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GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE CEREJEIRAS - RONDÔNIA


Cerejeiras é um município brasileiro do estado de Rondônia. Localiza-se a uma latitude 13º11'20" sul e a uma longitude 60º48'44" oeste, estando a uma altitude de 277 metros. Sua população estimada em 2010 era de 17.030 habitantes. Possui uma área de 2 783,31 km².

Características geográficas
Área: 2 783,305 km²
População: 17 030 hab. IBGE/2011
Densidade: 6,12 hab./km²
Altitude: 277 m
Clima: Equatorial Am
Fuso horário: UTC−4
Aniversário: 5 de agosto de 1983
Fundação: 5 de agosto de 1983
Gentílico: cerejeirense

Significado do Nome
O Núcleo Urbano de Apoio Rural, que surgiu naquele local, recebeu o nome de Cerejeiras devido à existência em abundância da árvore que lhe empresta o nome, cuja madeira é utilizada na construção civil de luxo, carpintaria e construção naval.


História da Cidade
Os primeiros imigrantes chegaram a Cerejeiras em 1875. Todavia, sua história teve início no século XVIII, com o acampamento fundado às margens do rio Guaporé, pelo capitão Antônio Rolim de Moura, em 1750, em viagem de Vila Bela, então capital do Mato Grosso, à Conceição, onde hoje é o Forte Príncipe da Beira. Este acampamento, posteriormente, foi ocupado por escravos, em sua maioria, fugidos de Vila Bela e passou a ser então um ponto de apoio à navegação do rio Guaporé. O vilarejo ficou estagnado à margem da civilização durante quase dois séculos. Nesse espaço de tempo, o único fato notável ocorrido no lugarejo foi a colocação de um cruzeiro de bronze ilustrado com chumbo e com a transcrição de um versículo bíblico em alemão, datado de 3 de janeiro de 1907. Embora não existam registros, os moradores mais antigos dizem que essa cruz foi levada pela família de um alemão que, em viagem pelo rio Guaporé, ali faleceu vitimado pela febre amarela. Registros posteriores indicam que o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon mandou fazer explorações e levantamento dos rios localizados desde as proximidades da estação de Vilhena até o rio Guaporé, coletando informações científicas sobre borracha, zoologia, etnografia, mineralogia, geologia e águas termais. Todo material foi levado para o Rio de Janeiro (Jardim botânico e Museu Nacional). Conforme relatórios de 1915 do executor da estratégica linha telegráfica Cuiabá - Santo Antônio do Rio Madeira. Em 1920, o então chefe do 27º distrito telegráfico, o Major Alecariense Fernandes da Costa, sugeriu uma construção de uma linha Ramal-Telegráfica, partindo da estação de Vilhena em direção ao Vale do Guaporé, interligando todos os lugarejos então conhecidos, dentre eles o lugarejo que deu origem ao município de Cerejeiras. Entretanto o ramal não saiu devido às dificuldades financeiras e porque também havia políticos interessados em levar ao descrédito o trabalho de Rondon. Com o advento da Segunda Guerra Mundial veio a necessidade do extrativismo da borracha, abundante na região amazônica, inclusive na localidade que marca os primórdios de Cerejeiras. Foi a época da imigração nordestina para o local, os chamados soldados da borracha, que vinham para colaborar no esforço de guerra dos aliados. Em 1943 foi construída uma pista de pouso para aviões Catalina que traziam e levavam os soldados da borracha nordestinos. Foi nesse ano que iniciou um processo de aumento da população com a instalação dessa leva de imigrantes. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o elevado custo da borracha brasileira, sua população foi-se exaurindo até sumir por completo. Da mesma maneira, o lugarejo, ficou estagnado até o início do processo de ocupação do Estado, a partir da década de 60. Durante o processo de colonização de Estado, as terras fora do eixo da BR 364 foram as últimas a serem ocupadas, da mesma maneira como foi postergada na construção das linhas telegráficas. Devido à existência de alguns aglomerados urbanos na região a as informações sobre a qualidade das terras, o INCRA, em 4 de outubro de 1973, criava o Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, implantado em 21 de agosto do ano seguinte na gleba Guaporé, onde se instalaram as primeiras famílias. Uma precária estrada de penetração foi aberta seguindo a mesma direção proposta pelo Major Alecariense Costa, nas margens da qual, e no final, agricultores postaram-se abrindo clareiras e plantando nas terras férteis. No Referenciado Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, inicialmente chamado de colorado, surgiu uma povoação no cruzamento da linha terceira, eixo com a linha três, onde antes existia a Fazenda Escondido. Era o início do núcleo urbano que deu início a atual cidade de Cerejeiras. O município foi criado no dia 5 de agosto de 1983, pelo Decreto Lei nº 071, assinado pelo Governador Jorge Teixeira de Oliveira, com área desmembrado do município de Colorado DOeste. Através da Lei nº 570, de 22 de junho de 1994, o município cedeu área territorial para criação do município de Alto Alegre dos Parecis. Através da Lei nº 645, de 27 de dezembro de 1995, o município voltou a ceder área territorial, desta vez para criação do município de Pimenteiras do Oeste.

