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RONDÔNIA: ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO


A Econômica de Rondônia tem início com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, inaugurada em 1912, quando Rondônia se apresentava como alternativa para a logística de transporte de produtos e recursos naturais da Bolívia. O Brasil assinava o Tratado de Petrópolis sinalizando com a construção da ferrovia e recursos em Libras Esterlinas em troca do Território do Acre. Rondônia recebe então os primeiros investimentos para a construção da ferrovia concomitante à construção da linha telegráfica pelo Marechal Rondon.

Na década de 40 tivemos o auge da borracha em Rondônia, que assim como o Amazonas e Acre responderam ao chamado do governo, recebendo aqui os “Soldados da Borracha”, que ocuparam os seringais em busca do “Ouro Branco”. Destacava-se o modelo econômico extrativista.


Na década de 70, encerram-se as atividades da Ferrovia Madeira Mamoré e o ciclo da borracha já vem de longe sofrendo a concorrência dos seringais da Malásia, não suportando a sustentação da atividade econômica. Nesse momento, Rondônia possui pouco mais de 70.000 habitantes e vê crescer a atividade garimpeira, principalmente no Rio Madeira, que suporta cerca de 5 mil dragas instaladas, empregando 25 mil garimpeiros, aproximadamente. Garimpos de cassiterita, na região de Ariquemes, elevam o Estado à categoria de mais forte produtor nacional do minério. Essas atividades ainda refletem um modelo econômico extrativista, exportador dos seus recursos naturais, subdesenvolvido.


Ao final da década de 70, início da década de 80, Rondônia experimenta o maior fluxo migratório da sua história, acompanhando novamente a política nacional. Era o 2º. PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), que teve início no governo Geisel sendo consolidado no governo João Figueiredo. O programa apresenta ao país, Rondônia, sua nova “Fronteira Agrícola”. O estado passa a ser ocupado por agricultores de todo o Brasil, principalmente dos estados do Paraná e Espírito Santo, que instalaram-se na região central, acompanhados de paulistas, mineiros, catarinenses e gaúchos, esses dois últimos ocupando a região de Vilhena. A ocupação do estado acompanha o ritmo do desmatamento, exigido na época pelo INCRA para que posseiros recebessem a documentação da terra. A pecuária de corte e leite amplia seus espaços com crescimento ininterrupto dos rebanhos. Nosso modelo de desenvolvimento econômico agora é exportador agrosilvopastoril, ou seja, extrativismo, agricultura e pecuária.


Ao longo dessa ocupação e como resultado do processo, instala-se em Rondônia a Indústria Madeireira, atraída pela abundância de matéria-prima. Essa atividade chega ao seu ápice na década de 90, com cerca de 3.000 empresas instaladas, respondendo por 40% do emprego industrial e da arrecadação de impostos. A madeira chega a representar cerca de 90% da nossa pauta de exportações. A atividade industrial ainda não agrega valor a produtos finais, mantendo um modelo de economia subdesenvolvida.


Mas a descontinuidade das políticas nacionais e a ausência de uma política agrícola no país, leva a uma reversão de valores dessas economias. As pressões legais e ambientais invertem a ótica governamental. Quem antes cobrava o desmatamento de 50% das propriedades e agora cobra o reflorestamento das mesmas e a averbação de reserva legal, reduzindo em 20% a utilização das áreas destinadas ao setor primário. A estrutura fundiária do estado, hoje com cerca de 105 mil propriedades rurais possui 80% delas com até 100 hectares. As dificuldades de operação desses produtores com Fundos Constitucionais e demais linhas de crédito e fomento intensificam-se com as novas exigências legais e burocracia. Na impossibilidade de custear atividades agrícolas de produção, amplia-se a pecuária, que assume papel de relevante importância para a nova economia do estado.


Hoje, Rondônia apresenta em seu perfil produtivo o reflexo de políticas nacionais descontinuadas, absorvendo seus impactos e problemas sociais decorrentes. Foi assim com o fim o garimpo, com os seringais e, mais recentemente, com a indústria madeireira, instalada no início da colonização pela abundância de matéria-prima, execrada hoje por ambientalistas e restrita aos limites de uma legislação ambiental mais rígida porém necessária. Ainda assim, a indústria madeiro moveleira responde por cerca de 22% do PIB industrial.


Chegamos agora a mais um divisor de águas na história do desenvolvimento de Rondônia, com a construção das Usinas do Rio Madeira, cujos investimentos chegam à cifra de R$ 20 bilhões, causando aceleração em todas as atividades econômicas do Estado. Dentro dessa perspectiva é que passamos a destacar questões relevantes ao nosso desenvolvimento.


TAXA DE OCUPAÇÃO DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

Rondônia possui hoje a maior taxa de ocupação da população economicamente ativa da região norte, 94,6%. Isto inclui a renda média do trabalhador, R$ 880,00, a maior da região. Desse total, 12,1% trabalha na indústria. Na região norte apenas o Amazonas tem taxa um pouco superior.


Estado com o menor grau de urbanização da região norte, mantendo-se dentro da média nacional. O aumento desse percentual acompanhará o ritmo do crescimento esperado.


Esse indicador reflete o dramático processo de colonização baseada na migração para o estado, iniciado na década de 70 e intensificado nos anos 80 e 90. Temos a maior densidade demográfica da região norte, mas pouco mais de 1/3 da média nacional. Esse indicador deverá crescer 20%, nos próximos cinco anos, com a população do estado chegando próximo de 1,9 milhão de habitantes.


Temos pouco mais de 32% de áreas desmatadas, o que significa que mais de 67% da área do estado ainda está preservada. O grande desafio é extrair maior produção com melhor uso de recursos evitando o avanço sobre áreas ainda preservadas. Isto se dará no campo tecnológico.


Com o advento das usinas, intensificam-se os cursos de Educação de Jovens e Adultos para redução das taxas de analfabetismo do estado. O SESI desenvolve projetos de alfabetização, ensino fundamental e médio, além de educação continuada para trabalhadores da indústria, contribuindo sensivelmente para a redução desse indicador e para o combate ao analfabetismo funcional, problema maior a ser enfrentado. Com a expansão da renda agregada e a busca pela qualificação teremos uma redução do índice de analfabetismo para próximo de 6% da população nos próximos cinco anos, equiparando-se aos números do pólo industrial de Manaus.


Essa taxa de ocupação coloca Rondônia com a 2ª- menor taxa de desemprego do país. Esses números devem se deteriorar nos três primeiros anos da obra caso o volume de migrantes exceda à oferta de emprego. Com a expansão das atividades produtivas e a preparação da mão-de-obra chegaremos ao pleno emprego em diversos setores, como a Construção Civil. Seguramente, Rondônia deverá atingir uma taxa de 96% de ocupação da sua População Economicamente Ativa nos próximos três anos, gerando um círculo virtuoso proporcionado pelo consumo de uma massa salarial de aproximadamente R$ 1 bilhão somente nos empregos gerados pelas obras. Essa massa salarial alcançará os R$ 4 bilhões através do alto efeito multiplicador, natural em economias em expansão. O grande desafio é dar sustentabilidade à economia após obras, que deverá absorver empregos provenientes do seu final.


A expectativa é de que a expansão da oferta de empregos na indústria amplie em 20% sua participação na divisão do emprego, nos próximos cinco anos. Isso elevará o indicador de 12,1% para 14,5%. Em números atuais teremos uma oferta adicional de cerca de 18,4 mil empregos na indústria. Quanto à construção civil, somente o impacto da obra levaria o setor a participar, em números atuais, com 8,7% do emprego. O cenário para os próximos cinco anos inclui a participação dos investimentos imobiliários, que já estão aquecidos na capital. A questão é que, ao retornarmos à média nacional (entre 6 e 7%) com o término das obras, estaremos suscetíveis ao impacto social decorrente da diminuição da oferta de emprego no segmento.


Rondônia possui o maior rendimento médio, R$ 880,00, da região norte, acima da média nacional (pessoas ocupadas). A escassez de mão-de-obra especializada e a oferta de emprego ampliada a partir das obras das usinas e do aquecimento da economia proporcionará significativo aumento no rendimento médio do trabalhador. A massa salarial adicionada se expande muito além do crescimento previsto da população, o que deve levar a uma expansão média de 9% ao ano, devendo chegar aos R$ 1.354,00 em cinco anos.


PERFIL DO EMPREGO EM RONDÔNIA

Em 2011, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho foram gerados 25.300 empregos formais, sendo que 52% gerados nas Usinas Hidrelétricas.


Os setores industriais de maior destaque no estado,cuja concentração foi de 77%, foram:


- Fabricação de produtos alimentícios e bebidas;

- Fabricação de produtos de madeira; e

- Construção Civil.


Em 2011, as famílias ocupacionais que concentraram 68% dos novos empregos gerados foram:


Magarefes e afins;

Alimentadores de linhas de produção;

Ajudantes de obras civis;

Trabalhadores de tratamento e preparação da madeira;

Motoristas de veículos de cargas em geral;

Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias; e

Trabalhadores na pasteurização do leite e na fabricação de laticínios e afins.


Participação do Estoque de Trabalhadores na Indústria* em Rondônia por Grau de Instrução - (1996/2001/2006)


O gráfico acima evidencia a elevação significativa da escolaridade do trabalhador da indústria em Rondônia nos últimos 10 anos. Esse processo deve se intensificar a partir do grande esforço de qualificação feito no estado.


Em 2007, o ensino médio completo já compõe 60% da admissão na indústria, como podemos ver no gráfico abaixo.


