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ALVORADA DO OESTE - RONDÔNIA


Alvorada d'Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia. Localiza-se a uma latitude 11º20'29" sul e a uma longitude 62º17'11" oeste, estando a uma altitude de 224 metros. Sua população estimada em 2011 era de 17.215 habitantes. Possui uma área de 2.982 km².

História
Alvorada do Oeste nasceu no ano de 1978, época em que era denominada de Linha 52, devido a sua localização na BR-429. Surgiu da necessidade de assentamento das famílias vindas principalmente da região Sul do país. Em 1979, a região pertencia à área rural do Distrito de Presidente Médici, município de Ji-Paraná. Quando uns grupos de moradores reuniram-se com o objetivo de planejarem a formação de um povoado. A primeira iniciativa deste grupo ocorreu no dia 20 de abril de 1979, nesse dia decidiram pela construção de uma escola, para atender 20 crianças. A escola foi construída na propriedade de Antônio dos Santos, quilômetro 47,5 da então linha topográfica aberta pela empresa de topográfica Basevi (hoje BR 429) hoje distante a 4,5 km do centro de Alvorada D’Oeste. No início do mês de julho de 1979, João Távora Filho vai à subprefeitura e convida o administrador do Distrito de Presidente Médici Antonio Geraldo da Silva (Toninho) a conhecer o local, onde eles pretendiam fundar um povoado. Antônio Geraldo admirou-se da corajosa iniciativa de João Távora e de seus amigos em fundar um povoado no meio da floresta então aceitou o convite de conhecer a região. Após ter feito a visita o administrador do distrito de Presidente Médice, promete levar a proposta para os seus superiores. No dia 10 de agosto deu início a roçada da área onde iriam formar as primeiras quadras. Naquele mesmo ano deu-se início ao a roçada que irão formar as primeiras quadras da cidade. Neste mesmo ano, o INCRA, efetuou a entrega dos primeiros lotes na região e delimitou uma área de 80 hectares, destinados para o espaço da cidade, que hoje devido à necessidade de expansão soma 120 hectares.

A cidade ficou na condição de Sub-Distrito do Município de Ji-Paraná até o ano de 1981, depois passando a ser Distrito de Presidente Médici, e exatamente em 20 de maio de 1986 teve sua emancipação Política e Administrativa. Sua instalação foi firmada em 01 de Janeiro de 1989 com o nome Alvorada do Oeste. Hoje, o Município conta com uma população residente estimada em 16.864 habitantes, sendo que 11.286 residem na área rural e 8.546 na área urbana. Podemos considerar que atualmente temos uma população estabilizada. Nossos habitantes são proprietários de terras, comerciantes e funcionários públicos de todas as esferas. Os setores agrícolas e pecuários são à base de sustentação econômica do município. O agrícola produzindo todos os gêneros alimentícios de primeira necessidade, arroz, feijão, milho, além da destacada produção de café. O setor pecuário atualmente tem o gado leiteiro com um rebanho estimado em 125.887 cabeças de gado leiteiro e 108.894 cabeças de corte. A Cidade esta localizada ao leste do Estado de Rondônia, distante da capital Porto Velho 438km, fazendo limites com os municípios: São Miguel, Urupá, Presidente Médice, Mirante da Serra e Nova Brasilândia, com uma área territorial de 3 029,190km².

Referências:
Wikipédia
www.alvoradadooeste.ro.gov.br
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A URBANIZAÇÃO NO BRASIL

Centro de São Paulo

Assim como ocorre no resto do mundo, onde cada vez mais pessoas moram em cidades, a taxa de urbanização brasileira tem crescido ano a ano. Atualmente, de cada 100 brasileiros, 81 residem em áreas urbanas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só entre os anos 1991 e 2010, as cidades brasileiras ganharam nada menos que 48 milhões de habitantes. O crescimento populacional natural, a expansão das áreas urbanas e a migração de pessoas vindas do campo são as causas desse fenômeno. Entre as regiões brasileiras, o Sudeste é a que apresenta o maior índice de urbanização: 92%.

Urbano versus rural – A taxa de urbanização não é um dado absoluto, pois depende do critério que se utiliza para diferenciar o urbano do rural – e há muita controvérsia nesse assunto. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, considera como núcleos urbanos aqueles com densidade demográfica igual ou maior do que 150 habitantes por quilômetro quadrado. O critério da densidade demográfica é usado pela maioria das nações, mas cada uma estabelece os próprios parâmetros. Com isso, o que um país define como população urbana poderia ser classificado por outro como população rural. Já o Brasil considera núcleo urbano toda sede de município (cidade) e de distrito (vila), independentemente do tamanho de sua população e de sua área. Trata-se de um critério antigo, estabelecido por lei de 1938, que gera divergência entre os estatísticos brasileiros. Para chegar à taxa de urbanização de 81%, apurada no Censo Demográfico de 2010, o IBGE considerou urbanos os municípios com mais de 5 mil habitantes. Há quem defenda, no entanto, que só poderiam ser considerados urbanos os municípios com mais de 20 mil habitantes, o que reduziria a taxa de urbanização do país para 63%. Esse, aliás, é o índice encontrado pelo estudo Caracterização e Tendências da Rede Urbana do Brasil, realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), em parceria com a Universidade de Campinas, e pelo próprio IBGE, em 1999.

