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PARQUE ESTADUAL DE ITAÚNAS

PARQUE ESTADUAL DE ITAÚNAS - ES
Localização
Em Itaúnas, 30 km ao norte da sede de Conceição da Barra.

Superfície
3.674 hectares.

O Parque possui uma área onde coexiste uma grande biodiversidade de espécies, espalhados no relevo da região: mata atlântica, manguezal, restinga, alagados, tabuleiro, rio, dunas e 25 quilômetros de praias, o que transforma a área de preservação do parque em manancial de enorme riqueza para a manutenção da manutenção da vida.

Flora
A vegetação de Mata de Tabuleiro se encontra com grande desenvolvimento estrutural, sendo considerado um dos maiores para a costa brasileira, além de possuir marcante diversidade de espécies. A extensão da Mata vai além da área do Parque, e a exuberância constatada através de informações locais, será de relevante importância como corredor ecológico entre o Parque e a Flona de Rio Preto na Zona de Amortecimento.


A faixa de restinga abriga exemplares de espécies ameaçadas de extinção pela Portaria 006 – N do IBAMA como Mollinedia glabra, Melanoxylon brauna e Couepia shottii. Entre as espécies endêmicas podemos citar Anthurium raimundii, Clusia spiritu-sanctensis, Kielmeyera albopunctata, Rhodostemonodaphne capixabensis, Siparuna arianeae, Pauliinia riodocensis e Simira eliezierana.

A presença marcante de representantes da Família Burseraceae nas dunas do Parque, considerada de alto endemismo no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, o coloca como habitat privilegiado para preservação de suas espécies, havendo estudos que afirmam que um grande número de suas espécies encontra-se em perigo de extinção.

Lontra
Fauna
A grande diversidade de ambientes dentro do Parque Estadual de Itaúnas oferece uma variedade de recursos alimentares e microhabitats que proporcionam uma significativa biodiversidade. A lista de espécies de mamíferos apresentada para a região é muito expressiva, sendo confirmada a presença de vinte e nove espécies, pertencentes às ordens Didelphimorphia, Xenarthra, Chiroptera, Primates, Carnivora, Artiodactyla e Rodentia.

Destas, duas são espécies endêmicas da Mata Atlântica. A composição da comunidade foi dominada por oito espécies de morcegos e seis de carnívoros, cinco de xenarthos, quatro de roedores, três de marsupiais, dois de primatas e um artiodáctilo.

Deve se destacar a confirmação da presença de duas espécies listadas como ameaçadas de extinção e uma como vulnerável no Parque Estadual de Itaúnas. São elas: Lontra longicaudis, Leopardus tigrinus e Callithrix geoffroyi.

No ambiente de fundo de vale, foi registrada a presença do sagui-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi), considerada espécie vulnerável à extinção no Brasil, além do maior número de espécies de carnívoros. Sendo espécies de topo de cadeia, sua presença reflete que as comunidades nestes ambientes estão relativamente íntegras.

Um total de 135 espécies de aves, distribuídas em 40 famílias, foram registradas no Parque Estadual de Itaúnas nestes estudos. Dessas, 37 espécies consistem em ocorrências novas para a região. Considerando o total de 146 espécies registradas por estudos anteriores, somam-se 183 espécies até agora conhecidas para a região do Parque Estadual de Itaúnas.

Ainda, por ser importante ponto de desova de tartarugas marinhas, o Projeto TAMAR desenvolve atividades na região de Itaúnas, desde 1991. Anualmente, cerca de 80 desovas são registradas na área do Parque Estadual de Itaúnas. Foram levantadas também, 29 espécies de anfíbios, pertencentes a 4 famílias e 14 gêneros distintos. A grande diversidade de ambientes presentes no Parque, situado ao nível do mar, proporciona uma gama de recursos de microhabitats e de alimento, que muito provavelmente estejam intimamente relacionados à diversidade significativa de espécies de anfíbios anuros.

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PARQUE NACIONAL DA PEDRA AZUL

PARQUE NACIONAL DA PEDRA AZUL
Localização
Está localizado no município de Domingos Martins (ES), distante 89 km de Vitória (ES)

Superfície
1.240 hectares.

O Parque Estadual da Pedra Azul foi criado para proteger um conjunto de valores naturais, onde se destaca a Pedra do Lagarto, de formação de granito e gnaisse a 1.822 metros de altura, unida à Pedra Azul, que pode ser vista na BR-262.