HINO DE CEREJEIRAS

Tua história é forjada na bravura
No destemor do nobre bandeirante.
Na solidão sem fim dos seringais
E a fibra indomável do migrante.

Na campina verdejante da fazenda
Foi a escola o berço promissor,
Onde o projeto dividiu a terra
Com justiça ao bravo lavrador.

Cerejeiras,
Onde o campo plantado
É mais verde e bonito,
Com o fruto da terra
Vicejando no vale
E abraçando o infinito.

E tens hoje a epopéia do migrante
A construir em ti um mundo novo,
Traçando sobre a Terra o teu futuro
E o feliz destino de teu povo.

A nobreza que há na selva da Amazônia
Onde teu nome o povo foi buscar.
Na união do povo brasileiro
Que escolheu em ti viver e amar.

Cerejeiras,
Onde o campo plantado
É mais verde e bonito,
Com o fruto da terra
Vicejando no vale
E abraçando o infinito.

Referências
www.cerejeiras.ro.gov.br
Wikipedia
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PRESIDENTE MÉDICI - RONDÔNIA (GEOGRAFIA E HISTÓRIA)


Presidente Médici é um município brasileiro do estado de Rondônia. Localiza-se a uma latitude 11º10'33" sul e a uma longitude 61º54'03" oeste, estando a uma altitude de 185 metros. Sua população estimada em IBGE 2011 era de 22.516 habitantes. Possui uma área de 1.758 km².

Fundação: 16 de junho de 1981
Gentílico: medicense

Demografia
Os primeiros colonos chegaram ao local na margem da BR-364, na década de sessenta, instalaram-se em apenas quatro barracas no meio do lamaçal, dando-lhe o nome de Trinta e Três, por distar 33 quilômetros da Vila de Rondônia, atual cidade de Ji-Paraná. Seus moradores, todos agricultores, socorriam de alguma forma os motoristas e passageiros das viaturas que ficavam retidas em um imenso atoleiro conhecido por Muqui, nas proximidades do rio com este nome.

O lugarejo crescia em número de habitantes e casas com a chegada de novos colonos que nele se estabeleciam a apesar da situação litigiosa. No primeiro semestre de 1972, sua população atingia mais de 800 habitantes e os ônibus que ligavam Cuiabá a Porto Velho, faziam ponto de parada no local, agora com aspecto de Vila e com dois nomes Nova Jerusalém e Nova Canaã, ostentados em placas distintas colocadas pelos líderes de cada grupo de agricultores em frente de suas respectivas casas.

Devido a estagnação econômica e a falta de investimentos, houve evasão populacional nos últimos dez anos. A falta de empregos diretos e indiretos a ausência de instituições de ensino superior tem afugentado os jovens, que procuram outras cidades para trabalhar e estudar.

História
Em 1915 surgem os primeiros registros sobre a origem do município de Presidente Médici, da passagem da comissão de Rondon pela região. Dados constantes do relatório da Comissão de Rondon daquele ano informam que a região era habitada por seringueiros e trabalhadores do seringal São Pedro do Muqui. A região permaneceu praticamente imutável até a abertura da rodovia federal BR 364, do início do incentivo à colonização do Estado de Rondônia e da região Norte do país.

Os primeiros colonos chegaram ao local da margem da rodovia BR 364, a partir da década de sessenta, instalando-se em quatro barracas ao lado do lamaçal que cobria a estrada. A localidade ficou conhecida como "Trinta e Três" por estar a 33 km da "Vila de Rondônia", atual cidade de Ji - Paraná.

A imigração ficou mais intensa a partir de 1970, onde originou os conflitos litigiosos com o proprietário das terras, Sr.José Milton de Andrade Rios, que acusava os colonos imigrantes de grileiros e invasores de suas terras. As terras ocupadas pelos colonos estavam situadas entre os igarapés Preto e Leitão, que segundo o pretenso proprietário, faziam parte da Fazenda Presidente Hermes, de sua propriedade.

O INCRA tentava impedir a fixação dos colonos no local por não haver uma definição sobre a posse de terras, quanto se era do senhor Milton Rios ou da União. O lugarejo crescia com a chegada de novos colonos. Diante da situação, o INCRA/RO criou o setor Leitão que era uma extensão do Projeto Integrado de Colonização Outro Preto para assentar dentro das normas os colonos. O vilarejo ficou como sede do projeto que surgia.

