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ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DA NASCENTE DO RIO VERMELHO - GOÍAS

Nascentes do Rio Vermelho
Superfície
176.159 hectares.

Bioma
Cerrado.

A região apresenta relevo classificado como Cobertura Metassedimentares do São Francisco e dos Patamares do São Francisco/ Tocantins. Na porção leste se encontra a Chapada Sedimentar da bacia do São Francisco.

A região é marcada pela presença de ambientes cársticos que compreende regiões formadas por grandes extensões de rochas solúveis, geralmente calcárias com predominância dos processos corrosivos sobre os erosivos resultando em sistemas de drenagem subterrâneos, responsáveis pela formação de grutas, abismos e cavernas. Levantamentos efetuados por espeleólogos do Ibama de Goiás, possibilitaram a identificação de 65 (sessenta e cinco) cavidades naturais subterrâneas existindo um potencial para no mínimo o dobro desta quantidade.

As formações cársticas (grutas e cavernas) apresentam grande fragilidade à ocupação humana e infelizmente algumas atividades como: minerações, turismo desordenado e atividades agropecuárias quando conduzidas de maneira inadequada, tem sido potencialmente nocivas ao ambiente cárstico, causando prejuízos irreversíveis, perdendo-se desta forma um rico patrimônio cultural e científico.

APA DA NASCENTE DO RIO VERMELHO - GO
Fonte: Ibama
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PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS VEADEIROS - GOIÁS


CHAPADA DOS VEADEIROS

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros localiza-se na Chapada dos Veadeiros, região nordeste do Estado de Goiás, no Brasil.

Nas geocoordenadas 13º51' a 14°10' de latitude Sul e 47°25' a 47°42' de longitude Oeste, cobrindo uma superfície de 65.514 ha, está compreendido dentro de uma área de cerrado de altitude que abrange vários municípios, dentre eles, São João d'Aliança, Alto Paraíso de Goiás, Colinas do Sul e Cavalcante.
Jardim de Maytrea
Jardim de Maytrea, Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, Alto Paraíso de Goiás.

O parque foi criado, em 1961, pelo então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, com o nome de Parque Nacional do Tocantins.

Foi reconhecido como Património Natural Mundial pela UNESCO em Dezembro de 2001.

Flor da Sucupira-branca (Pterodon emarginatus), no Parque Nacional de Chapada dos Veadeiros

Entre as espécies da fauna que habitam o parque, cerca de cinqüenta são classificadas como raras, endêmicas ou sob risco de extinção na área. No tocante à flora, já foram identificadas 1.476 espécies de plantas no parque, das 6.429 que existem no bioma Cerrado. Com relação às aves, das 312 espécies destacam-se a ema, o urubu-rei, e o gavião.

Cachoeira

O acesso ao parque localiza-se junto ao Povoado de São Jorge, no município de Alto Paraíso de Goiás, distando 36 km da cidade de Alto Paraíso, em estrada parcialmente asfaltada. Esse acesso é permitido apenas com o acompanhamento de guias credenciados, permitindo-se a visita aos seguintes atrativos.

Vale da Lua

É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Antes dos garimpeiros, os índios goiazes já viviam na região, mas foram dizimados pelos primeiros desbravadores que vieram em busca de ouro. Atualmente, o pacato vilarejo de São Jorge, distrito pertencente ao município de Alto Paraíso, trocou o garimpo pelo turismo de aventura e de esoterismo. A população local já começa colher os frutos deste turismo saudável e consciente, onde antigos garimpeiros foram capacitados e se transformaram em eficientes guias. Em algumas áreas é fácil observar os efeitos desta extração de cristais onde restos de quartzo de má qualidade foram deixados ao longo das trilhas como no Morro do Garimpão. Um grande passo para a preservação desta região foi à criação de uma área de proteção integral. Em janeiro de 1961, mesmo ano da fundação de Brasília, foi criado o Parque Nacional do Tocantins e ocupava uma área bem maior que a atual, teve seus limites alterados por várias vezes, por pressão de fazendeiros e políticos influentes. Depois destas reduções determinadas por decretos o parque acabou sendo renomeado como Chapada dos Veadeiros, protegendo uma área de 236.570 hectares, que correspondem a míseros 10 % da área inicial pertencentes aos municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, São João da Aliança, Teresina de Goiás e Nova Ramos.