A unidade de Conservação se encontra inserida no Bioma da Mata Atlântica, um dos mais diversos e ameaçados.

Pedra Azul
Pedra do Lagarto
A caminho do início da trilha
Trilha das Piscinas Naturais

Os ecossistemas englobados pela área do Parque são os Campos Rupestres (vegetação que se desenvolve sobre as pedras) e a Floresta Ombrófila Altimontana (matas influenciadas pelo regime de chuvas, localizadas acima de 1500 metros de altitude).

A fauna e flora são muito diversas, inclusive com a presença de espécies endêmicas (que só ocorrem na área do Parque).

Acesso
O acesso ao Parque pode ser feito pela Rodovia BR 262, entrando no Km 89, passando pela Rota do Lagarto (ES010) por 2 km até a entrada.

Outro acesso se dá pela rodovia de acesso a Vargem Alta e Cachoeiro (ES164), chegando até a localidade de São Paulinho de Aracê, onde existe acesso para a Rota do Lagarto, com um percurso de 5 km até a entrada do Parque.

Trilhas
As trilhas existentes permitem a contemplação de áreas de Mata Atlântica, passando por mirantes e piscinas naturais. O parque possui duas trilhas: Trilha da Pedra Azul (nível fácil): com distância de 480 m, onde os visitantes são conduzidos até a base da Pedra Azul, passando pelos mirantes da Pedra Azul e do Forno Grande.

Trilha das Piscinas Naturais (nível médio / difícil): com 1400 m, onde os visitantes são conduzidos até as piscinas naturais escavadas sobre a rocha, com uma escalada de 97 m com auxílio de corda. O banho nas piscinas é uma opção de recreação no local.

Bromélias
Macaco-prego
Flora
O conjunto da vegetação existente na área do Parque inclui a vegetação rupestre (que se desenvolve sobre pedras) e floresta ombrófila altimontana. As principais espécies encontradas são orquídeas, bromélias, ingás, cedros, cássias, ipês, canjeranas, além de várias espécies de canela.

Fauna
Sua fauna é diversificada possuindo diversas espécies, tais como: macaco prego, tatu, tamanduá-de-colete, jaguatirica, tucano, araponga, veado catingueiro, mão-pelada, trinca-ferro e sabiá além de animais ameaçados de extinção como sagui-da-serra, onça sussuarana e barbado.

PARQUE NACIONAL DA PEDRA AZUL
A pedra Azul, um grande rochedo que muda de cor por conta de liquens, é o cartão postal de Domingos Martins. As casinhas com ares europeus e a calmaria dão o clima de lua-de-mel à cidade.
O município de Domingos Martins, estado do Espírito Santo, região sudeste, abriga a Reserva Florestal de Pedra Azul, que foi criada pelo Decreto 312, de 31 de outubro de 1960. A Lei 4.503, de 2 de janeiro de 1991, transformou a reserva em Parque Estadual de Pedra Azul, com uma área de 1.240 hectares. O bioma predominante desta unidade de conservação brasileira é de floresta ombrófila densa antimontana. Suas coordenadas geográficas são S 20º 24'07" W 41º 01'23".

Parque nacional, no Espírito Santo, localizado no município de Domingos Martins, com altitude média de 1350mts, possuí uma área de 10.000 hectares, apenas 5% do parque é aberto a visitação, e abriga a Pedra Azul e a Pedra das Flores, importantes afloramentos de granito e gnaisse, cartões postais do estado, por causa de sua beleza espetacular, com respectivamente 1822 e 1909mts, por passarem a maior parte do tempo encobertas pelas nuvens, há um micro-clima super-úmido e frio em seu topo, isso faz com que muitas plantas, especialmente flores e orquídeas cresçam em seu topo (dai o nome), o parque foi tombado como Reserva Florestal em 1961, passou ao status de parque estadual em 1981, e virou parque nacional em 1996. A região com rica biodiversidade e diversas espécies endêmicas, foram catalogados 182 espécies de aves endêmicas (que só existem naquele lugar) 51 espécies de bromélias endêmicas, e 26 espécies de orquídeas endêmicas, no parque existem muitas cobra, veados, macacos, preguiças algumas onças e muitas aves, com atenção para as Andorinhas de Colar Branco, que migram para região durante os meses de Junho a Julho, quando a temperatura na região fica na casa de 0°C, elas fazem suas tocas e se reproduzem em cavernas, na Pedra Azul, a vegetação original é a mata-atlântica, com árvores que chegam a 25m, a muitas bromélias, samambaias e orquídeas. No parque, ficam localizados as nascentes do Rio Jucu, braço norte e braço sul, que abastece 70% do consumo de água na Grande Vitória, e existem vários lagos, cachoeiras e piscinas naturais.

