56.800 ha.
Bioma
Cerrado e Floresta Estacional.
Unidade de Proteção Integral
Esta unidade tem como objetivo proteger o patrimônio geológico e arqueológico, amostras representativas de Cerrado, Floresta Estacional e demais formas de vegetação natural existentes, ecótonos e encraves entre estas formações, a fauna, as paisagens, os recursos hídricos, e os demais atributos bióticos e abióticos da região.
O Parque foi criado na intenção de proteger o patrimônio natural da região. A unidade não está aberta à visitação.
Localização
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
56.649,00 (ha)
ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS Antecedentes Legais
O Parque foi criado na intensão de proteger o patrimônio natural da região.
Aspectos Culturais e Históricos
ASPECTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS Clima
Vegetação
O acesso é feito pela rodovia Montes Claros/Januária; chegando-se a Januária, segue-se por 45 Km, através da MG-135, até o povoado de Fabião I, onde fica localizado o posto de fiscalização do IBAMA. Deste povoado, segue-se por mais 2 Km, em estrada de terra, até adentrar o vale do Rio Peruaçu. A cidade mais próxima da unidade é Januária que fica a uma distância de 600 Km da capital.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
Proteger o patrimônio geológico e arqueológico, amostras representativas de Cerrado, Floresta Estacional e demais formas de vegetação natural existentes, ecótonos e encraves entre estas formações, a fauna, as paisagens, os recursos hídricos, e os demais atributos bióticos e abióticos da região.
ÁREA DA UNIDADE56.649,00 (ha)
ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS Antecedentes Legais
O Parque foi criado na intensão de proteger o patrimônio natural da região.
Aspectos Culturais e Históricos
A região do Parque era anteriormente denominada Fazenda Retiro/Morro do Angú. Há registro da presença humana no vale de aproximadamente 11.000 anos atrás. Pesquisadores da UFMG já encontraram vários esqueletos humanos nesta região.
ASPECTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS Clima
APRESENTA CLIMA TROPICAL SEMI-ÁRIDO, COM TEMPERATURA MÉDIA ANUAL DE 24ºC. ENTRE OUTUBRO E ABRIL OCORREM AS MAIORES PRECIPITAÇÕES.
Vegetação
DESTACAM-SE NA VEGETAÇÃO A AROEIRA-DO-SERTÃO, A BRAÚNA, O PAU-SANTO, A CABIÚNA-DO-CERRADO, O MURICI, O JATOBÁ, O PEQUIZEIRO E MUITAS OUTRAS.
Fauna
NA FAUNA DESTAQUE PARA AS AVES - MAIS DE 250 ESPÉCIES SÃO ENCONTRADAS NA REGIÃO DO PARQUE -, ENTRE ELAS A MARITACA, A SERIEMA, A MARIA-PRETA, O ARAPAÇU E O BEIJA-FLOR-DE-ASA-DE-SABRE. VEADO-MATEIRO, JAGUATIRICA, MOCÓ, MICO-ESTRELA, TATU, CAPIVARA, LOBO-GUARÁ E LAGARTO TEIÚ SÃO OUTROS REPRESENTANTES DA FAUNA LOCAL.
Nas profundezas do semi-árido mineiro, um pequeno e desconhecido vale preserva fendas, cavernas e verdadeiros jardins emoldurados por rochas. Esta descrição é apenas o primeiro passo para desvendar o mistério das centenas de cavernas contidas no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. A unidade foi criada em 1999 com uma área de 56.800 ha e tem como principal objetivo proteger este valioso patrimônio geológico e arqueológico existente nesta região. O parque está situado à cerca de 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de Minas Gerais e seus acessos são fáceis, estradas pavimentadas e em boas condições chegam até a sua sede.A origem do Peruaçu começou milhões de anos atrás, época em que parte do Brasil estava submersa pelas águas de um mar interior e que com a elevação do nível da Terra fez secar esta água. Este processo deixou inteiros grandes maciços de calcário que hoje abrigam milhares de cavernas espalhadas por várias regiões do país. Por aqui o Rio Peruaçu, um dos afluentes do Rio São Francisco, teve seu curso natural fechado por um desses maciços e com o tempo a ação erosiva das águas foi esculpindo o calcário, em busca de uma saída. Este trabalho milenar resultou neste conjunto deslumbrante de cavernas, muitas ainda virgens e que tem atraído uma legião de espeleólogos sempre em busca de grutas ainda não catalogadas. Roberto Barrio, espeléologo do Grupo Bambuí, diz que o Vale do Peruaçu é riquíssimo em formações e tem dezenas de cavernas ainda desconhecidas. Para Barrio a abertura das cavernas para visitação pública deve ser feita com muito cuidado para que os visitantes não danifiquem os espeleotemas que levaram milhões de anos para se formarem.
