola.

Recursos Minerais
Foi através da mineração que se deu a ocupação de Mato Grosso, garantindo, assim, a presença avançada de portugueses nesta porção territorial brasileira. A partir daí surgiram Cuiabá, Vila Bela, Diamantino, Cocais e outros lugares. Diferente do que muitos imaginam, os minerais úteis estão escassamente distribuídos na crosta terrestre. Suas concentrações seletivas naturais, além de raras, nem sempre são exploráveis. Primeiro porque sua concentração deve se constituir em um minério - esta é uma condição tecnológica. Segundo, porque é necessário que haja volume suficiente de minério para que a ocorrência se constitua numa jazida - condição econômica.

Ao se fazer a apreciação de uma técnica mineira, e a garimpagem é uma delas, deve-se ter em mente que um depósito mineral depende de certos fatores, a saber:

a) dos níveis atuais da economia, ou seja, do desenvolvimento econômico-industrial da região ou do país, de acordo com o tamanho do empreendimento e com a técnica ao alcance;
b) das condições geográficas da ocorrência;
c) das peculiaridades do jazimento e da qualidade do minério.

Além de escassos, os depósitos minerais vêm se tornando cada dia mais efêmeros devido ao contínuo crescimento de sua comercialização, por um consumo sempre ascendente. Em contraposição, a probabilidade de se descobrir novas jazidas continua em franco declínio. Hoje temos reservas minerais diversas, identificadas por mapeamento executado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, DNPM-MT. Dentre os quais se destacam: Água Mineral, Areia, Apatita, Argila, Água Termal, Ametista, Calcário, Cascalho, Chumbo, Cristal de Rocha, Cobre, Diamante, Ferro, Grafite, Manganês, Molisdênio, Ouro, Pirita, Sal, Turfa, Titânio, Topázio e Zinco.

Agricultura
A partir da década de 1980, devido aos tipos de solos existentes no Estado, à modernização da prática agrícola e, também, à expansão da área cultivada, a agropecuária iniciou um processo de aumento da produção, consolidando-se como principal setor da economia de Mato Grosso. Já na década de 1990, o Estado alcançou o primeiro lugar em produção de soja e algodão, segundo lugar na produção de arroz e terceiro em produção de grãos, oleaginosas e fibras no país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a projeção desses resultados favoráveis indica que, em pouco tempo, Mato Grosso será o maior produtor de grãos, oleaginosas e fibras do país. Sobressaem-se no Estado as culturas de algodão, soja, café, milho, feijão, amendoim, mamona, mandioca, banana, cana de açúcar, guaraná, cacau e sorgo, e numa escala menor a laranja, abacaxi, manga, acerola e côco-da-baía.

Na produção agrícola destacam-se em Mato Grosso principalmente os municípios de Sorriso, Campo Verde, Nova Ubiratã, Sapezal, Sinop, Campo Novo dos Parecis, Tapurah, Primavera do Leste, Pedra Preta, Itiquira, Diamantino, Nova Mutum, Campos de Júlio, Alto Taquari e Lucas do Rio Verde.

Comércio
O setor comercial e de serviços têm papel importante no desenvolvimento econômico e social do Estado. De acordo com o IBGE, em 2011, Mato Grosso apresentou mais de 92 mil empresas instaladas, o que gerou mais de 530 mil empregos.

O comércio varejista possui 82% de participação no segmento de comércio no Estado, seguido de 11% de participação do comércio de veículos, peças e motocicletas e 7% de participação do comércio por atacado. Em relação ao total de empregos gerados, o varejo emprega 71% da mão de obra do setor, seguido por 15% do comércio por atacado e 14% do comércio de veículos.