No primeiro semestre de 1972, a população do vilarejo atingia mais de 800 habitantes e os ônibus que ligava Cuiabá/MT a Porto Velho/RO faziam ponto de parada no local, agora com aspecto de Vila, e já elevado à categoria de subdistrito. Os pioneiros discutiam o novo nome do lugar em substituição ao "Vila 33" e colocavam placas em frente de suas casas sugerindo os mais diversos nomes como: Nova Canaã, Nova Jerusalém e outros. Por um plebiscito escolheram um nome dentre vários apresentados, como Getúlio Vargas, Presidente Médici, Fátima do Norte, Cruzeiros do Sul, além de Nova Canaã e Nova Jerusalém, tendo saído vencedor o nome do presidente da república da época, Emilio Garrastazu Médici, confirmado em 30 de julho de 1973 pelo governador do território de Rondônia, Teodorico Gahyva. O povo chamava o povoado de "péla - jegue" em sentido pejorativo.

As autoridades em conjunto com a população passaram a analisar todas as possibilidades de conseguir a transformação do subdistrito em distrito. Foi convocadas uma reunião com a comunidade, para escolher um grupo de pessoas que ia defender seus interesses. Surgiu a "Sociedade amiga da vila". Com o novo nome de Presidente Médici o povoado foi elevado à categoria de distrito do município de Ji - Paraná no dia 30 de janeiro de 1978 pelo Decreto -Lei nº 81.272.

Em decorrência do seu desenvolvimento sócio econômico, foi o distrito de Presidente Médici elevado à categoria de município, pela Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, assinada pelo então Presidente da República, João Batista de Figueiredo, mantendo o mesmo nome com as áreas desmembradas do município de Ji - Paraná.
Em cumprimento às Leis nºs 103, de 20 de maio de 1986; 157, de 19 de junho de 1987 e 604, de 10 de abril de 1995, o município cedeu área territorial para criação dos municípios de: Alvorada DOeste, Nova Brasilândia DOeste e Ministro Andreazza, respectivamente. A lei nº 493, de 9 de julho de 1993 prevê a cessão de área territorial do município de Ministro Andreazza para Presidente Médici.

Significado do Nome
Os pioneiros discutiam o novo nome do lugar em substituição ao Vila 33 e colocavam placas em frente de suas casas sugerindo os mais diversos nomes como: Nova Canaã, Nova Jerusalém e outros. Por um plebiscito escolheram um nome dentre vários apresentados, como Getúlio Vargas, Presidente Médici, Fátima do Norte, Cruzeiros do Sul, além de Nova Canaã e Nova Jerusalém, tendo saído vencedor o nome do presidente da república da época, Emilio Garrastazu Médici, confirmado em 30 de julho de 1973 pelo então governador do território de Rondônia, Teodorico Gahyva. Apesar do nome escolhido o povo, chamava o povoado de péla - jegue em sentido pejorativo, mas com o decorrer do tempo caiu em esquecimento.

Referências
www.presidentemedici.ro.gov.br
Wikipédia
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RONDÔNIA - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA

GEOGRAFIA – Área: 237.576,2 km². Relevo: planície a oeste, depressões e pequenos planaltos a norte, planalto a sudeste. Ponto mais elevado: serra dos Pacaás (1.126 m). Rios principais: Guaporé, Jaci-Paraná, Ji-Paraná, Madeira, Mamoré. Vegetação: floresta Amazônica e cerrado a oeste. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Porto Velho (468.800), Ji-Paraná (122.400), Ariquemes (92.900), Cacoal (86.420), Vilhena (76.700), Jaru (56.200), Rolim de Moura (52.900), Buritis (39.600), Guajará-Mirim (42.570), Ouro Preto do Oeste (41.750) (2012). Hora local: -1h. Habitante: rondoniano.

POPULAÇÃO – 1.682.700 (est. 2012).

CAPITAL – Porto Velho. Habitante: porto-velhense. População: 468.800 (est. 2012).

Localizado na Região Norte, Rondônia (RO) tem dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica. Os pontos mais altos do estado são a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26 °C. Entre 1991 e 2000, o crescimento demográfico médio é de 2,2% ao ano. Rondônia é o terceiro estado mais populoso da região, com 1,56 milhão de habitantes, atrás do Amazonas e do Pará.

Turismo – O estado tem grande potencial turístico, ainda pouco explorado. Para incentivar o setor, o governo cria uma zona de livre-comércio em Guajará-Mirim, município localizado na fronteira com a Bolívia, a 333 quilômetros da capital, Porto Velho. Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos importados, entre os quais os eletroeletrônicos. Com 1,7 mil quilômetros de extensão, o rio Madeira, o maior afluente da margem direita do rio Amazonas, corta Porto Velho. Os turistas podem deslizar por suas águas e navegar no meio da floresta Amazônica, admirando árvores centenárias e bandos de aves coloridas ou se aventurando por trechos de corredeiras.

Economia – Rondônia é o segundo maior produtor de cassiterita do país, atrás do Amazonas. A maior parte do minério é retirada do garimpo de Bom Futuro, em Ariquemes.As maiores empresas do estado atuam nos setores de comércio, energia e telefonia, produção de alimentos e bebidas, mineração, metalurgia e criação de gado.