Participação do Saldo de Admissão na Indústria em Rondônia por Grau de Instrução - 2007


As intenções de investimentos em Rondônia, excetuando-se aqueles relacionados diretamente com as obras das usinas do Rio Madeira, valores da ordem de R$ 571,8 milhões assim distribuídos:


Setor Econômico

Investimento (mihões de R$)

Alimentos e Bebidas

184,7

Indústria de Cimento (Votorantim)

180,0

Indústria Metal Mecânica (Alstom e Bardela))

90,0

Têxteis

33,1

Artefatos de couro e calçados

17,6

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos

15,8

Outros produtos de minerais não-metálicos

14,6

Álcool

14,1

Móveis e produtos das indústrias diversas

9,4

Outros da indústria extrativa

3,2

Perfumaria, higiene e limpeza

3,1

Produtos de madeira - exclusive móveis

2,6

Produtos químicos

2,3

Artigos de borracha e plástico

1,2

Total geral

571,8

Fonte: Departamento Regional de Rondônia - Elaboração: UNITEP/SENAI-DN


A concretização desses investimentos estruturantes em Rondônia poderá favorecer a configuração de uma nova dinâmica para o crescimento da economia nos próximos anos.


As obras públicas estruturantes já em andamento, licitadas, em fase de licitação e/ou contidas nos orçamentos públicos somam mais de R$ 28 bilhões.


Em função dos investimentos o setor que deverá apresentar maior demanda no período é o de CONSTRUÇÃO CIVIL (Fase de implementação).


O crescimento populacional causado pelas oportunidades no estado e a dinâmica do emprego x renda poderão criar um ambiente favorável para essa expansão de outros setores associados ao consumo das famílias.


Dentre os setores que deverão apresentar uma demanda em maior escala nos próximos anos, merecem destaque a construção civil e o setor de fabricação de produtos alimentícios e bebidas.


Dentre as famílias ocupacionais que devem ter uma maior demanda nesses setores, destacam-se as seguintes


CONSTRUÇÃO CIVIL

Ajudantes de obras civis;

Trabalhadores de estruturas de alvenaria;

Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras;

Supervisores da construção civil;

Trabalhadores de instalações elétricas;

Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos;

Trabalhadores na operação de máquinas de terraplenagem e fundações;

Montadores de estruturas de concreto armado;

Encanadores e instaladores de tubulações;

Pintores de obras e revestidores de interiores (revestimentos flexíveis);

Engenheiros civis e afins;

Trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas;

Eletricistas de manutenção eletroeletrônica; e

Técnicos em construção civil


ALIMENTOS E BEBIDAS

Magarefes e afins

Alimentadores de linhas de produção

Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos

Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem

Operadores de máquinas a vapor e utilidades

Mecânicos de manutenção de máquinas industriais

Técnicos de controle da produção

Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo.


Para os próximos anos, espera-se que, em decorrência do processo de desenvolvimento do estado, alguns setores industriais ganhem mais representatividade na matriz produtiva do estado, como é o caso da construção civil, alimentos e bebidas, artefatos de madeira e eletricidade e gás.


Essa tendência poderá ser impulsionada pela ligação do estado ao oceano pacífico, o que colocará o estado em uma posição logística privilegiada.


É natural que os setores associados ao consumo das famílias, como o de alimentos, apresentem um crescimento significativo no futuro, uma vez que o crescimento populacional causado pelas oportunidades no estado e a dinâmica - emprego e renda – contribuirão para a criação de um ambiente favorável à expansão.


DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Nossa distribuição de renda é a segunda melhor do país, ficando atrás somente de Santa Catarina. A razão da renda entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres está em 13,82 vezes em 2004, contra 11,44 vezes em Santa Catarina. A média nacional é de 22,5 vezes, sendo o caso mais grave em Brasília, 34,88 vezes. Em 2002 esse indicador estava em 19,65 vezes, sendo reduzido em 15% ao ano entre 2004 e 2004. Essa tendência levará Rondônia ao topo do Ranking de distribuição de renda no Brasil nos próximos três anos.


Nosso IDH é o 14º- do país. Porto Velho tem o pior IDH entre as capitais brasileiras, mas os investimentos sinalizados pelo PAC na sua infra-estrutura prometem reverter esse quadro.


SANEAMENTO

Se considerarmos apenas a rede coletora de esgoto, temos 3% da população atendida em Porto Velho. O PAC sinaliza com investimentos de R$ 645 milhões para levar água encanada e esgoto a 100% dos moradores do Município de Porto Velho, além de moradias e urbanização de ruas, limpeza de igarapés, etc.


Segundo o IBGE, a esperança de vida ao nascer em Rondônia, que era 60 em 1980, atinge 70,6 em 2004, ficando abaixo da média nacional. Esse indicador está ligado diretamente às condições de saúde e saneamento básico da população.


O coeficiente de mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos caiu de 55,5 em 1980 para 25,9 em 2005, ficando abaixo da média nacional (uma queda de 53% no índice). A melhoria das condições de saneamento e saúde aliada à expansão da renda agregada do trabalhador e à educação e qualificação oferecidas levará a uma redução ainda maior desse quadro durante o período de maior atividade econômica.


Esses são os números que mais preocupam. A mortalidade por violência em Rondônia chegou aos absurdos 24% em 2005, a maior do país, excedendo em 5% ao segundo colocado.


Apesar de reduzida de 105 mortes por violência a cada 100.000 habitantes em 2004 para 101,6 em 2005, ainda não vislumbramos a melhora significativa desses indicadores a partir da oportunidade ímpar de crescimento da economia. Se não forem implementados projetos de sustentabilidade do emprego e da renda estaremos reproduzindo as mesmas mazelas deixadas ao longo da trajetória de desenvolvimento do estado.


BALANÇA COMERCIAL

A Balança Comercial de Rondônia vem batendo todas as metas estabelecidas. Em 2006 nossas exportações cresceram 51% em relação ao ano de 2005. Em 2007, tivemos um crescimento de 48%.


Nossos números:

2005: US$ 202 milhões

2006: US$ 308 milhões

2007: US$ 457 milhões


Nossas importações não chegam a 20% do valor das exportações.


Destacamos a oportunidade do crescimento do setor extrativo mineral, com o estanho (Rondônia é responsável por 25% da produção nacional), o granito, com mercado definido na união européia; e a indústria madeireira, numa nova fase de desenvolvimento de tecnologias, agregando valor e novas etapas de processamento dos seus produtos destinados, principalmente, ao mercado chinês.


Chamamos a atenção para o surgimento da indústria de cosméticos e fitoterápicos, que num curto período de tempo estará apta a atender o mercado internacional.


O PIB DO ESTADO

Temos também o 3º maior PIB da Região Norte, chegando aos R$ 12,9 bilhões em 2005, segundo o IBGE, sendo maior que a soma do PIB dos estados do Acre, Amapá e Roraima. O crescimento dessa economia obteve a média de 4,5% ao ano nos três últimos anos. Em 2008 estaremos crescendo próximo de 7%, com previsão de 8 a 10% decrescimento a partir de 2010.


O significativo crescimento das exportações do estado, notadamente nos produtos industrializados, de maior valor agregado, mostra a ampliação da participação da indústria na formação do PIB, que era de 12% em 2005, devendo chegar a 18% até 2010 e ultrapassar os 20% nos cinco anos subseqüentes. Um sinal dessa expansão verifica-se em nossa frota de veículos, que cresce cerca de 10% ao ano.


NOVAS PERSPECTIVAS E CENÁRIOS – análise estratégica

Rondônia teve sua economia forjada por vários modelos de desenvolvimento, sempre fundamentados no modelo exportador agrosilvopastoril, característico do subdesenvolvimento. Hoje, esse modelo sofre a sua maior evolução, com a consolidação da sua indústria, forjada por empresários pioneiros e visionários, sabedores de que a única forma de gerar riqueza e sustentabilidade econômica é agregar valor aos seus recursos naturais, através da sua transformação/industrialização.


Se observarmos a história do desenvolvimento da nossa economia, encontraremos, com o início da construção da Ferrovia a melhor visão estratégica dessa economia: SUA POSIÇÃO GEOGRÁFICA. O abastecimento de toda a região, incluindo aí os países andinos e da Amazônia Sul Americana, a partir do centro-oeste brasileiro, passará necessariamente pelo estado de Rondônia como o pivô da integração MERCOESTE.


É do conhecimento de todo o Brasil o projeto de construção das Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira. Da mesma forma, a construção e asfaltamento da rodovia para o Pacífico é aguardada por todo o setor produtivo, haja vista a amplitude das oportunidades de mercado a partir daí.


Sem nenhuma dúvida a maior preocupação de toda a sociedade rondoniense é quanto às condições de sustentabilidade do crescimento e desenvolvimento econômicos provenientes dos investimentos nas usinas do Rio Madeira. Essa preocupação provavelmente nos faz perder a noção da importância dessas obras para a sustentação do crescimento da economia do próprio país. Rondônia mais uma vez participa da história da formação econômica do Brasil.


A implantação de uma matriz energética limpa e abundante abrirá um leque de oportunidades de investimentos jamais vista na história desse estado. A geração de empregos diretos e indiretos originados no empreendimento será, sem dúvida, muitas vezes inferior aos empregos gerados pelo efeito multiplicador dos recursos aqui investidos. A pergunta a ser respondida é: após o final das obras, a economia do estado continua crescendo, ou se retrai, causando desemprego?


Essa pergunta começa a ser respondida a partir da análise das potencialidades de crescimento e posicionamento estratégico da economia do estado e do conjunto dos seus empreendedores. Rondônia está estrategicamente posicionado como um portal de entrada para a região amazônica, num modal de transporte rodoviário/fluvial que permite o escoamento de produtos de um mercado denominado Mercoeste, que envolve os estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Como exemplo disso, a soja mato-grossense é embarcada no porto graneleiro em Porto Velho. Assim, possibilita acesso aos demais estados da região através da hidrovia do Madeira, bem como permitirá acesso à saída do pacífico, pelo Estado do Acre e Peru.