Importação e Exportação
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Seplan, em 2011 as exportações mato-grossenses somaram US$ 15,33 bilhões, registrando um crescimento de 9,38% em comparação a 2010, quando esse total atingiu US$ 14,15 bilhões. Já as importações de 2011 alcançaram US$ 4 bilhões, registrando uma taxa negativa de 0,80% sobre o período anterior, obtendo, assim um saldo superavitário na balança comercial de US$ 11,33 bilhões, sendo responsável por 8,5% da balança comercial do Brasil e 12% superior ao saldo da balança do Centro-Oeste”. Os resultados apresentados acima demonstram claramente o crescimento do Estado por meio do avanço do setor do agronegócio, caracterizado como o “carro chefe” das exportações de Mato Grosso. O soja sozinho representou em 2006 cerca de 70% das exportações do Estado e as carnes (bovinas, suínas e aves) contribuíram com 6% do volume exportado. Segundo a Seplan, o principal destino dos produtos exportados foi a União Européia com 43% do volume total, seguida pela Ásia com 35% e são os compradores mais expressivos. Cerca de 50 países recebem produtos mato-grossenses.

Indústria
O parque industrial de Mato Grosso conta com aproximadamente 8.320 indústrias com cinco pessoas ou mais pessoas trabalhando, de acordo com os estudos do IBGE, em 2010. Os segmentos industriais por ordem de importância são assim representados: fabricação de produtos alimentícios e bebidas (46%), fabricação de produtos de madeira (21%), fabricação de coques, combustíveis e produção de álcool (8%), minerais não metálicos (6%) e outros. Ainda segundo o IBGE, em 2010 a fabricação de produtos alimentícios, possuía 835 unidades industriais no Estado e foi responsável por cerca de 85.000 empregos com carteira assinada, representando 45% de todos os empregos gerados pelo setor em Mato Grosso. O beneficiamento da madeira na mesma época apresentou 725 unidades industriais, empregando cerca de 16.000 postos de trabalho. Mas, devido a mudanças na política ambiental, este setor da indústria vem perdendo representatividade visto que em 2004 eram 22.057 empregos gerados, uma queda de 33% em relação a 2010.

A cana-de-açúcar também tem papel fundamental na economia. Pois além de responder por grande oferta de mão-de-obra, ainda é responsável pela produção de álcool e açúcar, sendo que grande parte é consumida na região Centro-Oeste. Com 16 unidades industriais gerou cerca de 12.000 empregos em 2010. São destaque nesta produção os municípios de Aripuanã, Alta Floresta, Juara, Juína, Marcelândia, Guarantã do Norte, Feliz Natal, Tapurah, Sorriso, Campo Novo dos Parecis, Barra do Bugres, São José do Rio Claro, Jaciara, Rondonópolis, Poconé e Barra do Garças.

Madeira
O agronegócio madeireiro se destaca no cenário econômico do Estado. Segundo o IBGE, em 2010 cerca de 28% da mão de obra empregada no Estado trabalhou no setor madeireiro. Em 2011, existiam em Mato Grosso 2.520 indústrias de fabricação de produtos de madeira gerando 22.057 empregos diretos. O setor se encontrava em franca expansão, mas o ano de 2005 foi marcado por duas grandes situações que o afetaram drasticamente. A Operação Curupira, deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de coibir a extração e o transporte ilegal de madeira e as mudanças na política ambiental do Estado. O setor enfrentou ainda as sucessivas desvalorizações cambiais do dólar. Assim, em 2011, o mercado madeireiro registrou perda de US$ 52 milhões. Com os eventos negativos neste ano o beneficiamento da madeira contou com apenas 719 unidades industriais, empregando 14.122 postos de trabalho. Comparando aos resultados de 2010, houve uma queda de 31% em 2011 em relação ao número de empregos gerados pelo setor.