Evolução da urbanização – Em 1940, ano do primeiro censo brasileiro que diferenciou a população urbana da rural, um terço dos habitantes do país estava nas cidades. Na década seguinte, o grau de urbanização começa a crescer acentuadamente na Região Sudeste. Nos anos 1970, o mesmo passa a ocorrer nas demais regiões. A expansão da indústria nos grandes centros traz trabalhadores das áreas rurais, atraídos pela perspectiva de melhores salários e condições de vida, acesso à educação e à saúde. Para ter uma idéia de quanto a geração de emprego está ligada à migração, a Região Sudeste teve a maior entrada de migrantes nos anos 1970, quando concentrava 80% da atividade industrial do país. Na mesma época, só a capital de São Paulo recebeu aproximadamente 3 milhões de migrantes.

Na década de 1980, a população urbana já superava a rural em todas as regiões do país. Nessa época, verificou-se no Brasil o maior êxodo populacional da humanidade: 40 milhões de pessoas, o equivalente a um terço da população brasileira, haviam migrado do campo para a cidade, de um município para outro ou de uma região do país para outra. A partir de 1996, todos os estados têm a maior parte da população em áreas urbanas. O último a fazer a transição é o Maranhão, que até o Censo de 1991 apresentava a maior parte da população em áreas rurais.

Nos anos seguintes, o processo de urbanização começa a diminuir. A diversificação da economia no interior tende a evitar a migração de suas populações. Atualmente, setores como indústria, prestação de serviços, construção civil, comércio e atividades sociais estão em crescimento nas áreas rurais e já chegam a garantir rendimento mensal até maior que o da cidade.

Regiões metropolitanas – Com a expansão dos grandes centros, suas fronteiras com os municípios vizinhos se confundem. Chamado de conurbação, esse fenômeno se inicia em 1980 e prossegue por toda a década de 1990. Em São Paulo, por exemplo, a conurbação ocorre especialmente ao longo de suas principais estradas, caso da rodovia Ayrton Senna e da Presidente Dutra, em direção a São José dos Campos; Bandeirantes e Anhangüera, rumo a Campinas; e Castelo Branco, na direção de Sorocaba. A tendência acompanha o fortalecimento do parque industrial nesses pólos, chamado "periferização" da indústria paulista.

A conurbação fez surgir em vários pontos do país as regiões metropolitanas (RMs), áreas densamente povoadas e constituídas por diversos municípios, que, apesar de administrativamente independentes, formam uma mesma comunidade socioeconômica. Atualmente, o Brasil possui 25 regiões metropolitanas reconhecidas por lei: São Paulo, Baixada Santista e Campinas (SP); Belo Horizonte e Vale do Aço (MG); Rio de Janeiro (RJ); Vitória (ES); Florianópolis, Vale do Itajaí, Foz do Itajaí, Região Carbonífera, Tubarão e Norte/Nordeste Catarinense (SC); Curitiba, Londrina e Maringá (PR); Porto Alegre (RS); Belém (PA); Fortaleza (CE): Goiânia (GO); São Luís (MA); Maceió (AL); Recife (PE); Salvador (BA); e Natal (RN). A região do Distrito Federal e entorno inclui-se nesse grupo, embora não seja legalmente reconhecida como RM. Em 2004, essas 26 localidades concentram 34% da população brasileira e 84% da população urbana do país, segundo o Ministério das Cidades

Regiões de exclusão – No passado, as regiões metropolitanas se formaram e prosperaram graças à expansão econômica de seus centros urbanos, o que gerou oportunidades de emprego e atraiu grandes levas de migrantes. O rápido crescimento dessas áreas não foi acompanhado de investimentos em infra-estrutura, o que deixou grande parte da população mal atendida nas áreas de habitação, saneamento, transporte, saúde e em outras facilidades públicas. Para agravar a situação, o tímido crescimento da economia brasileira e a diminuição dos postos de trabalho nas duas últimas décadas fizeram surgir nas RMs uma legião de desempregados. Entre 1980 e 2000, a queda do número de empregos formais (com carteira assinada) chegou a 27% no Rio de Janeiro, 20% em Porto Alegre e 18% em Belém. Em São Paulo, no Recife, em Fortaleza e em Salvador, o índice gira em torno de 10%. Os dados são do Atlas da Exclusão Social no Brasil, estudo divulgado em 2003 por especialistas de universidades paulistas.

A diminuição do número de empregos faz aumentar o índice de empobrecimento e de favelização da população. Uma pesquisa do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets) sobre a região metropolitana de São Paulo – a quarta maior do mundo, com 18 milhões de habitantes – ilustra isso. Segundo o Iets, no decorrer da década de 1990, a renda per capita dos 20% mais pobres da região encolheu em 26%, chegando a menos de 54 reais por mês. Essa enorme queda de rendimentos aumentou o número de favelas, que incharam em 23% nesse mesmo período. Na virada do milênio, quase 10% da população da RM de São Paulo morava em habitações inadequadas (favelas, cortiços e loteamentos irregulares).