Sua sustentabilidade começa na expansão do mercado intra-regional, ou seja, maior comercialização de produtos oriundos dos estados da região norte. Com o aquecimento da atividade econômica no estado proveniente dos investimentos nas obras das usinas, os empreendimentos crescem em quantidade, volume de produção (escala), qualidade, e, consequentemente, em competitividade via preço. Essa competitividade nos leva a abastecer estados vizinhos, concorrendo com produtos vindos do centro sul do país. Vale observar que Rondônia é hoje o maior comprador de produtos desse mercado regional. Desenvolver o mercado intra-regional significa reduzir as desigualdades regionais observadas, pois a parcela dos recursos antes destinados ao pagamento de importações de outros estados do Brasil permanecerá na região promovendo a expansão do poder de compra de sua população, que consome mais, dando maior retorno aos investidores, gerando um círculo virtuoso de crescimento.


Esse mercado intra-regional envolve 17,5 milhões de habitantes (consumidores), compreendendo os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins (região norte), acrescido do Mato Grosso (centro-oeste). Seu desenvolvimento é função do nível de interação entre Federações de Indústria, empresários do setor industrial e do comércio, além dos Governos Estaduais, responsáveis pelo provimento da infra-estrutura econômica necessária ao desenvolvimento da produção e aproveitamento dos recursos específicos de cada estado.


Sistematicamente, novos mercados poderão ser abertos, com o atendimento das demandas dos países vizinhos, notadamente o grupo andino, como Chile, Bolívia, Peru, e Equador, e da Amazônia sul americana, como Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname.


Esse mercado potencial a que nos referimos possui população de 137,7 milhões de habitantes e um PIB de US$ 502,5 bilhões em 2005. A título de comparação, o PIB do Brasil foi de US$ 794,1 bilhões (52,8% do PIB sul americano) em 2005. Somando essa população à dos estados da região norte e Mato Grosso, 17,5 milhões de habitantes, chegamos a 155,2 milhões de habitantes (consumidores). Esses países permitirão grande expansão do comércio exterior da região, ampliando as exportações de empresas rondonienses e dos demais Estados. São grandes produtores de matérias-primas e compradores tradicionais de produtos industrializados. A consolidação do Mercosul como bloco comercial liderado pelo Brasil passará, impreterivelmente, pela estruturação do Mercoeste brasileiro, com o estabelecimento de relações comerciais consistentes com esse grupo de países. A chegada aos portos de Ilo e Matarani, no Peru e Arica, no Chile, permitindo-nos o acesso ao Pacífico bem como à rodovia Pan-americana, possibilitará a distribuição dos nossos produtos e fortalecerá o intercâmbio comercial com o grupo.


Finda a construção das usinas do Madeira, estará consolidado esse mercado, se desenvolvido com seriedade e responsabilidade, gerando um conjunto de oportunidades sólidas para os empreendedores do Estado, em cujo sucesso reside a manutenção de investimentos, emprego e renda para a população e a conseqüente sustentabilidade da nossa economia.


INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS NECESSÁRIOS:

Construção das eclusas para ampliar a navegação no Rio Madeira e aprofundamento do seu leito, aumentando o calado das embarcações que se destinam ao porto de Itacoatiara.


Construção de uma ferrovia de Cuiabá a Porto Velho, Rio Branco e Assis Brasil, na fronteira com o Peru.


Construção de um novo porto em Porto Velho.


Construção de um terminal de carga aeroportuária alfandegado, que comporá um sistema multimodal de transporte em Porto Velho.


Reconstrução da BR 364 com estrutura para suportar o volume de carga com destino ao pacífico a partir de 2010.


Construção e instalação de uma Zona de Processamento de Exportação em Porto Velho.


Construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho.


Construção das Usinas de Santo Antônio e Girau no Rio Madeira


Construção das pontes sobre o Rio Madeira (p/ Rio Branco e Humaitá) e sobre o Rio Mamoré. Em Guajará-Mirim, divisa com a Bolívia (área de livre comércio).


Os investimentos aqui descritos são imprescindíveis à consolidação do MERCOSUL, pois referem-se à viabilização do MERCOESTE, mercado que corresponde às regiões centro-oeste e norte do Brasil somado ao grupo andino a amazônico de países sul americanos, cujo potencial já informamos.


Rondônia é o pivô da integração desse mercado. Os investimentos aqui preconizados proporcionarão a condição de logística e abastecimento necessárias, gerando competitividade às indústrias instaladas nessa região.


Estaremos invertendo a ótica dessa competitividade, pois não temos mercado consumidor suficiente em nosso estado, se tratarmos individualmente. Assim, nossa indústria não tem escala de produção suficiente para atingir preços competitivos, necessitando de grandes incentivos fiscais, como os encontrados na região amazônica, a exemplo do Pólo Industrial de Manaus. Essa é a única forma de entregar produtos nos grandes centros consumidores do país com preços competitivos.


Se voltarmos nosso alvo para o mercado que denominamos MERCOESTE, a ótica da competitividade estará invertida, pois teremos vantagens competitivas no abastecimento desse mercado, com um volume de consumidores próximo de 140 milhões de habitantes, somente nos países vizinhos, distantes do nível de industrialização do Brasil e dos nossos mega centros industriais.


O Brasil tem dimensões continentais e não deve protelar o início desses investimentos destinados à consolidação do MERCOESTE sob pena ver o Mercosul reduzido às discussões entre indústrias Argentinas, e o centro sul do nosso país.


Rondônia será, indiscutivelmente, um novo centro de desenvolvimento industrial na região norte e o grande responsável por esse processo.

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PANTANAL DE PACATUBA OU PANTANAL NORDESTINO - SERGIPE


O Pantanal de Pacatuba ou Pantanal Nordestino, em Pacatuba no estado de Sergipe, é composto de 40 Km² de área verde que reúne biodiversidade pântanos, manguezais, dunas, mar e Mata Atlântica formando um cenário harmonioso de fauna e flora. Fica localizado entre a foz do rio São Francisco e a Reserva de Santa Isabel, banhado por águas límpidas e transparentes do rio Poxim, um afluente do Velho Chico. interligado por lagoas e cobertos por plantas típicas de áreas alagadas, como juncos, aguapés, aningas e macroalgas.

Intocado e preservado, nessa ecossistema sergipano são encontrados macacos de várias espécies, dentre elas o Guigó, lontras, capivaras e jacarés do papo amarelo (ameaçado de extinção). É o maior aqüífero do Nordeste, onde a água potável é abundante.

A rica flora é composta de plantas aquáticas raras, bromélias, mandacarus, mangabeiras, cajueiros, mandacarus e outras espécies de cactos.

O Pantanal de Pacatuba é considerado um exemplo de conservação da natureza por manter ainda intacta uma extensa região de rara biodiversidade.


Turismo
Pacatuba, a 116 km da capital Aracaju, próximo da foz do Rio São Francisco onde está localizado o Pantanal de Pacatuba.

Para chegar ao mar é necessária a maré baixa e há apenas um caminho. A praia é ideal para os surfistas. É formada por coqueiros, areia clara e fofa e é praticamente deserta. Como a sinalização é precária, é preciso pedir informação aos moradores e a melhor referência para chegar ao mar é o Pontal dos Mangues.

Diferente do que se possa imaginar, o melhor da região não é a praia, mas sim o que há em volta dela. Pacatuba tem um trecho cercado de mata atlântica que esconde dunas, lagoas costeiras, pântanos e manguezais, apelidados de "Pantanal Sergipano" ou "Pantanal de Pacatuba".

Assim como no Pantanal mato-grossense, o local é uma planície inundada e há uma grande biodiversidade. São mais de 100 espécies catalogadas, com muitos peixes, mamíferos, aves e plantas ornamentais. Segundo especialistas, o pantanal nordestino foi formado há mais de 12 mil anos. A região tem cerca de 40 km de extensão e pode ser admirada no percurso que liga Pacatuba à outra praia do litoral norte, Pirambu.

É possível chegar ao local pela BR-101 pela estrada para Japaratuba, mas para contemplar as belezas da região é preciso ir ou voltar para Pirambu pela estrada de terra. O local mais bonito é o Mirante do Robalo, onde é possível visualizar o conjunto de belezas que estão na região.

Ainda perto do caminho entre as duas praias, há a Lagoa Redonda: área cercada por dunas e um lindo riacho. De cima das montanhas de areia é possível avistar a praia de Pirambu. Na lagoa há um camping e muitas pessoas costumam acampar e desbravar os riachos próximos à região, como a cachoeira do Roncador.

Pirambu está a 75 km de Aracaju e já possui infraestrutura para os turistas, com pousadas, restaurantes e quiosques á beira-mar. Quem gosta de frutos do mar não deve deixar de degustar os camarões e caranguejos da região. Os pratos custam em média R$ 35 para duas pessoas.

Assim como Pacatuba, o local é formado por uma colônia de pescadores - pirambu é o nome de um peixe típico da região. A praia também é adequada à prática de surf já que possui boas ondas. Assim como em todo o Estado de Sergipe, muitos coqueiros compõem o cenário.

