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PARINTINS: HISTÓRIA E GEOGRAFIA

Parintins é uma cidade do estado do Amazonas, próximo ao estado do Pará, Região Norte do país. Está situado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de mesmo nome e localiza-se a leste da capital do estado, distando desta cerca de 369 quilômetros. Sua população foi estimada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 107.700 habitantes, sendo o segundo mais populoso do estado do Amazonas.5 952 km², representando 0,3789% do estado do Amazonas, 0,1545% da região Norte brasileira e 0,0701% do território brasileiro8 Desse total 12 4235 km² estão em perímetro urbano.

As primeiras viagens exploratórias da Coroa Portuguesa em Parintins foram registradas somente em 1796. Assim como as demais localidades da Amazônia, a região era habitada por diversas etnias indígenas, entre eles os Tupinambás, que deram origem ao nome da ilha em que se encontra o município, a ilha Tupinambarana. O primeiro nome recebido por Parintins, já na categoria de Freguesia, foi Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana, em 1833. O nome da Freguesia só foi alterado em 1880, quando a sede passou a chamar-se "Parintins", em homenagem aos povos indígenas Parintintins, um dos inúmeros que habitavam a região.


O município é conhecido principalmente por sediar o Festival Folclórico de Parintins, uma das maiores manifestações culturais preservadas da América Latina. Localiza-se à margem direita do rio Amazonas e tem como padroeira Nossa Senhora do Carmo. A vegetação, típica da região amazônica, é formada por florestas de várzea e de terra firme, tendo, ao seu redor, um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra. A principal forma de transporte entre Parintins e os demais municípios é o fluvial, além do aéreo. A temperatura média registrada é de 26º C.

História
O município de Parintins, como quase todos os demais municípios brasileiros, foi, primitivamente, habitado por indígenas. Sua descoberta ocorreu em 1749, quando, descendo o rio Amazonas, o explorador José Gonçalves da Fonseca notou uma ilha que, por sua extensão, se sobressaía das outras localizadas à direita do grande rio.

A fundação da localidade só foi realizada em 1796, por José Pedro Cordovil, que veio com seus escravos e agregados para se dedicar à pesca do pirarucu e à agricultura, chamando-a Tupinambarana. A rainha D. Maria I deu-lhe a ilha de presente. Ali instalado, fundou uma fazenda de cacau, dedicando-se à cultura desse produto em grande escala. Ao sair dali, algum tempo depois, ofertou a ilha à rainha. Tupinambarana foi aceita e elevada à missão religiosa, em 1803, pelo capitão–mor do Pará, o Conde dos Arcos, que incumbiu sua direção ao frei José das Chagas, recebendo a denominação de Vila Nova da Rainha.

A eficiente atuação de frei José provocou um surto de progresso e desenvolvimento na localidade, mediante a organização da comarca do Alto Amazonas. Em 25 de julho de 1833, passa à freguesia, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana. Era ainda Tupinambarana simples freguesia quando iniciou a revolução dos Cabanos no Pará, e se alastrou por toda a província. O seu vigário, padre Torquato Antônio de Souza, teve atuação destacada durante a sedição, servindo de delegado dos legalistas no Baixo Amazonas. Tupinambarana, talvez porque estivesse bem defendida, foi poupada aos ataques dos Cabanos.

Em 24 de outubro de 1848, pela lei provincial do Pará nº 146, elevou a freguesia à categoria de vila, com a denominação de Vila Bela da Imperatriz, e constituiu o município até então ligado a Maués. Em 15 de outubro de 1852, pela lei nº 02, foi confirmada a criação do município. Em 14 de março de 1853, deu-se a instalação do município de Parintins. Em 24 de agosto de 1858 foi criada pela lei provincial a comarca, compreendendo os termos judiciários de Vila Bela da Imperatriz e Vila Nova da Conceição. Em 30 de outubro de 1880, pela lei provincial nº 499, a sede do município recebeu foros de município e passou a denominar-se Parintins. Em 1881 foi desmembrado do município de Parintins o território que constituiu o município de Vila Nova de Barreirinha.

A divisão administrativa de 1911, figurou o município com quatro distritos: Parintins, Paraná de Ramos, Jamundá e Xibuí. Em 1933, aparece no quadro da divisão administrativa com um distrito apenas – o de Parintins. Em 1 de dezembro de 1938, pelo decreto-lei estadual nº 176, é criado o distrito da Ilha das Cotias, passando assim o município a constituir-se de dois distritos: Parintins e Ilha das Cotias.

Em 24 de agosto de 1952, pela lei estadual nº 226, a comarca de Parintins perdeu os termos judiciários de Barreirinha e Urucará, que foram transformados em comarcas. Em 19 de dezembro de 1956, pela lei estadual nº 96, foi desmembrado do município de Parintins o distrito da Ilha das Cotias, que passou a constituir o município de Nhamundá. Em 10 de dezembro de 1981, pela emenda constitucional nº 12, o território de Parintins é acrescido do distrito de Mocambo.

Geografia
O município de Parintins está localizado no estado do Amazonas, na Mesorregião do Centro Amazonense, que engloba 31 municípios do estado distribuídos em seis microrregiões, sendo que a microrregião à qual o município pertence é a microrregião homônima, a mais ocidental do Amazonas e que reúne sete municípios: Parintins, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã e Urucará. Parintins está distante 369 km a leste da capital do estado.

A área territorial total do município de Parintins é de 5.952,333 km², o que corresponde a 0,3789% da área do Amazonas, 0,1545% da Região Norte e 0,0701% do Brasil. Parintins é o quinquagésimo maior município do estado do Amazonas em extensão territorial, sendo ainda o ducentésimo quinquagésimo maior do país.

Seus municípios limítrofes são Nhamundá ao norte; Barreirinha ao sul, Urucurituba ao leste e os municípios de Terra Santa e Juruti, no estado do Pará. O limite territorial entre Parintins e Nhamundá se inicia na margem esquerda do rio Amazonas, subindo este rio até a Barreira do Paurá. A Serra de Parintins é usada para delimitar o fim dos limites territoriais deste município com Nhamundá. Para delimitar os limites territoriais entre Parintins e Barreirinha, usa-se o divisor de águas dos rios Andirá-Uaicupará, juntamente com a linha geodésica que limita os estados do Amazonas e Pará. Já os limites territoriais com Urucurituba é iniciado no lago Arapapá, no paraná de Urucurituba. Com o estado do Pará, o limite tem início na boca do igarapé do Valério, na margem direita do rio Amazonas.

O município possui dois distritos: Vila Amazônia e Mocambo.
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REVOLTA DA “RUSGA” E A MAÇONARIA EM MATO GROSSO

O Estado de Mato Grosso esta inserido com méritos na história da Maçonaria brasileira, tanto por antiguidade, como por efetiva participação, levantando Templos á virtudes desde há tempos, e criando Lojas para contribuir com o progresso e a felicidade do gênero humano. Vamos rebuscar as poeiras do tempo, focando o segundo quarto do século XIX, quando a Maçonaria já espargia seus princípios e ensinamentos em terra mato-grossense.   

Quando da fundação do Grande Oriente Nacional Brasileiro, posteriormente chamada de “Grande Loja do Passeio”, motivado pelo local onde se instalara no Rio de Janeiro, em 1830, portanto, antes da abdicação de Dom Pedro I, tendo sido instalada somente em 24 de Junho de 1831, a Loja Razão de Cuiabá foi uma das signatárias no evento, seu delegado estivera presente á instalação do Grande Oriente Nacional Brasileiro.