A construção do porto graneleiro de Porto Velho, em 1995, a abertura da hidrovia do rio Madeira, em 1997, e a construção das Usinas do Madeira a partir de 2010 facilitam o escoamento da produção de Rondônia e impulsiona a economia do estado. A soja é o principal item transportado. Com aproximadamente 1,1 mil quilômetros, a hidrovia liga a capital ao porto de Itacoatiara, próximo a Manaus, no Amazonas. O comércio com outros estados se baseia na venda de produtos agrícolas e minerais e na compra de máquinas, veículos e farinha de trigo. A abertura de novas fronteiras agrícolas contribui para que o estado apresente o segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, atrás apenas de Mato Grosso. Os principais produtos agrícolas rondonianos são cacau, café, arroz, feijão, soja e milho. A madeira é o mais importante item de exportação do estado, mas calcula-se que os dados referentes a sua produção sejam subestimados. No biênio 2001-2002, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autoriza o desmatamento de 12,2 mil hectares em Rondônia, mas imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a área desmatada no período foi de 246,5 mil hectares. Em 2002, a produção de madeira atinge 2,1 milhões de metros cúbicos, quase quatro vezes mais que no ano anterior. Para conter o desflorestamento, é criado, em 2001, na fronteira com a Bolívia, o primeiro corredor ecológico binacional. Com financiamento inicial do Banco Mundial, o corredor terá área de 23 milhões de hectares – quase o tamanho do estado de São Paulo. Além de preservar sub-bacias hidrográficas da bacia Amazônica, deve ajudar a proteger espécies animais e vegetais endêmicas.

Porto Velho
Massacre de garimpeiros – A morte de 29 garimpeiros pelos índios cintas-largas, em abril de 2004, traz à tona o problema da disputa pelos diamantes na reserva indígena Roosevelt. A região de 2,7 milhões de hectares pode abrigar uma das maiores jazidas do mundo, o que atrai a cobiça de empresas e de indivíduos. Como a extração de diamantes em áreas indígenas é ilegal, a reserva Roosevelt, dos cintas-largas, é alvo de intensa ação de contrabandistas. Os conflitos entre garimpeiros e índios na região causam pelo menos 60 mortes nos últimos seis anos. No massacre de 2004, dez cintas-largas são indiciados por assassinato.

Índices sociais – A mortalidade infantil é de 16,2 a cada mil nascidos vivos, abaixo da média nacional. Cerca de 60% dos domicílios não têm água encanada em 2011, 68% não são dotados de sistema de esgoto e 32% não contam com coleta de lixo. O trabalho escravo é outro grave problema.

Capital – Maior cidade do estado, com 465,9 mil habitantes, Porto Velho é o principal pólo comercial de Rondônia. A capital serve de centro também aos municípios do sul do Amazonas, mais próximos de Porto Velho que de Manaus.

História
Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer a região que equivale ao atual estado de Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse por aquelas terras. Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só prosperam no fim do século XIX, com o surto da exploração da borracha. É com o estabelecimento definitivo do antigo Território do Acre, em 1903, que Rondônia se desenvolve, pois o Tratado de Petrópolis obriga o Brasil a construir a ferrovia Madeira-Mamoré. A rede telegráfica estabelecida pelo marechal Cândido Rondon é outro importante impulso à integração da região. Em 1943 é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, com o desmembramento de parte de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da área. Em 1956, o território passa a se chamar Rondônia. Até a década de 1960, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará. O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir dos anos 1960 e 1970. Os incentivos fiscais aos empreendimentos privados e os investimentos do governo federal, bem como os projetos de construção de rodovias e de implantação de núcleos de colonização, estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita contribui para o aumento populacional. Entre a década de 1960 e a de 1980, o número de habitantes cresce mais de sete vezes, passando de 70 mil para 500 mil. Rondônia é elevado à condição de estado em 1981, mas a redução de investimentos, o esgotamento prematuro das melhores terras para a agropecuária e a devastação florestal dificultam seu desenvolvimento econômico e causam sérios problemas sociais e ambientais.
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RIO GRANDE DO SUL- GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA – Área: 281.748,5 km². Relevo: planície litorânea com restinga e areia, planaltos a oeste e a nordeste e depressão no centro. Ponto mais elevado: serra Geral (1.398 m). Rios principais: Camaquã, dos Sinos, Ibicuí, Ijuí, Jacuí, Jaguarão, Pelotas, Quaraí, Taquari, Uruguai. Vegetação: campos (campanha gaúcha) ao sul e a oeste, floresta tropical a leste, mata de araucária a norte, restingas litorâneas. Clima: subtropical. Municípios mais populosos: Porto Alegre (1.698.300), Caxias do Sul (420.260), Pelotas (388.500), Canoas (351.900), Santa Maria (282.980), Gravataí (269.100), Novo Hamburgo (266.850), Viamão (262.400), São Leopoldo (218.700), Alvorada (214.400) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: gaúcho.

POPULAÇÃO – 11.216.000 (est. 2012).

CAPITAL – Porto Alegre. Habitante: porto-alegrense. População: 1.698.300 (est. 2012).