Os principais objetivos da unidade são proteger os importantes mananciais hídricos, a infinidade de microorganismos e toda a fauna e flora pertencentes ao bioma Cerrado, além de apoiar pesquisadores e trabalhos relacionados à educação ambiental.
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ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DO PLANALTO CENTRAL - GOIÁS


Superfície
486.311 hectares.

Unidade de Uso Sustentável.
Planalto Central é a denominação habitual do grande platô que se estende pelos estados brasileiros de Goiás, Minas Gerais, parcialmente, por Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Com freqüência, o termo planalto central é também empregado para designar o espaço geográfico no qual se localiza o Distrito Federal.

A região apresenta clima Tropical Semi-úmido com temperatura média de 21ºC e precipitação anual variando de 1500 a 1750 mm.


Flora
Vegetação predominante do ecossistema Cerrado, em sua maioria o Senso Stricto, caracterizado pela enorme diversidade florística tanto no estrato arbóreo quanto no rasteiro.

São observados outras formações como as Matas de Galeria Pantanosa e não Pantanosa, Brejos, Veredas e Campo Úmido, Campo Rupestre e Campo de Murundus.

Ipê rosa

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PARQUE ESTADUAL DA SERRA DOS PIRINEUS - GOIÁS


Localização
Parque Estadual da Serra dos Pireneus - Localiza-se na divisa dos municípios de Pirenópolis e Corumbá, aproximadamente a 120 Km de Goiânia e a 160 Km de Brasília. Abriga o Pico dos Pireneus, ponto culminante do Estado, com 1.385 m de altitude.

Superfície
901 hectares.

Bioma
Cerrado.

Unidade de Proteção Integral
Possui lindos campos rupestres, além de fauna e flora ricas e diversificadas. Contando com um microclima aprazível e com extraordinárias belezas cênicas, o parque apresenta singulares atributos da natureza de Goiás.

Constitui, ainda, sítio histórico de destacada importância, por abrigar ruínas das antigas minas de ouro do Abade, que funcionaram no século dezenove. A implantação desse parque também está sendo feita com recursos oriundos da compensação financeira decorrente do aproveitamento hidrelétrico da Serra da Mesa.

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DOS PIRINEUS

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PARQUE ESTADUAL SERRA DOURADA - GOIÁS


Superfície
30.000 hectares.

O Parque Estadual Serra Dourada foi criado pelo governo do estado de Goiás através do Decreto nr. 5.768, de 5 de junho de 2003.

O parque está localizado nos municípios de Goiás, Buriti de Goiás e Mossâmedes, estado de Goiás, região centro-oeste do Brasil. Com área aproximada é de 30.000 hectares, abrange a maior parte da Área de Proteção Ambiental “Dr. Sulivan Silvestre”.

Parque Estadual Serra Dourada

Situado no Platô da Serra Dourada, com caminhada por entre labirintos (Cidade de Pedras), rochas de arenito sobreposto, vegetação rasteira, plantas endêmicas e cerrado rupestre.

Para chegar ao local é necessário chegar à uma trilha de aproximadamente 40 minutos de caminhada do centro a cidade. Para atingir o topo gasta-se em média 1h30 por uma estrada íngreme, que pode ser feita a pé, ou com veículos off-road. No solo da Serra Dourada os artistas costumam retirar areia colorida para elaborar trabalhos artísticos.


Cidade de Pedra

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PARQUE ESTADUAL DA SERRA DE CALDAS NOVAS - GOIÁS


Superfície
12.135 hectares.

Bioma
Cerrado.

Unidade de Proteção Integral
O Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, concentra as nascentes das águas termais de Caldas e da cidade vizinha de Rio Quente. O parque abriga ainda várias espécies típicas do cerrado que estão em extinção.

Na entrada se encontra a Pedra do Mirante, excelente para caminhada ecológica e estudos da fauna e flora do cerrado.


Localizado nas encostas da cidade, o parque é recomendado para quem está atrás de recantos exóticos e escondidos. Localizado numa enorme área de chapada oval, possui encostas que formam muralhas em suas laterais.

O sopé da serra faz divisão com fazendas e loteamentos urbanos.
O Pescan, como é chamado, tem 125 km de comprimento e fica 1.045 m acima do nível do mar.