Quando da reinstalação do Grande Oriente Brasílico, ou Brasiliano fechado em Outubro de 1822 pelo seu Grão-Mestre e Imperador do Brasil, Dom Pedro I, com o nome de Grande Oriente do Brasil em 23 de Novembro de 1831, a Loja Razão sai da obediência do Grande Oriente Nacional Brasileiro e adere ao Grande Oriente do Brasil, sendo a quarta a fazê-lo, as anteriores foram “União”, “Vigilância da Pátria” e “Sete de Abril”. 


Para que melhor possamos mensurar a importância maçônico-histórico destes fatos e datas, diremos que a primeira Loja maçônica fundada na cidade de São Paulo, foi a Loja “Amizade”, em 13 de Maio de 1832, a segunda na Província de São Paulo, haja vista que a primeira foi a Loja “Inteligência”, na cidade de Porto Feliz, fundada em 19 de agosto de 1831.

A Rusga
A história da Loja Razão se funde ao movimento nativista “Rusga” em Cuiabá. Para não cometermos equívocos na exposição deste movimento, vamos nos socorrer com um dos baluartes da cultura mato-grossense, o Dr. Lenine de Campos Póvoas, que nos narra esse momento histórico em seu livro “História Geral de Mato Grosso”

“Governo de Antonio Corrêa da Costa – A RUSGA - Para substituir José Saturnino da Costa Pereira, que fora eleito para a lista tríplice e escolhido por Dom Pedro I para representar Mato Grosso no Senado do Império, foi nomeado, já pela Regência Interina, o Dr. Antonio Corrêa da Costa, o primeiro mato-grossense elevado á Presidência da Província, que tomou posse a 21 de Julho de 1831.

O fato de maior relevância ocorrido durante o seu governo foi o movimento nativista conhecido em nossa história como a “Rusga”. A instabilidade política nacional, nascida das lutas pela independência e que tinha também raízes econômicas e sociais teve reflexos em Mato Grosso. Estouraram sedições no Pará e no Rio Grande do Sul; lavrava por toda parte o descontentamento social, a luta dos pobres contra ricos, a rebelião contra a carestia dos gêneros alimentícios e a ira contra os negociantes, cuja maioria era português.

Virgilio Corrêa Filho assim via o panorama daqueles dias: “A indisposição contra os adotivos alastra-se tomando vulto. Rema nascentes dos tempos coloniais, em que dominaram, eram eles que ocupavam os melhores cargos públicos. Eles, os que tinham açambarcados o comércio da Província. Eles, os que, sebastianistas de nova espécie, constituíram o grosso do Partido Caramuru, que suspirava pela restauração de Dom Pedro I. Se a Corte e a Regência procuravam defender-se, expurgando o funcionalismo nacional de elementos estrangeiros, porque se conservar Mato Grosso alheio á reação de xenofobia?”

Queria Virgilio Corrêa referir-se á Portaria de 18 de Agosto, da Regência, que recomendava a demissão dos empregados estrangeiros, não sendo poupado, aqui em Mato Grosso, nem mesmo Frei José Maria de Macerata, pessoa tão estimada pela população, que foi dispensado da administração eclesiástica da Prelazia de Cuiabá, “por ser estrangeiro”.

Em Mato Grosso a “Sociedade dos Zelosos da Independência”, fundada em Agosto de 1833, “se encarregava de insuflar o ânimo popular contra os “brasileiros adotivos”, como eram chamados os portugueses, “comerciantes apatacados, com resquícios, no trato da prepotência trazida dos tempos coloniais”. {Virgilio Corrêa Filho}.

Liderava o movimento chamado “nativista” os integrantes daquela sociedade, Pascoal D. de Miranda, seu Presidente, Luis Patrício da Silva Manso, Cirurgião; Braz Pereira Mendez, Professor de Lógica; José Jacinto de Camargo, Promotor Público, Joaquim de Almeida Falcão, Presidente da Câmara Municipal; Eusébio Luiz de Brito, Professor de primeiras letras e José Alves Ribeiro.

Conforme informou Aquilino do Amaral Coutinho ao Visconde de Taunay, realizavam-se passeatas nas quais figurava uma “bandeira levada a várias localidades, toda vermelha e com a seguinte quadrinha em letras brancas:

“Embarca, bicudo, embarca,
Embarca, canalha vil,
Que os brasileiros não querem
Bicudos no seu Brasil”.

Foi o ambiente que o Dr. Antonio Corrêa da Costa encontrou ao assumir o Governo da Província em Julho de 1831. Procurando exercer uma ação conciliatória, viu entretanto, o Presidente baldado os seus esforços, de vez que os ânimos se acirravam cada vez mais.

O Visconde de Taunay, em seu livro “A Cidade do ouro e das ruínas”, do qual dedica nada menos que sete Capítulos aos sucessos da “Rusga” em Mato Grosso, estudando as “causas plausíveis do morticínio de Maio”, escreve: “Desde os primeiros tempos da Independência os portugueses, numerosos em Mato Grosso e sobretudo concentrados na cidade de Cuiabá, se haviam tornado alvo de inveja e de malquerença, já pela indispensável preponderância comercial, já por vexatória influência política, confirmada e ampliada pela Constituição de 25 de Março de 1824, que lhes dera a feição de brasileiros adotivos com todas as regalias de cidadãos natos.

A prosperidade de alguns deles, como o Tenente-Coronel José Joaquim Ramos, José Teixeira de Carvalho, Francisco Manoel Vieira, José Coelho Lopes, Manoel José Moreira, Major Joaquim Duarte Ribeiro e outros, particularmente excitava a cobiça e o rancor de não poucos filhos do País, também negociantes, sendo o sentimento de odiosidade aumentado pela imprudência dos adotivos, habituados ao mando dos tempos coloniais duro e áspero, sobretudo nas capitais mais distantes”.

Sobre essa questão, na segunda edição revisada do livro ‘O Processo Histórico de Mato Grosso’, dos professores Elizabeth Madureira Siqueira – Lourenço Alves da Costa – Cathia Maria Coelho Carvalho, eles nos contam assim: “O ideário político foi comungado pela camada mais baixa da população que, pelo seu estado de insatisfação e pobreza,almejava engajar-se na rebelião. Esta camada era formada de homens livres, porém, pobres e até miseráveis, que percebiam baixos salários, na sua grande maioria.Essa pobreza tornava-se ainda maior pelas dívidas contraídas aos armazéns, boticas e lojas, pois com o atraso dos salários, não dispunham os trabalhadores de numerário para adquirir, á vista, o mínimo necessário á sua subsistência e de sua família.

Desta forma, a participação da camada socialmente inferior representou mais a oportunidade de demonstrar sua insatisfação e a possibilidade de obter algum ganho material do que uma luta por um ideal político-partidário, pois a situação da província de Mato Grosso, nesse momento, era de extrema dificuldade, com os cofres públicos vazios e sem perspectivas, a curto prazo de regularizá-los, oferecendo uma situação propícia ás rebeldias e demonstrações evidentes de insatisfação.”  

Encontrando-se doente, após dois anos e meio de governo o Dr. Antonio Corrêa da Costa envia ofício á Regência, solicitando que se lhe dê um substituto. A escolha recai na pessoa de Antonio Pedro Alencastro, nomeado a 04 de Janeiro de 1834, mas que só tomaria posse a 29 de Setembro. Sentindo que a borrasca era iminente, o Presidente Antonio Corrêa da Costa desiste de esperar o seu substituto e resolve deixar o governo.

O fato que precipitou os acontecimentos foi a nomeação do adotivo José Joaquim Vaz Guimarães, indicado pela Regência para o cargo de Procurador Fiscal do Tesouro da Fazenda. Houve reação á sua posse por parte dos “Zelosos da Independência”. O caso foi levado pelo Presidente Corrêa da Costa ao exame do Conselho da Província, reunido na sede do Governo. Na votação, os favoráveis á sua posse e os contrários empataram e o Presidente desempatou mandando que se desse posse ao nomeado, por ser casado com brasileira e ter filhos brasileiros.