A somatória de desemprego, empobrecimento e favelização tornou as regiões metropolitanas brasileiras lugares mais violentos. Entre 1980 e 2010, segundo o Atlas da Exclusão Social no Brasil, o número de homicídios por 100 mil habitantes aumentou sensivelmente nessas regiões. Nas RMs de São Paulo, de Porto Alegre e do Recife, os homicídios cresceram acima de 280%. Na de Salvador, o índice é alarmante: 460%. Hoje, as RMs são locais em que riqueza e pobreza convivem muito intimamente, criando tensões e um novo tipo de exclusão social, caracterizado sobretudo por dificuldade de acesso ao emprego, baixa renda e alta exposição à violência.

Todos esses fatores contribuem para que o governo federal concentre nas regiões metropolitanas metade das verbas para habitação e saneamento em 2010 e 2011. Um plano de ação do Ministério das Cidades elege as RMs de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Distrito Federal, além da cidade de Manaus, prioridades do investimento federal nos próximos 20 anos. Nessas localidades, que concentram 82% dos domicílios subnormais do país, há um déficit habitacional de mais de 2 milhões de casas.

Capitais – No geral, a população das capitais tem aumentado mais lentamente que a do interior. Segundo as últimas projeções de crescimento populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de expansão das capitais entre 2000 e 2011 varia de 1,2% a 2,3% em média. Nos estados da Região Norte estão os maiores índices (média de 3,5%), com destaque para Palmas (TO), que cresce 8% no período. Na Região Sul, a exceção é Florianópolis, com 3%. Os menores índices são os do Rio de Janeiro e São Paulo, com menos de 1%.

Cidades médias – A violência, o alto custo de vida, a falta de infra-estrutura e os grandes investimentos necessários para iniciar qualquer empreendimento nas maiores cidades do país contribuem para o crescimento de algumas cidades médias do interior. Isso fez surgir novos centros regionais e aglomerações urbanas. As cidades médias, entre 100 mil e 500 mil habitantes, foram as que registraram o maior crescimento absoluto nos anos 1990. Juntas, abrigam 58 milhões de brasileiros em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Projeto de lei para as regiões metropolitanas
A complexidade das regiões metropolitanas e de seus problemas leva o governo federal a propor um modelo de gestão diferenciado para essas áreas. Em 2004 é encaminhado ao Congresso Nacional um projeto para a criação de consórcios intermunicipais – uma alternativa jurídica que permite às prefeituras que integram uma RM trabalhar em conjunto na solução de problemas comuns. Com isso, investimentos em saneamento e transporte, por exemplo, podem ser compartilhados com os municípios.

Mesmo sem uma legislação que facilite a integração intermunicipal em consórcios, já existem exemplos desse tipo de administração. Sete municípios paulistas do chamado ABC – Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá – definiram um Plano Regional Estratégico. A atuação em conjunto permitiu a realização de projetos para o benefício de toda a população. Hospitais regionais, piscinões de combate a enchentes, um aterro sanitário e até uma universidade estão entre as principais realizações do consórcio.
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RONDÔNIA - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA

GEOGRAFIA – Área: 237.576,2 km². Relevo: planície a oeste, depressões e pequenos planaltos a norte, planalto a sudeste. Ponto mais elevado: serra dos Pacaás (1.126 m). Rios principais: Guaporé, Jaci-Paraná, Ji-Paraná, Madeira, Mamoré. Vegetação: floresta Amazônica e cerrado a oeste. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Porto Velho (468.800), Ji-Paraná (122.400), Ariquemes (92.900), Cacoal (86.420), Vilhena (76.700), Jaru (56.200), Rolim de Moura (52.900), Buritis (39.600), Guajará-Mirim (42.570), Ouro Preto do Oeste (41.750) (2012). Hora local: -1h. Habitante: rondoniano.

POPULAÇÃO – 1.682.700 (est. 2012).

CAPITAL – Porto Velho. Habitante: porto-velhense. População: 468.800 (est. 2012).

Localizado na Região Norte, Rondônia (RO) tem dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica. Os pontos mais altos do estado são a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26 °C. Entre 1991 e 2000, o crescimento demográfico médio é de 2,2% ao ano. Rondônia é o terceiro estado mais populoso da região, com 1,56 milhão de habitantes, atrás do Amazonas e do Pará.

Turismo – O estado tem grande potencial turístico, ainda pouco explorado. Para incentivar o setor, o governo cria uma zona de livre-comércio em Guajará-Mirim, município localizado na fronteira com a Bolívia, a 333 quilômetros da capital, Porto Velho. Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos importados, entre os quais os eletroeletrônicos. Com 1,7 mil quilômetros de extensão, o rio Madeira, o maior afluente da margem direita do rio Amazonas, corta Porto Velho. Os turistas podem deslizar por suas águas e navegar no meio da floresta Amazônica, admirando árvores centenárias e bandos de aves coloridas ou se aventurando por trechos de corredeiras.

