GEOGRAFIA – Área: 52.796,8 km². Relevo: planície litorânea, com depressão na maior parte e planaltos ao sul. Ponto mais elevado: serra do Coqueiro (868 m). Rios principais: Apodi, Curimataú, Jacu, Piranhas ou Açu, Potengi, Seridó, Trairi. Vegetação: mangue no litoral, faixa de floresta tropical e caatinga a oeste. Clima: tropical no litoral e a oeste e semi-árido no centro. Municípios mais populosos: Natal (802.080), Mossoró (255.910), Parnamirim (173.180), São Gonçalo do Amarante (88.060), Ceará-Mirim (71.690), Macaíba (64.740), Caicó (63.260), Açu (52.110), Currais Novos (42.880), São José de Mipibu (39.900) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: potiguar.
POPULAÇÃO – 3.154.100 (est. 2012).
CAPITAL – Natal. Habitante: natalense. População: 802.080 (est. 2012).
O nome do estado é inspirado no rio Potengi, que deságua no mar no extremo nordeste do país, na "esquina do Brasil". O litoral e a porção oeste do Rio Grande do Norte (RN) têm clima tropical, enquanto o centro é semi-árido. A vegetação apresenta áreas de mangue no litoral e de floresta tropical e caatinga no interior.
Economia – O estado contribui com apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A economia potiguar baseia-se no comércio, na indústria têxtil, na agroindústria e no turismo. A produção de camarão em cativeiro tem aumento explosivo e o estado supera o Ceará como o maior exportador brasileiro do crustáceo. A atividade provoca polêmica, porque os criadouros se concentram nos manguezais, que, por lei, devem ser intocados. A agricultura do estado é a que mais cresce a partir de 2002, apoiada na expansão da fruticultura irrigada e, principalmente, na cana-de-açúcar. Mandioca, milho, coco e melão são outras culturas importantes. Das salinas do Rio Grande do Norte são extraídos mais de 90% do sal do país. O estado é também o maior produtor nacional de petróleo em terra.
Índices sociais – A renda per capita estadual é de 11.800 reais, pouco mais da metade da média nacional. A taxa de mortalidade infantil é a quinta maior do país: 41,9 a cada mil crianças nascidas vivas. A cobertura da rede de esgoto não chega à metade dos domicílios e o analfabetismo atinge 22,7% da população.
Natal |
História
Uma das maiores capitanias do início do período colonial, o Rio Grande do Norte é doado a João de Barros, que inicia a colonização em 1535. A tentativa fracassa diante do ataque de franceses e da resistência indígena. Somente no fim do século, os portugueses conseguem desembarcar na região, quando fundam o forte dos Reis Magos e a Vila de Natal. Com clima e solo menos favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, a região torna-se centro de criação de gado. Ganha importância também a exploração do sal. O emprego do trabalho escravo indígena provoca forte reação dos cariris, que, com outras tribos, desencadeiam a Guerra dos Bárbaros, em 1685, só encerrada nos primeiros anos do século XVIII.
Restrições econômicas – Durante o período colonial, o Rio Grande do Norte permanece uma capitania pouco povoada e pobre. Depois da independência, a província passa a comercializar produtos como o sal e a carne-de-sol. As plantações de algodão permitem que, no fim do Império, sejam instaladas as primeiras manufaturas têxteis. Durante a Intentona Comunista, em 1935, o movimento chega a dominar Natal, antes de ser reprimido. Na II Guerra Mundial, o Rio Grande do Norte cede áreas para bases militares norte-americanas. Apesar dos investimentos canalizados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a partir dos anos 1960 e do crescimento da indústria salineira, o estado registra lenta progressão econômica.
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