A Sociedade dos Zelosos da Independência não se conforma e promove manifestações, entre as quais um comício na praça da Matriz. Corrêa da Costa decide definitivamente sair e convoca o Vice-Presidente Gaudie Levy para assumir o cargo; este se recusa. Diante dessa atitude do Vice, Corrêa da Costa passa o poder nos termos da Lei de 20/10/1823, ao mais votado dos membros do Conselho, Capitão José de Mello Vasconcellos que nele permaneceu apenas dois dias, transferindo-o ao Coronel João Poupino Caldas, após a recusa de dois outros Conselheiros, José da Silva Guimarães e Albano Osório, pela ordem de votação dos mesmos.

Assim chega ao exercício da Presidência, a 28 de Maio de 1834, João Poupino Caldas, tido como um dos inspiradores do movimento contra os “bicudos”, pejorativa alcunha dada aos portugueses. Era o que faltava aos “Zelosos da Independência” para acenderem o estopim do conflito. Quarenta e oito horas depois que Poupino assume o poder, os conspiradores que arquitetavam os mais tenebrosos planos, sentiram-se garantidos pela “cobertura” que lhes significava a ascensão daquele caudilho ao governo. E passaram á execução da chacina que, segundo se dizia era comandada pelo Dr. Antonio Luiz Patrício da Silva Manso, cientista baiano que residia em Cuiabá e que, em virtude dos trágicos acontecimentos, recebeu o apelido de “Tigre de Cuiabá”.

Ao anoitecer do dia 30 de Maio, reuniram-se no Campo d’Ourique, hoje Praça Moreira Cabral, (Centro Geodésico da América do Sul) em Cuiabá, no exato lugar em que se encontra o Palácio Filinto Muller, que abriga atualmente a sede da Câmara Municipal da capital, 67 Guardas Nacionais, prontos para o levante, aos quais se somaram muitos outros, horas depois. Tomado de assalto o Quartel dos Municipais, na Praça da Matriz, apoderaram-se de armas e munições. Por volta de meia noite ouviu-se o toque de corneta, tiros de arcabuzes e gritos de morram os “bicudos”. E começou o arrombamento e saque das casas dos portugueses com o assassínio dos que eram encontrados.

O Visconde Taunay, no seu já citado livro, assim descreve a tragédia: “Com efeito, em Cuiabá, nas trevas da noite e á primeira badalada das 12 horas dada pelos sinos ao findar o dia 30 de Maio de 1834, levantou-se possessa de inexplicável fúria parte da população e aos brados de mata bicudo começou a trucidar, sem dó nem piedade, infelizes e imberbes portugueses, excitados pelos boatos de que por eles fora chamado Dom Pedro I e de que em todos ao pontos do Império se procedia a igual morticínio”

Vendo a extensão da chacina, que talvez ele próprio jamais imaginara, pede João Poupino Caldas a ajuda do Bispo Dom José dos Reis que sai á rua, de crucifixo em punho, tentando acalmar a turba desenfreada, sem nada conseguir. Não chegou a apurar ao certo, o número de vítimas de tão dramática ocorrência, nem há acordo de números entre os informantes, mesmo porque o motim se estendeu a outras localidades da Província”.

Motivado pela “Rusga”, a Loja “Razão” que era formada quase que totalmente pelos portugueses abateu sua colunas em Cuiabá, seus membros sobreviventes do levante fugiram para Goiás Velho, então capital do Estado de Goiás, e ali em 1835 fundaram a Loja “Asylo da Razão”, numa clara intenção de honrar e homenagear a Augusta Oficina abandonada as pressas na distante Cuiabá, por isso a lembrança viva, tendo Goiás Velho abrigado os que lá chegaram, “asylando os da Razão”! 

Bibliografia
 CASTELLANI, José. Do pó dos arquivos, V. II. Ed. A Trolha. Londrina.1996.
CASTELLANI, José. História do Grande Oriente do Brasil – A Maçonaria na História do Brasil. Ed. GOB. Brasília. 1993.
PÓVOAS, Lenine de Campos. História Geral de Mato Grosso: dos primórdios á queda do império. V. I. Ed. Resenha. São Paulo. 1995.
PROBER, Kurt. Cadastro Geral das Lojas Maçônicas do Brasil, Ativas, Abatidas e Inativas. Ed. Kurt Prober. Paquetá. 1975.
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ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DE SERRA DA MANTIQUEIRA

A APA da Serra da Mantiqueira é uma Unidade de Conservação Federal e que é controlada pelo Ibama. Corte de árvores, movimentação de terra, construção ou qualquer tipo de intervenção dentro dessa área, somente é permitida com a autorização do IBAMA.



MAPA APA DE SERRA DA MANTIQUEIRA

As áreas de proteção ambiental (APAs) foram criadas pela Lei 6.902 de 27/04/81, juntamente com as estações ecológicas. Segundo seu principal idealizador, Dr. Paulo Nogueira Neto, as APAs foram criadas com o objetivo de serem um instrumento mais adequado para a proteção do entorno de unidades de conservação de uso indireto, auxiliando a composição de mosaicos de unidades de conservação - UCs (Urban, 1998), mas também com o objetivo de criar uma categoria de UC de uso direto que buscasse compatibilizar proteção dos recursos naturais com seu uso econômico. No Brasil, atualmente, as APAs são as segundas maiores UCs em número (128) e em área (18.665.185 ha, equivalente a 29,7% do total da área coberta por UCs) (Côrtes, 2003).

Nas APAs permite-se a permanência da propriedade privada, sendo, contudo, impostas ações de controle do uso dos recursos naturais de acordo com objetivos de proteção previamente estabelecidos nos decretos de criação de cada UC. De fato, as APAs são as únicas categorias presentes no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC em que a propriedade não é vista como um empecilho ao desenvolvimento de esforços para a conservação do meio ambiente.

A Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira*

Criada pelo Decreto Federal n° 91.304, em 3 de junho de 1985, a APA envolve uma área total de 422.873 ha (equivalente a 422.000 campos de futebol!). sendo, gerida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - Ibama (www.ibama.gov.br).

Segundo seu decreto de criação, a APA Serra da Mantiqueira objetiva:
além de garantir a conservação do conjunto paisagístico e da cultura regional […] proteger e preservar:

a) parte de uma das maiores cadeias montanhosas do sudeste brasileiro;
b) a flora endêmica e andina;
c) os remanescentes dos bosques de araucária;
d) a continuidade da cobertura vegetal do espigão central e das manchas de vegetação primitiva;
e) a vida selvagem, principalmente as espécies ameaçadas de extinção (Decreto 91.304/85, Artigo 2º).

Uma vez que a APA ainda não possui um plano de manejo, as principais restrições impostas às propriedades são aquelas colocadas pelo Código Florestal, Lei no 4.771, que vale para todo o território brasileiro. O Código Florestal veta o uso dos recursos naturais em áreas de proteção permanente (APPs): margens de rio, áreas acima de 1.800 m de altitude, topos de morro e encostas com declividade maior que 45º.

A única restrição específica às propriedades internas à APA Serra da Mantiqueira é a colocada pelo Artigo 6º de seu decreto de criação, que rege:

A abertura de vias de comunicação, de canais, a implantação de projetos de urbanização, sempre que importarem na realização de obras de terraplanagem, bem como a realização de grandes escavações e obras, que causem alterações ambientais, dependerão de autorização prévia da SEMA (atual Ibama), que somente poderá concedê- la: a) após estudo do projeto, exame das alternativas possíveis e a avaliação de suas consequências ambientais; b) mediante a indicação das restrições e medidas consideradas necessárias à salvaguarda dos ecossistemas atingidos (Decreto 91.304/85, Artigo 6º).

