Natureza e história compõem o
cenário de uma das mais importantes áreas protegidas pelo Estado. O
Parque Estadual da Ilha Anchieta, localizado no município de Ubatuba, é
administrado pelo Instituto Florestal, órgão da secretaria do Meio
Ambiente de São Paulo.
Em
1908, foi inaugurada a Colônia Correcional do Porto das Almas. Em 1928,
entra em funcionamento o presídio político da Ilha dos Porcos, em 1952
ocorreu a rebelião e foi desativado em 1955. Em 1977, foi criado o
Parque Estadual da Ilha Anchieta, que conta com uma área de 1.000
hectares, cobertos pela Mata Atlântica. Abriga ruínas de um antigo
presídio estadual e lindas praias selvagens.
Nesse
local é proibida a pesca de qualquer tipo. A Ilha está à 600 metros do
continente. Permite ainda caminhada por uma trilha que dá acesso a vista
exuberante de praias da Ilha. Há placas indicativas relacionadas à
natureza local.
O presídio projetado por Ramos de Azevedo, começou a funcionar como Colônia Correcional do Porto das Palmas, a partir de 1907 e se transformou em presídio político entre 1930 e 1933, quando houve o primeiro motim.
Funcionou como presídio para presos comuns até ser extinto por Jânio Quadros 1955. Em junho de 1952 ocorreu a maior rebelião da época. Cerca de 400 presos dominaram os guardas, mataram soldados e funcionários e fugiram. Muitos foram recapturados, mas a revolta determinou o fim do presídio.
Atualmente a parte frontal do presídio, reformada, abriga a administração do Parque, sala de exposição, auditório, ambulatório e sanitário, público. As antigas celas, hoje em ruínas têm acesso restrito e já possuem projeto de recuperação para a implantação de atividades culturais e educativas.
Com uma área de 828 hectares, a ilha abriga a rica fauna da Mata Atlântica onde vivem animais como capivaras, pacas, macacos-prego, saguis, quatis, gambás, lagartos, preguiças, tatus e cotias. Levantamentos científicos constataram a presença de 50 espécies de aves, entre as quais: sabiá, juriti, tangará, tiésangue, colerinha, saíra, bem-te vi, atobá, gaivota e beija-flor.
Nas águas cristalinas que cercam a ilha são encontrados cardumes de tainhas, robalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores e tartarugas marinhas, protegidos por um polígono de interdição de pesca de qualquer modalidade.
No Parque Estadual é proibido acampar, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha, colher mudas, cortar plantas, levar animais domésticos e abrir caminho pela mata.
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