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DE CALDAS NOVAS - GO

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PARQUE NACIONAL DAS EMAS - GOIÁS


PARQUE NACIONAL DAS EMAS - GO

O Parque Nacional das Emas (PNE) possui uma área de 131.800 ha. e está localizado no extremo sudoeste do estado de Goiás, próximo às divisas com o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Mirante do Avoador
Representa uma das mais importantes Unidades de Conservação do Cerrado devido à sua extensão e integridade de habitats, riqueza faunística e presença de espécies raras e ameaçadas de extinção, sendo que foi recentemente incluído nas Ações prioritárias para Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Pantanal (MMA, 1999) como área de importância biológica extremamente alta.

Rio Formoso

Os campos arbustivos formam 70% da vegetação do Parque, sendo que 1,2% é formado por matas. A vegetação nativa do entorno foi ocupada por extensas lavouras de grãos (principalmente milho e soja) e pela pecuária extensiva. Possui uma rica biodiversidade e abundância de espécies como a onça-pintada, a onça-parda, o tatu-canastra, o queixada, o lobo-guará, a anta, o veado-campeiro, a jaguatirica, o cachorro-do-mato, a ema, entre outros.

A fragmentação do habitat natural fez com que o Parque e as reservas legais das propriedades adjacentes se tornassem refúgios para a fauna nativa. Os limites do Parque não representam barreiras para os animais, que se deslocam entre o parque e as propriedades rurais.

Por meio da estrada interna do portão do Jacuba, o visitante terá acesso a um dos pontos mais interessantes e mágicos do parque: o Mirante do Avoador.

Situado na área estratégica, Janelas para o Cerrado, chega-se ao Mirante após uma pequena trilha de 50metros. Possui um deck de madeira em formato hexagonal com bancos sugestivos para um delicioso descanso e apreciação dos animais e da paisagem “(...) onde um lindo planalto se decliva e se ondula suavemente, formando belos vales de origem fluvial que se estrutura em todas as épocas do ano (...)” (SILVA, 2005).

O nome do Mirante é dado devido ao córrego do Avoador que percorre por entre a paisagem. Sugere-se ao visitante que leve o binóculo para uma observação mais detalhada e minuciosa, mas que principalmente inclua este atrativo em seu passeio pelo Parque, pois realmente vale a pena.
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PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BODOQUENA

PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BODOQUENA

Com 76.481 hectares que estão divididos em dois fragmentos, um ao norte e outro ao sul, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena possui como cenário de fundo uma formação de montanhas de rochas calcárias que a difere das demais montanhas da região. O parque ainda possui áreas compostas campos alagados, cerrados, floresta estacional e o maior trecho de Mata Atlântica do estado de Mato Grosso.

O parque oferece muitos atrativos e um deles é o Rio Perdido, que corta um pedaço da área do parque e que tem esse nome porque percorre alguns trechos se perdendo no meio do caminho, por baixo da rocha e por cavidades naturais, ressurgindo em outro local.

Aspectos culturais e históricos
Colonizada há mais de um século, esta Serra se manteve na sua maioria bem conservada. Recomendações para criar o Parque surgiram desde a década de 80 e foi definida como área prioritária para a conservação da biodiversidade do cerrado e pantanal.

Aspectos naturais
Devido ao seu arcabouço, a Serra da Bodoquena apresenta encostas diferentes em suas porções leste e oeste. Na porção leste ocorrem encostas suaves e morros residuais de rochas carbonáticas, enquanto na porção oeste as encostas são mais íngremes e escarpadas. A presença de rochas carbonáticas na região possibilitou a formação de inúmeras feições cársticas, tais como colinas, sumidouros, ressurgências, além da formação das cavernas. Esse relevo cárstico se desenvolve sobre as rochas carbonáticas do Grupo Corumbá, abrangendo a maior parte do relevo montanhoso. Com predominância de rochas carbonáticas, a região é altamente favorável ao desenvolvimento de cavernas e abismos.

A vegetação é arbórea densa, com remanescentes da Mata Atlântica e transição para Cerrado/Floresta estacional decidual.

A fauna é exuberante. Na Avifauna destacam-se, Arara azul, vermelha e canindé, gavião real; entre os canídeos, raposa, lobinho, lobo guará; felinos, jaguatirica, suçuarana e onça pintada. Existem outros animais como a paca, capivara, cutia, anta, queixada, cateto, além de riquíssima fauna de invertebrados.

Clima
Possui características das savanas tropicais com verão úmido e inverno seco. O período de chuva dá-se entre outubro e abril. No inverno a temperatura varia entre 15º C e 20º C.