Dessa forma, pela interpretação feita por analistas ambientais do Ibama, ficam sujeitas à autorização do órgão gestor da APA todas as atividades que movimentem mais de 100 m3 de terra.
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COLORADO DO OESTE - 2013


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VÁRZEA DA PALMA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE VÁRZEA DA PALMA

População 2013: 36.800
Área da unidade territorial (Km²): 2.220,276
Densidade demográfica (hab/Km²): 16,13

Histórico
Em meados do século XIX surgiu às margens do Rio das Velhas o lugarejo de Porto da Palma, local onde havia uma balsa que fazia a travessia dos tropeiros que vinham de Curvelo (MG) rumo a Montes Claros(MG). O nome Porto da Palma foi dado devido ao local ser muito plano e cheio de palmeiras, além de possuir várias espécies de pinhas e samambaias que davam uma beleza natural ao lugar.

Com a vinda da Estrada de Ferro rumo a Pirapora, no início do século XX, houve um problema com a construção da estação em Porto da Palma, e em decorrência desse empecilho resolveram mudar o local da estação para uma planície ao lado da estrada dos tropeiros que seguiam à Goiás, onde hoje ainda existe o prédio da Estação.

A inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil aconteceu no dia 1º de fevereiro de 1910. Tal ato impulsionou a migração dos moradores de Porto da Palma para o local e assim formou-se a Vila que atendeu durante 2 anos pelo nome de Vargem das Palmas.

Em 1928 já com o surgimento dos primeiros veículos, foi necessário a construção da ponte sobre o Rio das Velhas. Ela foi edificada com cimento da Inglaterra, que veio em barricas de madeira. Com a construção da ponte foi desativada a Balsa de Porto da Palma e o lugar passou a ser chamado de Palma Velha.



Gentílico: Varzeapalmense

Formação Administrativa
Em 27 de dezembro de 1948, o lugarejo foi elevado à condição de Distrito de Pirapora pela Lei nº 336.

Pelo Decreto-lei nº 1.039, Várzea da Palma foi elevada à condição de cidade. O ato foi decretado pelo Governador do Estado de Minas Gerais, em 12 de dezembro de 1953.

O nome de Várzea da Palma foi dado devido às planícies, às vargens e palmeiras nativas que haviam no local.

O município possui um distrito chamado Barra do Guaicuí.

Fonte: Vieira Neto, Moisés. Monografia de Várzea da Palma. 2.ed.
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TURMALINA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE TURMALINA

População 2013: 18.165
Área da unidade territorial (Km²): 1.153,109
Densidade demográfica (hab/Km²): 15,66

Histórico
Segundo a tradição, os primeiros primitivos habitantes do município foram os bandeirantes paulistas, tendo a frente Sebastião Leme do Prado por volta de 1750/1760, devido a descoberta e exploração de ouro, ás margens do rio Araçuai.

Em decorrência da falta de alimentos para os mineradores, muitos dos colonos das minas se dedicaram á lavoura rural e foram estabelecendo ás margens do rio Araçuai, Ribeirão do Lourenço e rio Itamarandiba, respectivamente; e como ficaram muito distante da Vila, levantaram em alguns destes lugares várias capelas fora do povoado para o seu recurso espiritual, cuja a fé jamais abandonavam.

A formação do arraial de Nossa Senhora da Piedade resultou da construção de uma capela em honra de Nossa Senhora da Piedade, cuja imagem, conforme lenda corrente entre os moradores, teria sido encontrada no próprio local. Fundado por volta de 1750/1760 o arraial da Piedade teve como primeiros moradores os fazendeiros Luiz Machado, João Cordeiro e Canuto Quaros, que ali se fixaram com o objetivo de dedicar-se á agricultura e a criação de gado. Deve-se a esses pioneiros a construção da capela que resultou na formação do arraial de Nossa Senhora da Piedade.

A povoação de piedade era uma região essencialmente agrícola, sendo os principais produtos cultivados: milho, feijão e algodão. Os habitantes locais comercializavam seus produtos com os garimpeiros de Minas Novas, Água Suja e etc.



Gentílico: Turmalinense

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora da Piedade, pela lei n° 148, de 03-04-1840, pertencente ao município de Minas Novas.

Sua denominação foi alterada posteriormente, pela lei estadual n° 843, de 07-10-1923, passando- se a chamar Turmalina.

Pela lei n° 336, de 27-12-1948 passou a condição de cidade, compreendendo os distritos de Turmalina, Caçaratiba e Veredinha, desmembrados então do município de Minas Novas.

Pela lei estadual n° 12.030, de 21-12-1995 o distrito de Veredinha é elevado a condição de cidade, desmebrado então do município de Turmalina.

O município é constituido de 2 distritos: Turmalina e Caçaratiba.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

População
De acordo com os dados IBGE 2000, a população rural era de 5.497 habitantes e urbana de 10.158, totalizando 15.655 habitantes. Segundo os dados do IBGE 2007 o município possui na cidade (sede): 5.479 homens e 5.538 mulheres; no distrito de Caçaratiba possui na área urbana: 423 homens e 411 mulheres e na área rural: 174 homens e 140 mulheres, totalizando no distrito 1.148 habitantes. Em todo o município existem 17.219 habitantes, sendo que totalizam na área urbana: 5.902 homens e 5.949 mulheres e na área rural: 2.824 homens e 2.544 mulheres.

Fonte: IBGE
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UBÁ (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE UBÁ

População 2013: 106.500
Área da unidade territorial (Km²): 407,452
Densidade demográfica (hab/Km²): 249,16

