O Parque Nacional do Jaú é a quarta maior reserva florestal do Brasil e o terceiro maior parque do mundo em floresta tropical úmida intacta. Localiza-se na Floresta Amazônica, abrangendo os municípios de Novo Airão e Barcelos, no estado do Amazonas, Brasil. Possui uma área de 2.377.889,00 (ha) (23.377 km2). O perímetro do parque é de 1.213.791 metros (1.213 km) de extensão. É administrado pelo ICMBio.
Objetivos específicos do parque
Preservar os ecossistemas naturais englobados contra quaisquer alterações que os desvirtuem, destinando-se a fins científicos, culturais, educativos e recreativos.
Atrativos
Conta com a exuberância da Floresta Amazônica e toda sua biodiversidade de flora e fauna. O parque é ótimo para a prática de caminhada e canoagem e, claro, para contemplação das suas belezas naturais. Há fluxo de visitas ao rio Carabinani.
A riqueza da Floresta Tropical e o maior lago amazônico, o Amaná, são os chamativos do parque. O local é representado por um maciço de vegetação, sendo composto por Floresta Densa Tropical ou Florestas Abertas. Uma curiosidade: no parque existe aproximadamente um jacaré por quilômetro, em todos os habitats.
O período ideal para visitas é entre julho e novembro. O clima é constantemente úmido devido às florestas tropicais, mas a época mais chuvosa compreende os meses de dezembro e abril.
A partir de Manaus, pode-se viajar por de lancha ou barco pelo Rio Negro até Novo Airão, o que leva de 6 a 18 horas. Em Novo Airão, deve-se alugar outro barco e seguir pelo Rio Jaú até a área do Parque. Por via terrestre, deve-se ir através da estrada Manacapuru/Novo Airão. O parque fica aberto das 7h às 18h. O valor do ingresso é de R$ 3,00.
Pode-se procurar hospedagem em Novo Airão, ao sul do parque, e em Barcelos, ao norte. Dentro do parque existe centro de visitantes e alojamento para pesquisadores, com atracadouro de barcos e dois alojamentos flutuantes.
Antecedentes legais
A criação do Parque foi proposta pelo IBAMA, com apoio dos estudos realizados pelo INPA (Instituto de Pesquisa da Amazônia), considerando a área valiosa para preservação de recursos genéticos.
O Parque foi criado em 24 de setembro de 1980. Em 2000, o parque foi inscrito pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial.
Aspectos culturais e históricos
A região do Parque foi o primeiro polo de colonização na Amazônia por indígenas, marcado por batalhas pela posse do território. Por outro lado tem-se relatos de achados de cerâmica e pretoglifos escritos em pedra.
A bacia do rio Jaú, que banha o parque, recebeu o nome graças a um dos maiores peixes brasileiros. A palavra Jaú, que vem do Tupi, também acabou nomeando o maior parque nacional do Brasil, que ainda é o maior do mundo em floresta tropical úmida e intacta.
Uma das peculiaridades mais extraordinárias do Parque Nacional do Jaú é o fato de ser esta a única Unidade de Conservação do Brasil que protege totalmente a bacia de um rio extenso e volumoso: a do rio Jaú, de aproximadamente 450 km. Dessa forma, preserva-se o ecossistema de águas pretas.
Aspectos físicos e biológicos Clima
Clima constantemente úmido (florestas tropicais). A temperatura média anual varia em torno de 26 C° e 26,7 C°, com máximas de 31,4 e 31,7C° e as mínimas entre 22 C° e 23 C° (DMPM, 1992). O período chuvoso compreende os meses de dezembro e abril e menos chuvoso entre julho e setembro. Fenômeno climático é o Blowdown (queda de vento) 100 km/ hora.
Relevo
Situado no planalto rebaixado da Amazônia Ocidental, tem relevo aplainado e altitudes em torno de 100 metros. Assenta-se sobre interflúvios tabulares, geralmente separados por vales periódica ou permanentemente alagados. Acompanhando os leitos dos rios ocorrem aluviões do quaternário, formados por areias, siltes e argilas.
Vegetação
Na vegetação há a predominância de floresta ombrófila densa, onde são freqüentes os grupos de castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa), angelim-rajado (Pithecelobium racemosum), quaruba (Vochysia maxima), sucupiras (Diplotropis spp), ucuubas (Virola spp), breus (Protim spp) e maçaranduba (Manilkara huberi). É também freqüente na área um cipó que fornece água de excelente qualidade: o Daliocarpus rolandri.
Em plano mais elevado, a nordeste do Parque, encontra-se uma porção de floresta densa submontana, onde os arbustos mais representativos são o amapá-doce (Parahancornia amapa), mangarana (Microphalis guianensis), sorva (Couma guianensis) e jarana (planta) (Holopyxidium jarana).
Ao longo das planícies aluviais dos rios Carabinani e Jaú, periodicamente inundadas, ocorrem os agrupamentos de palmeiras, como as paxiúbas (Iriartea spp), açaí (Euterpe oleraceae) e jauaris (Astrocaryon spp). E em áreas aluviais mais antigas, raramente atingidas por inundações, ocorre a floresta aberta aluvial, também com forte predominância de palmeiras, como o buriti e caranãs (Mauritia spp).
Fauna
Típicos da fauna equatorial, são encontrados no Parque mamíferos de hábitos crepusculares e noturnos, como as já raras ou ameaçadas onça-pintada (Panthera onca), suçuarana ou onça-parda (Puma concolor), além de felinos menores, como a jaguatirica (Leopardus pardalis), jaguarundi (Herpailurus yagouaroudi) e gato-do-mato (Leopardus sp).
Há também o peixe-boi (Trichechus inunguis), a ariranha ou lontra gigante (Pteronura brasiliensis), botos (Inia sp, Sotalia sp), guariba-vermelho (Alouata seniculus), macaco-da-noite (Aotus trivirgatus), macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus) e anta (Tapirus terrestris).
Entre os peixes, encontra-se o pirarucu (Arapaima gigas), tucunaré (Cichla sp) e tambaquis (Colossoma spp).
Há uma grande variedade de répteis: jabutis (Geochelone spp), jacaré-açu (Melanosuchus niger), sucuri (Eunectes murinus) e tartarugas. Entre as aves, há garças, araras, papagaios e bacuraus, entre outras.
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