No maior e mais populoso estado da Região Sul está um dos pontos extremos do país, o arroio Chuí. O clima do Rio Grande do Sul (RS) é subtropical, e o relevo apresenta planícies litorâneas, planaltos a oeste e nordeste e depressões no centro. O estado tem vegetação de campos (os Pampas Gaúchos), floresta tropical, matas de araucárias e restingas no litoral. Os principais colonizadores são os imigrantes italianos, que se fixam principalmente na região serrana, no nordeste do estado, e os alemães, que ocupam sobretudo a região do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre. Os portugueses, entre os quais os açorianos, permanecem no litoral.Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos Pampas, na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre essas tradições destacam-se o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, compostos de bombachas (calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho e lenço no pescoço.

Porto Alegre
Turismo – Na Serra Gaúcha, onde o inverno é rigoroso, erguem-se cidades com características européias, como Gramado e Canela. Na região de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, o maior centro produtor de vinho do Brasil, a atração é a culinária italiana. A noroeste do estado, na região das Missões, os municípios de São Borja e São Miguel preservam ruínas das povoações jesuítas do século XVII, consideradas patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Na divisa com o estado de Santa Catarina, no Parque Nacional de Aparados da Serra, o principal ponto turístico é o cânion do Itaimbezinho, formação rochosa com cerca de 5,8 quilômetros de extensão, 2 quilômetros de largura e profundidade que chega a 720 metros.

Economia – Apoiado na produção de couro, o estado é o maior fabricante de calçados do país. O Rio Grande do Sul produz também fumo, petroquímicos, madeira e derivados. Importa petróleo, nafta e fertilizantes. A economia gaúcha é bastante desenvolvida, com destaque para o setor industrial, cujo crescimento em 2003 só é inferior ao do Espírito Santo. Esse bom desempenho é puxado pelos ramos petroquímico, de máquinas e implementos agrícolas, de fertilizantes, de construção, de produção de cigarros e alimentício. Ganha força também a indústria automobilística, com a instalação da fábrica da General Motors do Brasil em Gravataí, na Grande Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de grãos, atrás apenas do Paraná, com expressiva colheita de soja, milho, trigo e arroz. Quase 90% de toda a soja transgênica produzida no país sai do estado. Com respaldo do governo federal, que vem autorizando o plantio de sementes geneticamente modificadas, o Rio Grande do Sul destina 2,59 milhões de hectares ao plantio de soja transgênica. Estima-se que cerca de 80% da produção gaúcha seja transgênica ou esteja contaminada pelo grão modificado. O estado possui um dos maiores rebanhos bovinos do país e é a segunda maior criação de aves.

Índices sociais – O Rio Grande do Sul registra o menor índice de mortalidade infantil do país, com 6,4 mortes por mil nascidos vivos. Os investimentos em educação e saúde fazem com que a qualidade de vida seja uma das melhores do Brasil. O estado apresenta o quarto mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, depois do Distrito Federal, de Santa Catarina e de São Paulo.

Capital – A região da Grande Porto Alegre é o principal centro de compras e serviços do Rio Grande do Sul. A capital é conhecida como uma das cidades mais arborizadas do país. Uma de suas atrações tradicionais é o pôr-do-sol no rio Guaíba.

História
A região do atual estado do Rio Grande do Sul não fazia parte dos domínios coloniais portugueses assinalados pelo Tratado de Tordesilhas. Mas, com a importância estratégica da área do rio da Prata, o território logo atrai a atenção dos colonizadores. Durante a União Ibérica entre Espanha e Portugal (1580/1640), a expansão territorial é facilitada, levando os primeiros sertanistas e criadores de gado à região. Depois é a vez dos bandeirantes paulistas, interessados na captura dos índios guaranis aldeados nas missões do Paraná e do Paraguai pelos padres jesuítas. Em fuga, eles deslocam as aldeias para o sul, ao longo do rio Uruguai.

A metrópole estimula a imigração de famílias açorianas para a recém-criada capitania de São Pedro do Rio Grande. O primeiro povoamento é a base militar criada em 1737 na embocadura da lagoa dos Patos, embrião da cidade portuária de Rio Grande. Dez anos mais tarde é fundada a vila de Porto dos Casais, atual Porto Alegre. Esse desenvolvimento dificulta a definição da fronteira e a separação entre os domínios de Portugal e as terras da Espanha, que só é acertada no Tratado de Madri, de 1750. Os índios não aceitam abandonar as terras das missões, passando do lado brasileiro para o argentino do rio Uruguai, o que deflagra a Guerra Guaranítica.

Revoltas – Vencida a resistência dos índios guaranis, as fazendas de gado espalham-se pelo território gaúcho. O Rio Grande do Sul participa das lutas da independência, mas tem seu crescimento barrado pelo centralismo do Império, o que causa conflitos que culminam com a Revolta dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Posteriormente, o estado envolve-se também na Guerra do Paraguai (1865/1870).