Pecuária
Um dos alicerces da economia estadual é a pecuária, que tem o maior rebanho de bovinos do país, são aproximadamente 30 milhões de cabeças, Mato Grosso do Sul é o segundo colocado com 27 milhões. A implantação de indústrias frigoríficas no Estado aumentou a capacidade de abate, permitindo inclusive a exportação de determinados produtos industrializados pelo setor. São destaque na produção de Mato Grosso as regiões Norte, Nordeste e Sudoeste. Segundo dados da Secretaria de Estado de Planejamento, SEPLAN, os principais produtores de carne bovina são os municípios de Cáceres, Juara, Vila Bela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacerda, Alta Floresta e Vila Rica. A produção de leite do Estado é destaque nos municípios de Rondonópolis, Juscimeira, Jaciara, Dom Aquino, São José dos Quatro Marcos, Barra do Bugres, Colíder e Tangará da Serra. Os municípios campeões em produção de mel no Estado são Barra do Garças, Água Boa, Cáceres e Querência. Já a produção de ovos, que em 2011 foi de 4,3 bilhões de dúzias, é destaque nos municípios de Mirassol d´Oeste, Tangará da Serra, Alta Floresta, Juína, Itaúba, Santo Antônio de Leverger e Campo Verde. Segundo dados do IBGE, em 2011, Mato Grosso abateu cerca de 5,2 bilhões de cabeças de frangos, e o setor tende a crescer ainda mais. Boa parte da produção é voltada para a exportação, como para o mercado asiático, mas atende também ao consumo interno.

Ovinocultura
Com um crescimento anual de 27% e o acumulado de 2004 para 2010 de 111%, o setor da ovinocultura é um dos que mais prometem crescimento em Mato Grosso nos próximos anos. Hoje o rebanho é estimado em cerca de um milhão de cabeças. Na avaliação do coordenador da cadeia da ovino-caprinocultura, do programa do MT - Regional, o zootecnista Paulo de Tarso Santos Martins, “a atividade acena como uma possibilidade real de se tornar em pouco tempo um negócio altamente lucrativo, pois suas vantagens são maiores em relação a outras pecuárias. O valor de mercado da carne ovina é maior que o da bovina, por exemplo. Além do ciclo de produção da carne ovina também ser menor que a bovina. Um cordeiro ganha próximo a 2% do peso vivo ao dia, já um bovino ganha 0,2%.”, afirma. Os produtores rurais estão animados com a evolução do setor nos últimos anos, prova disso é a existência de criadores em praticamente todas as cidades do Estado. Vale ressaltar que grande parte dos produtores desses animais em Mato Grosso são micro e pequenos e, ainda, as famílias do programa da agricultura familiar. Atualmente o Estado é dividido em 15 consórcios, sendo o de maior destaque em rebanho ovino o Consórcio do Complexo Nascente do Pantanal.

Quanto aos frigoríficos, o município de Rondonópolis terá a instalação de uma planta pela Corfrigo Frigorífico LTDA, que pretende investir aproximadamente R$9 milhões e gerar 54 empregos diretos e 150 indiretos. A empresa terá capacidade para abate de 900 animais por dia. As instalações vão ser projetadas para industrializar os produtos, estando capacitada para produzir alimentos para atender grandes centros e até mesmo exportar. Rondonópolis ainda tem o frigorífico Estância Celeiro, que tem uma capacidade de abate de até 50 animais por dia. Os outros frigoríficos vão ser instalados nos municípios de Vila Rica, Terra Nova do Norte e Pontes e Lacerda.

Setor Energético
Com a privatização do setor energético, o governo estadual procurou afastar a ameaça de racionamento de energia que emperrava o desenvolvimento de Mato Grosso e inviabilizava investimentos na produção. Apesar das medidas que o governo federal adotou face aos problemas de estiagem em todo o país, o que resultou em severas determinações de racionamento de energia elétrica em várias regiões do Brasil, incluindo o centro-oeste e conseqüentemente Mato Grosso, o Estado superou esta difícil situação. A viabilidade e auto-suficiência de Mato Grosso no setor de geração de energia vêm dos investimentos feitos pela REDE-Cemat, pela construção da Usina Termoelétrica em Cuiabá, pela conclusão da Usina de Manso e pelos investimentos de empresas no setor de construção de novas PCHs e Hidrelétricas. Segundo a Secretaria de Planejamento do Estado, Seplan, em 2011 Mato Grosso consumiu 4.950.894 MWH de energia. A classe residencial foi responsável por 33,39% do consumo, seguido pelo comércio com 23,12%, a indústria com 19,27% e da zona rural com 10,41%.