Entre fins do século XVIII e princípios do XIX, entrando em decréssimo o rendimento das lavras de Mariana, Ouro Preto, Guarapiranga e outros centros de extração de ouro da então capitania de Minas Gerais, muitas famílias dali se retiraram, dirigindo-se para as regiões banhadas pelos rios Turvo, Xopotó, Pomba e outros, cujas terras, ainda devolutas, eram de grande fertilidade e prometiam larga compensação ao trabalho agrícola. Aí estabeleceram posses e fundaram fazendas que logo prosperaram, dando origem à formação de núcleos de população, hoje cidades florescentes, entre elas a atual cidade de Ubá. A região era habitada pelos índios Croatas e Puris, que investiam frequentemente contra as povoações nascentes, sendo criada, com o fim de protegê-las contra os ataques do gentio, a Junta de Colonização dos Índios e Navegação do Rio Doce, depois Junta da Conquista e Civilização dos Índios, que tinha, entre outros encargos, os de levantar igrejas e encontrar eclesiásticos para a educação dos silvícolas. Para o serviço dessa Junta, foram organizadas sete Divisões Militares, sob a direção geral do capitão Guido Tomás Marlieri, que estabeleceu o seu quartel de comando na Fazenda Guidoval, situada em região hoje pertencente ao atual município do mesmo nome. Dali desenvolveu ele grande atividade na colonização e catequese dos índios em toda a região, verificando-se com isto o rápido desenvolvimento das povoações, tal como ocorreu com a que se formou à margem do rio Ubá, do distrito de São João Batista do Presídio, hoje Visconde do Rio Branco. Em 1815, por Carta Régia de 3 de novembro, foi atendido um pedido de moradores da povoação para que fosse ali fundada uma capela, sob a invocação de São Januário. Não ficou, porém, registrada a data de sua construção, sabendo-se somente que em 1823 já estava construída, pois consta dos registros a visita que lhe fez em junho desse ano o Bispo de Mariana, D. Frei José da Santíssima Trindade. Os doadores do patrimônio foram o capitão-mor Antônio Januário Carneiro e sua mulher, D. Francisca Januário de Paula Carneiro, os quais mandaram vir do Guarapiranga, hoje Piranga, a imagem do padroeiro. Em torno da capela desenvolveu-se rapidamente a povoação, que foi elevada à frequesia, com o nome de São Januário de Ubá, pertencente ao município de São João Batista do Presídio, pela lei pronvincial nº 209, de 7 de abril de 1841. Pela lei nº 654, de 17 de junho de 1853, foi transferida a sede do município de São João Batista do Presídio para São Januário de Ubá, que recebeu os foros de vila, instalada a 12 de maio de 1854. Pela lei nº 806, de 3 de julho de 1857, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Ubá. Suprimido mais tarde o município pela lei nº 1573, de 22 de julho de 1868, foi restaurado 3 (três)anos depois, pela lei nº 1755, de 30 de março de 1871, que restabeleceu o primitivo nome de São Januário de Ubá. Em 1911, apresentava-se o município com o nome novamente simplificado de Ubá, composto de seis distritos, que eram, além do da sede, os de Tocantins, Sapé, Marianas, Rodeiro e Divino. Pela lei nº 843, de 7 de setembro de 1923, perdeu o distrito de Marianas, transferido para o município de Visconde do Rio Branco, e adquiriu o de Conceição do Turvo, desmembrado do município de Piranga. Pelo Decreto lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, foram desmembrados o distrito de Conceição do Turvo, elevando o município com o nome Senador Firmino, e uma parte do distrito de Rodeiro, incorporada ao distrito de Astolfo Dutra. Pelo Decreto-lei nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Sapé teve mudado o seu nome para Guidoval, sendo depois elevado a município, assim como Tocantins, pela Lei nº 336, de 27 de dezembro de 1948, que os desmembrou do município de Ubá, adquirindo este pela mesma lei outro distrito, criado com sede no povoado de Conventos e com o nome de Ubari. Finalmente, pela lei nº 1039, de 12 de dezembro de 1953, foi criado o distrito de Diamante de Ubá, com território demembrado do de Rodeiro, ficando assim o município composto de cinco distritos: Ubá, Diamante de Ubá, Divino de Ubá, Rodeiro e Ubari. A comarca de Ubá foi criada pela Lei pronvincial nº 2212, de junho de 1876, compreendendo o território do próprio município e posteriormente os de Guidoval, Rodeiro e Tocantins, a partir de sua elevação a município.


Em 30.12.1962, pela lei nº 2 764, os distritos de Divino de Ubá e Rodeiro, alterando o nome do primeiro para Divinésia, foram elevados à categoria de município. Pela Lei nº 8.258, de 08.10.1982, foi criado o distrito de Miragaia.. Conta hoje o município com quatro distritos: Ubá, Diamante de Ubá, Miragaia e Ubari. E a comarca compreende os seguintes municípios: Ubá, Divinésia, Guidoval, Rodeiro e Tocantins.

Origem do topônimo: A origem de ?Ubá?, no idioma Tupi-Guarani, significa ?canoa?, porém, o nome, segundo a tradição, adveiu da gramínea (tipo cana) de folha estreita e longa, utilizada para feitura de cestos, gaiolas, etc., comumente conhecida pelo nome de Ubá, que se encontrava, abundantemente, nas margens do rio que atravessa a cidade.

Gentílico da cidade: Ubaense

Situado na Microrregião de Ubá, na Mesorregião da Zona da Mata, com 407,7 km2 de área, limita-se com os municípios de Astolfo Dutra, Divinésia, Dores do Turvo, Guidoval, Pirauba, Rodeiro, Senador Firmino, Tocantis e Visconde do Rio Branco.

Altitude na sede municipal(Praça São Januário)= 338 metros

Fonte: Informações Básicas(IBGE)
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TEÓFILO OTONI (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE TEÓFILO OTONI



População 2013: 141.700
Área da unidade territorial (Km²):  3.242,263
Densidade demográfica (hab/Km²): 41,56
Gentílico: Teófilo-otonense

Histórico
Os primeiros habitantes das terras do Município de Teófilo Otoni foram indígenas descendentes dos Tapuias. Em 1922 havia uma derradeira taba de índios Machacalis, localizada nas nascentes do Ribeirão Imburanas, habitada por quinze a dezoito famílias. Sua origem se deve à criação da Companhia de Comércio e Navegação do Rio Mucuri, fundada pelo grande brasileiro Teófilo Otoni, com o objetivo de estabelecer comunicação mais fácil entre o nordeste de Minas e o Rio de Janeiro, por via fluvial e terrestre, e, posteriormente, o estabelecimento de um porto de mar para o escoamento da produção da Provincial.

A abertura de estradas, o estabelecimento da navegabilidade do Rio Mucuri, em cuja rota a Campanhia estabelecia pontos de colonização, e a vinda de numerosos colonos portugueses, holandeses, belgas, franceses, chineses e alemães marcaram o início do desenvolvimento de Teófilo Otoni. Dos colonos que ali chegaram, somente os alemães se fixaram. Até fins de 1858 o número de colonos já ascendia a 2091 na localidade então denominada Filadéfia.

Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Nossa Senhora da Conceição da Filadélfia, pela lei provincial nº 808, de 03-06 ou 03-07-1857, confirmada sua criação pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Minas Novas.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Teófilo Otoni, pela lei provincial nº 2486, de 09-11-1878, desmembrado de Minas Novas. Sede na povoação de Nossa Senhora da Conceição de Filadélfia. Instalado em 25-03-1881.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Teófilo Otoni é constituído de 10 distritos: Teófilo Otoni, Aimorés, Concórdia, Itambacuri, Itaipé, Pampan, Poté, Malacacheta, Setubinha e Urucu.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município de Teófilo Otoni permanece constituído dos 10 distritos: os mesmos citados na divisão de 1911.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município de Teófilo Otoni o distrito de Itambacuri. Elevado à categoria de município. A mesma lei acima citada desmembra do município de Teófilo Otoni os distritos de Malacacheta e Setubinha. Para formar o novo município de Malacacheta. Ainda pela mesma lei o distrito de Pampan passou a denominar-se Águas Belas e o distrito de Aimorés a denominar-se Indiana.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7distritos: Teófilo Otonili, Indiana, ex-Aimorés, Concórdia, Itaipé, Águas Belas, ex-Pampan, Poté e Urucu.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Teófilo Otoni os distritos de Poté e Ladainha, ex-Concórdia. Para formar o novo município de Poté, a mesma lei desmembra do município de Teófilo Otoni os distritos de CarlosChagas, ex-Urucu e Águas Belas. Para formar o novo Município de Carlos Chagas, ainda sob a mesma lei são criados os distritos de Jardinópolis, Marambainha e Pavão e anexados ao município de Teófilo Otoni.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Teófilo Otoni, Itaipé, Jardinópolis, Marambainha e Pavão.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de Teófilo Otoni os distritos de Itaipé e Marambainha. Para formar o novo município de Novo Cruzeiro, no mesmo decreto acima são criados os distritos de Crispim Jaques, Frei Gonzaga e Pedro Versiani e anexados ao município de Teófilo Otoni. E ainda Sob este mesmo decreto, o distrito de Jardinópolis passou a denominar-se Topázio.

No quadro anexo para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distritos: Teófilo Otoni, Crispim Jaques, Frei Gonzaga, Pedro Versiani, Pavão e Topázio ex-Jardinópolis.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Teófilo Otoni o distrito de Pavão. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 5 distritos: Teófilo Otono, Crispim Jaques, Frei Gonzaga, Pedro Versiani e Topázio.