Nos primeiros anos da República, os gaúchos mergulham na violenta Revolta Federalista (1893/1895), que instaura uma guerra civil entre republicanos e federalistas. Os revolucionários propõem uma confederação com outras repúblicas, daí sua união com o internacionalista Giuseppe Garibaldi, um dos responsáveis pela unificação italiana. Garibaldi chega a fundar, com o general David Canabarro, a efêmera República Juliana, em Santa Catarina.

Período republicano – Durante a República, o estado continua a receber grande número de imigrantes estrangeiros, principalmente italianos e alemães, num intenso movimento que se havia iniciado ainda durante o Império, na década de 1870 e na de 1880. Com os empreendimentos familiares dos imigrantes, a atividade industrial prospera principalmente em Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Caxias do Sul, sobretudo nos setores de alimentos, tecidos, móveis, calçados, ferramentas e utensílios domésticos. Nas lutas políticas da República Velha, destacam-se Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, representantes das oligarquias gaúchas. O estado participa decisivamente da Revolução de 1930, sob a liderança de Getúlio Vargas, que põe fim à República Velha. Na década de 1970, a indústria começa a se diversificar, com investimentos nos setores químico e metal-mecânico e empreendimentos de grande porte, como o pólo portuário e industrial da cidade de Rio Grande e o pólo petroquímico de Triunfo, próximo a Porto Alegre. Com uma economia equilibrada entre a indústria e a agropecuária e sem grandes desequilíbrios sociais, o Rio Grande do Sul se mantém entre os estados com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
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RIO GRANDE DO NORTE - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

GEOGRAFIA – Área: 52.796,8 km². Relevo: planície litorânea, com depressão na maior parte e planaltos ao sul. Ponto mais elevado: serra do Coqueiro (868 m). Rios principais: Apodi, Curimataú, Jacu, Piranhas ou Açu, Potengi, Seridó, Trairi. Vegetação: mangue no litoral, faixa de floresta tropical e caatinga a oeste. Clima: tropical no litoral e a oeste e semi-árido no centro. Municípios mais populosos: Natal (802.080), Mossoró (255.910), Parnamirim (173.180), São Gonçalo do Amarante (88.060), Ceará-Mirim (71.690), Macaíba (64.740), Caicó (63.260), Açu (52.110), Currais Novos (42.880), São José de Mipibu (39.900) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: potiguar.

POPULAÇÃO – 3.154.100 (est. 2012).

CAPITAL – Natal. Habitante: natalense. População: 802.080 (est. 2012).

O nome do estado é inspirado no rio Potengi, que deságua no mar no extremo nordeste do país, na "esquina do Brasil". O litoral e a porção oeste do Rio Grande do Norte (RN) têm clima tropical, enquanto o centro é semi-árido. A vegetação apresenta áreas de mangue no litoral e de floresta tropical e caatinga no interior.

Economia – O estado contribui com apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A economia potiguar baseia-se no comércio, na indústria têxtil, na agroindústria e no turismo. A produção de camarão em cativeiro tem aumento explosivo e o estado supera o Ceará como o maior exportador brasileiro do crustáceo. A atividade provoca polêmica, porque os criadouros se concentram nos manguezais, que, por lei, devem ser intocados. A agricultura do estado é a que mais cresce a partir de 2002, apoiada na expansão da fruticultura irrigada e, principalmente, na cana-de-açúcar. Mandioca, milho, coco e melão são outras culturas importantes. Das salinas do Rio Grande do Norte são extraídos mais de 90% do sal do país. O estado é também o maior produtor nacional de petróleo em terra.

Índices sociais – A renda per capita estadual é de 11.800 reais, pouco mais da metade da média nacional. A taxa de mortalidade infantil é a quinta maior do país: 41,9 a cada mil crianças nascidas vivas. A cobertura da rede de esgoto não chega à metade dos domicílios e o analfabetismo atinge 22,7% da população.

Natal
Capital – Natal é o principal destino turístico do estado. A carne-de-sol com arroz-de-leite e os frutos do mar são os destaques de sua culinária.

História
Uma das maiores capitanias do início do período colonial, o Rio Grande do Norte é doado a João de Barros, que inicia a colonização em 1535. A tentativa fracassa diante do ataque de franceses e da resistência indígena. Somente no fim do século, os portugueses conseguem desembarcar na região, quando fundam o forte dos Reis Magos e a Vila de Natal. Com clima e solo menos favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, a região torna-se centro de criação de gado. Ganha importância também a exploração do sal. O emprego do trabalho escravo indígena provoca forte reação dos cariris, que, com outras tribos, desencadeiam a Guerra dos Bárbaros, em 1685, só encerrada nos primeiros anos do século XVIII.

