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BAHÍA - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DA BAHÍA

GEOGRAFIA – Área: 564.692,7 km². Relevo: planície no litoral, depressão a norte e a oeste e planície no centro. Ponto mais elevado: serra do Barbado (2.033,3 m). Rios principais: Carinhanha, de Contas, Grande, Itapecuru, Jequitinhonha, Pardo, Paraguaçu, São Francisco. Vegetação: floresta tropical, mangues litorâneos, caatinga e cerrado. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Salvador (3.020.000), Feira de Santana (575.170), Vitória da Conquista (315.600), Ilhéus (260.200), Itabuna (230.500), Juazeiro (212.000), Camaçari (202.300), Jequié (161.400), Alagoinhas (148.800), Lauro de Freitas (142.200) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: baiano.

POPULAÇÃO – 14.200.000 (est. 2012).

CAPITAL – Salvador. Habitante: soteropolitano. População: 3.020.000 (est. 2012).

Na Bahia (BA) reside o maior número relativo de negros e mulatos do Brasil, e a cultura africana tem grande influência na música, na culinária e no sincretismo religioso, celebrado nas festas de Nosso Senhor do Bonfim e de Iemanjá. A culinária é a mais mestiça do país. A moqueca de peixe à baiana é um exemplo: o peixe é preparado com o dendê, originário da África, e a cebola, que veio da Ásia, com base em uma técnica portuguesa. Vatapá, abará, mungunzá (conhecido como canjica no Sudeste) e acarajé são outros símbolos da cozinha local. A música e os ritmos baianos atraem visitantes do mundo todo, especialmente durante o Carnaval, o maior do país. O estado tem a mais extensa faixa litorânea do Brasil, e os turistas se espalham por suas praias famosas, como as do Forte, Itaparica, Morro de São Paulo, Ilhéus, Comandatuba, Porto Seguro, Arraial d’Ajuda, Trancoso, Alcobaça, Caravelas e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, que reúne a maior variedade de corais do país.

Economia – De perfil predominantemente agrícola no passado, a Bahia abriga importante indústria petroquímica: um quarto de suas exportações é de petróleo e derivados. O turismo é outro segmento que cresce. Em 2000 é inaugurado o maior complexo hoteleiro do país, 60 quilômetros ao norte de Salvador: a Costa do Sauípe. Em Ilhéus cresce o pólo de informática. Disputando com outros estados uma acirrada guerra fiscal, os incentivos baianos atraem multinacionais em 2000 e 2001, como a montadora Ford, que alavanca a exportação de automóveis, e a empresa Monsanto, que instala na Bahia sua maior fábrica de herbicidas fora do território norte-americano. Os incentivos governamentais beneficiam também cerca de 15 mil agricultores do sul do estado, que voltam a investir no cacau, cultura seriamente prejudicada pela praga vassoura-de-bruxa. Surgida em 1989, a praga faz cair as safras de 300 mil toneladas na época para pouco mais de 110 mil toneladas em 2004. A queda leva 250 mil pessoas ao desemprego. Em 2001, uma área de 50 mil hectares recebe mudas clonadas e modificadas para resistir à vassoura-de-bruxa. A meta é renovar os 300 mil hectares de lavoura em cinco anos. Os primeiros resultados começam a aparecer em 2003. Entre os principais produtos agrícolas estão a mandioca e o milho, mas novas fronteiras se abrem no oeste baiano, onde se destaca a produção de laranja, banana, tomate, fibras e mamona. A produção de cana-de-açúcar e soja também aumenta nos últimos anos. Na pecuária, a criação de caprinos adapta-se às condições do clima semi-árido e traz bom retorno econômico. O estado tem o maior rebanho de cabras do país e o segundo de carneiros e ovelhas. A Bahia abriga a única mina de urânio em atividade no Brasil. Localizada entre os municípios de Caetité e Lagoa Real, no sul do estado, a mina possui reservas estimadas em 100 mil toneladas e produz 400 toneladas por ano. Entretanto, sua segurança começa a ser questionada: a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) exige a correção de falhas para que não haja riscos à população e ao meio ambiente.

Índices sociais – Em todo o estado, 40,4% dos domicílios não têm rede de esgoto. O índice de mortalidade infantil é de 23,7 mortes por mil crianças nascidas vivas. Na educação, a taxa de analfabetismo é de 13,7% entre os habitantes com 15 anos ou mais. Um quarto da população vive com até um salário mínimo, enquanto menos de 1% dos baianos recebe mais de 20 salários mínimos.

Salvador
Capital – Salvador, a capital do estado e a primeira do Brasil, tem arquitetura marcada pelas construções do período colonial. São igrejas, fortes, palácios e os casarões do Pelourinho, considerado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

História
A Bahia é a primeira das capitanias hereditárias a ser retomada pela Coroa portuguesa e transformada em capitania real. Em 1549, o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, constrói a cidade de São Salvador, na Baía de Todos os Santos, para ser a capital da colônia. Além de sede política e administrativa, funciona como pólo de desenvolvimento econômico de toda a região, centralizando grande parte das exportações de açúcar, tabaco e algodão no século XVI e no XVII, de ouro e diamante no XVIII e do tráfico de escravos até meados do século XIX. Em 1763, com cerca de 60 mil habitantes, Salvador perde a condição de capital para o Rio de Janeiro. O declínio econômico da cidade e de todo o Recôncavo Baiano gera forte sentimento anticolonialista. Em 1798, a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, que conta com representantes das camadas populares e médias, propõe a independência da colônia e uma sociedade baseada nos ideais da Revolução Francesa.

No século XIX, a província da Bahia sofre com a decadência da economia canavieira. Surgem depois novas áreas de prosperidade econômica, baseadas em monoculturas, como a zona cacaueira no sul do estado. Mas o empobrecimento é geral. Nos sertões do norte e do oeste, ao longo da bacia do São Francisco, a agropecuária de subsistência garante a sobrevivência da população, submetida ao poder das oligarquias e à influência de líderes messiânicos, como Antônio Conselheiro, fundador do arraial de Canudos. O arraial, visto pelo governo como ameaça à República e à ordem social, é destruído por tropas federais em 1897, após o envio de quatro expedições e de intensos combates. Antônio Conselheiro morre em conseqüência do jejum a que se entregara durante o conflito. Exumado dias depois, tem a cabeça decepada. O estado, como os demais da região, permanece à margem do poder durante a República Velha. Em 1912 sofre intervenção do governo federal, e Salvador é bombardeada. O ataque é uma represália ao apoio dado pelo governo baiano à oligarquia paulista, contrária ao governo do marechal Hermes da Fonseca. Em 1930, novamente a Bahia apóia os interesses da oligarquia paulista. Nesse ano, integra com Vital Soares a chapa encabeçada por Júlio Prestes na eleição presidencial. A chapa ganha nas urnas, mas perde para o movimento tenentista na Revolução de Outubro, que põe fim à República Velha.

Modernização do estado – O processo de modernização, a partir dos anos 1950, é marcado pela descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano e pelo início de sua exploração, pela construção da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso (1954) e pela abertura da rodovia Rio-Bahia (1957). Na década seguinte, o estado passa a receber recursos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), destinados, sobretudo, à ampliação da agricultura irrigada na bacia do São Francisco. Nos anos 1970, incentivos fiscais favorecem a implantação do Pólo Industrial de Aratu e do Pólo Petroquímico de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, que se consolida como o maior centro industrial do Nordeste.
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