Atrações
O Parque está sendo implantado com a regularização fundiária. Não possui Plano de Manejo e ainda não está aberto à visitação pública. As atividades ecoturísticas exploradas na região são as atividades de contemplação (observação de flora e fauna), esportes radicais (rapel, parapente, mergulho em cavernas, bóia cross, rafting, mountain bike, trekking, entre outros).

Infra-estrutura
O parque não possui infra-estrutura, mas conta com a cidade de Bonito, que possui ótimos hotéis, pousadas e restaurantes.

Objetivos específicos da unidade
Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

Decreto e data de criação

Decreto s/n de 21 de setembro de 2000


SERRA DA BODOQUENA
A Serra da Bodoquena, situada na borda sudeste do Complexo do Pantanal, Estado de Mato Grosso do Sul é um dos mais interessantes ecossistemas do Pantanal. Formada pelas cidades de Bonito, Jardim e Bodoquena, conta com o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, criado em novembro de 2000, com 76.400 ha, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Tufas calcárias modernas e antigas, estas últimas situadas em canais de drenagem abandonados, apresentam excelentes moldes de folhas, os quais, juntamente com estudos de isótopos de carbono e oxigênio, possibilitam interpretações paleoclimáticas e paleohidrológicas. Além deste interesse científico, as tufas calcárias formam conjuntos paisagísticos de inusitada beleza, muito procurados pelos turistas, motivos estes que implicam na necessidade de preservação deste depósitos e atenção especial para a qualidade das águas de seus rios, do que depende a continuidade do processo de formação destes depósitos.

Há mais de um bilhão de anos, formas primitivas de vida habitavam um antigo mar que existia na região.Alguns desses seres eram algas que proporcionaram a formação de sedimentos calcários.Com o tempo esses sedimentos se depositaram no fundo do mar, que secará e hoje esses sedimentos deram origem as pedras cinzas que podem ser avistadas nas cavernas da região, cuja idade é de 650 milhões de anos.

Rios
Os rios da região são conhecidos por suas águas muito cristalinas e bicarbonatas de gosto salobro.Tal transparência deve-se a fatores como, saírem da nascente com pouquíssima turbidez, não adquirindo argila em seu movimento, nas nascentes rochas calcárias muito puras evitam a presença de argila.Este calcário calcário presente nos rios que vem de tais rochas presentes nas nascentes age como um filtro, depositando as impurezas no fundo, onde rochas encontram-se em permanente dissolução e através de fraturas no solo formam cavernas, abismos e condutos subterrâneos

Flora
Além do cerrado, vegetação típica do Brasil Central, encontra-se nos topos de morros, solos calcários e afloramentos rochosos onde ocorre a Floresta Estacional Decidual, onde as plantas perdem todas as folhas na época da estiagem. Em outros ambientes está presente a Floresta Estacional Semidecidual, que perde apenas parte das folhas no neste mesmo período.As matas ciliares presentes nas beiras dos rios e cursos dágua, perdem poucas folhas , possibilitando que a umidade seja grande em toda mata.Além, disso a mata ciliar faz papel de em grande protetor das águas cristalinas dos rios, protegendo o solo das chuvas fortes e evitando que o rio seja assoreado por montes de terra levados por estas.

Fauna
A fauna no Planalto da Bodoquena é interessante por seus hábitos.No período seco o agitos deles é sinal de que pra proporcionar o nascimento de seus filhotes no período da Primavera e cresçam quando a oferta de alimentos é maior.

Existe simbiose muito harmoniosa entre as espécies da Serra da Bodoquena.Pássaros e capivaras são um exemplo, afinal as pulgas viram alimentos para os pássaros e a capivara ganha limpeza.O mesmo ocorre com os jacarés do papo amarelo, comuns na região e as borboletas.

Até o momento se conhece mais de 340 espécies de aves, po de mamíferos e 50 de peixes.

Clima
O clima tropical, com temperatura média variando de 25 a 30° C no verão e15 a 20º C no inverno, podendo atingir 0 a 40 º C.O verão é chuvoso, e o inverno seco são as duas estações presentes no Planalto da Bodoquena.A média pluviométrica varia de 1200 a 1500 mm anuais e o período seco dura 3 a 4 meses com breves estiagens de maio a agosto. No Planalto da Bodoquena, situado na borda sudeste do complexo do Pantanal, Estado de Mato Grosso do Sul, encontram-se em desenvolvimento inúmeros depósitos de tufas calcárias ao longo da drenagem atual na forma de cachoeiras e barragens naturais. A turbidez das águas dos rios é praticamente nula, e isto se deve ao fato de suas cabeceiras, que cortam o planalto e desembocam na margem esquerda do Rio Miranda, situarem-se em áreas de exposição de calcários muito puros.
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PARQUE NACIONAL DA CHAPADA GUIMARÃES