O parque fica localizado no distrito de Pedra Azul do Aracê, região que tem o considerado 3° melhor clima do mundo. Os terrenos ao redor do parque, que a 20 anos atrás ninguem quis ocupar gratuitamente, hoje, estima-se que tenham um valor de R$ 4,5 milhões, nos arredores do parque, ficam localizados alguns dos melhores hotéis do estado do Espírito Santo. A Pedra Azul, tem esse nome devido ao fato, de que dependendo da incidência de luz solar, a pedra, pode mudar de cor, ficando as vezes Azul, as vezes Verde, as vezes Amarela, porém a maior parte do tempo Branca Acinzentada. A Pedra Azul muda de cor 36 vezes por dia.

É no Km 89/90 da BR 262 que pode ser visto o maciço da Pedra Azul com seu pico de 1822m de altitude. Também é conhecida como a Pedra do Lagarto pelo formato de uma saliência em forma de um animal que parece subir pela sua encosta. Aos fundos, na mesma formação rochosa de granito e gnaisse avista-se a Pedra das Flores com 1909 m de altura.

A Reserva Florestal de Pedra Azul foi transformada em Parque em 1991 com o objetivo de proteger o eco sistema de Mata Atlântica no entorno da Pedra Azul, ocupando uma área que atinge três municípios: Domingos Martins, Alfredo Chaves e Vargem Alta. Para programar o passeio pelas trilhas da Pedra Azul é necessário agendar no CAVI (Centro de Apoio ao Visitante)
pelos telefones (27) 3248-1156 ou (27) 9962-8548 nos horários de 08:00 às 12:00 horas e das 13:30 às 17:30 horas.

Existem quatro trilhas para percorrer: a das piscinas, do mirante, do lagarto e da base, encontra-se no Parque um museu ecológico localizado no Centro de Visitantes Júlio de Oliveira Pinho. O parque é aberto para visitação de quarta-feira a domingo. De segunda-feira a terça-feira fica fechado para manutenção.Todo passeio no Parque, deverá ser agendado com antecedência e deverá sempre ser acompanhado por um Guarda Florestal do IDAF

Atrações: Piscinas Naturais, Trilhas baixas (Base da Pedra Azul e Lagarto/Mirante.

Para maior segurança na escalada para as Piscinas Naturais, o número máximo de pessoas por vez na corda é de 02 pessoas e a idade mínima permitida é 10 anos.
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RESERVA BIOLÓGICA DA MATA ESCURA - MG

Rio Jequitinhonha
Superfície
50.000 ha.

Almenara/Jequitinhonha - MG

Bioma
Floresta Atlântica

Unidade de Proteção Integral.

Em Minas, foi criada a Reserva Biológica da Mata Escura, com mais de 50 mil hectares de área.
A Unidade de Conservação está localizada nos municípios de Jequitinhonha e de Almenara, na margem esquerda do Rio Jequitinhonha, e terá a finalidade de proteger e preservar integralmente o ambiente natural, sem interferência humana direta ou alterações ambientais.

A reserva apresenta os últimos remanescentes de Floresta Atlântica do nordeste mineiro. Com alta incidência de mamíferos raros, inclusive de espécies ameaçadas de extinção, a Mata Escura poderá garantir a sobrevivência de animais como o macaco-prego-do-peito-amarelo, a onça-pintada e a onça-parda, além de aves como o gavião-pega-macaco, o gavião-de-penacho, o gavião-pombo-grande, o macuco, o tropeiro-da-serra e a tiriba-de-orelha-branca.

Onça pintada
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PARQUE NACIONAL CAVERNAS DE PERUAÇU - MG

PARQUE NACIONAL CAVERNAS DO PERUAÇU - MG


Superfície
56.800 ha.

Bioma
Cerrado e Floresta Estacional.