Pirambu abriga a primeira base do Projeto Tamar instalada no Brasil, em 1982, e sedia a Coordenação Regional do Projeto Tamar-ICMBio de Sergipe e Alagoas. São 53 km de praias monitoradas que protegem quase 2400 desovas e 106 mil filhotes a cada temporada. 80% das tartarugas são da espécie oliva, a menor entre as marinhas que ocorrem no Brasil, com comprimento curvilíneo de casco entre 70 e 74 centímetros.
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GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE NOVA MAMORÉ - RO





HISTÓRIA DE NOVA MAMORÉ
A origem de Nova Mamoré teve início na década de 1970, com a criação do PIC Sidney Girão, em conseqüência da desativação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré que tinha como ponto de parada a pequena comunidade de Vila Murtinho localizada às margens do Rio Mamoré, na época foi um dos maiores centros comerciais da região, por absorver a produção de borracha e castanha dos seringais nativos e da República Federativa da Bolívia, país o qual faz fronteira. A estrada de Ferro Madeira Mamoré, era o único meio de transporte capaz de escoar essa produção para s outras regiões do país.

Com a desativação da ferrovia dada em função da construção da BR - 425, a lendária história de Vila Murtinho, sofre um golpe em sua economia, tendo como conseqüência a migração dos comerciantes da pequena vila para as margens da futura rodovia, surgindo assim um novo povoado que logo passou a denominar-se "Vila Nova". Além da Vila Murtinho outros povoados também pertencentes ao Município de Guajará-Mirim.

Com a chegada da BR - 425 muitos migrantes desses pequenos núcleos comerciais chegaram ao povoado de Vila Nova, onde instalaram seus comércios ao longo da BR, que atualmente atravessa a zona urbana denominada de Avenida: Desidério Domingos Lopes.

Em 1971 o Governo Federal implantou na região, através do INCRA, um Projeto Integrado de Colonização Sidney Girão, oportunizando a implantação de famílias de todas as regiões brasileiras que, instalaram-se em pequenos lotes e que formaria no futuro a produtiva zona rural do Município de Nova Mamoré.

Ao passar dos anos, o fluxo imigratório aumentou em grandes proporções, tornando Vila Nova o núcleo urbano responsável pelo atendimento e apoio aos colonos implantados no Sidney Girão. As primeiras obras destinadas a esse núcleo de apoio foram: uma pequena Escola de 1º grau, uma Unidade Mista e uma Delegacia de Polícia.

Apesar de pertencer ao Município de Guajará-Mirim o núcleo de Vila Nova tinha administração própria. O primeiro administrador da localidade foi o Sr. João Francisco Clímaco, que acumulativamente também exercia a função de subdelegado de Polícia, onde na condição de líder comunitário soube compatibilizar as suas funções servindo assim de agente encaminhador das aspirações daquela comunidade.

No ano de 1.988, foi liderado pela comunidade um movimento de emancipação política, tornado Vila Nova do Mamoré um Município pela Lei n º 207 de 06 de Julho de 1988.

Nova Mamoré teve sua emancipação político-administrativa em 21 de julho de 1.988, seu desenvolvimento foi impulsionado pela criação do Projeto Integrado de Colonização Sidney Girão no início da década de 70. Nesta época, o governo Federal elaborou uma política que visava o povoamento da região Amazônica, foi criado então o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária / Ministério do Interior), que incentivava a vinda de imigrantes, oriundos em sua grande maioria das regiões Nordeste e Centro - Sul do Brasil, e aos quais eram distribuídos lotes de terras devidamente documentadas.

Após a emancipação política do Município, foi realizada a primeira eleição para o Executivo e Legislativo, onde em Fevereiro de 1990, foi aprovado pela Câmara Municipal um Projeto de Lei alterando o nome do Município para "Nova Mamoré", como é atualmente denominada

ÁREA GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE NOVA MAMORÉ

População: 26.421 habitantes; (2012)

ÁREA DO MUNICIPIO: 10.072 km².

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA – LIMITES:

Longitude: 65º 23’ 00”
Latitude: 10º 23’ 55”

Oeste – República da Bolívia e rio madeira
Sul – Guajará-Mirim
Leste – Porto Velho/Campo Novo/Buritis
Norte – Porto Velho.



ASPECTOS GEOGRÁFICOS

CLIMA – o clima de Nova Mamoré é constituído por uma massa de ar equatorial caracterizado por fortes umidades e temperatura relativamente elevada.

O clima se mostra mais quente na primavera e no verão onde ocorrem ventos que podem atingir 60 à 80 Km/h e as chuvas são de pouca duração, principalmente á tarde e início da noite, ainda o fenômeno da friagem é provocado por frentes frias vindas dos pólos, e a temperatura baixa rapidamente, podendo chegar a 9° C.

Como toda região úmida da Amazônia a classificação climática é equatorial úmida, havendo alguns meses secos, onde sob o ponto de vista térmico o clima é considerado quente.

RELEVO – o município de Nova Mamoré apresenta um relevo relativamente plano, apesar das influências da Serra dos Parecis, que em Rondônia recebe o nome de Serra dos Pacaás Novos.

Geomorfologia - Situado na depressão interplanática da Amazônia Meridional, o Município apresenta um solo do tipo " Latossolo Vermelho Álico e Latossolo Moderado ou Distráfico".

Em sua extensão, pode-se presenciar constantes paisagens de belezas cênicas que servem de atrativo aos turistas.

VEGETAÇÃO – sua formação vegetal está condicionada ao clima e aos fatores edáficos e topográficos.

No município de Nova Mamoré, a cobertura florestal apresenta-se em três tipos de mata:

Mata de Terra Firme – instaladas nas partes mais altas

Mata de Várzea – ocorre em terrenos baixos, planos e alagadiços

Mata de Iguapó – predomina nas área baixas

Além desses três tipos específicos de matas, podemos encontrar os Campos Sujos ou mesmo Campos Limpos. Os Campos Sujos observados nesta região são conseqüentes de antigas pastagens, que abandonadas, tornam-se invadidas por vegetação secundária do tipo Palmeiras, formando enormes cerrados que a cada dia crescem ainda mais.

ASPECTOS HIDROGRÁFICOS

HIDROGRAFIA – no município de Nova Mamoré está situada parte da Bacia do Rio Madeira-Mamoré. O Rio Madeira é formado pela junção das águas dos Rios Beni (vindo da Bolívia) e Mamoré que também é originário dos planaltos Andinos.

O encontro desses rios acontece na Vila Murtinho, onde atravessam o Estado de Rondônia e parte do Amazonas, desaguando no rio Amazonas.

O Rio Madeira apresenta um curso encachoeirado que são, na verdade, corredeiras provocadas pelo afloramento dos embasamentos cristalinos no leito do rio, apresentando poucos metros em desnível. Em cerca de 400 Km, a partir de sua formação, pela confluência dos rios Beni e Mamoré, no município de Nova Mamoré percorre um trecho encachoeirado até a cachoeira de Santo Antônio.

Além dos Rios Madeira, Mamoré, formoso e Capivari, no município de Nova Mamoré, encontram-se grandes igarapés. Os maiores são Lages e mangueira que cortam a cidade em suas extremidades, além dos igarapés do Limão, Misericórdia, Ribeirão, Oriente, Deserto, Taquara, Araras, Água Azul, Cachoeirinha e Vertente, além das cachoeiras de São Domingos, Paredão, Araras, Periquitos, Chocolatal, Ribeirão e Cachoeira Madeira.

ASPECTOS ECONÔMICOS

AGRICULTURA – a economia de Nova Mamoré encontra-se no Projeto integrado de Colonização Sidney Girão, por isso, sua grande concentração produtiva predomina no plantio dos seguintes produtos agrícolas: café, milho, arroz, feijão, mandioca, cana-de-açúcar e hortaliças.

EXTRATIVISMO MINERAL – a produção aurífera do Município contribui com a produção de 05 a 10% de sua economia. O período de maior extração é de maio a Setembro, é a época que o rio Madeira se encontra com pouco volume de água. Permitindo, assim, maior operacionalização das dragas.

EXTRATIVISMO VEGETAL - em nosso município a extração vegetal é muito expressiva. Os vegetais mais conhecidos para extração de madeira de lei são: Ipê, Cerejeira, Maracatiara, Peroba, Cedro, Angelim, Pequi, Sucupira, Cumaru, Rouxinho, Massaranduba, Quariquara, Freijó, etc.

PECUÁRIA – destaca-se a criação de bovinos, ovinos, caprinos suínos e aves. A produção da pecuária local (leite, carne, queijo, etc.) abastece o Município, inclusive Guajará-Mirim, Porto Velho e Bolívia.

INDÚSTRIA – o setor industrial atualmente está voltado para o beneficiamento e manufaturado de madeira, industrialização de produtos lácteos e também de palmito. As indústrias existentes são: fábrica de lacticínio, de palmito, laminadoras, serrarias, farinheiras, beneficiadora de café e arroz etc.

COMÉRCIO - a atividade terciária encontra-se em fase de desenvolvimento, porém, ainda depende de Guajará-Mirim. Com a implantação do Cartório de Registro Civil passou a depender menos da cidade vizinha. Alguns comerciantes de Guajará-Mirim estão investindo neste Município.

PESCA - constitui importante atividade econômica como fonte para alimentar as populações ribeirinhas, favorecidas pela extensa rede hidrográfica e grande variedade de peixes.