PARQUE NACIONAL DA CHAPADA GUIMARÃES - MT

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é uma unidade de conservação brasileira, situada no Estado de Mato Grosso, no município de Chapada dos Guimarães e Cuiabá, criado através do Decreto 97.656, de 12 de abril de 1989. Possui uma área total de 33 mil hectares. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Histórico
A preocupação com a preservação da área hoje ocupada pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães remonta ao início do século passado, quando o vice-presidente do estado de Mato Grosso, Coronel Pedro Celestino Corrêa da Costa decretou a utilidade pública da área, tornando as terras devolutas da encosta da serra da Chapada, desde sua base até 2 km a partir do planalto, não alienáveis a nenhum título (Decreto no 262/10). Essa preocupação foi motivada pela devastação da vegetação das cabeceiras dos rios Coxipó-açu, Manso e Cuiabá, com conseqüente comprometimento da navegação.

Na década de 70, surgiram novas proposições para proteção da área. Foi sugerida a criação de uma reserva biológica, sobretudo pela grande diversidade de flora e fauna do local. Em 1976, o Conselho Nacional de Turismo declarou um polígono irregular de 30.000 ha como zona prioritária de interesse turístico (Resolução CNTur no 819/76) e, no ano seguinte, Garcia Neto, governador do Mato Grosso, declarou a área como de utilidade pública para fins de desapropriação (Decreto no 882/77).

Na década de 80, o governador Frederico Campos desapropriou áreas já utilizadas como ponto turístico, com intenção de concretizar a vocação turística da região: Mutuca (Decreto no 662/80), Cachoeirinha (Decreto no 663/80), Salgadeira (Decreto no 664/80) e Rio Claro (Decreto no 648/80).

Em 1984, foi criado o Terminal Turístico da Salgadeira e foi proposta a criação do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, através do Projeto de Lei no 405-A. O objetivo da proposta era a proteção do Morro do São Jerônimo, Morro do Cambari, Cidade de Pedra, Cachoeira Véu de Noiva, Vale da Salgadeira, Rio Claro, Rio Mutuca, entre outras localidades e, em especial, as cabeceiras dos rios.

Em 1986, a sociedade civil desenvolveu uma campanha nacional pela criação do Parque, que obteve êxito em 12 de abril de 1989, com a assinatura do Decreto Lei no 97.656, que criou o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, abrangendo 32.630 ha, com objetivo de proteger amostras significativas dos ecossistemas locais, assegurando a preservação dos recursos naturais e dos sítios arqueológicos existentes e proporcionando uso adequado para visitação, educação e pesquisa.

Cachoeira da Fumaça
Clima
O clima no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, segundo classificação de Köppen, inclui-se nas categorias Aw (na Depressão Cuiabana) e Cw (na Chapada). Ambas caracterizam-se pela presença marcante de uma estação chuvosa (outubro a março) e uma seca (abril a setembro). Na estação seca ocorrem as “friagens”, invasão da massa polar sobre o continente, levando a quedas bruscas de temperatura.

As temperaturas médias anuais variam de 25º C (na Baixada Cuiabana) a 21,5º C (nos topos elevados da Chapada dos Guimarães), sendo que as temperaturas máximas diárias, na Baixada Cuiabana, podem superar os 38º C e as mínimas, no topo da Chapada, caem a menos de 5º C. A precipitação média anual permanece entre 1300 e 1600 mm de chuvas na Baixada Cuiabana e chega a 2100 mm anuais nas porções mais altas da Chapada dos Guimarães.

A presença de ilhas climáticas nas encostas cria condições ambientais propícias para a sobrevivência de espécies diferentes daquelas das regiões planas e baixas.

Geologia
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães localiza-se em área de rochas paleomesozóicas da Bacia do Paraná, que formam a Chapada dos Guimarães e rochas pré-cambrianas, que afloram na Depressão Cuiabana.

As rochas paleozóicas correspondem a arenitos das formações Furnas e Ponta Grossa e as mesozóicas, a arenitos eólicos Botucatu, parcialmente recobertos por sedimentos Bauru. As rochas pré-cambrianas correspondem a filitos e quartzitos da série Cuiabá.