Economia – Rondônia é o segundo maior produtor de cassiterita do país, atrás do Amazonas. A maior parte do minério é retirada do garimpo de Bom Futuro, em Ariquemes.As maiores empresas do estado atuam nos setores de comércio, energia e telefonia, produção de alimentos e bebidas, mineração, metalurgia e criação de gado.

A construção do porto graneleiro de Porto Velho, em 1995, a abertura da hidrovia do rio Madeira, em 1997, e a construção das Usinas do Madeira a partir de 2010 facilitam o escoamento da produção de Rondônia e impulsiona a economia do estado. A soja é o principal item transportado. Com aproximadamente 1,1 mil quilômetros, a hidrovia liga a capital ao porto de Itacoatiara, próximo a Manaus, no Amazonas. O comércio com outros estados se baseia na venda de produtos agrícolas e minerais e na compra de máquinas, veículos e farinha de trigo. A abertura de novas fronteiras agrícolas contribui para que o estado apresente o segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, atrás apenas de Mato Grosso. Os principais produtos agrícolas rondonianos são cacau, café, arroz, feijão, soja e milho. A madeira é o mais importante item de exportação do estado, mas calcula-se que os dados referentes a sua produção sejam subestimados. No biênio 2001-2002, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autoriza o desmatamento de 12,2 mil hectares em Rondônia, mas imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a área desmatada no período foi de 246,5 mil hectares. Em 2002, a produção de madeira atinge 2,1 milhões de metros cúbicos, quase quatro vezes mais que no ano anterior. Para conter o desflorestamento, é criado, em 2001, na fronteira com a Bolívia, o primeiro corredor ecológico binacional. Com financiamento inicial do Banco Mundial, o corredor terá área de 23 milhões de hectares – quase o tamanho do estado de São Paulo. Além de preservar sub-bacias hidrográficas da bacia Amazônica, deve ajudar a proteger espécies animais e vegetais endêmicas.

Porto Velho
Massacre de garimpeiros – A morte de 29 garimpeiros pelos índios cintas-largas, em abril de 2004, traz à tona o problema da disputa pelos diamantes na reserva indígena Roosevelt. A região de 2,7 milhões de hectares pode abrigar uma das maiores jazidas do mundo, o que atrai a cobiça de empresas e de indivíduos. Como a extração de diamantes em áreas indígenas é ilegal, a reserva Roosevelt, dos cintas-largas, é alvo de intensa ação de contrabandistas. Os conflitos entre garimpeiros e índios na região causam pelo menos 60 mortes nos últimos seis anos. No massacre de 2004, dez cintas-largas são indiciados por assassinato.

Índices sociais – A mortalidade infantil é de 16,2 a cada mil nascidos vivos, abaixo da média nacional. Cerca de 60% dos domicílios não têm água encanada em 2011, 68% não são dotados de sistema de esgoto e 32% não contam com coleta de lixo. O trabalho escravo é outro grave problema.

Capital – Maior cidade do estado, com 465,9 mil habitantes, Porto Velho é o principal pólo comercial de Rondônia. A capital serve de centro também aos municípios do sul do Amazonas, mais próximos de Porto Velho que de Manaus.

História
Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer a região que equivale ao atual estado de Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse por aquelas terras. Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só prosperam no fim do século XIX, com o surto da exploração da borracha. É com o estabelecimento definitivo do antigo Território do Acre, em 1903, que Rondônia se desenvolve, pois o Tratado de Petrópolis obriga o Brasil a construir a ferrovia Madeira-Mamoré. A rede telegráfica estabelecida pelo marechal Cândido Rondon é outro importante impulso à integração da região. Em 1943 é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, com o desmembramento de parte de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da área. Em 1956, o território passa a se chamar Rondônia. Até a década de 1960, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará. O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir dos anos 1960 e 1970. Os incentivos fiscais aos empreendimentos privados e os investimentos do governo federal, bem como os projetos de construção de rodovias e de implantação de núcleos de colonização, estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita contribui para o aumento populacional. Entre a década de 1960 e a de 1980, o número de habitantes cresce mais de sete vezes, passando de 70 mil para 500 mil. Rondônia é elevado à condição de estado em 1981, mas a redução de investimentos, o esgotamento prematuro das melhores terras para a agropecuária e a devastação florestal dificultam seu desenvolvimento econômico e causam sérios problemas sociais e ambientais.
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RIO GRANDE DO SUL- GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA – Área: 281.748,5 km². Relevo: planície litorânea com restinga e areia, planaltos a oeste e a nordeste e depressão no centro. Ponto mais elevado: serra Geral (1.398 m). Rios principais: Camaquã, dos Sinos, Ibicuí, Ijuí, Jacuí, Jaguarão, Pelotas, Quaraí, Taquari, Uruguai. Vegetação: campos (campanha gaúcha) ao sul e a oeste, floresta tropical a leste, mata de araucária a norte, restingas litorâneas. Clima: subtropical. Municípios mais populosos: Porto Alegre (1.698.300), Caxias do Sul (420.260), Pelotas (388.500), Canoas (351.900), Santa Maria (282.980), Gravataí (269.100), Novo Hamburgo (266.850), Viamão (262.400), São Leopoldo (218.700), Alvorada (214.400) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: gaúcho.