AÇÕES DESENVOLVIDAS COM A COMUNIDADE

  • Arraial;

  • Feira Cultura;

  • Exposição de Artes;

  • Carnaval Infantil;

  • Projeto de Habilidade de Estudo – PHE;

  • Curso de Férias e

  • Torneios



INFRA-ESTRUTURA

  1. Banco do Brasil S/A;

  2. Biblioteca Pública Municipal Tancredo Neves;

  3. Câmara Municipal;

  4. Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto de Rondônia – CAERD;

  5. Centrais Elétricas de Rondônia – CERON;

  6. Agência de Correios e Telégrafos;

  7. Clínica e Maternidade Menino Jesus;

  8. CIRETRAN;

  9. Delegacia de Polícia Civil;

  10. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER;

  11. Escola Municipal de Ensino Fundamental Cel. Jorge Teixeira;

  12. Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Salomão Silva;

  13. Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Casimiro de Abreu;

  14. Centro Educacional Paulo Freire;

  15. Unidade Mista Antônio Luiz de Macedo;

  16. Feira Livre Municipal;

  17. Prefeitura do Município de Nova Mamoré;

  18. Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social;

  19. Secretaria Municipal de Educação;

  20. Coordenadoria Municipal de Cultura Esporte e Lazer;

  21. Secretaria Municipal de Saúde;

  22. 1º Batalhão GP/PM;

  23. Rede de Telecomunicações – TELE CENTROSUL;

  24. Representação Estadual de Ensino;

  25. Instituto de Defesa Agrosilvopastoril – IDARON;

  26. Centro Apoio ao Idoso;

  27. Centro de Estudos Supletivos Doralice Sales Cavalcante;

  28. Secretaria do Estado da Fazenda – SEFAZ;

  29. Creche Municipal Pingo de Gente;

  30. Creche Municipal Cantinho da Alegria.




DISTRITOS DO MUNICÍPIO DE NOVA MAMORÉ

Atualmente, o Município de Nova Mamoré está dividido em cinco Distritos. A Administração Municipal optou para a criação dos mesmos, pois é uma forma de melhor dar assistência direta, através de seus administradores distritais em conjunto com o Prefeito Municipal, essas localidades.

1 – Distrito de Vila Murtinho - está localizado a seis quilômetros da Sede do Município. Foi no passado, uma estação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
2 – Distrito de Palmeiras - está localizado a quarenta quilômetros da Sede do Município.
3 – Distrito de Nova Dimensão - está localizado a sessenta quilômetros da Sede do Município.
4 – Distrito do Araras - está localizado a seis quarenta e cinco da Sede do Município.
5 – Distrito de Jacinópolis - está localizado a cento e vinte e três quilômetros da Sede do Município.

ÁREAS INDÍGENAS

Exitem, atualmente, no Município de Nova Mamoré três áreas indígenas.
Ribeirão – (Urubones) – 48.000 hectares
Laje – 110.000 hectares
Karipunas – 212.000 hectares


HINO DO MUNICÍPIO DE NOVA MAMORÉ


Letra: Ivanilda Dias da Silva
Música: Carlos Alberto da Silva


Tu és bela e onipotente,
Com seu encanto varonil,
Terra fértil de águas cristalinas,
Pedacinho do nosso Brasil...
Teus bravos, heróis do sertão,
Lutaram com força e esperança
Do tempo dos seringais,
Estão sempre em nossa lembrança
É preciso pisar com amor
Em nossa terra gloriosa
Nova Mamoré, cidade majestosa
Formosura de grande esplendor (bis)

Da antiga estrada de ferro,
Gerou sua população
A nobreza, recursos naturais
Sua riqueza: minérios e animais
Tu és bela, exuberante
Paisagens de densas florestas
Devemos te preservar
Pra viver em meio de festas...
Tuas aves que são coloridas
O teu céu Deus pintou cor de anil
És o nosso, torrão amado,
Berço igual assim ninguém viu. (bis)


BRASÃO DO MUNICÍPIO DE NOVA MAMORÉ

Decreto-Lei nº 046 de 29 de Março de 1.990

O Brasão do Município de Nova Mamoré é de autoria do Prof. Mozart Paes Correia, que contém as seguintes partes simbólicas:

  • Ramos verdes: representam as matas e nossa agricultura;

  • Grande Estrela: representam o ouro de nosso município;

  • Estrelas menores: Representação dos poderes Executivo e Legislativo em harmonia;

  • Verde, Branco e Amarelo da Esfera: simbolizam as cores da nossa bandeira do nosso município;

  • Azul: nossos rios e nosso céu;

  • A Pomba acima: simboliza a Paz em nossa terra;

  • As duas Espadas acima: representam a Justiça e o Trabalho;

  • A Estrada de Ferro: homenagem ao nosso passado;

  • O Asfalto: homenagem ao nosso presente;

  • A Flecha: homenagem aos nossos Indígenas;

  • As cores acima: simbolizam nossas aves.



BANDEIRA DO MUNÍCÍPIO DE NOVA MAMORÉ

Instituída pelo Decreto nº. 045 de 29 de Março de 1990

A Bandeira do Município de Nova Mamoré é de autoria de Jarluce Nunes Ferreira. Apresenta um formato retangular, tendo ao meio uns ramos e três faixas horizontais unidas, nas respectivas cores: amarelo, branco e verde. A cor amarela representa a riqueza mineral de nossa região, o branco a paz que tanto almejamos, o verde representando nossas riquezas naturais e os ramos ao meio que representam a agricultura do Município de Nova Mamoré.

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UMBAÚBA (SERGIPE) - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE UMBAÚBA

GEOGRAFIA
Localiza-se a uma latitude 11º23'00" sul e a uma longitude 37º39'28" oeste, estando a uma altitude de 130 metros. Sua população estimada em 2012 era de 22.700 habitantes e é a segunda cidade a se encontrar quando se entra no estado de Sergipe pelo sul. Localizado às margens da BR-101, tem como vizinhos os municípios de Cristinápolis ao sul, Indiaroba à leste, Itabaianinha à oeste, e Arauá ao norte.

Tem como padroeira da cidade Nossa Senhora da Guia, cujos festejos em sua homenagem acontecem em 2 de fevereiro.

Possui uma área de 124,11 km².

HISTÓRIA
Povoado muito antes de se tornar município, Umbaúba, segundo dados históricos, já foi palco de grandes conflitos entres estrangeiros e nativos. Foi no início do século XVII, nas proximidades do rio Guararema, que o explorador Belchior Dias Moreyra conseguiu um grande lote de terra cedido pela coroa portuguesa. Não existem informações concretas, mas há fortes indícios que os desentendimentos entre os exploradores e os índios tubinambás foram os primeiros passos para o povoamento do lugarejo.

A primeira aldeia surgiu por volta de 1860, em terras próximas a atual sede do município, na fazenda Sabiá, que era de propriedade do coronel Manoel Fernandes da Rocha Braque. Ainda pertencendo ao território de Vila do Espírito Santo (hoje Indiaroba), o local, que era cheios de *pés de umbaúba, foi fundamental para o surgimento do município.

Eram nas sombras das árvores que os viajantes e tropeiros que adentravam e saiam de Sergipe faziam suas paradas, tanto é que a parada ficou conhecida como “Descanso de Umbaúba”. Devido ao movimento, o ponto que ficava às margens do Riacho da Guia (atualmente povoado Dois Riachos), se tornou favorável a troca e venda de mercadorias. O nome do local era por causa de um estreito riacho de águas límpidas e brandas que banhava a região.

A devoção do coronel Manoel Fernandes por Nossa Senhora da Guia também fez surgir uma capela e, com o passar do tempo, novos moradores foram fixando residência na localidade. Mas foi somente em 1882 que a comunidade de Cristina (hoje Cristinápolis) se elevou a condição de Vila e, em uma manobra política conjunta a Itabaianinha, retirou o direito de posse de Umbaúba da antiga Vila de Espírito Santo.

Com o apoio do então presidente do Estado, Dr. Felisberto de Oliveira Freire, Vila Cristina conseguiu continuar com o monopólio na atividade comercial, o qual foi confirmado pelo Decreto nº 50, de 20 de junho de 1890. Mesmo assim, o povoado de Umbaúba foi crescendo e se desenvolvendo, para o descontento dos comerciantes da Vila e a felicidade de seu benemérito Manoel Fernandes, cujo sonho em ver surgir uma cidade à sombra das arvores de umbaúba não conseguiu realizar.

Em 1926, pela Lei nº 961, de 16 de outubro, foi criado o distrito de Umbaúba, com território pertencente à Vila Cristina. Mas foi somente em 2 de março de 1938, por força da Lei Federal nº 311, que a sede do distrito foi elevada à condição de Vila. Esta foi a mais importante decisão para os umbaubenses, uma vez que, a partir de então, estavam livres dos domínios administrativos de Cristinápolis.

O desenvolvimento agropecuário e o adiantado comércio foram decisivos para que o vilarejo alcançasse a categoria de cidade, o que aconteceu no governo de Leandro Maciel, em 6 de fevereiro de 1954, graças a Lei Estadual nº 525-A. A partir daí a história tomo seu curso e Anfilófio Fernandes Viana, bisneto dos fundadores do “Descanso de Umbaúba” se tornou o primeiro prefeito do município.

Embaúba ou Umbaúba é designação comum a várias espécies de árvores, principalmente do gênero Cecropia, podendo chegar a 15 m de altura. Pertence ao estrato das plantas pioneiras da Mata Atlântica. É também chamada de árvore da preguiça, pois seus frutos são alimento preferido por este animal. As embaúbas são árvores leves, pouco exigentes quanto a solo, e muito comuns em áreas desmatadas em recuperação. Possuem frutos atrativos a várias espécies de aves, são capazes de se dispersarem rapidamente. Como possuem caule e ramos ocos, vivem em simbiose com formigas especialmente as do gênero Azteca, que habitam no seu interior e que as protegem de animais herbívoros - daí seu nomes castelhanos de hormigo ou hormiguillo. Ela também é conhecida por estas denominações: embaúba (embaúva), imbaúba (imbaúva), umbaúba (umbaúva), ambaúba, embaíba, imbaíba.


POVOADOS DE UMBAÚBA
Amargosa, Barrinha, Campinhos, Cipozinho, Colônia Sergipe, Dois Riachos, Estiva, Eugênia, Guararema, Imbé, Macaquinho, Major, Matadouro, Matarongome, Matinha (este conhecido pelo seu comércio de fumo), Palmeira, Pau Amarelo, Pedra do Rumo, Ponto Azul, Queimado Grande, Recanto, Riacho do Meio, Sabiazinho, Sol Nascente, Tabuleiro dos Cágados, Tauá e Vitória.