Unidade de Proteção Integral

Esta unidade tem como objetivo proteger o patrimônio geológico e arqueológico, amostras representativas de Cerrado, Floresta Estacional e demais formas de vegetação natural existentes, ecótonos e encraves entre estas formações, a fauna, as paisagens, os recursos hídricos, e os demais atributos bióticos e abióticos da região.

O Parque foi criado na intenção de proteger o patrimônio natural da região. A unidade não está aberta à visitação.

Localização
O acesso é feito pela rodovia Montes Claros/Januária; chegando-se a Januária, segue-se por 45 Km, através da MG-135, até o povoado de Fabião I, onde fica localizado o posto de fiscalização do IBAMA. Deste povoado, segue-se por mais 2 Km, em estrada de terra, até adentrar o vale do Rio Peruaçu. A cidade mais próxima da unidade é Januária que fica a uma distância de 600 Km da capital.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger o patrimônio geológico e arqueológico, amostras representativas de Cerrado, Floresta Estacional e demais formas de vegetação natural existentes, ecótonos e encraves entre estas formações, a fauna, as paisagens, os recursos hídricos, e os demais atributos bióticos e abióticos da região.

ÁREA DA UNIDADE
56.649,00 (ha)

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS Antecedentes Legais
O Parque foi criado na intensão de proteger o patrimônio natural da região.

Aspectos Culturais e Históricos
A região do Parque era anteriormente denominada Fazenda Retiro/Morro do Angú. Há registro da presença humana no vale de aproximadamente 11.000 anos atrás. Pesquisadores da UFMG já encontraram vários esqueletos humanos nesta região.

ASPECTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS Clima
APRESENTA CLIMA TROPICAL SEMI-ÁRIDO, COM TEMPERATURA MÉDIA ANUAL DE 24ºC. ENTRE OUTUBRO E ABRIL OCORREM AS MAIORES PRECIPITAÇÕES.

Vegetação
DESTACAM-SE NA VEGETAÇÃO A AROEIRA-DO-SERTÃO, A BRAÚNA, O PAU-SANTO, A CABIÚNA-DO-CERRADO, O MURICI, O JATOBÁ, O PEQUIZEIRO E MUITAS OUTRAS.

Fauna
NA FAUNA DESTAQUE PARA AS AVES - MAIS DE 250 ESPÉCIES SÃO ENCONTRADAS NA REGIÃO DO PARQUE -, ENTRE ELAS A MARITACA, A SERIEMA, A MARIA-PRETA, O ARAPAÇU E O BEIJA-FLOR-DE-ASA-DE-SABRE. VEADO-MATEIRO, JAGUATIRICA, MOCÓ, MICO-ESTRELA, TATU, CAPIVARA, LOBO-GUARÁ E LAGARTO TEIÚ SÃO OUTROS REPRESENTANTES DA FAUNA LOCAL.

Nas profundezas do semi-árido mineiro, um pequeno e desconhecido vale preserva fendas, cavernas e verdadeiros jardins emoldurados por rochas. Esta descrição é apenas o primeiro passo para desvendar o mistério das centenas de cavernas contidas no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. A unidade foi criada em 1999 com uma área de 56.800 ha e tem como principal objetivo proteger este valioso patrimônio geológico e arqueológico existente nesta região. O parque está situado à cerca de 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de Minas Gerais e seus acessos são fáceis, estradas pavimentadas e em boas condições chegam até a sua sede.A origem do Peruaçu começou milhões de anos atrás, época em que parte do Brasil estava submersa pelas águas de um mar interior e que com a elevação do nível da Terra fez secar esta água. Este processo deixou inteiros grandes maciços de calcário que hoje abrigam milhares de cavernas espalhadas por várias regiões do país. Por aqui o Rio Peruaçu, um dos afluentes do Rio São Francisco, teve seu curso natural fechado por um desses maciços e com o tempo a ação erosiva das águas foi esculpindo o calcário, em busca de uma saída. Este trabalho milenar resultou neste conjunto deslumbrante de cavernas, muitas ainda virgens e que tem atraído uma legião de espeleólogos sempre em busca de grutas ainda não catalogadas. Roberto Barrio, espeléologo do Grupo Bambuí, diz que o Vale do Peruaçu é riquíssimo em formações e tem dezenas de cavernas ainda desconhecidas. Para Barrio a abertura das cavernas para visitação pública deve ser feita com muito cuidado para que os visitantes não danifiquem os espeleotemas que levaram milhões de anos para se formarem.