POPULAÇÃO – 11.216.000 (est. 2012).

CAPITAL – Porto Alegre. Habitante: porto-alegrense. População: 1.698.300 (est. 2012).

No maior e mais populoso estado da Região Sul está um dos pontos extremos do país, o arroio Chuí. O clima do Rio Grande do Sul (RS) é subtropical, e o relevo apresenta planícies litorâneas, planaltos a oeste e nordeste e depressões no centro. O estado tem vegetação de campos (os Pampas Gaúchos), floresta tropical, matas de araucárias e restingas no litoral. Os principais colonizadores são os imigrantes italianos, que se fixam principalmente na região serrana, no nordeste do estado, e os alemães, que ocupam sobretudo a região do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre. Os portugueses, entre os quais os açorianos, permanecem no litoral.Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos Pampas, na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre essas tradições destacam-se o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, compostos de bombachas (calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho e lenço no pescoço.

Porto Alegre
Turismo – Na Serra Gaúcha, onde o inverno é rigoroso, erguem-se cidades com características européias, como Gramado e Canela. Na região de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, o maior centro produtor de vinho do Brasil, a atração é a culinária italiana. A noroeste do estado, na região das Missões, os municípios de São Borja e São Miguel preservam ruínas das povoações jesuítas do século XVII, consideradas patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Na divisa com o estado de Santa Catarina, no Parque Nacional de Aparados da Serra, o principal ponto turístico é o cânion do Itaimbezinho, formação rochosa com cerca de 5,8 quilômetros de extensão, 2 quilômetros de largura e profundidade que chega a 720 metros.

Economia – Apoiado na produção de couro, o estado é o maior fabricante de calçados do país. O Rio Grande do Sul produz também fumo, petroquímicos, madeira e derivados. Importa petróleo, nafta e fertilizantes. A economia gaúcha é bastante desenvolvida, com destaque para o setor industrial, cujo crescimento em 2003 só é inferior ao do Espírito Santo. Esse bom desempenho é puxado pelos ramos petroquímico, de máquinas e implementos agrícolas, de fertilizantes, de construção, de produção de cigarros e alimentício. Ganha força também a indústria automobilística, com a instalação da fábrica da General Motors do Brasil em Gravataí, na Grande Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de grãos, atrás apenas do Paraná, com expressiva colheita de soja, milho, trigo e arroz. Quase 90% de toda a soja transgênica produzida no país sai do estado. Com respaldo do governo federal, que vem autorizando o plantio de sementes geneticamente modificadas, o Rio Grande do Sul destina 2,59 milhões de hectares ao plantio de soja transgênica. Estima-se que cerca de 80% da produção gaúcha seja transgênica ou esteja contaminada pelo grão modificado. O estado possui um dos maiores rebanhos bovinos do país e é a segunda maior criação de aves.

Índices sociais – O Rio Grande do Sul registra o menor índice de mortalidade infantil do país, com 6,4 mortes por mil nascidos vivos. Os investimentos em educação e saúde fazem com que a qualidade de vida seja uma das melhores do Brasil. O estado apresenta o quarto mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, depois do Distrito Federal, de Santa Catarina e de São Paulo.

Capital – A região da Grande Porto Alegre é o principal centro de compras e serviços do Rio Grande do Sul. A capital é conhecida como uma das cidades mais arborizadas do país. Uma de suas atrações tradicionais é o pôr-do-sol no rio Guaíba.

História
A região do atual estado do Rio Grande do Sul não fazia parte dos domínios coloniais portugueses assinalados pelo Tratado de Tordesilhas. Mas, com a importância estratégica da área do rio da Prata, o território logo atrai a atenção dos colonizadores. Durante a União Ibérica entre Espanha e Portugal (1580/1640), a expansão territorial é facilitada, levando os primeiros sertanistas e criadores de gado à região. Depois é a vez dos bandeirantes paulistas, interessados na captura dos índios guaranis aldeados nas missões do Paraná e do Paraguai pelos padres jesuítas. Em fuga, eles deslocam as aldeias para o sul, ao longo do rio Uruguai.

A metrópole estimula a imigração de famílias açorianas para a recém-criada capitania de São Pedro do Rio Grande. O primeiro povoamento é a base militar criada em 1737 na embocadura da lagoa dos Patos, embrião da cidade portuária de Rio Grande. Dez anos mais tarde é fundada a vila de Porto dos Casais, atual Porto Alegre. Esse desenvolvimento dificulta a definição da fronteira e a separação entre os domínios de Portugal e as terras da Espanha, que só é acertada no Tratado de Madri, de 1750. Os índios não aceitam abandonar as terras das missões, passando do lado brasileiro para o argentino do rio Uruguai, o que deflagra a Guerra Guaranítica.

Revoltas – Vencida a resistência dos índios guaranis, as fazendas de gado espalham-se pelo território gaúcho. O Rio Grande do Sul participa das lutas da independência, mas tem seu crescimento barrado pelo centralismo do Império, o que causa conflitos que culminam com a Revolta dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Posteriormente, o estado envolve-se também na Guerra do Paraguai (1865/1870).