Distância da Capital..........98 km
Área territorial...................121 km²
Nº de povoados.................27 (vinte e sete)
População........................22.660 habitantes (Censo 2010)

Fontes: Revista Sergipe Panorâmico, Universidade Tiradentes (Unit); Revista Cinform Municípios, História dos Municípios; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Enciclopédia Wikipédia
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NOBRES (MATO GROSSO) - ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS DE NOBRES - MT

Nobres é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 14º43'13" sul e a uma longitude 56º19'39" oeste, estando a uma altitude de 200 metros. Possui uma área de 7341,31 km² e sua população estimada em 2012 era de 15.210 habitantes.

Aniversário: 1 de Maio
Fundação: 1º de Maio de 1964
Gentílico: nobrense
Unidade federativa: Mato Grosso
Mesorregião: Norte Mato-grossense 
Microrregião: Alto Teles Pires 
Distância até a capital: 142 km km
Área: 3.859,509 km²
População: 15.210 habitantes
Densidade: 3,89 hab./km²
Altitude: 200 m
Clima: Tropical
Fuso horário: UTC−4

História
A região do atual municipio de Nobres foi ponto de passagem, no início do movimento garimpeiro em Mato Grosso, no sentido sul/oeste, que começou em 1747, entre Cuiabá e Diamantino. É Território habitado imemorialmente por povos indígenas da nação bacairis. Nobres é região rica em belezas naturais. Nos meandros da Serra do Tombador escondem-se verdadeiras maravilhas esculpidas pela natureza, com inúmeras cachoeiras e grutas, e algumas totalmente inexploradas. Existem sítios arqueológicos de grande valor científico, onde ploriferam pinturas e inscrições rupestres, que atestam a antiguidade da vida humana na região. No ponto onde situa-se a sede municipal, principiou uma povoação chamada de Seis Marias, talvez numa referência aos moldes de divisão de lotes no período provincial - sesmarias. Posteriormente lugar passou a ser conhecido como Bananal, tendo como proprietario Antônio Ferreira Lemes. Em 1926, a Coluna Prestes, que ficou conhecida historicamente como "os revoltosos", cruzou o chão de Mato Grosso. Tencionavam chegar à Bolívia, numa fuga desesperada da força legalista. O grosso da tropa acompanhava o Rio Manso, em busca do Rio Paraguai, vinha em seu encalço, nada encontrasse de útil para a base bélica. Não consta morte nessa passagem. Na pesquisa histórica de Ari Antônio Ferreira de Pinho, Anedi Magiolaro Santos, Sidalva Isabel Queiróz e Gaudenta de Andrade, consta que os primeiros moradores de Nobres de que se tem notícia foram Baldoíno Nicreta, Bernardo de Campos, João de Campos, José Benedito e Chico Ramos. Dentre outros nomes que a historigrafia não registrou. O município de Nobres se formou à base de três sesmarias: Bananal, Francisco Nobre e Pontezinha. Do nome Nobre nasceu a denominação destinada a perdurar. O termo, usado no plural, designa as pessoas da família Nobre: Os Nobres. A sesmaria do Bananal, de 13.300 hectares, foi assinalada por três marcos , ou seja, uma marco de locação e mais dois, de testemunhas, que indicavam as linhas de rumo, no Requeijão, em confinação com Rosário Oeste e no Cuiabá, avançando até o Córrego Fundo, tocando a sesmaria de Francisco Nobre. A sesmaria de Francisco Nobre confinada com Diamantino e Chapada dos Guimarães, na região que mais tarde passou a pertencer ao município de Sorriso, criado em 1986. Ao passo que a sesmaria de Potezinha pertencia inicialmente a Diamantino, depois passou para Rosário Oeste, para, por fim, despender de Nobres. Enquanto Pontezinha pertencia a Rosário Oeste e produzia muito diamante, Josino Serra, Aparício Rondon e Pedro Soares, que ali trabalhavam, adquiriram gado e progrediam na vida. Deram impulso a Nobres. O povo mais desprevinido de bens vivia da fartura do peixe do Rio Cuiabá e dos córregos afluentes desse rio. Na Divisão Territorial do Estado de Mato Grosso, de 31 de dezembro de 1936, o povoado de nobres aparece como distrito do município de Rosário Oeste. Além dos pioneiros ja ditos, outros nomes que ajudaram a fazer a história nobrense foram: José Rondon, Antônio Ferreira Lemes, Tomé da Silva Campos, José Elias de Arruda, Joaquim de Arruda, Felismino José Santana, Silvestre da Silva Nonato, Matutina da Silva Campos, Honorata de Campos, Justino de Paiva Coimbra, José Leite da Rocha, além de tantos outros.

Chamam a atenção os pontos turísticos como a Lagoa Azul, Cachoeira do Tombador, entre outros. Sua principal fonte econômica é o cimento e o calcário, além das grandes plantações de grãos. É em Nobres que se situa a única cimenteira do estado de Mato Grosso, a Votorantim Cimentos Brasil Ltda., a qual está em operação desde 1992.

Fonte: Mato Grosso e seus Municípios/nobres de João Carlos Vicente Ferreira
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LAGARTO (SERGIPE) - GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CULTURA DE LAGARTO - SE


Lagarto é um município brasileiro do estado de Sergipe. Está localizado na região centro-sul do Estado, tendo a maior população do interior, e a terceira maior do Estado de Sergipe.

Geografia

Unidade federativa: Sergipe
Mesorregião: Agreste Sergipano
Microrregião: Agreste de Lagarto
Municípios limítrofes: Simão Dias, Riachão do Dantas, Boquim, Salgado, Itaporanga d'Ajuda e Campo do Brito, São Domingos, Macambira e Pedra Mole
Distância até a capital: 75 km

Características geográficas
Área: 969,226 km²
População: 96.620 hab. IBGE/2012
Densidade: 97,86 hab./km²
Altitude: 183 m
Clima: Semi-árido
Fuso horário: UTC−3
Fundação: 1698
Gentílico: lagartense
Lema Cidade: Ternura

Localiza-se a uma latitude 10º55'02" sul e a uma longitude 37º39'00" oeste, estando a uma altitude de 183 metros. Possui uma área de 1.036 Km² [6] e está situado na microrregião agreste de Lagarto. A hidrografia do município é composta pelos rios Vaza-Barris, Piauí, Jacaré, Piauitinga de Cima, Machado e Caiça, pelos riachos Oiti, Pombos, Flexas e Urubutinga. No seu solo, há riquezas minerais exploradas e inexploradas: argila, calcário, mármore, enxofre, e pedras de revestimento. Sua área de preservação são as piscinas do povoado Brejo, as - fontes naturais -, o Balneário Bica (fonte natural no perímetro urbano).

Hoje, há mais de 100 povoados que compõem o município. Os principais são Colônia Treze, Açuzinho, Açu, Caraíbas, Brasília, Brejo, Jenipapo, Gameleiro, Urubutinga, Araçás, Estancinha,Urubu Grande, Boa Vista do Urubu, Coqueiro, Boieiro, Mariquita, Tapera dos Modestos, Rio Fundo, Quilombo, Telha, Pururuca, Santo Antônio, Taperinha, Itaperinha, Tanque, Curralinho, Campo do Crioulo, Gavião, Oiteiros, Brejo, Moita Redonda, Fazenda Grande, Tapera do Saco, Sobrado, Pé da Serra do Qui, Luís Freire, Mangabeira, Rio das Vacas, Olhos d'Água,Pindoba, Barro Vermelho,Limoeiro, Fundão, etc.

Demografia
A população de Lagarto é mista, com predominância de ascendência portuguesa. Segundo o censo do IBGE em 2010, sua população é de 94.852 habitantes. Mantendo o percentual de crescimento em comparação com o resultado do Censo 2010, com a estimativa populacional do IBGE de 2009, estima-se que no ano de 2012 a população alcance 100.000 habitantes.

Conforme o censo 2010 mostra, que 48,46% da população reside na zona rural, com 45.963 habitantes; já a zona urbana tem 51,54%, com 48.889 habitantes. A população masculina é de 46.498 (49,02%), e a feminina é de 48.354 (50,98%). Possui 33.532 domicílios.

