Localização Geográfica: região Nordeste
Limites geográficos: Pernambuco (Norte e Noroeste); Sergipe (Sul); Bahia (Sudoeste); e o oceano Atlântico (Leste).
Área: 27.767,661 km²
Fronteiras com os seguintes estados: Pernambuco, Bahia e Sergipe.
Clima: tropical (costa) e semi-árido (interior).
Relevo: planícei litorânea, planalto (norte) e depressão (centro).
Vegetação: mangues litorâneos, floresta tropical, e caatiga (semi-árido)
Praias principais: praia do Gunga, praia de Pajuçara e Praia dos Sete Coqueiros, Guaxuma, Ipioca, Ponta Verde, Pontal da Barra, praia de Cruz das Almas.
Ponto mais alto: Serra Santa Cruz (844 metros)
Cidades mais populosas: Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios e Rio Largo.
Principais recursos naturais: petróleo, gás natural e sal-gema.
Principais rios: Ipanema, Moxotó Mundaú, Paraíba do Meio e São Francisco.
Principais problemas ambientais: Poluição do ar na capital (Maceió), erosão do solo, poluição de rios e córregos.
O nome Alagoas é derivado dos numerosos lagos que se comunicam uns com os outros e também com os diversos rios que banham a região.
Localizado na Região Nordeste do Brasil, ocupa uma área de 27 mil km2, limitado ao norte e noroeste com o Pernambuco, ao sul com o Sergipe, a sudoeste com a Bahia e a leste com o Oceano Atlântico.
Divide-se em três regiões naturais:
- o Litoral arenoso com suas praias cobertas de coqueirais e numerosas lagoas costeiras;
- a Zona da Mata, estreita faixa paralela à anterior, coberta pela Mata Atlântica no passado e hoje transformada em zona agrícola;
- e o Agreste, região caracterizada por altitudes maiores, que chegam a alcançar 600 metros no planalto da Borborema em sua porção norte.
O clima é tropical, com temperatura média anual de 24º C, chuvas abundantes na faixa do litoral atlântico e mais escassas no interior, onde se caracteriza como semi-árido. Quase todos os rios da bacia hidrográfica do Estado nascem no planalto da Borborema e correm para o rio São Francisco, ou diretamente para o oceano Atlântico. Entre os principais, se destacam o Mundaú e o Paraíba do Meio.
O meio de transporte mais utilizado no Estado é o rodoviário. Existem 13 mil km de rodovias. A rede ferroviária é mais utilizada para o transporte de cargas do que de passageiros.
O Estado de Alagoas tem população de 2.604.049 habitantes, com densidade populacional de 93,22 habitantes por km2. As pessoas na faixa etária de 0 a 14 anos representam 40,3 % do total da população; os habitantes na faixa etária de 15 a 59 anos respondem por 53,3% do total e aqueles de 60 anos ou mais representam apenas 6,4% da população. Um total de 58,3% da população vive nas zonas urbanas, enquanto 41,7% encontram-se na zona rural. A população de mulheres corresponde a 51,2% do total de habitantes e os homens somam 48,8%. O índice de mortalidade do Estado é de 6,2 por mil habitantes e a taxa de mortalidade infantil é de aproximadamente 66 óbitos antes de completar um ano de vida, para cada mil crianças nascidas vivas.
O Estado de Alagoas está dividido em 100 municípios e sua cidade mais importante é Maceió, a capital. Destacam-se ainda com importância secundária, as cidades de Arapiraca, que tem 165 mil habitantes; Palmeira dos Índios, com 77 mil habitantes; União dos Palmares, com 57 mil habitantes; e Rio Largo, com população de 54 mil habitantes.
O índice de alfabetismo em Alagoas é de 74,8%.
Maceió - Capital do Estado de Alagoas, a cidade de Maceió ocupa área de 508 km2 na região litorânea, entre a lagoa de Mundaú e o oceano Atlântico. Sua população é de 669 mil habitantes. As mulheres representam 52,91%, enquanto os homens respondem por 47,09% da população. A cidade está ligada pela rodovia BR-101 a todas as cidades da costa atlântica brasileira, sendo que as capitais de estados mais próximas, as cidades de Recife e Aracaju, estão a 285 km e 305 km de distância, respectivamente. O município se desenvolveu a partir do século XVIII, principalmente em função das plantações de cana-de-açúcar. Em 1815, recebeu o status de vila e em 1839 tornou-se a capital do Estado.
A economia do município de Maceió baseia-se na atividade industrial, no comércio e no turismo. Além das praias, destacam-se entre os principais pontos de atração turística da cidade, a Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres, construída em 1840, o Teatro Deodoro e o Mercado Municipal, local onde podem ser encontrados artigos artesanais típicos da região. O Museu do Instituto Histórico constitui-se também uma das atrações da cidade, juntamente com o Palácio Floriano Peixoto, sede do Governo estadual, e do Museu Pierre Chalita, que é a Galeria de Arte do Estado. Nos arredores da cidade encontram-se algumas das mais lindas praias do litoral nordestino brasileiro. Em alguns locais as praias formam lagos a cerca de 2 km do litoral, oferecendo oportunidades para banhos de mar relaxantes e passeios de jangadas, o meio de transporte utilizado para se chegar aos lagos. Nas proximidades das lagoas de Mundaú e Manguaba, na parte oeste da cidade, há vilas de pescadores, entre as quais encontram-se centenas de canais navegáveis, onde são encontrados moluscos e crustáceos em grande quantidade. Na porção sul da cidade existem as praias da Avenida, a praia Sobral, as praias do Trapiche, do Pontal da Barra, todas com acesso a lagoas, além da praia do Francês, com uma pequena vila de pescadores, que recebeu este nome por causa dos inúmeros barcos franceses que ali aportaram para contrabandear madeira no século XVI.