Nos primeiros anos da República, os gaúchos mergulham na violenta Revolta Federalista (1893/1895), que instaura uma guerra civil entre republicanos e federalistas. Os revolucionários propõem uma confederação com outras repúblicas, daí sua união com o internacionalista Giuseppe Garibaldi, um dos responsáveis pela unificação italiana. Garibaldi chega a fundar, com o general David Canabarro, a efêmera República Juliana, em Santa Catarina.

Período republicano – Durante a República, o estado continua a receber grande número de imigrantes estrangeiros, principalmente italianos e alemães, num intenso movimento que se havia iniciado ainda durante o Império, na década de 1870 e na de 1880. Com os empreendimentos familiares dos imigrantes, a atividade industrial prospera principalmente em Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Caxias do Sul, sobretudo nos setores de alimentos, tecidos, móveis, calçados, ferramentas e utensílios domésticos. Nas lutas políticas da República Velha, destacam-se Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, representantes das oligarquias gaúchas. O estado participa decisivamente da Revolução de 1930, sob a liderança de Getúlio Vargas, que põe fim à República Velha. Na década de 1970, a indústria começa a se diversificar, com investimentos nos setores químico e metal-mecânico e empreendimentos de grande porte, como o pólo portuário e industrial da cidade de Rio Grande e o pólo petroquímico de Triunfo, próximo a Porto Alegre. Com uma economia equilibrada entre a indústria e a agropecuária e sem grandes desequilíbrios sociais, o Rio Grande do Sul se mantém entre os estados com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
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RIO GRANDE DO NORTE - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

GEOGRAFIA – Área: 52.796,8 km². Relevo: planície litorânea, com depressão na maior parte e planaltos ao sul. Ponto mais elevado: serra do Coqueiro (868 m). Rios principais: Apodi, Curimataú, Jacu, Piranhas ou Açu, Potengi, Seridó, Trairi. Vegetação: mangue no litoral, faixa de floresta tropical e caatinga a oeste. Clima: tropical no litoral e a oeste e semi-árido no centro. Municípios mais populosos: Natal (802.080), Mossoró (255.910), Parnamirim (173.180), São Gonçalo do Amarante (88.060), Ceará-Mirim (71.690), Macaíba (64.740), Caicó (63.260), Açu (52.110), Currais Novos (42.880), São José de Mipibu (39.900) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: potiguar.

POPULAÇÃO – 3.154.100 (est. 2012).

CAPITAL – Natal. Habitante: natalense. População: 802.080 (est. 2012).

O nome do estado é inspirado no rio Potengi, que deságua no mar no extremo nordeste do país, na "esquina do Brasil". O litoral e a porção oeste do Rio Grande do Norte (RN) têm clima tropical, enquanto o centro é semi-árido. A vegetação apresenta áreas de mangue no litoral e de floresta tropical e caatinga no interior.

Economia – O estado contribui com apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A economia potiguar baseia-se no comércio, na indústria têxtil, na agroindústria e no turismo. A produção de camarão em cativeiro tem aumento explosivo e o estado supera o Ceará como o maior exportador brasileiro do crustáceo. A atividade provoca polêmica, porque os criadouros se concentram nos manguezais, que, por lei, devem ser intocados. A agricultura do estado é a que mais cresce a partir de 2002, apoiada na expansão da fruticultura irrigada e, principalmente, na cana-de-açúcar. Mandioca, milho, coco e melão são outras culturas importantes. Das salinas do Rio Grande do Norte são extraídos mais de 90% do sal do país. O estado é também o maior produtor nacional de petróleo em terra.

Índices sociais – A renda per capita estadual é de 11.800 reais, pouco mais da metade da média nacional. A taxa de mortalidade infantil é a quinta maior do país: 41,9 a cada mil crianças nascidas vivas. A cobertura da rede de esgoto não chega à metade dos domicílios e o analfabetismo atinge 22,7% da população.

Natal
Capital – Natal é o principal destino turístico do estado. A carne-de-sol com arroz-de-leite e os frutos do mar são os destaques de sua culinária.

História
Uma das maiores capitanias do início do período colonial, o Rio Grande do Norte é doado a João de Barros, que inicia a colonização em 1535. A tentativa fracassa diante do ataque de franceses e da resistência indígena. Somente no fim do século, os portugueses conseguem desembarcar na região, quando fundam o forte dos Reis Magos e a Vila de Natal. Com clima e solo menos favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, a região torna-se centro de criação de gado. Ganha importância também a exploração do sal. O emprego do trabalho escravo indígena provoca forte reação dos cariris, que, com outras tribos, desencadeiam a Guerra dos Bárbaros, em 1685, só encerrada nos primeiros anos do século XVIII.