Administradores

* Sebastião D'Ávila Garcez (1897-1902)
* José Cirilo de Cerqueira (1902-1910)
* Gonçalo Rodrigues da Costa (1911-1912)
* Felipe Jaime Santiago (1912-1913)
* Antônio Oliva (1914-1917)
* Joaquim da Silveira Dantas (1918-1921)
* Acrísio D'Ávila Garcez (1922-1925)
* Porfírio Martins de Menezes (1926-1930)
* Rosendo de Oliveira Machado (1931-1934)
* Artur Gomes (interventor) (1935-1938)
* Armando Feitosa Horta (interventor) (1939-1942)
* José Marcelino Prata (interventor) (1943-1946)
* José da Silveira Lins (eleito em 1946, governou pouco tempo, sendo substituído por interventores)
* Aldemar Francisco Carvalho (interventor) (1947-1949)
* Manoel Emílio de Carvalho (interventor) (1947-1949)
* Alfredo Batista Prata (1950-1954)
* Dionísio de Araújo Machado (1955-1958)
* Antônio Martins de Menezes (1959-1962)
* Rosendo Ribeiro Filho (Ribeirinho) (1963-1966)
* Dionísio de Araújo Machado (1967-1970)
* José Ribeiro de Souza (Zé Coletor) (1971-1972)
* João Almeida Rocha (Dr. João) (1973-1976)
* José Vieira Filho (1979-1981)
* Artur de Oliveira Reis(Artur do Gavião) (1982-1988)
* José Rodrigues dos Santos (Zezé Rocha) (1989-1992)
* José Raymundo Ribeiro (Cabo Zé) (1993-1996)
* Jerônimo de Oliveira Reis (1997-2002)
* José Rodrigues dos Santos (Zezé Rocha) (2002-2008)
* José Valmir Monteiro (2009-2012)

Bole-Bole x Saramandaia
Em Lagarto existe uma briga histórica entre esses dois grupos políticos, inspirada na novela da Rede Globo Saramandaia, uma cidade pequena onde havia dois grupos políticos, onde a questão maior era mudar o nome da cidade de Bole-Bole para Saramandaia. Em Lagarto no início as principais lideranças eram Dionízio Machado e Artur de Oliveira Reis (Artur do Gavião) pelo SARAMANDAIA e Rosendo Ribeiro Filho (Ribeirinho) pelo BOLE-BOLE, mas devido a idade avançada dos dois caçiques, os dois gupos agora estão sendo liderados por: Saramandaia - Jerônimo Reis/Lila Fraga; Bole-Bole - José Raimundo Ribeiro (Cabo Zé)/Luíza Ribeiro. Esses grupos vem se alternando no poder desde os anos 80. Atualmente a Prefeitura de Lagarto está sendo comandada por um "Bole-bole" - Valmir Monteiro.

Principais lideranças desses dois históricos grupos:
* Saramandaia: Dionízio Machado (ex-prefeito, ex-governador e ex-vice-governador) Artur Reis (ex-deputado estadual e ex-prefeito),Zezé Rocha (ex-prefeito), Jerônimo Reis (ex-deputado estadual, ex-prefeito, ex-deputado federal).

* Bole-Bole: Ribeirinho (ex-prefeito e ex-Deputado estadual), Cabo Zé (ex-prefeito e ex-deputado estadual).

* Indeterminado: Prefeito Valmir Monteiro

* QUEBRA DA FALSA POLARIZAÇÃO DOS GRUPOS BOLE-BOLE E SARAMANDAIA

* PSOL APRESENTA A NOVA ALTERNATIVA PARA SOCIEDADE LAGARTENSE, OPOSIÇÃO DE VERDADE.

Precisamente no dia 20 do mês de junho do ano de 2009, foi iniciado o primeiro contato do agrupamento do Líder Politico: Marcélio Oliveira, com o Partido Socialismo e Liberdade ( PSOL 50 ), tendo como integrantes deste agrupamentos os senhores(as)Marcélio de Oliveira, José Domingos ( china ),Ademir Enrique, George Ferreira, Roque Bonfim, Josemir da Fonseca ( filho do finado Zé bigodinho, Valdenice de Jesus, Ângela Maria, Ana Cristina Reis, Valdeir, Daniele Cristina e etc, totalizando 16 novos membros do PSOL, sendo que já existia filiados ao PSOL em lagarto, porém não deram segmento as atividades do partido. Já nas eleições de 2010, O diretório do PSOL em Lagarto\se,tendo como presidente o senhor Marcélio Oliveira, apresenta a sociedade lagartense e sergipana, os candidatos a eleição de 2010, os senhores: Roque Bonfim Para Vice- governador junto a professora Avilete (50), Josemir do finado zé bigodinho para 1ºsuplente senado (500), Marcélio Oliveira Para Deputado Federal (5050), China para deputado estadual (50123). Após a passagem do pleito de 2010, os integrantes Ademir Enrique e Jose domingos deixam a partido, china por situações de intrigas como filiados da capital e por infidelidade partidária, Ademir Enrique foi excluso do partido por infidelidade partidária, posta em votação no diretório municipal de Lagarto\Se, votação unanime pedindo a expulsão do mesmo, com as acusações de fazer campanha para o deputado federal André moura e joão das graças.

ATOS PÚBLICOS EM DEFESA DE INTRODUÇÃO DAS POLITICAS PUBLICAS NA SOCIEDADE DE FORMA DEMOCRÁTICA.

O PSOL já foi as ruas de lagarto em ato publico para defender acessibilidade para os portadores de deficiências no dia 16\02\2011, em defesa de professores na sala de aula no mês de abril de 2011, em defesa da saúde publica exigindo maior o numero de profissionais na areá para o hospital regional no mês de julho, em defesa de pavimentação e drenagem nos bairros perifericos de lagarto varrendo a calçada da prefeitura em ato de protesto com o descaso com a periferia, no mês de novembro 2011, ato contra o governador Marcelo deda (PT)em sua visita a lagarto, exigindo que o governador não sancione a lei que acaba com a cereira do magistério, e solicitando médicos e segurança para o município. Já agora em 2012 o PSOL já sinaliza o nome de Marcélio oliveira como Pré-candidato a prefeito de Lagarto, sem nenhuma coligação, trazendo consigo a grande numero de pré-candidatos a vereadores e vereadoras.

Histórico
Depois de São Cristóvão e Itabaiana, o município de Lagarto, a 78 quilômetros de Aracaju, é a vila mais antiga de Sergipe. Se a colonização européia chegou naquelas terras por volta de 1595, então acredita-se que o contato com os índios já vinha acontecendo desde 1540.

Existem relatos históricos dando conta que os religiosos encontram uma aldeia de índios Kiriris na confluência dos rios Piauí e Jacaré, que tinham o comando do cacique Surubi. Por volta de 1575, os jesuítas levantaram uma capelinha com o nome de São Tomé, o Apóstolo, e depois uma escola para os curumins.

Naquela região os religiosos ainda teriam levantado mais duas capelas: a de Santo Antônio e a de São Pedro e São Paulo. Entre os jesuítas estavam Gaspar Lourenço e João Solônio. Na aldeia de São Tomé já moravam mais de dois mil índios. Mas o sanguinário governador Luiz de Brito chega de surpresa na aldeia e extermina boa parte dos índios.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Lagarto, em 1703. Elevado à categoria de vila com a denominação Lagarto, em 1698 outras fontes em 1730. Elevado à condição de cidade com a denominação de Lagarto, pela lei provincial nº 1140, de 20-04-1880. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído do distrito sede. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Economia
Em Lagarto, as atividades econômicas estão expressivamente pautadas nos produtos agrícolas, com destaque no cultivo de Tabaco e plantas cítricas. Na criação têm-se os rebanhos bovinos, eqüinos, ovinos, suínos; e os galináceos. A industrialização do Tabaco movimenta a economia do município em que mais da metade de sua produção é exportada para outros estados. Destaca-se ainda neste setor as indústrias de embalagens, concessionárias de veículos, fábricas de móveis, fábricas de velas, indústrias de produtos químicos e indústrias do gênero alimentício. A cidade também se destaca no plantio da Mandioca, por este motivo é realizado no mês de junho o Festival da Mandioca que atrai dezenas de milhares de pessoas para a cidade no período festivo.

Há no comércio local, aproximadamente 500 lojas de artigos diversos, duas lojas do Gbarbosa, sendo um Hipermercado, e também um Supermercado do grupo Wal-Mart, tendo como bandeira o Todo Dia. Há diversas revendedoras de carro de passeio e máquinas agrícolas, bem como de peças.

Dispõe de 6 agências bancárias, dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banese, Bradesco e Itaú.

No artesanato têm-se trabalhos em crochê, bordados em ponto-de-cruz e fabricação de vassouras de palha.

Afora essas atividades, há ainda uma feira livre. É uma das maiores do Estado de Sergipe e acontece toda segunda-feira, desde a madrugada até o entardecer. Todo o entorno da Praça Rosendo Ribeiro Filho é ocupado pela feira, que está subdividida em setores: frutas, verduras, carne, farinha, trocas, madeiras, roupas.

Há grandes empreendedores no Município, em que suas empresas geram milhares de empregos diretos e indiretos, e atua em vários setores da economia, da indústria à construção, do comércio à educação superior.

Está em construção um Shopping,  idealizado pelo empresário Zezé Rocha, o empreendimento deverá gerar cerca de 2.700 empregos diretos e indiretos. A área de construção será de mais de 45mil m² e o investimento em torno de R$ 80 milhões. O local escolhido para a localização do shopping foi estratégico, e ficará próximo ao Campus da UFS. O projeto prevê a instalação inicialmente de 145 lojas em dois pavimentos.

Educação
As escolas de Lagarto incentivam muito a cultura e todo ano a Secretaria Municipal de Educação e Cultura organizam o tradicional Desfile Cívico-Militar de Lagarto, onde participam escolas da Rede Pública e Particular. As escolas que se destacam são: Públicas – Colégio Municipal Frei Cristóvão de Santo Hilário, Colégio Municipal Zezé Rocha, Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (Polivalente), Escola Municipal Adelina Maria de Santana Souza, Colégio Estadual Silvio Romero (O mais antigo da cidade)Escola Estadual Dom Mário Rino Sivieri, Instituto Federal de Sergipe (Antiga UNED). Particulares – Colégio Nossa Senhora da Piedade (Colégio das Freiras), Colégio Cenecista Laudelino Freire, Grêmio Escolar Pequeno Príncipe, Fundação José Augusto Vieira, Colégio Mundial.

Instituições de ensino superior: Faculdade José Augusto Vieira, Universidade Vale do Acaraú, Universidade Tiradentes (EAD), Instituto Federal de Sergipe e o Campus Avançado da Saúde da Universidade Federal de Sergipe.

São características das escolas realizarem eventos e desfiles paralelos em diferentes épocas do ano: Carroceatas, Apresentações de Ballet, Projetos Pedagógicos, Palestras, entre outros.