Economia - As principais atividades econômicas no Estado de Alagoas relacionam-se à indústria, à agricultura, à pecuária e à extração de petróleo. Entre os principais produtos agrícolas cultivados no Estado encontram-se o abacaxi, o coco, a cana-de-açúcar, o feijão, o fumo, a mandioca, o arroz e o milho. Na pecuária, destacam-se as criações de eqüinos, bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. Existem também no Estado, reservas minerais de sal-gema, gás natural, além do petróleo já mencionado. A atividade industrial tem como sub-setores predominantes o químico, a produção de açúcar e álcool, de cimento e o processamento de alimentos.
Formação Histórica - A região foi invadida por franceses no século XVI, sendo retomada pelos portugueses em 1535, sob o comando de Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, que organizou duas expedições e percorreu a área fundando alguns vilarejos, como o de Penedo. Incentivou a plantação de cana-de-açúcar e a formação de engenhos. Os holandeses, em 1630, invadiram Pernambuco e ocuparam a região de Alagoas até 1645, quando os portugueses reconquistaram o controle da região. Alagoas é elevada à condição de comarca em 1706, primeiro passo para o alcance de sua autonomia. Em 1730 a comarca possuía cerca de 50 engenhos, 10 freguesias e razoável prosperidade. A emancipação política ocorreu em 1817, quando foi elevada à condição de capitania. Em 11 de junho de 1891, a Primeira Constituição do Estado foi assinada, em meio a graves agitações políticas, que assinalaram o início da vida republicana.
Palmares - Aconteceu em Alagoas em 1630, a maior revolta de escravos ocorrida no País, onde se organizou o famoso Quilombo dos Palmares, uma confederação de quilombos organizada sob a direção de Zumbi, o chefe guerreiro dos escravos revoltosos. Palmares chegou a ter população de 30 mil habitantes, distribuídos em várias aldeias, onde plantavam milho, feijão, mandioca, batata-doce, banana e cana-de-açúcar. Também criavam galinhas e suínos, conseguindo extrair um excedente de sua produção, que era negociado nos povoados vizinhos. A fartura de alimentos em Palmares foi um dos fatores fundamentais para a sua resistência aos ataques dos militares e brancos em geral, durante 65 anos. Foi destruído em 1694. Em 1695, Zumbi fugiu e foi morto, acabando assim o sonho de liberdade daqueles ex-escravos, que só viriam a conhecer a sua libertação oficial em 1888.
Marechal Deodoro - Local de nascimento do Marechal Deodoro da Fonseca, que em 1889 proclamou a República e se tornou o primeiro presidente do Brasil. Localizada a 21 km do sudoeste de Maceió, nas margens da lagoa Manguaba, a cidade de Marechal Deodoro foi a antiga capital de Alagoas. Preserva alguns monumentos e prédios dos séculos XVII e XVIII, como o Largo do Pelourinho, com o Oratório da Forca, onde os condenados faziam suas últimas orações; o convento de São Francisco, construído entre 1684 e 1689, que se tornou o Museu de Arte Sacra de Alagoas; a igreja de Nossa Senhora da Conceição, construção com fachada barroca de 1755; a Igreja do Senhor do Bonfim, datada do século XVII; e algumas igrejas em ruínas também do século XVII, como a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, o convento das Carmelitas e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.Outra atração da cidade é a casa em estilo colonial onde nasceu Deodoro da Fonseca, hoje um museu.
Na direção norte de Maceió existem também praias muito procuradas por turistas, como a praia Pajuçara, onde jangadas levam visitantes para passeios pelas lagoas formadas por recifes de coral e bancos de areia que surgem quando a maré está baixa. Algumas jangadas foram convertidas em bares que servem bebidas e comidas típicas. Anexas à praia de Pajuçara encontram-se as praias de Sete Coqueiros e Ponta Verde. A 6 km de Maceió, a praia Jatiúca é o paraíso dos surfistas e pescadores. No local há pousadas para turistas e hotéis de luxo. Mais distante um pouco, 14 km ao norte, encontram-se as praias da Garça-Torta e Pratagi, onde existe uma colônia de pescadores e mangues repletos de plantas aquáticas que alimentam o peixe-boi, mamífero que pode pesar até 600 kg e está atualmente em perigo de extinção.
Porto Calvo - Localizado 105 km a nordeste de Maceió, o lugarejo surgiu durante a invasão holandesa do século XVII e nele se encontram construções coloniais da época, como as ruínas da igreja de Nossa Senhora da Apresentação, datada de 1630. Ali se encontra a fonte batismal de Domingos Calabar, o soldado brasileiro que passou para o lado dos holandeses durante o período da ocupação, no século XVII.
Indígenas - A região onde hoje se encontra o Estado de Alagoas foi, no passado, terra de índios valentes e guerreiros, que resistiram bravamente às incursões dos primeiros colonizadores que tentavam escravizá-los. Atualmente, a população indígena no Estado é de 6 mil habitantes, distribuídos em oito grupos, que ocupam área de 18.804 hectares. Destas áreas, três já estão definitivamente demarcadas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), responsável pela questão indígena no País.
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