Pela lei estadual nº 6769, de 13-05-1976, são criados os distritos de Mucuri e Rio Pretinho e anexado ao município de Teófilo Otoni.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 7 distritos: Teófilo Otoni, Crispim Jaques, Frei Gonzaga, Mucuri, Pedro Versiani, Rio Pretinho e Topázio.

Pela lei estadual nº 10703, de 27-04-1992, desmembra do município de Teófilo Otoni o distrito de Novo Oriente ex-Frei Gonzaga. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 6 distritos: Teófilo Otoni, Crispim Jaques, Mucuri, Pedro Versiani, Rio Pretinho e Topázio.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007 .

Alteracão toponímica distrital

Nossa Senhora da Conceição da Filadélfia para Teófilo Otoni alterado, pela lei províncial nº 2486, de 09-11-1878.

Fonte: IBGE
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TIMÓTEO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE TIMÓTEO



População 2013: 85.200
Área da unidade territorial (Km²): 144,381
Densidade demográfica (hab/Km²): 562,70
Gentílico: Timotense

Histórico
Diz a tradição que um tal de Manuel Timóteo, vendo boas perspectivas em abrir uma vendinha nas proximidades da mineração de ouro, denominada Barrinha, pertencente a Cláudio de Andrade, fez uma pequena abertura na cabeceira de um córrego, confinando com a dita mineração justamente onde se acha hoje localizada a cidade de Timóteo, onde abrira sua vendinha. Quando algum escravo conseguia dar uma escapadela até a vendinha, dizia para seu parceiro, na sua linguagem simples, que tinha ido no ?Timóteo? nascendo aí oi nome do lugar e do córrego que o banha. Não é de todo desprovido de certa base a acima referida tradição porque em 1946, quando se fazia o esgotamento de um brejo que existe na antiga rua do canto fora encontrada uma garrafa enterrada na dita, lama, cujo conteúdo não fora visto e que diziam ser ouro em pó, talvez roubado por escravo da mineração da Barrinha.

Como a área territorial do atual município de Timóteo está dentro da Sesmaria Alegre, fez-se mister conhecer algo a respeito.

O imperador D. Pedro II, vendo a necessidade de povoar e cultivar o imenso sertão do Rio Doce, expediu alvará autorizando o governador da província de Minas Gerais conceder por exceção Sesmarias de terras devolutas, a quem se obrigasse a habitá-las, povoá-las e cultivá-las. Para usufruir desse direito, segundo um relatório existente no arquivo público mineiro, escrito pelo alferes Francisco de Paula Mascarenhas, encarregado pelo governador da província de Minas, Manoel Inácio de Melo e Souza de fazer o levantamento cadastral do Rio Doce, ele declarava que a 17 de junho de 1832, pernoitava no sítio do Alegre de Francisco de Paula e Silva, que ali residia desde 11 de setembro de 1831, com sua família e numerosos escravos.

Assim, em 1832, Francisco de Paula e Silva, requeria uma sesmaria de terras no córrego de Timóteo que deságua no Piracicaba; sobra da sesmaria de seu concunhado Felício Moreira da Silva, onde construiu a sua Fazenda do Alegre, onde é atualmente a Fazenda de D. Maria Nazaré Lelles Ferreira.

Por falecimento de Chico Santa Maria e sua esposa D. Teodomira Correa de Assis coube a fazenda do Alegre, por herança, aos seus filhos Francisco, que ficou mais conhecido por Chico Santa Maria Moço, e a José também mais conhecido por Juca do Alegre.Esse último como residia fora, vendeu a sua parte para Antônio Malaquias, ficaram como legítimos herdeiros seus filhos: Manuel, Antônio, Sebastião, José e Francisco Malaquias. Esse último ficando tuberculoso e sabendo que o seu mal era incurável, fez doação do terreno que herdara para o patrimônio de São Sebastião do Alegre do Timóteo, onde começaram a ser levantadas as primeiras habitações, começando assim o povoamento da cidade de hoje Timóteo, que a princípio fez parte do território da Babilônia (Marliéria), incorporando-se em seguida a São José do Grama (Jaguaraçu).

Por volta de 1914, o cura de São José do Grama, padre João, celebrou a primeira missa em uma capelinha coberta com folhas de palmito no local, onde mais tarde foi construída a primeira matriz, hoje demolida, para a construção da qual muito se esforçaram os Srs. Jorge Dias, Benjamim Vieira, Manoel Mariano de Abreu, família Malaquias e outros.

Em 1922, sendo instalado distrito de São José do Grama, do Município de São Domingos do Prata, uma das providências tomadas pelo agente executivo do município, Dr. Edelberto de Lelles Ferreira, foi a criação de uma escola primária municipal no povoado de Timóteo, sob a direção de D. Maria Quintão de Miranda, que exerceu o cargo por pouco tempo, sendo substituída por D.Maria Chaves que alfabetizou várias gerações de timotenses.

Em 1º de novembro de 1938, Timóteo desmembrou-se do município de São Domingos do Prata, anexando-se ao de Antônio Dias, já como distrito autônomo, cuja instalação realizou-se a 1º de janeiro de 1939, sendo nomeado seu primeiro juiz de paz, o Sr. Joaquim Ferreira de Souza, que a 24 de junho do mesmo ano deu posse ao Sr. José Moreira de Castro, como escrivão de paz e notas interino, o qual foi efetivado pelo 1º juiz de paz, que dias depois sucedeu ao Sr. Joaquim Ferreira, o farmacêutico Raimundo Alves de Carvalho.

Em 1945, pela primeira vez, foi feito o serviço eleitoral no distrito de Timóteo, para o qual foi nomeado o juiz preparador, o 1º juiz de paz, o Sr. Raimundo Alves que empossou o cargo de escrivão e preparador o Sr. José Moreira de Castro.

Criado no município de Coronel Fabriciano, em virtude da lei nº 336 de 27 de dezembro de 1948, o distrito e Timóteo foi anexado ao novo município. Em 1945, com a implantação da Cia de Aços Especiais Itabira ?Acesita?, em seu território, grande impulso tomou Timóteo, começando os primeiros pruridos de emancipação.

Para a criação do Grupo escolar ?D. Angelina Alves?, em 1953, o farmacêutico Raimundo Alves, na ocasião exercendo também o cargo de inspetor escolar do município pôs à disposição um prédio de sua propriedade sem ônus para o Estado, no qual foi instalado o dito grupo escolar, tendo sido nomeada sua primeira diretora D. Eli Moreira Drumond.

Em dezembro de 1954, no governo municipal de Raimundo Alves, foi inaugurado o serviço de força e luz em Timóteo.

Durante anos, os fiéis de Timóteo foram assistidos pelo vigário da freguesia de São José do Grama, devendo-se a construção do seu cemitério ao virtuoso padre Antônio Araújo. Com a criação em 1950, da paróquia de Acesita pelo Arcebispo Metropolitano de Maria, D. Helvécio Gomes de Oliveira, que proveu seu primeiro vigário Monsenhor Rafael Arcanjo Coelho, o qual trouxe a congregação irmãos e Beneficência Popular, por ele criada em 1946.

Somente em 1959, que foi criada a paróquia São Sebastião de Timóteo, tendo sido nomeado seu primeiro pároco o padre Olau Bicalho.

Após dez anos de luta insana e tenaz é vencida batalha dos heróicos timotenses com a emancipação do município, que se instalou a 29 de abril de 1964, tendo sido nomeado intendente o Sr. Vinco da Fonseca, que governou o novo município até a posse do seu primeiro prefeito eleito, o Sr. José Antônio de Araújo.

Em 1944, iniciava-se a era do aço na região, com a implantação da Cia Aços Especiais Itabira ?Acesita? no antigo município de Coronel Fabriciano.