Restrições econômicas – Durante o período colonial, o Rio Grande do Norte permanece uma capitania pouco povoada e pobre. Depois da independência, a província passa a comercializar produtos como o sal e a carne-de-sol. As plantações de algodão permitem que, no fim do Império, sejam instaladas as primeiras manufaturas têxteis. Durante a Intentona Comunista, em 1935, o movimento chega a dominar Natal, antes de ser reprimido. Na II Guerra Mundial, o Rio Grande do Norte cede áreas para bases militares norte-americanas. Apesar dos investimentos canalizados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a partir dos anos 1960 e do crescimento da indústria salineira, o estado registra lenta progressão econômica.
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RIO DE JANEIRO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

GEOGRAFIA – Área: 43.696,1 km². Relevo: planície litorânea com morros, lagos, várzeas e dunas e planalto a oeste. Ponto mais elevado: pico da Agulhas Negras, na serra do Itatiaia (2.791,5 m). Rios principais: Grande, Itabapoana, Macaé, Muriaé, Paraíba do Sul, Piraí, Preto. Vegetação: mangue no litoral e mata Atlântica, floresta tropical. Clima: tropical atlântico. Municípios mais populosos: Rio de Janeiro (6.710.300), São Gonçalo (1.040.200), Duque de Caxias (899.670), Nova Iguaçu (855.100), Belford Roxo (502.320), Niterói (495.400), São João de Meriti (482.630), Campos dos Goytacazes (454.700), Petrópolis (318.400), Volta Redonda (270.200) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: fluminense.

POPULAÇÃO – 15.958.750 (est. 2012).

CAPITAL – Rio de Janeiro. Habitante: carioca. População: 6.710.300 (est. 2012).

Menor estado da Região Sudeste, o Rio de Janeiro (RJ) abriga a terceira maior população do país, atrás de São Paulo e de Minas Gerais.

O turismo é uma de suas principais fontes de receita. Com o Carnaval mais famoso do mundo, a capital, Rio de Janeiro, é ponto de atração de visitantes brasileiros e estrangeiros. A atividade turística é forte também em Búzios e Cabo Frio, no litoral norte do estado. Em Angra dos Reis e Parati, no sul, há praias muito apreciadas, acessíveis apenas por barco. Nesse trecho do litoral, Ilha Grande atrai cada vez mais turistas desde a desativação, em 1994, de um antigo presídio. A ilha oferece boas áreas para mergulho e trilhas para caminhadas no meio da mata Atlântica. Na região serrana destacam-se Petrópolis e Nova Friburgo, cidades que conservam arquitetura e costumes da colonização alemã e suíça. Visconde de Mauá e Itatiaia sobressaem pelas paisagens naturais e pelo ecoturismo. Recentemente, o estado descobre a vocação turística do Vale do Paraíba, região de belas fazendas históricas da época áurea da cultura do café, no século XIX.

Meio ambiente – O ecossistema do litoral fluminense vem sofrendo danos decorrentes dos constantes vazamentos de óleo combustível. As principais fontes de lançamento irregular de óleo são indústrias, terminais de combustíveis, postos de gasolina, estaleiros e navios petroleiros. Os acidentes com a Petrobras agravam a situação. Depois do desastre de 2000, quando um duto despeja 1,2 milhão de litros de petróleo na baía de Guanabara, a plataforma P-36, que fazia extração de petróleo na bacia de Campos, explode e afunda, em um acidente que causa a morte de 11 operários, em 2001. O estado, que ocupa uma região antes dominada inteiramente pela mata Atlântica, tem apenas 19% da antiga vegetação, concentrados em pontos de difícil acesso no litoral e nas regiões mais altas .

Economia – Apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio de Janeiro vem da agricultura. A indústria é responsável por 49,6% e o comércio e os serviços, por 49,8%. Os setores industriais mais dinâmicos são o químico, o metalúrgico, o siderúrgico, o de material eletrônico, o farmacêutico e o da construção civil. A Região Sul do estado, beneficiada pela boa infra-estrutura e pela proximidade com os grandes centros, é escolhida por várias indústrias metalúrgicas e automotivas para instalação de suas fábricas. A montadora de ônibus e caminhões da Volkswagen, que funciona em Resende desde 1997, e a construção da unidade da Peugeot-Citroën, em Porto Real, município vizinho, atraem pequenas e médias empresas.A Petrobras é a maior empresa com sede no estado. A Bacia de Campos, a maior área petrolífera do país, localiza-se no Rio de Janeiro. Esse fato contribui para fazer do estado o principal produtor de petróleo e gás natural do Brasil. Metade das exportações fluminenses corresponde à comercialização de petróleo e derivados. A intenção da Petrobras de encomendar navios petroleiros e plataformas a empresas brasileiras estimula a modernização dos estaleiros da região e impulsiona a indústria naval, em dificuldades desde o fim da década de 1980. A cana-de-açúcar, apesar do declínio, é ainda a principal lavoura do estado. Crescem os investimentos na fruticultura, sobretudo abacaxi, tomate, laranja, maracujá, banana e coco.