Turismo
O turismo é indiscutivelmente a atividade econômica que mais cresce e se desenvolve em todo mundo. Alguns setores classificam-no de Indústria sem Chaminés, já que é grande gerador de divisas e de empregos. Todas as organizações ligadas a economia mundial; ONU, OCOE e BIRD, são unânimes em afirmar que, nas primeiras décadas do terceiro milênio o turismo será a primeira atividade da economia mundial.

A beleza cênica de Mato Grosso é ímpar e a ação conjunta do trade turístico e Governo de Estado devem contribuir decisivamente no processo de desenvolvimento econômico do Estado. Uma pesquisa do SEBRAE, feita em 2006, revelou que o turista aumentou o tempo de permanência em Mato Grosso de 6,25 dias para 6,5. Em 2010 o turismo representava no PIB estadual 1,95%, já em 2011 alcançou 2,5%. A principal meta de crescimento prevista para 2012 pela Secretaria de Desenvolvimento do Turismo, Sedtur, era o aumento de 25% no fluxo de turistas. Pode-se observar a incidência de diversos tipos de turismo no Estado, tais como: Turismo arqueológico, cultural, de negócios, 3ª idade, religioso, eco turismo, saúde, contemplação, rural, pesca esportiva, GLS, esportes radicais, indígena e tecnológico.
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GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE CEREJEIRAS - RONDÔNIA


Cerejeiras é um município brasileiro do estado de Rondônia. Localiza-se a uma latitude 13º11'20" sul e a uma longitude 60º48'44" oeste, estando a uma altitude de 277 metros. Sua população estimada em 2010 era de 17.030 habitantes. Possui uma área de 2 783,31 km².

Características geográficas
Área: 2 783,305 km²
População: 17 030 hab. IBGE/2011
Densidade: 6,12 hab./km²
Altitude: 277 m
Clima: Equatorial Am
Fuso horário: UTC−4
Aniversário: 5 de agosto de 1983
Fundação: 5 de agosto de 1983
Gentílico: cerejeirense

Significado do Nome
O Núcleo Urbano de Apoio Rural, que surgiu naquele local, recebeu o nome de Cerejeiras devido à existência em abundância da árvore que lhe empresta o nome, cuja madeira é utilizada na construção civil de luxo, carpintaria e construção naval.