O Vale do Peruaçu é mesmo um conjunto de contrastes, nas regiões altas, onde a incidência de sol e calor é intensa, arbustos secos espinhudos dividem espaços com as `barrigudas`, árvore típica desta região. À medida que se desce pelo vale em direção ao rio, o aspecto de sertão vai se transformando em florestas de árvores imponentes e frondosas. Nos caminhos que partem da sede, no pequeno povoado de Fabião I, já é possível perceber que as rochas dominam a paisagem, em alguns trechos da estrada a passagem foi aberta entre enormes rochedos e veículos maiores passam beirando as paredes.

Apesar da grande área do parque, as principais cavernas se concentram nos 17 km dentro do vale do Peruaçu, onde o entra e sai do rio por entre as rochas vai definindo cavernas. Logo no início deste trecho, a Caverna do Rezar já mostra que para conhecer a região é preciso caminhar duro. Uma enorme subida, bastante íngreme, termina nas bordas de um arco, uma espécie de altar onde moradores antigos subiam para rezar e pagar promessas. Algumas inscrições rupestres também ornamentam as paredes da rocha. Dentro da caverna, toda hostilidade deste tipo de ambiente já é visível, alguns esqueletos de aves que entraram pela gruta e não encontraram a saída acabaram virando alimento de aranhas e outros insetos.

Mais adiante na estrada está a sede de uma antiga fazenda, é de lá que partem as trilhas dos principais atrativos do parque. A casa da sede futuramente será reformada para se tornar um centro de apoio aos guias e visitantes. Para os funcionários do parque, o local será o ponto de partida dos roteiros e funcionará também como controle de acesso de visitantes. Seguindo por uma trilha de 30 minutos você vai perceber a magnitude do vale e vai sentir que as dimensões dos arcos e cavernas impressionam até experientes espeleólogos. Aqui é o início da Gruta do Janelão, uma seqüência de arcos majestosos, intercalados por clarabóias que fornecem luminosidade e incide nas paredes ressaltando os relevos das formações calcárias. Nestes interiores, as matas e jardins permanecem o ano todo verdejantes, quebrando a aridez da paisagem.

Caminhando pelo interior do Janelão, nas margens do Rio Peruaçu, pegadas de esperança, o cachorro-vinagre, espécie considerada extinta no Estado e Minas tem circulado no interior da caverna. Para Lílian, analista ambiental da unidade, esta tem sido uma grande preocupação, pois a visitação pública pode causar um grande impacto no ambiente, comprometendo de vez a vida da espécie. Já no último estágio da parte ainda com luz da caverna, uma formação vinda do teto chama a atenção dos visitantes, uma estalactite com 28 metros de altura, conhecida como `Perna de Bailarina` é considerada uma das maiores do Brasil.

Outras grutas são imperdíveis, `Caboclo` tem belas pinturas na entrada, a `Bonita` tem o maior número de espeleotemas, `Índios` um grande salão vermelho, agora para observar pinturas rupestres à parede de `Desenhos` é impressionante, um imenso painel com riqueza de cores, traços e detalhes. Para os mais preparados, a longa travessia do Arco do André vai te transportar para o passado, uma espécie de túnel do tempo, cruzando rios, escalando rochas caídas, trechos ainda perigosos e selvagens onde às vezes é preciso desvendar o caminho. Algumas lendas ainda rondam as mentes de moradores locais, uma delas se refere a serpentes gigantescas escondidas entre as rochas das cavernas. Lendas que habitam o imaginário e faz do Peruaçu um cenário ainda mais intrigante e sinistro.

Muita coisa ainda precisa ser feita nas Cavernas do Peruaçu para receber visitantes, uma boa notícia é a parceria feita com a montadora FIAT, que tem grande parte de sua produção de veículos em terras mineiras, e como forma de compensação ambiental pretende colocar recursos que vão ajudar na implantação da infra-estrutura necessária para que o parque possa ser aberto oficialmente à visitação pública, um anseio antigo da população local. Atualmente a visita só é feita mediante autorização prévia da chefia da unidade e com guia local. Muitas trilhas ainda são traiçoeiras e precisam ser adaptadas para receber um fluxo constante de turistas e não oferecer riscos.
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PARQUE ESTADUAL DA SERRA DAS ARARAS - MG

Pequi
Gabiroba
Superfície
11.317 ha.