Restrições econômicas – Durante o período colonial, o Rio Grande do Norte permanece uma capitania pouco povoada e pobre. Depois da independência, a província passa a comercializar produtos como o sal e a carne-de-sol. As plantações de algodão permitem que, no fim do Império, sejam instaladas as primeiras manufaturas têxteis. Durante a Intentona Comunista, em 1935, o movimento chega a dominar Natal, antes de ser reprimido. Na II Guerra Mundial, o Rio Grande do Norte cede áreas para bases militares norte-americanas. Apesar dos investimentos canalizados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a partir dos anos 1960 e do crescimento da indústria salineira, o estado registra lenta progressão econômica.
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RIO DE JANEIRO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

GEOGRAFIA – Área: 43.696,1 km². Relevo: planície litorânea com morros, lagos, várzeas e dunas e planalto a oeste. Ponto mais elevado: pico da Agulhas Negras, na serra do Itatiaia (2.791,5 m). Rios principais: Grande, Itabapoana, Macaé, Muriaé, Paraíba do Sul, Piraí, Preto. Vegetação: mangue no litoral e mata Atlântica, floresta tropical. Clima: tropical atlântico. Municípios mais populosos: Rio de Janeiro (6.710.300), São Gonçalo (1.040.200), Duque de Caxias (899.670), Nova Iguaçu (855.100), Belford Roxo (502.320), Niterói (495.400), São João de Meriti (482.630), Campos dos Goytacazes (454.700), Petrópolis (318.400), Volta Redonda (270.200) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: fluminense.

POPULAÇÃO – 15.958.750 (est. 2012).

CAPITAL – Rio de Janeiro. Habitante: carioca. População: 6.710.300 (est. 2012).

Menor estado da Região Sudeste, o Rio de Janeiro (RJ) abriga a terceira maior população do país, atrás de São Paulo e de Minas Gerais.

O turismo é uma de suas principais fontes de receita. Com o Carnaval mais famoso do mundo, a capital, Rio de Janeiro, é ponto de atração de visitantes brasileiros e estrangeiros. A atividade turística é forte também em Búzios e Cabo Frio, no litoral norte do estado. Em Angra dos Reis e Parati, no sul, há praias muito apreciadas, acessíveis apenas por barco. Nesse trecho do litoral, Ilha Grande atrai cada vez mais turistas desde a desativação, em 1994, de um antigo presídio. A ilha oferece boas áreas para mergulho e trilhas para caminhadas no meio da mata Atlântica. Na região serrana destacam-se Petrópolis e Nova Friburgo, cidades que conservam arquitetura e costumes da colonização alemã e suíça. Visconde de Mauá e Itatiaia sobressaem pelas paisagens naturais e pelo ecoturismo. Recentemente, o estado descobre a vocação turística do Vale do Paraíba, região de belas fazendas históricas da época áurea da cultura do café, no século XIX.

Meio ambiente – O ecossistema do litoral fluminense vem sofrendo danos decorrentes dos constantes vazamentos de óleo combustível. As principais fontes de lançamento irregular de óleo são indústrias, terminais de combustíveis, postos de gasolina, estaleiros e navios petroleiros. Os acidentes com a Petrobras agravam a situação. Depois do desastre de 2000, quando um duto despeja 1,2 milhão de litros de petróleo na baía de Guanabara, a plataforma P-36, que fazia extração de petróleo na bacia de Campos, explode e afunda, em um acidente que causa a morte de 11 operários, em 2001. O estado, que ocupa uma região antes dominada inteiramente pela mata Atlântica, tem apenas 19% da antiga vegetação, concentrados em pontos de difícil acesso no litoral e nas regiões mais altas .

Economia – Apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio de Janeiro vem da agricultura. A indústria é responsável por 49,6% e o comércio e os serviços, por 49,8%. Os setores industriais mais dinâmicos são o químico, o metalúrgico, o siderúrgico, o de material eletrônico, o farmacêutico e o da construção civil. A Região Sul do estado, beneficiada pela boa infra-estrutura e pela proximidade com os grandes centros, é escolhida por várias indústrias metalúrgicas e automotivas para instalação de suas fábricas. A montadora de ônibus e caminhões da Volkswagen, que funciona em Resende desde 1997, e a construção da unidade da Peugeot-Citroën, em Porto Real, município vizinho, atraem pequenas e médias empresas.A Petrobras é a maior empresa com sede no estado. A Bacia de Campos, a maior área petrolífera do país, localiza-se no Rio de Janeiro. Esse fato contribui para fazer do estado o principal produtor de petróleo e gás natural do Brasil. Metade das exportações fluminenses corresponde à comercialização de petróleo e derivados. A intenção da Petrobras de encomendar navios petroleiros e plataformas a empresas brasileiras estimula a modernização dos estaleiros da região e impulsiona a indústria naval, em dificuldades desde o fim da década de 1980. A cana-de-açúcar, apesar do declínio, é ainda a principal lavoura do estado. Crescem os investimentos na fruticultura, sobretudo abacaxi, tomate, laranja, maracujá, banana e coco.

Enriquecimento de urânio – Fica em Resende a única fábrica de enriquecimento de urânio do Brasil. Após meses de negociação, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) autoriza seu funcionamento em 2004. A polêmica surgiu porque o governo brasileiro, com o objetivo de guardar segredo tecnológico, não permitiu que os inspetores tivessem acesso visual às centrífugas. Isso gerou especulações sobre a eventual utilização do urânio para fins não pacíficos. O governo pretende atingir a auto-suficiência no enriquecimento de urânio até 2010. Atualmente, o urânio que alimenta a usina nuclear de Angra dos Reis para a geração de energia elétrica é enriquecido no Canadá e na Europa.

