GEOGRAFIA – Área: 340.086,7 km². Relevo: planalto, chapadas e serras na maior parte e depressão a norte. Ponto mais elevado: chapada dos Veadeiros (1.691 m). Rios principais: Aporé, Araguaia, Claro, Corumbá, dos Bois, Paranã, Paranaíba, Maranhão, São Marcos. Vegetação: cerrado com faixas de floresta tropical. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Goiânia (1.320.400), Aparecida de Goiânia (462.400), Anápolis (361.900), Luziânia (198.130), Águas Lindas de Goiás (165.500), Rio Verde (150.200), Valparaíso de Goiás (128.030), Trindade (109.010), Planaltina (99.910), Novo Gama (95.690) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: goiano.
POPULAÇÃO – 5.845.245 (est. 2012).
CAPITAL – Goiânia. Habitante: goianiense. População: 1.320.400 (est. 2012).
Goiás (GO) é o mais central dos estados brasileiros e o mais populoso do Centro-Oeste. Tem relevo marcado por amplos planaltos e chapadões, e a vegetação predominante é o cerrado. Sua fauna e flora permanecem razoavelmente resguardadas. No extremo nordeste do estado, o Distrito Espeleológico de São Domingos revela os maiores conjuntos de cavernas da América do Sul, como a de São Mateus, com 20,5 mil metros de extensão. Nas imediações fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com cânions, vales, saltos e cachoeiras.
Goiânia |
Economia – Com extensas áreas de pastagem e de plantação, Goiás apresenta enorme concentração de terra. As grandes propriedades rurais (com mais de mil hectares) representam menos de 5% dos estabelecimentos agrários, mas ocupam quase metade do território goiano. Com a economia baseada na agroindústria, Goiás é o quarto maior produtor de soja e milho do país e o segundo de algodão. A produção de carne e grãos impulsiona as exportações goianas. As vendas para o mercado externo saltam de 649,1 milhões de reais em 2003 para 9,1 bilhões de reais em 2011. Conciliar a expansão da agroindústria com a preservação do cerrado é um dos principais desafios do estado. Em 1995 a indústria respondia por 26% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás. Em 2011, o índice atinge 36,6%. Esse crescimento se deve, além da expansão da agroindústria, à diversificação. Por meio de incentivos fiscais e formação de clusters (aglomerações de empresas do mesmo ramo para benefício mútuo), Goiás tem atraído investimentos em metalurgia, mineração e nos setores automobilístico, químico e farmacêutico, o que vem mudando seu perfil econômico.
Índices sociais – Goiás tem a menor renda per capita do Centro-Oeste e o mais baixo índice de alfabetização da região. A rede de esgoto alcança pouco mais de um terço dos domicílios. Mas a mortalidade infantil é de 15,7 por mil nascidos vivos, inferior à taxa do estado de Minas Gerais, no Sudeste. Goiânia, a capital, concentra 1 milhão de habitantes e as principais indústrias de transformação do estado. Anápolis, onde há um pólo farmacêutico, é a mais importante cidade do interior.
História
As primeiras notícias da região vêm de expedições enviadas ao interior da colônia e das andanças dos bandeirantes no século XVI. Nos primeiros anos do século XVII, as bandeiras paulistas eram escassas e bem espaçadas. Elas se tornam mais freqüentes a partir de 1650 e atingem o auge no início do século seguinte. Essas bandeiras capturavam índios para abastecer o mercado de trabalho colonial, mas seu principal objetivo era a descoberta de ouro e de pedras preciosas.
A Guerra dos Emboabas afasta os paulistas de Minas Gerais e os lança à procura de ouro no interior de Goiás. Eles partem de São Paulo rumo ao noroeste pelas trilhas dos índios, o caminho dos goiases. O ouro é encontrado com fartura em rios, córregos e encostas de Goiás e Mato Grosso por volta de 1720. O bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, o segundo Anhangüera, funda o primeiro povoado goiano, o Arraial da Barra, na confluência dos rios Vermelho e Bugre. Nas décadas seguintes, milhares de aventureiros, mineradores e comerciantes são atraídos para as lavras. Os arraiais transformam-se em vilas, e Goiás torna-se capitania independente em 1748. O nome da sede, antes Vila Boa, muda para Goiás, tradicionalmente chamada de Goiás Velho. No fim do século XVIII, a capitania responde por cerca de 20% da produção de ouro da colônia, o que representa uma média anual de 500 arrobas (entre 6 e 7,5 toneladas). Com o esgotamento das jazidas, no início do século XIX, a economia goiana volta-se para a agropecuária de subsistência.
Investimentos – No fim do século XIX, o estado volta a receber migrantes de outras regiões. Entre 1890 e 1920, a população dobra e ultrapassa meio milhão de habitantes. A agropecuária amplia-se, principalmente com a criação de gado e com as plantações de arroz e café. A Revolução de 1930 provoca importantes transformações no estado, como a construção da cidade planejada de Goiânia, que em 1942 passa a ser a capital. A construção de Brasília, em 1960, em um quadrilátero cedido por Goiás ao Distrito Federal, contribui para o desenvolvimento da região, que recebe mais investimentos em infra-estrutura. O estado torna-se grande produtor nacional de cana-de-açúcar, soja, algodão, arroz, carne e leite. Em 1988, Goiás é dividido, e sua porção norte passa a constituir o estado do Tocantins. O objetivo é estimular o desenvolvimento na Região Norte, onde estão as maiores carências sociais e as principais disputas pela posse de terras provocadas pela concentração da propriedade fundiária.
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