História da Cidade
Os primeiros imigrantes chegaram a Cerejeiras em 1875. Todavia, sua história teve início no século XVIII, com o acampamento fundado às margens do rio Guaporé, pelo capitão Antônio Rolim de Moura, em 1750, em viagem de Vila Bela, então capital do Mato Grosso, à Conceição, onde hoje é o Forte Príncipe da Beira. Este acampamento, posteriormente, foi ocupado por escravos, em sua maioria, fugidos de Vila Bela e passou a ser então um ponto de apoio à navegação do rio Guaporé. O vilarejo ficou estagnado à margem da civilização durante quase dois séculos. Nesse espaço de tempo, o único fato notável ocorrido no lugarejo foi a colocação de um cruzeiro de bronze ilustrado com chumbo e com a transcrição de um versículo bíblico em alemão, datado de 3 de janeiro de 1907. Embora não existam registros, os moradores mais antigos dizem que essa cruz foi levada pela família de um alemão que, em viagem pelo rio Guaporé, ali faleceu vitimado pela febre amarela. Registros posteriores indicam que o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon mandou fazer explorações e levantamento dos rios localizados desde as proximidades da estação de Vilhena até o rio Guaporé, coletando informações científicas sobre borracha, zoologia, etnografia, mineralogia, geologia e águas termais. Todo material foi levado para o Rio de Janeiro (Jardim botânico e Museu Nacional). Conforme relatórios de 1915 do executor da estratégica linha telegráfica Cuiabá - Santo Antônio do Rio Madeira. Em 1920, o então chefe do 27º distrito telegráfico, o Major Alecariense Fernandes da Costa, sugeriu uma construção de uma linha Ramal-Telegráfica, partindo da estação de Vilhena em direção ao Vale do Guaporé, interligando todos os lugarejos então conhecidos, dentre eles o lugarejo que deu origem ao município de Cerejeiras. Entretanto o ramal não saiu devido às dificuldades financeiras e porque também havia políticos interessados em levar ao descrédito o trabalho de Rondon. Com o advento da Segunda Guerra Mundial veio a necessidade do extrativismo da borracha, abundante na região amazônica, inclusive na localidade que marca os primórdios de Cerejeiras. Foi a época da imigração nordestina para o local, os chamados soldados da borracha, que vinham para colaborar no esforço de guerra dos aliados. Em 1943 foi construída uma pista de pouso para aviões Catalina que traziam e levavam os soldados da borracha nordestinos. Foi nesse ano que iniciou um processo de aumento da população com a instalação dessa leva de imigrantes. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o elevado custo da borracha brasileira, sua população foi-se exaurindo até sumir por completo. Da mesma maneira, o lugarejo, ficou estagnado até o início do processo de ocupação do Estado, a partir da década de 60. Durante o processo de colonização de Estado, as terras fora do eixo da BR 364 foram as últimas a serem ocupadas, da mesma maneira como foi postergada na construção das linhas telegráficas. Devido à existência de alguns aglomerados urbanos na região a as informações sobre a qualidade das terras, o INCRA, em 4 de outubro de 1973, criava o Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, implantado em 21 de agosto do ano seguinte na gleba Guaporé, onde se instalaram as primeiras famílias. Uma precária estrada de penetração foi aberta seguindo a mesma direção proposta pelo Major Alecariense Costa, nas margens da qual, e no final, agricultores postaram-se abrindo clareiras e plantando nas terras férteis. No Referenciado Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, inicialmente chamado de colorado, surgiu uma povoação no cruzamento da linha terceira, eixo com a linha três, onde antes existia a Fazenda Escondido. Era o início do núcleo urbano que deu início a atual cidade de Cerejeiras. O município foi criado no dia 5 de agosto de 1983, pelo Decreto Lei nº 071, assinado pelo Governador Jorge Teixeira de Oliveira, com área desmembrado do município de Colorado DOeste. Através da Lei nº 570, de 22 de junho de 1994, o município cedeu área territorial para criação do município de Alto Alegre dos Parecis. Através da Lei nº 645, de 27 de dezembro de 1995, o município voltou a ceder área territorial, desta vez para criação do município de Pimenteiras do Oeste.

HINO DE CEREJEIRAS

Tua história é forjada na bravura
No destemor do nobre bandeirante.
Na solidão sem fim dos seringais
E a fibra indomável do migrante.

Na campina verdejante da fazenda
Foi a escola o berço promissor,
Onde o projeto dividiu a terra
Com justiça ao bravo lavrador.

Cerejeiras,
Onde o campo plantado
É mais verde e bonito,
Com o fruto da terra
Vicejando no vale
E abraçando o infinito.

E tens hoje a epopéia do migrante
A construir em ti um mundo novo,
Traçando sobre a Terra o teu futuro
E o feliz destino de teu povo.

A nobreza que há na selva da Amazônia
Onde teu nome o povo foi buscar.
Na união do povo brasileiro
Que escolheu em ti viver e amar.

Cerejeiras,
Onde o campo plantado
É mais verde e bonito,
Com o fruto da terra
Vicejando no vale
E abraçando o infinito.

Referências
www.cerejeiras.ro.gov.br
Wikipedia
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