Na Formação Ponta Grossa, há registros fossilíferos de rica fauna de invertebrados marinhos, como braquiópodes, tentaculites, gastrópodes, lamelibrânquios e trilobitas.

Geomorfologia
A área do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães abrange duas unidades geomorfológicas: Planalto dos Guimarães e Depressão do Rio Paraguai.

A unidade Planalto dos Guimarães constitui um divisor de águas entre as bacias Platina, Amazônica e do Araguaia. O PNCG abrange duas de suas subunidades geomorfológicas: a Chapada dos Guimarães, que corresponde à extensa área aplainada, contornada por bordas em escarpas, com altitudes de 300 a 600 m e o Planalto da Casca, área que sofreu acentuado rebaixamento erosivo, com altitudes entre 450 e 600 m.

A Depressão do Rio Paraguai divide-se em duas subunidades, sendo que no PNCG está presente apenas a subunidade Depressão Cuiabana, compreendendo uma área baixa, de topografia rampeada, com inclinação norte-sul, com altitudes que variam de 200 a 450 m.

Pedologia
Os solos do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e do entorno são classificados, de forma abrangente, em três tipos:

Areia Quartzosa Álica
Variam de profundos a muito profundos, de pouco desenvolvimento, com seqüência de horizontes tipo A, B. Possui baixa capacidade de retenção de umidade, intensa lixiviação, considerável suscetibilidade à erosão e granulometria com teores de areia ao redor de 90%. Seu uso para agricultura é praticamente inviável, ficando restrito à pastagem em regime extensivo, com aproveitamento de espécies nativas.

Litólitos Distróficos
Solos rasos, com seqüência de horizonte A, R ou A, C, R. Grande variabilidade nas características químicas, físicas e morfológicas, sendo, em sua maioria, de textura cascalhante. Ocorrem em bordas de platôs e regiões de relevo movimentado, com declives fortes ou muito fortes. Em geral, inviáveis para uso agrícola.

Concrecionários Distróficos
Apresentam horizonte A, do tipo moderado, raramente proeminente, sobre vários tipos de horizonte B (latossolo, textural e câmbico) e também sobre horizonte C. Ocorre nas proximidades de Cuiabá e em manchas isoladas no Planalto dos Guimarães, sobre litologias da Cobertura Detrito-Laterítica do Terciário-Quaternário e das Formações Ponta Grossa, Bauru e Botucatu. Aproveitado como pastagem nativa em regime extensivo, são desaconselháveis para uso agrícola.

Hidrografia
Os rios que cortam o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães integram a Bacia do Alto Paraguai e são tributários do rio Cuiabá, um dos principais formadores da Planície Pantaneira. A proteção destes rios foi um dos motivos que levaram diversos segmentos sociais a se mobilizarem pela criação do Parque.

Rio Claro

Ao norte, destacam-se: Ribeirão do Forte e córregos Água Fria e Estiva (ambos afluentes do rio Quilombo). Ao sul, os cursos mais importantes são: Coxipó (forma as quedas Cachoeirinha e Véu de Noiva), Claro, Mutuca e Paciência.

O córrego Independência, afluente do rio Coxipó, também ao sul da Unidade, forma as cachoeiras Sete de Setembro, Sonrizal, Pulo, Degraus, Andorinhas e Independência. Alguns rios nascem dentro do Parque, como o Aricá e seus afluentes.

Vegetação e flora
Predominam, no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, as formações abertas, tipo savana, caracterizadas por vegetação adaptada à sazonalidade típica da região. Até hoje, as pesquisas realizadas no Parque registraram 659 espécies vegetais e 192 registros apenas em nível genérico. Contudo, nem todas as formações foram amostradas, predominando estudos sobre áreas de mata e cerrado sentido restrito, enfocando, sobretudo, espécies arbóreas.

O fogo é um evento comum em todas as fisionomias do cerrado, sendo um dos determinantes do tipo de vegetação. Há evidências de que as espécies de cerrado evoluíram com ocorrência de fogo, desenvolvendo adaptações que as protegem desse fenômeno, como estruturas subterrâneas que asseguram sua sobrevivência mesmo com a perda de toda a parte aérea, cascas grossas e espessas camadas de cortiça. Algumas espécies são até mesmo dependentes de fogo para se reproduzir. No entanto, as atividades humanas vêm diminuindo o intervalo de ocorrência de incêndios e aumentando sua intensidade, distanciando esses eventos dos processos naturais aos quais a fauna e a flora estão adaptadas.