Arara vermelho
O Parque Estadual da Serra das Araras se destaca, pelos seus paredões, seus diversos ecossistemas considerados como de preservação permanente (veredas, matas ciliares, nascentes e topos de morros) e seus sítios geomorfológicos que funcionam como habitat e criadouro natural de espécies de araras ameaçadas de extinção que dão nome a serra.

A região é preenchida por inúmeras veredas (cabeceiras pouco profundas), que fornecem alimento e abrigo para a reprodução de treze espécies da fauna ameaçadas de extinção e paisagens naturais de grande valor.

Arara canindé
Sua cobertura vegetal é formada predominantemente pelo cerrado e ecossistemas associados (matas ciliares e veredas). Dentre as espécies ocorrentes no cerrado, destacam-se aquelas cujos frutos são utilizados pela fauna como alimento: fava d'anta, mangabeira, pequi, jatobá-de-cerrado, araçá, gabiroba, dentre outras. Nas veredas e matas ciliares há presença marcante da palmácea buriti e da pindaíba.

A riqueza do cerrado em espécies com frutos e flores comestíveis, bem como os abrigos que o arenito da borda das chapadas propicia contribuem particularmente para a preservação da avifauna, em especial das espécies arara-vermelha e arara-canindé.

Entre os mamíferos, o destaque é para o veado-galheiro ou sussuapara, espécie extremamente rara em Minas Gerais, que ocupa as áreas alagadas das veredas, além do veado-campeiro, onça-parda, jaguatirica, gato-mourisco, lontra, tatu-canastra e o tamanduá-bandeira.
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PARQUE ESTADUAL DA SERRA NEGRA - MG

Superfície
33.325 hectares.

O Parque Estadual da Serra Negra faz parte da bacia do rio Jequitinhonha. Está inserido na Cadeia do Espinhaço, dominando a paisagem local com seu relevo montanhoso e aparência escura, quando vista contra o sol. Deve-se a este fator o nome da Serra e do próprio Parque.

Flor de canela-de-ema
A unidade de conservação está incluída nos domínios da Mata Atlântica. Em locais de difícil acesso e em algumas baixadas podem ser observados grandes fragmentos da imponente vegetação que, originalmente, dominava a região. Podem ser observadas espécies como cedro, braúna, ipês, perobas, jacarandás, vinhático, dentre outras típicas de ambiente. Nas montanhas e em locais de solo arenoso formam-se grandes concentrações de canela-de-ema que, na região, podem ultrapassar os três metros de altura.

Rio Araçuaí - afluente do rio Jequitinhonha
A região da Serra Negra possui importância vital para as regiões do Alto e Médio Jequitinhonha, pois inclui inúmeras nascentes de cursos d'água, vertentes para a bacia do rio Jequitinhonha, rio Araçuaí e alguns tributários do rio Doce. Ao longo das nascentes, dos córregos e dos rios, que banham a serra, ainda podem ser observadas matas de galeria e remanescentes florestais importantes para a manutenção da fauna e flora locais.

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PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS - MG

SEMPRE-VIVAS
Localização
O Parque Nacional das Sempre-Vivas está situado em uma região rica em água, com cachoeiras e que se caracteriza pela existência de matas de galeria e campos de altitude, localizadas na Serra do Espinhaço. Seu nome refere-se às variadas espécies de “sempre-vivas”, que são pequenas flores típicas que só são encontradas nesta região.

Superfície
121.000 hectares.

A região apresenta clima tropical semi-úmido com temperatura média anual de 20ºC.

A paisagem física da região é marcada por características extremamente heterogêneas. O mapeamento geológico feito para a região relaciona quatro grandes grupos geológicos: a planície aluvionar, a cobertura dendrito-laterítica, diques e soleiras metabásicas e o super grupo Espinhaço (formações rio Pardo e córrego Bandeira).

As seguintes formações podem ser identificadas na região: formações savânicas, floresta estacional semi-decidual, mata ciliar, floresta paludosa, vereda, campos hidromórficos, campos rupestres e lagoas marginais.

Onça-pintada
Fauna
Entre os mamíferos há a ocorrência da onça-pintada e a onça-parda. Entre as aves observa-se a presença da arara-vermelha grande e da arara-canindé. Também há a presença da jaguatirica, lobo-guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, catitu, lontra, veado-campeiro, entre outros.

PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS - MG

ÁREA DA UNIDADE
124.555,00 (ha)

Imagine no passado um lugar onde milhares de garimpeiros se instalaram em busca de grandes diamantes, sonhando com a riqueza repentina trazida na ponta da picareta. O brilho dos diamantes ainda reluz nesta região, mas agora na exuberante natureza que vem sendo desvendada aos poucos nos arredores da cidade de Diamantina, no norte de Minas Gerais. O município ainda reflete estes tempos de muita riqueza, época em que milhares de viajantes se instalaram na região na busca incessante das valiosas pedras. Como várias outras cidades de Minas, Diamantina preserva seu maior tesouro: as igrejas ornamentadas com obras de pintores e escultores da época que resgatam o clima histórico deste período. Diamantina é hoje o início de um roteiro que foi criado para alavancar o turismo de várias regiões de Minas, e agora é chamado de Estrada Real. A estrada se refere, porém, ao caminho que o ouro fazia até a cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, onde era embarcado para Portugal. Muitas cidades passaram por reformas, casas e igrejas foram restauradas e alguns pontos turísticos foram reestruturados. Todas estas ações, juntamente com um grande marketing estão atraindo e chamando a atenção de brasileiros e estrangeiros que buscam viajar e conhecer um pouco mais da história do Brasil.

Ao lado de toda esta história, a região também tem nos seus limites um quase desconhecido parque nacional, que abriga grandes aglomerados rochosos e um complexo mosaico de tipologias vegetais. O Parque Nacional das Sempre-Vivas foi criado em dezembro de 2002, protegendo uma área de 124.555 hectares, inserida em 4 municípios: Diamantina, Buenópolis, Bocaiúva e Olhos D`água. As áreas apresentam fisionomias diferentes, contendo registros de mata densa de fundo de vale, campos rupestres de altitude e uma grande concentração de nascentes, entre elas a do Rio Jequetinhonha. Atualmente o parque ainda está em fase de implantação e permanece fechado à visitação pública, qualquer incursão nesta área dever ser autorizada pela chefia da unidade em Diamantina.

O acesso mais fácil à unidade se dá pelo distrito de São João da Chapada e depois pelo povoado dos Macacos, onde cerca de 50 pessoas, a maioria idosos, vive tranqüilamente da aposentadoria e de pequenos negócios. Os mais jovens abandonaram o lugar e partiram em busca de estudo e dos atrativos da cidade grande. Depois de algumas horas em estradas precárias, mas com um visual impressionante, já é possível observar os contornos da Serra do Galho, dentro da extensa Cordilheira do Espinhaço. Nesta região, a antiga casa da Fazenda Kolping, serve como ponto de apoio para a recém criada brigada de incêndio do parque. Para todos os lados, as montanhas rochosas fazem parte da paisagem, dividindo espaço com campos floridos e árvores contorcidas.

Partindo da sede da Kolping por trilhas em carro tracionado, por 2 horas cruzando campos rupestres se chega na Mata do Gavião, uma floresta de árvores frondosas e mata densa, uma paisagem bem diferente das outras regiões da unidade. Seguindo para os outros municípios como Buenópolis, passando pelo povoado de Curimataí, amostras de que o futuro por aqui ainda não chegou. Alugar uma casa `na beira do rego` significa apenas uma residência com um pequeno córrego de água potável passando na frente. No alto do povoado a Cachoeira de Curimataí além de belíssima é a responsável pela água potável que forma o `rego` e abastece as casas dos moradores.

Na parte alta do parque, meio a tantas formações, uma espécie florística de aparente fragilidade brota nos campos rupestres. A pequena flor, uma das mais resistente do planeta, não é por acaso que ficou conhecida como sempre-viva, depois de colhida ela pode durar até 70 anos sem perder sua beleza. Estas características fizeram desta flor uma espécie muito procurada em algumas regiões do Brasil, especialmente nas proximidades da cidade de Diamantina e acabou dando nome ao parque nacional. Vale ressaltar que 70 % das sempre-vivas do mundo estão concentradas nesta cordilheira, um dos grandes apelos para a criação do parque. Muitas outras espécies de flores também estão nesta área e colorem a vegetação.