Fonte: Revista - Vale em Revista, IBGE
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TRÊS CORAÇÕES (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE TRÊS CORAÇÕES



População 2013: 75.700
Área da unidade territorial (Km²): 828,038
Densidade demográfica (hab/Km²): 87,88
Gentílico: Tricordiano

O surgimento do município de Três Corações datam de 1760, quando o Alferes Tomé Martins Ribeiro, proprietário de uma grande fazenda às margens do Rio Verde, mandou erigir uma capela sob a invocação dos Santíssimos Corações de Jesus, Maria e José da Real Passagem do Rio Verde, dotando-a de respeitável patrimônio. Ficou esse ato, entretanto, sem efeito em virtude de se ter efetuado sem a assinatura da esposa do Alferes que, na ocasião da lavratura do termo, se encontrava em Portugal.

Em 1764, quando da passagem do então governador da Capitania Luís Diogo da Silva, que viajava pela sue província em demarcação de limites, foram encontrados, além da fazenda, alguns casebres ao derredor, e uma capela.

Em 1793, falecido o doador, seu genro, capitão Domingos Dias de Barros, vendeu o patrimônio, mandou demolir a capela e construir uma ermida sob o mesmo orago - Corações de Jesus, Maria e José. O templo, cujo altar-mor era obra do Mestre Ataíde, foi bento pelo Padre Antônio de Souza Monteiro Galvão, Vigário de Campanha, em 1801. Restaurado o patrimônio em 1809, foi declarada capela curada em junho de 1810.

A freguesia e paróquia foram instaladas em 1832, e em 1847, lançada a pedra fundamental da Igreja Matriz. Esta foi inaugurada em 1860, passando a ser Sagrada Família a padroeira da Paróquia, ficando a velha Ermida sob a proteção de Nossa Senhora das Dores.

Em 1873, o Presidente da Província de Minas Gerais sancionou lei incorporando à Vila dos Três Corações do Rio Verde o território pertencente à Freguesia de Conceição do Rio Verde.

Nessa época, por subscrição pública, é construído o prédio, chamado "Casa da Instrução", que por muitos anos foi o Teatro Municipal, servindo ainda de Paço Municipal, Forum e sede de escolas públicas.

Três Corações também teve seu período de mineração, como atesta a existência, ainda hoje, de lavras de ouro, em atividade desde o tempo do Alferes.

Entretanto, o desenvolvimento do Município está diretamente relacionado à construção da Estrada de Ferro Minas a Rio, cujas obras foram iniciadas em 1881. Inaugurada oficialmente em 22 de junho de 1884, fazia conjunção em Cruzeiro com a Estrada de Ferro Pedro II. Outros motivos determinantes da expansão e progresso do Município foram: a sua Feira de Gado, criada por Cristiano José Lemos, a inauguração dos serviços postais regulares, a ponte metálica, com 78 m de extensão e 7 arcos; a instalação da rede de iluminação elétrica pública e domiciliar.

O Topônimo
Três versões correm sobre a origem toponímica: a primeira, segundo o historiador mineiro Alfredo Valadão, "o nome da localidade originou-se das voltas que o Rio Verde fez, ao se aproximar da mesma, nas quais se pretendiam ver desenhadas as figuras dos três corações", a segunda, de acordo com o Cônego Raimundo Trindade, "foi o Bispo de Mariana o primeiro a querer, em terras mineiras, fossem tributadas honras especiais ao Sagrado Coração de Jesus, associando-se aos corações de Maria e José" finalmente, a terceira, mais de ficção, segundo a qual três boiadeiros, a fim de rever suas amadas pernoitavam na localidade e a denominavam "Três Corações".

Formação Administrativa
O Distrito de Três Corações do Rio Verde deve sua criação ao Decreto datado de 14 de julho de 1832.

A Lei provincial n.° 3.197, de 23 de setembro de 1884, criou o Município com a denominação de Três Corações do Rio Verde e território desmembrado do de Campanha, tendo-se verificado a instalação a 10 de julho de 1885.

Em virtude da Lei provincial n.° 3.387, de 10 de julho de 1886, elevou-se à categoria de cidade a sede do Município e também do distrito que teve sua criação confirmada pela Lei estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891.

A Divisão Administrativa de 1911 e os quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1920 apresentaram, formado apenas por seu distrito-sede, o Município de Três Corações do Rio Verde que, por força da Lei estadual n.° 843, de 1923, passou a denominar-se simplesmente Três Corações, situação que ainda hoje conserva. A Comarca de Três Corações do Rio Verde foi criada pela Lei estadual n.° 11, de 13 de novembro de 1891, tendo ocorrido sua instalação a 20 de março do ano seguinte. Suprimida pela Lei estadual n.° 375, de 19 de setembro de 1903, foi restaurada por força da Lei estadual n.° 663, de 18 de setembro de 1915, e reinstalada em 12 de outubro de 1918.

Comarca de 2.ª entrância, é constituída apenas do Termo judiciário de Três Corações.

Fonte: IBGE
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TAIOBEIRAS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE TAIOBEIRAS


População 2013: 31.900
Área da unidade territorial (Km²): 1.194,524
Densidade demográfica (hab/Km²): 25,88
Gentílico: Taiobeirense

Histórico
O início de Taiobeiras situa-se no antigo Sítio Bom Jardim, local onde passavam estradas que ligavam Teófilo Otoni, em Minas Gerais, aos municípios do sertão da Bahia e outra que seguia em direção a Brejo das Almas (Francisco Sá) e Montes Claros. O sítio tornou-se, rapidamente, um entroncamento de tropeiros e viajantes, que iam e vinham destas localidades.

O povoado, propriamente dito, começou com a construção de uma capela e de um cemitério, mandados construir por Vitoriano Pereira da Costa. Com a bênção do cemitério pelo padre Esperidião Gonçalves dos Santos, da paróquia de Rio Pardo de Minas, um cruzeiro foi levantado no local em 1875.

Antevendo a possibilidade do surgimento do povoado, Vitoriano e sua esposa, Ana Severina de Jesus, conhecida como Naninha, doaram uma parte do Sítio Bom Jardim para o início das primeiras construções. Com a morte de Vitoriano em 1900, sua esposa vendeu parte das terras do sítio para Martinho Antônio Rego ( mascate vindo da Bahia que pretendia instalar-se na região ) em negociações efetuadas nos anos de 1901 e 1910.

Com as visitas periódicas do padre Espiridião, moradores das redondezas começaram a ser atraídos para a localidade. Alguns fazendeiros se cotizaram e abriram uma vala que conduzia água do córrego Bom Jardim ao povoado nascente. As primeiras casas foram construídas onde hoje é a avenida da Liberdade, no quarteirão entre a travessa Martinho Rego e a rua Bom Jardim. Os primeiros comércios eram simples ?vendas?, estabelecimentos precários que serviam cachaça e alguma comida.

Em 1924 o povoado foi transformado em distrito do município de Salinas, com o nome de Bom Jardim das Taiobeiras, nome ligado a uma raiz nativa da região, a taioba. Com o desenvolvimento crescente, a emancipação definitiva deu-se em 1953, com a instalação do novo município ocorrendo no ano seguinte.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Taiobeiras, pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, subordinado ao município de Rio Pardo.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Taiobeiras figura no município de Rio Pardo.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral 1-IX-1920, o distrito de Taiobeiras figura no município de Rio Pardo.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Taiobeiras tomou a denominação de Bom Jardim de Taiobeiras e foi transferido do município de Rio Pardo para o de Salinas.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Bom Jardim de Taiobeiras (ex-Taiobeiras) figura no município de Salinas.