O Vale do Peruaçu é mesmo um conjunto de contrastes, nas regiões altas, onde a incidência de sol e calor é intensa, arbustos secos espinhudos dividem espaços com as `barrigudas`, árvore típica desta região. À medida que se desce pelo vale em direção ao rio, o aspecto de sertão vai se transformando em florestas de árvores imponentes e frondosas. Nos caminhos que partem da sede, no pequeno povoado de Fabião I, já é possível perceber que as rochas dominam a paisagem, em alguns trechos da estrada a passagem foi aberta entre enormes rochedos e veículos maiores passam beirando as paredes.
Apesar da grande área do parque, as principais cavernas se concentram nos 17 km dentro do vale do Peruaçu, onde o entra e sai do rio por entre as rochas vai definindo cavernas. Logo no início deste trecho, a Caverna do Rezar já mostra que para conhecer a região é preciso caminhar duro. Uma enorme subida, bastante íngreme, termina nas bordas de um arco, uma espécie de altar onde moradores antigos subiam para rezar e pagar promessas. Algumas inscrições rupestres também ornamentam as paredes da rocha. Dentro da caverna, toda hostilidade deste tipo de ambiente já é visível, alguns esqueletos de aves que entraram pela gruta e não encontraram a saída acabaram virando alimento de aranhas e outros insetos.
Mais adiante na estrada está a sede de uma antiga fazenda, é de lá que partem as trilhas dos principais atrativos do parque. A casa da sede futuramente será reformada para se tornar um centro de apoio aos guias e visitantes. Para os funcionários do parque, o local será o ponto de partida dos roteiros e funcionará também como controle de acesso de visitantes. Seguindo por uma trilha de 30 minutos você vai perceber a magnitude do vale e vai sentir que as dimensões dos arcos e cavernas impressionam até experientes espeleólogos. Aqui é o início da Gruta do Janelão, uma seqüência de arcos majestosos, intercalados por clarabóias que fornecem luminosidade e incide nas paredes ressaltando os relevos das formações calcárias. Nestes interiores, as matas e jardins permanecem o ano todo verdejantes, quebrando a aridez da paisagem.
Caminhando pelo interior do Janelão, nas margens do Rio Peruaçu, pegadas de esperança, o cachorro-vinagre, espécie considerada extinta no Estado e Minas tem circulado no interior da caverna. Para Lílian, analista ambiental da unidade, esta tem sido uma grande preocupação, pois a visitação pública pode causar um grande impacto no ambiente, comprometendo de vez a vida da espécie. Já no último estágio da parte ainda com luz da caverna, uma formação vinda do teto chama a atenção dos visitantes, uma estalactite com 28 metros de altura, conhecida como `Perna de Bailarina` é considerada uma das maiores do Brasil.
Outras grutas são imperdíveis, `Caboclo` tem belas pinturas na entrada, a `Bonita` tem o maior número de espeleotemas, `Índios` um grande salão vermelho, agora para observar pinturas rupestres à parede de `Desenhos` é impressionante, um imenso painel com riqueza de cores, traços e detalhes. Para os mais preparados, a longa travessia do Arco do André vai te transportar para o passado, uma espécie de túnel do tempo, cruzando rios, escalando rochas caídas, trechos ainda perigosos e selvagens onde às vezes é preciso desvendar o caminho. Algumas lendas ainda rondam as mentes de moradores locais, uma delas se refere a serpentes gigantescas escondidas entre as rochas das cavernas. Lendas que habitam o imaginário e faz do Peruaçu um cenário ainda mais intrigante e sinistro.
Muita coisa ainda precisa ser feita nas Cavernas do Peruaçu para receber visitantes, uma boa notícia é a parceria feita com a montadora FIAT, que tem grande parte de sua produção de veículos em terras mineiras, e como forma de compensação ambiental pretende colocar recursos que vão ajudar na implantação da infra-estrutura necessária para que o parque possa ser aberto oficialmente à visitação pública, um anseio antigo da população local. Atualmente a visita só é feita mediante autorização prévia da chefia da unidade e com guia local. Muitas trilhas ainda são traiçoeiras e precisam ser adaptadas para receber um fluxo constante de turistas e não oferecer riscos.