Foram registradas, no mínimo, 11 tipologias vegetais no PNCG, de acordo com relevo, solo e demais atributos locais.

Mata seca semidecídua
A mata de encosta ou interflúvio está associada às áreas das cabeceiras dos rios perenes, como o Coxipó e o Aricá e a áreas de relevo acidentado, chegando aos sopés das morrarias, com altitudes médias de 300 m. As árvores apresentam porte de 20 m de altura, formando dossel contínuo com árvores emergentes que podem chegar a 30 m, constituindo, tipicamente, quatro estratos. Há árvores de domínio da Floresta Amazônica, como guanandi (Calophyllum brasiliense), copaíba-vermelha (Copaifera langsdorffii) e jatobá (Hymenaea spp.), além de palmeiras como buriti (Mauritia flexuosa) e babaçu (Attalea speciosa).

Mata ciliar
A mata ciliar ocorre em vales com canais de drenagem bem definidos. Algumas das espécies mais freqüentes são: ingá-de-beira-de-rio (Inga uruguensis), gomeira-de-macaco (Vochysia pyramidalis), pindaíba-preta (Xylopia emarginata) e pau-pombo (Tapirira guianensis). Nas áreas de nascentes surgem buritizais.

Cerradão
Também chamado savana arbórea densa ou savana florestada, surge em capões nas áreas de cerrado sentido restrito e nas bordas da mata semidecídua. Formado por árvores de 8 a 10 m de altura, com algumas atingindo 12 m, com circunferência raramente ultrapassando 1 m, caules tortuosos e ramificação irregular. Há ainda três estratos inferiores: árvores de 5 a 7 m, arbustos de 2 a 3 m e estrato herbáceo composto por gramíneas, bromélias, aráceas e plântulas de espécies lenhosas.

São espécies de destaque nessa formação: carvão-de-ferreiro (Sclerolobium paniculatum), marmelada (Diospyros sericea), pau-terra-do-campo (Qualea grandiflora), faveiro (Pterodon sp.) e combaru (Dipteryx alata).

Cerrado sentido restrito
O cerrado sentido restrito é formado por elementos arbustivos e arbóreos com cerca de 5 m de altura, com troncos finos e tortos, distribuindo-se de modo esparso sobre um estrato herbáceo contínuo, entremeado de plantas lenhosas raquíticas e palmeiras acaules. Destacam-se entre as árvores de cerrado sensu stricto: faveiro (Pterodon sp.), abiu-carriola (Pouteria ramiflora) e pequizeiro (Caryocar brasiliense).

Campo sujo
Também chamado savana gramíneo-lenhosa, na qual prevalecem gramados entremeados por plantas lenhosas raquíticas e palmeiras acaules. Quando sujeito a fogo recorrente, pode ter parte de sua composição substituída por espécies com caules subterrâneos, mais resistentes. Esta formação altera-se gradualmente para campo limpo nos morrotes. As herbáceas são principalmente gramíneas (família Gramineae) e os subarbustos, principalmente das famílias Compositae, Myrtaceae, Melastomataceae e Malvaceae. Em áreas de solo hidromórfico formam-se as várzeas, com renques de buritis, orquidáceas, briófitas e pteridófitas.

Campo limpo
Caracterizada pela presença de apenas dois estratos (arbustivo de 1 a 4 m e herbáceo), esta formação, também denominada savana parque, é composta por gramíneas e ciperáceas, entremeadas por acantáceas, genitáceas e convolvuláceas.

Campo rupestre
Ocorrem em afloramentos rochosos acima de 800 m de altitude, com distribuição restrita a poucas áreas do Parque. Os indivíduos não ultrapassam 1 m de altura e abrangem, principalmente, as famílias Eriocaulaceae, Bromeliaceae, Iridaceae, Melastomataceae e Orquidaceae.

Fauna
A fauna do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é bastante diversificada e abrange algumas espécies raras, endêmicas e sensíveis.

Há uma grande variedade de insetos e outros invertebrados, ainda pouco estudados. Em coletas realizadas durante a Avaliação Ecológica Rápida, executada para subsidiar a elaboração do Plano de Manejo do Parque, foram identificados diversos grupos de invertebrados. Muitos deles são reconhecidos como fundamentais para a manutenção do ecossistema.