Enriquecimento de urânio – Fica em Resende a única fábrica de enriquecimento de urânio do Brasil. Após meses de negociação, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) autoriza seu funcionamento em 2004. A polêmica surgiu porque o governo brasileiro, com o objetivo de guardar segredo tecnológico, não permitiu que os inspetores tivessem acesso visual às centrífugas. Isso gerou especulações sobre a eventual utilização do urânio para fins não pacíficos. O governo pretende atingir a auto-suficiência no enriquecimento de urânio até 2010. Atualmente, o urânio que alimenta a usina nuclear de Angra dos Reis para a geração de energia elétrica é enriquecido no Canadá e na Europa.

Índices sociais – A sangrenta disputa pelo comando do tráfico de drogas e os confrontos entre policiais e traficantes nos morros da cidade do Rio de Janeiro mancham sua imagem de cartão-postal do Brasil. Além de afetar a população local, a violência urbana provoca efeitos negativos sobre o turismo. Em 2004, uma série de crimes contra visitantes estrangeiros ganha os noticiários. O assalto a uma família de turistas uruguaios é filmado por um cinegrafista amador e tem repercussão internacional. Nos dois casos mais graves, uma turista japonesa é esfaqueada e um visitante espanhol, morto a tiro. De outro lado, o estado do Rio de Janeiro mantém a melhor média de escolaridade do Sudeste: 44,5% de sua população tem oito anos ou mais de estudo. A taxa de alfabetização é a maior do país: 94,9%. Sua renda per capita já supera a dos paulistas, ficando atrás apenas do Distrito Federal. No ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nacional, o estado detém a quinta posição. Segundo o Censo de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro é o estado menos católico do país e o de maior concentração feminina no Sudeste.

Rio de Janeiro
Capital – A cidade do Rio encanta os turistas com suas belezas naturais, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a floresta da Tijuca e as praias, entre as quais se destacam Copacabana e Ipanema. Além da paisagem natural, a cidade, que foi sede do governo durante o período colonial e capital brasileira de 1822 a 1960, abriga importante acervo histórico e arquitetônico. Há ainda uma agitada vida noturna e cultural, com muitos cinemas, teatros, bares, restaurantes e boates. Criada a partir do projeto Ciclovias Cariocas, em 1993, a rede de ciclovias da cidade já é a maior da América Latina, com 100 quilômetros construídos (mais 150 quilômetros projetados). Pedalam diariamente pelas ciclovias 2 mil pessoas, sobretudo nas zonas turísticas, ao longo das praias. Em 2001, pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) para calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital fluminense, apesar de mostrar avanços na educação, indica profundas desigualdades sociais. Enquanto os 10% mais ricos da população se apropriam de 45% da renda da cidade, os 40% mais pobres detêm menos de 9% da riqueza produzida. A desigualdade é uma das explicações para a violência e o tráfico de drogas nos morros cariocas. Cerca de 10% dos domicílios no estado localizam-se em favelas ou assemelhados, áreas onde há maior carência de serviços públicos.

História
Em razão do rentável comércio de pau-brasil, o litoral fluminense atrai colonizadores portugueses e corsários franceses ainda no século XVI. Em 1555 chega à região uma esquadra comandada pelo francês Nicolau Durand de Villegaignon, que funda a França Antártica. Os franceses resistem durante uma década às investidas das tropas portuguesas até serem derrotados por Estácio de Sá – morto em combate –, sobrinho do governador-geral Mem de Sá. Essa vitória marca a origem da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, fundada em 1º de março de 1565. Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, a povoação cresce e prospera como região portuária e comercial. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o porto do Rio de Janeiro torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saem ouro e diamante em direção à metrópole e entram escravos e produtos manufaturados. Em 1763, a importância da cidade faz com que o governo de Portugal a transforme em sede do Governo Geral, em substituição a Salvador, que entra então em acentuado processo de declínio econômico. Em 1808 chegam ao Rio a família real e a Corte, fugindo das tropas francesas que haviam invadido Portugal no ano anterior. A cidade se torna sede do governo português, o que transforma radicalmente sua vida. Após a declaração de independência, o Rio continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província da capital do Império, em 1834 o Rio de Janeiro é convertido em município neutro, e a nova capital da província do Rio de Janeiro passa a ser Niterói. O Rio de Janeiro concentra a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde força política para São Paulo e Minas Gerais.

Decadência política – O enfraquecimento econômico e político do Rio de Janeiro continua após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficia da industrialização, apesar de o estado ser escolhido para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no município de Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base no país.A cidade do Rio de Janeiro mantém-se como importante zona comercial, industrial e financeira. Mas o declínio acentua-se com a mudança da capital federal para Brasília, em 1960. Nesse ano, a cidade é transformada no estado da Guanabara, que dura apenas 14 anos. Em 1974, as duas unidades (Rio de Janeiro e Guanabara) fundem-se e voltam a constituir o atual estado do Rio de Janeiro.Com o objetivo de recuperar sua importância política e econômica, os governos militares investem pesadamente no estado: duas usinas nucleares são construídas em Angra dos Reis, além de ser implantados um pólo de indústria naval na baía de Sepetiba e um pólo petrolífero na bacia de Campos, que se torna o mais produtivo do país. O governo estadual pretende agora criar um pólo petroquímico na baía de Sepetiba.
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