Em 2008 a cidade de Lagarto recebeu o Prêmio EDUCAÇÃO NOTA 10, do Instituto Ayrton Senna, devido ao seu importante trabalho na educação, tanto na rede pública quanto particular.

Saúde
A cidade conta atualmente com o Hospital Regional de Lagarto que atende parte da população da região Centro-Sul do estado e o Hospital Nossa Senhora da Conceição. A cidade também possui duas Clínicas de Saúde da Família e outros centros de saúde, onde se destacam: Centro de Saúde Maria do Carmo Nascimento Alves, Centro de Diagnóstico Leandro Maciel - Posto do Leite, Centro Especializado Monsenhor Daltro, Unidade de Saúde do Povoado Brasília, Unidade de Saúde do Povoado Jenipapo, Unidade de Saúde da Colônia Treze.

Cultura e lazer

Folclore
Muitos grupos folclóricos fazem parte da cultura da cidade. Com o passar do tempo, muitos acabaram sendo esquecidos pela população local, entretanto, alguns continuam sendo preservados, tais como:

Chegança - Grupo de dança que retrata a luta entre reis católicos e turcos, pela reconquista do trono português

Parafusos - Esse grupo retrata a fuga dos escravos para quilombos. Ao passarem pelas vilas, eles roubavam anáguas de linho com babados das senhorinhas. Depois de serem libertados, desfilavam pelas ruas da cidade com as vestes. Segundo o historiador Adalberto Fonseca, o termo "Parafusos" foi criado pelo Padre Salomão Saraiva, que ao ver da igreja os escravos com saias exclamou que pareciam parafusos dançando. A expressão pegou e durante muitos anos, o desfile dos parafusos fazia parte do calendário folclórico da cidade.

Taieiras - Grupos de moças com vestes orientais que dançam em torno de um mastro enfeitado, ao som de música de zabumba, enquanto rapazes espadachins encenam lutas para proteger o casal real.

Cangaceiros - Grupos de homens vestidos como cangaceiros que relembram os atos de Lampião, visitando lojas e casas e pedindo comida e bebida, sob ameaça de agressão se não forem atendidos.

Zabumba - Grupo de homens que saem tocando instrumentos rúticos de percussão para animar festas de batizados, casamentos, e outras manifestações populares em troca de gorjetas, comida e bebida.

Quadrilhas - Grupo de rapazes, moças e até crianças que dançam músicas juninas sob o toque da sanfona. São apresentadas geralmente por escolas e atuam nos meses de junho/julho.

Silibrina - É uma comemoração antecipada da festa junina. Para alguns é até uma brincadeira eletrizante comemorando a chegada das festas juninas. É comemorada a mais de 80 anos e é organizada pelos fogueteiros :Zé Canuto, Dedé fogueteiro, Canuto filho, Sr. Defino , Hamilton Prata e Domingos da Colônia 13.

A silibrina é acompanhada pela banda de pífano e zabumbas do saudoso Zé Terreno e regada com muita cachaça.

Religião
No campo religioso, a Igreja Católica Apostólica Romana possui o maior rebanho de fiéis da cidade, sendo composta por 4 Paróquias: Nossa Senhora da Piedade(Centro), Santa Luzia (Pov. Colônia 13), Nossa Senhora das Graças (Pov. Genipapo) e Nossa Senhora de Fátima(Bairro Loiola) e por uma Quase Paróquia: Santa Luzia (Bairro Boa Vista). A cidade de Lagarto faz parte da Diocese de Estância, a imagem da Padroeira é coroada canonicamente por ordem do Papa João Paulo II, havendo no Brasil apenas outras três coroadas de tal forma. A Paróquia Nossa Senhora da Piedade vem se destacando pelas inúmeras vocações sacerdotais, sendo terra natal de dois bispos Dom Dulcênio Fontes de Matos e Dom Frei João da Costa, cerca de 20 sacerdotes e 4 seminaristas. Destaca-se a presença de três ordens Religiosas na cidade: Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho e Pias Mestras Rosa Venerini, que atuam no campo da educação e as Religiosas Irmãs Camilianas que atuam no campo da saúde. Os eventos religiosos como as Vias Sacras, Novenas, Cristo Vive, Novenário de Nossa Senhora da Piedade. Bem como o Congresso da Catedral Batista, Projeto Jonas e o Lagospel Music, ambos organizados por Igrejas Cristãs Protestantes. Também merece destaque as Igrejas Batistas, Assembleia de Deus, Adventista, Presbiteriana,Igreja do Evangelho Quadrangular e Universal do Reino de Deus. Além das religiões evangélicas também atuam no município a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e também tem as Testemunhas de Jeová que realizam o trabalho de visitar os lares das pessoas pregando o Reino de Deus.

Turismo
No município de Lagarto, há importantes pontos turísticos: Barragem Dionízio de Araújo Machado, Praça Dr. Filomeno Hora, Pedra da Arara, Cachoeira do Saboeiro, Fazenda Bonfim (Rio do Cristo), Fazenda Boa Vista da Cajazeira (por seu imponente casarão do século XIX em estilo colonial), Rios locais e o Santuário Mariano de Nossa Senhora da Piedade (onde existe uma imagem de La Pietá, que igual só há na Espanha, coroada com autorização de Sua Santidade o Papa João Paulo II). Há também festas anuais de renome estadual e nacional, são elas: LaGospel Music, Lagarto Folia, Silibrina(uma das mais tradicionais do Nordeste, com mais de 80 anos de tradição), Festival da Mandioca, Vaquejada de Lagarto, Exposição Estadual de Animais, Desfile Cívico-Militar, Festa da Padroeira, Forroreta, Madereta.

O turista, além de apreciar a beleza local, pode saborear deliciosos pratos da cozinha regional: arroz de galinha, sopa de mocotó, mugunzá, arroz doce, vatapá, maniçoba, caruru, beijú de tapioca, pé-de-moleque, malcasado, etc.
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GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE ESPIGÃO DO OESTE - RONDÔNIA


Espigão do Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia. Com uma população de 28 962 habitantes (IBGE 2011), a cidade é a 13ª mais populosa de Rondônia e a 116ª mais populosa da região Norte do Brasil. Possui o 40º melhor IDH da região Norte e o melhor IDEB de Rondônia, possuíndo 8 das 50 melhores escolas públicas do estado. O município é sede da Federação de Motociclismo do Estado de Rondônia e o campeão do Campeonato Rondoniense de Futebol de 2011, com o Esporte Clube Espigão.

História
Em 1956, na cidade de Andradina, São Paulo, durante uma reunião familiar na casa do Sr. João Guerino Melhorança, os irmãos José Cândido, Nilo Tranqüilo e Romeu Melhorança, ouviram no rádio uma nota do governo, que convidava os brasileiros para a integração da Bacia Amazônica. Então os imãos Melhorança decidiram logo empreender uma viagem para o Acre e assim, depois de uma longa viagem de muitos sacrifícios chegaram a Pimenta Bueno. No dia 13 de abril de 1956, quando estavam às margens do Rio Barão de Melgaço, tiveram um encontro histórico com o Sr. Raimundo Euclides Barbosa, que sabedor de suas intenções, convidou-os para que aqui ficassem, mudando então, o rumo de suas vidas.

Assim decididos, retomaram à Andradina, onde organizaram uma firma colonizadora a qual recebeu o nome de ITAPORANGA (Ita = Pedra, Poranga = Dura). Em Fevereiro de 1967, deram início à tão sonhada colonização. Partindo de Pimenta Bueno, deixaram a BR-29 e iniciaram um cantinho de 28 Km e apesar das dificuldades, chegaram ao alto de uma colina, a qual foi chamada de Espigão. Surgiu então em seguida um núcleo, civilizado, com a construção de pequenas casas cobertas de palha e paredes de coqueiro para os colonos que recebiam lotes na vila para morar e áreas demarcadas no setor rural.

No ano de 1969, Espigão já era uma Vila e em 12 de agosto de 1970, numa cerimônia emocionante foi plantado um cruzeiro por Vicente Vanin Martins e junto ao cruzeiro, uma garrafa, tendo em seu interior um papel com os comes das pessoas que participaram do evento. Na ocasião, por falta de vinho, não foi celebrada a 1ª missa, a mesma aconteceu mais tarde, no dia 07 de setembro de 1970, sendo então celebrada pelo Padre Adolfo Rool. Mas as dificuldades dos colonizadores não pararam aí. Nos anos seguintes, especialmente em 1975, vários acontecimentos marcaram tragicamente o povo tão sofrido de Espigão do Oeste, que lutavam por um futuro melhor. A colonizadora ltaporanga dividia os lotes em 2000 ha e cobrava dos colonos apenas o trabalho de topografia, isto é, a demarcação dos mesmos. No entanto, o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) só regularizaria as terras, se os lotes fossem reduzidos a 100 ha, e os colonos retirassem um interdito probatório que eles haviam impetrado contra o Instituto, como medida de garantia da posse das terras.

Porém, esta proposta foi acolhida com desagrado pelos colonos e houve revolta geral, quando receberam a notícia de que funcionários do INCRA viriam para cortar as terras. Indignados, os colonos decidiram serrar a ponte sobre o Igarapé Amola Faca, para impedir a passagem dos tais funcionários, mas nesse mesmo dia, 28 de abril de 1975, policiais armados invadiram a Vila de Espigão e num ato de injustiça e crueldade espancaram trabalhadores bons e honestos. Várias pessoas foram presas e somente depois de muita luta, conseguiram liberdade. Em compensação à tanto sofrimento, conseguiram logo em seguida os documentos das terras.

Com isso, encerrou-se a dolorosa etapa pela qual passou o povo de Espigão do Oeste, sendo então nomeado como o 1º administrador o Sr. José Salla.



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