Caninana (Spilotes pullatus)

Alguns estudos indicaram a presença de 13 famílias de peixes, sendo que até o momento foram identificadas 31 espécies. Há diversas espécies de lagartos e serpentes registrados para Chapada dos Guimarães. Também há registros de jabuti (Geochelone carbonaria), cágado-do-cerrado (Bufocephala vanderhaegei) e jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus).

As aves representam a fauna de mais fácil observação no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, somando até o momento 242 espécies avistadas dentro dos limites do Parque e 257 em seus arredores.

Urubu-rei (Sarcoramphus papa)

Próximo à sede do Véu de Noiva, é possível a visualização de diversas espécies, como tucano-toco (Ramphastos toco), saí-andorinha (Tersina viridis), periquito-rei (Aratinga aurea), pássaro-preto (Gnorimopsar chopi), maria-preta-de-topete (Knipolegus lophotes) e patativa-verdadeira (Sporophila plumbea). Também é freqüente a presença de beija-flores como o rabo-branco-acanelado (Phaetornis pretrei) e o besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus).

No mirante do Véu de Noiva é freqüente a observação de araras-vermelhas (Ara chloropterus), maracanãs (Primolius maracana), periquitões-maracanã (Aratinga leucophthalmus) e caurés (Falco rufigularis - foto ao lado) nos paredões. Com sorte, observa-se urubu-rei (Sarcoramphus papa) sobrevoando o vale, na altura dos paredões.

A caminhada nas trilhas proporciona encontros com aves bastante interessantes como emas (Rhea americana), curica-de-cabeça-azul (Pionus menstruus), urubuzinho (Chelidoptera tenebrosa) e saíra-de-papo-preto (Hemitraupis guira).

Há registros de grandes mamíferos que ocorrem no cerrado, como tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), anta (Tapirus terrestris) e lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). A região do Parque Nacional também abriga populações de animais mais raros ou de biologia pouco conhecida, como cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus) e onça-pintada (Panthera onca), além de uma infinidade de pequenos mamíferos como roedores, morcegos e marsupiais, ainda pouco estudados.

Plano de Manejo
Plano de manejo de uma unidade de conservação é um documento técnico de planejamento que estabelece as normas de uso e manejo da área, determinando as diretrizes gerais para implementação da Unidade. O planejamento é feito com base nos objetivos da UC e no conhecimento disponível sobre a área.

O Plano de Manejo do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi elaborado pelos servidores da UC, com apoio de técnicos da Coordenação dos Biomas Cerrado e Pantanal do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio. Os levantamentos de campo que embasaram o planejamento foram realizados com apoio de pesquisadores de instituições parceiras como Ibama e Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT e por consultoria contratada.

A participação social na elaboração do Plano de Manejo deu-se em diferentes momentos, através do contato institucional, de reuniões nos municípios abrangidos pela UC e de oficinas de planejamento. Reuniões do Conselho Consultivo do Parque Nacional complementaram a participação.

A portaria que aprova o Plano de Manejo deste Parque Nacional foi publicada em 5 de junho de 2009 (Portaria ICMBio n. 45/09). Os principais produtos do Plano de Manejo são as normas gerais da UC, o zoneamento interno e os programas de gestão.

As normas gerais da UC regulamentam as atividades de administração, manejo, visitação, educação e pesquisa científica no Parque Nacional. Há normas também para a implantação de infraestrutura na UC.

O zoneamento interno cria setores com diferentes graus de proteção, de modo que seja possível atingir todos os objetivos de criação da Unidade. As zonas de maior proteção são Zona Intangível e Zona Primitiva, que correspondem a quase 85% da área do Parque. As zonas onde é permitida construção de infraestruturas abrangem pouco mais de 3% da área total da UC (Zona de Uso Intensivo e Zona de Uso Especial).

Foram criados dez programas de gestão que abarcam as diversas ações necessárias para implantação do Parque Nacional: Operacionalização, Regularização fundiária, Fiscalização, Prevenção e combate a incêndios, Gestão do entorno, Monitoramento e manejo ambiental, Pesquisa, Educação ambiental, Visitação, Integração e participação social. Foram definidas as ações consideradas prioritárias para gestão.

A aprovação do Plano representa um grande avanço para a implantação da Unidade, pois torna a gestão mais transparente e contínua, permitindo monitoramento e avaliação das ações planejadas. Durante a implementação do Plano de Manejo, a participação social está garantida pelo envolvimento do Conselho Consultivo e pelo apoio de outras instituições na execução das ações.
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