Pela lei estadual nº 88, de 30-03-1938, o distrito de Bom Jardim de Taiobeiras voltou a chamar-se simplesmente Taiobeiras.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Taiobeiras (ex-Bom Jardim Taiobeiras) figura no município de Salinas.

Assim permanecendo em divisão territorial datada 1-VII-1950.

Elevado à categoria de município com a denominação de Taiobeiras, pela lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembrado de Salinas. Sede no antigo distrito de Taiobeiras. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1954.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, é criado o distrito de Berizal e anexado ao município de Taiobeiras.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Taiobeiras e Berizal.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993.

Pela lei estadual nº 12030, de 21-12-1995, desmembra do município de Taiobeiras o distrito de Berizal. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas distritais
Taiobeiras para Bom Jardim de Taiobeiras, alterado pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923.

Bom Jardim de Taiobeiras para Taiobeiras, alterado pela lei estadual nº 88, de 30-03-1938.

Fonte: Prefeitura Municipal < www.taiobeiras.mg.gov.br>
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SÃO LOURENÇO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SÃO LOURENÇO


População 2013: 43.600
Área da unidade territorial (Km²): 58,019
Densidade demográfica (hab/Km²): 717,99
Gentílico: são-lourenciano

No início do século XIX as primeiras notícias das paragens em que se situa São Lourenço. O primeiro nome que registra a história e o de João Francisco Viana, proprietário de vasta fazenda em terras da freguesia do Carmo de Pouso Alto, Termo de Cristina.

Conhecidas a princípio como "Águas do Sítio do Viana" e "Águas da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, próxima ao Rio Verde", suas virtudes ganharam fama e popularidade; aos poucos, forasteiros instalaram-se nas terras mais altas e as margens da antiga estrada do Carmo do Rio Verde e Pouso Alto, dando começo a povoação.

Depois de 1889, com o falecimento de João Francisco Viana, foram as terras divididas por seus filhos. O comendador Bernardo da Veiga, residente na cidade de Campanha, diretor do jornal Monitor Sul Mineiro e autor do Almanaque Sul Mineiro de 1874, incumbiu um sobrinho, Capitão José Pedro da Costa, de estudar as possibilidades de industrialização das águas, disto resultando a compra das terras de propriedade dos Senhores Manoel Dias Ferraz e Adolfo Schimidt, que concordaram em vender a propriedade ao Comendador Bernardo Saturnino da Veiga, onde se localizam as fontes e a constituição de uma empresa - a Companhia de Águas Minerais São Lourenço -formada pelo comendador Bernardo da Veiga e seus irmãos Saturnino da Veiga e Ângelo da Veiga (médicos). O nome da empresa prende-se a uma homenagem a memória do tenente-coronel Lourenço Xavier da Veiga, pai dos três irmãos associados.

Iniciaram-se imediatamente os trabalhos de saneamento, drenagem e aterro, surgiram as primeiras ruas, formou-se o esboço da futura cidade.

A 10 de agosto de 1891, dia consagrado a São Lourenço, erigiu-se no ponto mais alto dos terrenos uma grande cruz e em capela improvisada celebrou a primeira missa o cônego Antônio Gomes de Faria Nogueira, vigário de Carmo de Minas. Iniciou-se a construção de uma igreja, que fora primeiramente dedicada ao orago do Bom Jesus do Monte e, após sua conclusão, ao de São Lourenço.

Em 1905, Afonso Noronha França adquiriu o acervo da antiga empresa, introduzindo na exploração de suas águas minerais maquinaria moderna e construindo prédios adequados para engarrafamento, depósitos e oficinas. Construiu também linha de bondes a tração animal até a estação, para transporte da água, aumentada, mais tarde para tráfego de passageiros.

A concessão para exploração das fontes hidrominerais passou a outras empresas e bancos, até a atual Empresa de Águas de São Lourenço S.A., a partir de 1925.

Formação Administrativa A LEI estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, criou o distrito de São Lourenço, integrante do Município de Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas).

Por Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, aquele distrito foi transferido para o Município de Pouso Alto, de cujo distrito adquiriu parte do território.

A emancipação de São Lourenço resultou do Decreto estadual n.° 7.562, de 1.° de abril de 1927. confirmado pela Lei estadual n.° 987, de 20 de setembro do mesmo ano. Entretanto, na divisão administrativa de 1933 figura ainda como distrito do Município de Pouso Alto, embora com autonomia administrativa e a indicação de ser sede da Prefeitura de São Lourenço.

Desde o Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938, o Município aparece com um só distrito.

Fonte: IBGE
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SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DESÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO


População 2013:  66.900
Área da unidade territorial (Km²): 814,925
Densidade demográfica (hab/Km²): 79,74

Histórico
Os primeiros moradores procederam de Jacuí. Entre eles, veio a família Antunes Maciel, que se estabeleceu com atividades rurais. Em uma das propriedades foi doado, em 1821, terreno para a construção da Capela de São Sebastião, em torno da qual se desenvolveu o povoado. O lugar se tornou pouso obrigatório para os viajantes em trânsito para São Paulo, Jacuí e outros povoados sul mineiros.

Em 1855 foi criada a Freguesia e, três anos depois, o Curato de São Sebastião do Paraíso.

O intercâmbio comercial intensificou-se. As notícias da excelência das terras atraíram agricultores e pecuaristas, gerando grande surto de desenvolvimento, consubstanciado pela elevação a Vila e a Cidade, em 1870 e 1873, respectivamente.

Os naturais de São Sebastião do Paraíso são conhecidos como paraisenses.

Gentílico: paraisense

Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de São Sebastião do Paraíso, pela lei provincial nº 714, de 18-05-1855, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891.

Elevado à categoria vila com denominação de São Sebastião do Paraíso, pela lei provincial nº 1641, de 13-09-1870. Sede na povoação de São Sebastião do Paraíso ex-Vila de Jacuí. Constituído do distrito sede. Instalada em 12-09-1871.

Pela lei provincial nº 2087, de 24-12-1874, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Espírito Santo do Prata e anexado ao município de São Sebastião do Paraíso.

Pela lei provincial nº 3042, de 23-10-1882, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Peixotos e anexado ao município de São Sebastião do Paraíso.

Pela lei estadual nº 54, de 06-05-1890, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Tomaz de Aquino e anexado ao município de São Sebastião do Paraíso.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 4 distritos: São Sebastião do Paraíso, Espírito Santo do Prata, Peixotos e São Tomaz de Aquino.

Pela lei estadual nº 622, de18-09-1914, o distrito de Peixotos passou a denominar­se Goianases.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 4 distritos: São Sebastião do Paraíso, São Tomaz de Aquino, Goianases ex-Peixoto e Espírito Santo do Prata.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município de São Sebastião do Paraíso o distrito de São Tomaz de Aquino. Elevado à categoria de município e ainda sob a mesma lei são criados os distritos de Guardinha ex-povoado com território desmembrado do distrito sede São Sebastião do Paraíso e Capetinga ex­povoado com território desmembradado do distrito de Goianases. Ambos anexado ao município de São Sebastião do Paraíso.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: São Sebastião do Paraíso, Capetinga, Espírito Santo do Prata, Guardinha e Gioanases.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII­1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de São Sebastião do Paraíso os distritos de Capetinga e Goianases, para formar o novo município de Capetinga e ainda sob a mesma lei o distrito de Espírito Santo da Prata passou a denominar-se Pratápolis.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: São Sebastião do Paraíso, Guardinha e Pratápolis ex-Espírito Santo do Prata.

Pelo decreto-lei estadual nº 1055, de 31-12-1943, desmembra do município de São Sebastião do Paraíso o distrito de Pratápolis. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: São Sebastião do Paraíso e Guardinha.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE
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