O Vale do Peruaçu é mesmo um conjunto de contrastes, nas regiões altas, onde a incidência de sol e calor é intensa, arbustos secos espinhudos dividem espaços com as `barrigudas`, árvore típica desta região. À medida que se desce pelo vale em direção ao rio, o aspecto de sertão vai se transformando em florestas de árvores imponentes e frondosas. Nos caminhos que partem da sede, no pequeno povoado de Fabião I, já é possível perceber que as rochas dominam a paisagem, em alguns trechos da estrada a passagem foi aberta entre enormes rochedos e veículos maiores passam beirando as paredes.
Apesar da grande área do parque, as principais cavernas se concentram nos 17 km dentro do vale do Peruaçu, onde o entra e sai do rio por entre as rochas vai definindo cavernas. Logo no início deste trecho, a Caverna do Rezar já mostra que para conhecer a região é preciso caminhar duro. Uma enorme subida, bastante íngreme, termina nas bordas de um arco, uma espécie de altar onde moradores antigos subiam para rezar e pagar promessas. Algumas inscrições rupestres também ornamentam as paredes da rocha. Dentro da caverna, toda hostilidade deste tipo de ambiente já é visível, alguns esqueletos de aves que entraram pela gruta e não encontraram a saída acabaram virando alimento de aranhas e outros insetos.
Mais adiante na estrada está a sede de uma antiga fazenda, é de lá que partem as trilhas dos principais atrativos do parque. A casa da sede futuramente será reformada para se tornar um centro de apoio aos guias e visitantes. Para os funcionários do parque, o local será o ponto de partida dos roteiros e funcionará também como controle de acesso de visitantes. Seguindo por uma trilha de 30 minutos você vai perceber a magnitude do vale e vai sentir que as dimensões dos arcos e cavernas impressionam até experientes espeleólogos. Aqui é o início da Gruta do Janelão, uma seqüência de arcos majestosos, intercalados por clarabóias que fornecem luminosidade e incide nas paredes ressaltando os relevos das formações calcárias. Nestes interiores, as matas e jardins permanecem o ano todo verdejantes, quebrando a aridez da paisagem.
Caminhando pelo interior do Janelão, nas margens do Rio Peruaçu, pegadas de esperança, o cachorro-vinagre, espécie considerada extinta no Estado e Minas tem circulado no interior da caverna. Para Lílian, analista ambiental da unidade, esta tem sido uma grande preocupação, pois a visitação pública pode causar um grande impacto no ambiente, comprometendo de vez a vida da espécie. Já no último estágio da parte ainda com luz da caverna, uma formação vinda do teto chama a atenção dos visitantes, uma estalactite com 28 metros de altura, conhecida como `Perna de Bailarina` é considerada uma das maiores do Brasil.
Outras grutas são imperdíveis, `Caboclo` tem belas pinturas na entrada, a `Bonita` tem o maior número de espeleotemas, `Índios` um grande salão vermelho, agora para observar pinturas rupestres à parede de `Desenhos` é impressionante, um imenso painel com riqueza de cores, traços e detalhes. Para os mais preparados, a longa travessia do Arco do André vai te transportar para o passado, uma espécie de túnel do tempo, cruzando rios, escalando rochas caídas, trechos ainda perigosos e selvagens onde às vezes é preciso desvendar o caminho. Algumas lendas ainda rondam as mentes de moradores locais, uma delas se refere a serpentes gigantescas escondidas entre as rochas das cavernas. Lendas que habitam o imaginário e faz do Peruaçu um cenário ainda mais intrigante e sinistro.
Muita coisa ainda precisa ser feita nas Cavernas do Peruaçu para receber visitantes, uma boa notícia é a parceria feita com a montadora FIAT, que tem grande parte de sua produção de veículos em terras mineiras, e como forma de compensação ambiental pretende colocar recursos que vão ajudar na implantação da infra-estrutura necessária para que o parque possa ser aberto oficialmente à visitação pública, um anseio antigo da população local. Atualmente a visita só é feita mediante autorização prévia da chefia da unidade e com guia local. Muitas trilhas ainda são traiçoeiras e precisam ser adaptadas para receber um fluxo constante de turistas e não oferecer riscos.
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