Índices sociais – A sangrenta disputa pelo comando do tráfico de drogas e os confrontos entre policiais e traficantes nos morros da cidade do Rio de Janeiro mancham sua imagem de cartão-postal do Brasil. Além de afetar a população local, a violência urbana provoca efeitos negativos sobre o turismo. Em 2004, uma série de crimes contra visitantes estrangeiros ganha os noticiários. O assalto a uma família de turistas uruguaios é filmado por um cinegrafista amador e tem repercussão internacional. Nos dois casos mais graves, uma turista japonesa é esfaqueada e um visitante espanhol, morto a tiro. De outro lado, o estado do Rio de Janeiro mantém a melhor média de escolaridade do Sudeste: 44,5% de sua população tem oito anos ou mais de estudo. A taxa de alfabetização é a maior do país: 94,9%. Sua renda per capita já supera a dos paulistas, ficando atrás apenas do Distrito Federal. No ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nacional, o estado detém a quinta posição. Segundo o Censo de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro é o estado menos católico do país e o de maior concentração feminina no Sudeste.

Rio de Janeiro
Capital – A cidade do Rio encanta os turistas com suas belezas naturais, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a floresta da Tijuca e as praias, entre as quais se destacam Copacabana e Ipanema. Além da paisagem natural, a cidade, que foi sede do governo durante o período colonial e capital brasileira de 1822 a 1960, abriga importante acervo histórico e arquitetônico. Há ainda uma agitada vida noturna e cultural, com muitos cinemas, teatros, bares, restaurantes e boates. Criada a partir do projeto Ciclovias Cariocas, em 1993, a rede de ciclovias da cidade já é a maior da América Latina, com 100 quilômetros construídos (mais 150 quilômetros projetados). Pedalam diariamente pelas ciclovias 2 mil pessoas, sobretudo nas zonas turísticas, ao longo das praias. Em 2001, pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) para calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital fluminense, apesar de mostrar avanços na educação, indica profundas desigualdades sociais. Enquanto os 10% mais ricos da população se apropriam de 45% da renda da cidade, os 40% mais pobres detêm menos de 9% da riqueza produzida. A desigualdade é uma das explicações para a violência e o tráfico de drogas nos morros cariocas. Cerca de 10% dos domicílios no estado localizam-se em favelas ou assemelhados, áreas onde há maior carência de serviços públicos.

História
Em razão do rentável comércio de pau-brasil, o litoral fluminense atrai colonizadores portugueses e corsários franceses ainda no século XVI. Em 1555 chega à região uma esquadra comandada pelo francês Nicolau Durand de Villegaignon, que funda a França Antártica. Os franceses resistem durante uma década às investidas das tropas portuguesas até serem derrotados por Estácio de Sá – morto em combate –, sobrinho do governador-geral Mem de Sá. Essa vitória marca a origem da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, fundada em 1º de março de 1565. Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, a povoação cresce e prospera como região portuária e comercial. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o porto do Rio de Janeiro torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saem ouro e diamante em direção à metrópole e entram escravos e produtos manufaturados. Em 1763, a importância da cidade faz com que o governo de Portugal a transforme em sede do Governo Geral, em substituição a Salvador, que entra então em acentuado processo de declínio econômico. Em 1808 chegam ao Rio a família real e a Corte, fugindo das tropas francesas que haviam invadido Portugal no ano anterior. A cidade se torna sede do governo português, o que transforma radicalmente sua vida. Após a declaração de independência, o Rio continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província da capital do Império, em 1834 o Rio de Janeiro é convertido em município neutro, e a nova capital da província do Rio de Janeiro passa a ser Niterói. O Rio de Janeiro concentra a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde força política para São Paulo e Minas Gerais.

Decadência política – O enfraquecimento econômico e político do Rio de Janeiro continua após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficia da industrialização, apesar de o estado ser escolhido para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no município de Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base no país.A cidade do Rio de Janeiro mantém-se como importante zona comercial, industrial e financeira. Mas o declínio acentua-se com a mudança da capital federal para Brasília, em 1960. Nesse ano, a cidade é transformada no estado da Guanabara, que dura apenas 14 anos. Em 1974, as duas unidades (Rio de Janeiro e Guanabara) fundem-se e voltam a constituir o atual estado do Rio de Janeiro.Com o objetivo de recuperar sua importância política e econômica, os governos militares investem pesadamente no estado: duas usinas nucleares são construídas em Angra dos Reis, além de ser implantados um pólo de indústria naval na baía de Sepetiba e um pólo petrolífero na bacia de Campos, que se torna o mais produtivo do país. O governo estadual pretende agora criar um pólo petroquímico na baía de Sepetiba.
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