Por aqui, as sempre-vivas estão ameaçadas simplesmente por serem lindas demais, pois por muitos anos, toneladas de flores vêm sendo colhidas para ornamentar casas, presentes e para confecção de arranjos. Andando pelas ruas de Diamantina, o casario antigo e bem conservado abriga lojas e vendedores de rua comercializando arranjos e flores. Para Eliana, extrativista de flores e moradora do pequeno povoado dos Macacos, no entorno do parque, a colheita de sempre-vivas, jazidas, estrelinhas, botões branco sempre fez parte da história da sua família, seus avós já colhiam as flores na região e vendiam no mercado de Diamantina e para atravessadores. É fácil perceber que este comércio faz parte da cultura local e funcionários do Ibama vêm estudando uma alternativa para tornar esta retirada viável e sustentável.

Para Cláudio Machado, chefe do parque, o primeiro passo já foi dado, na comunidade de Galheiros, um projeto experimental de cultivo de algumas espécies de flores já rendeu sua primeira colheita. Uma Associação foi criada e recebe apoio de órgãos municipais e estaduais, crescendo de forma ordenada e com orientação de especialistas. Cláudio acredita que este é o melhor caminho para que moradores dos arredores deixem gradativamente de colher as flores exclusivamente dentro da área do parque. Muitas famílias têm sua renda baseada na venda das sempre-vivas e é preciso encontrar uma alternativa sustentável para esta população.

A beleza do parque é bem mais que apenas flores, algumas paisagens são espetaculares, uma delas está na parte leste, onde o Rio Inhacica, tributário do Rio Jequetinhonha, serpenteia um conjunto de rochas que foram despencando do alto dos penhascos e agora fazem parte do rio. Todo cuidado é pouco, navegar por estas águas requer conhecimento e muita atenção, as rochas dentro d`água podem danificar a hélice do motor do barco. O trecho é relativamente pequeno, cerca de 3 quilômetros, mas a paisagem parece uma pintura da natureza. Rochas claras com partes submersas contrastam o azul intenso do rio, o verde da mata nas margens e ao fundo rochas mais escuras compõem este cenário intrigante.
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FLORESTA NACIONAL DE PARAOPEBA - MG

Rio Paraopeba
Localização
Coordenadas 19º 16' 19" S; 44º 24' 06" W
Município de Paraopebas - Minas Gerais

Superfície
200 hectares.

Bioma
Cerradão

FLORESTA NACIONAL DE PARAOPEBA - MG
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PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ - MG


Localização
A Serra do Cipó se localiza 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Cordilheira do Espinhaço, entre os paralelos 19 e 20º S e 43 e 44º W, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce.

Superfície
71.525 ha.

Cachoeira Grande
Cachoeira da Farofa
Cachoeira Véu da Noiva
Com altitudes que variam de 800 a 1.700 metros, pluviometria anual média de 700 mm e cerca de 300 dias de sol por ano, foi no período pré-cambriano - há cerca de 1,7 bilhão de anos- ocupada pelo oceano, conforme se verifica por suas características geológicas, com a predominância do quartzito formado pela consolidação das areias depositadas no fundo do antigo mar.

Cachoeira do Tomé
Travessão
Após o descobrimento do Brasil, constituiu-se no caminho natural dos bandeirantes que em busca de ouro e pedras preciosas embrenharam pelo nordeste mineiro e chegaram à Vila do Serro Frio e ao Arraial do Tejuco, atuais cidades do Serro e Diamantina.

Ainda existem vestígios de uma estrada de pedra dessa época, construída pelos escravos, partindo do sopé da serra e chegando a um lugar chamado Mãe d’Água, por cima da Cachoeira Véu da Noiva.

Cachoeira do Gavião
A sua importância histórica também se reflete na existência de sítios arqueológicos com vestígios de comunidades primitivas, como se comprova em grutas e cavernas através de desenhos e pinturas rupestres, com idade estimada entre 2 mil e 8 mil anos. Trata-se de região bastante rica em cursos d’água, destacando-se o rio Cipó, afluente do rio das Velhas, pertencente à bacia do rio São Francisco.

Cachoeira do Riachinho
Cachoeira da Capivara
Cachoeira das Andorinhas
O rio Cipó, que é o mais importante curso d’água da região, nasce a partir do encontro dos ribeirões Mascate e Gavião, sendo que o Mascate desce do cânion das Bandeirinhas enquanto o Gavião a serra da Bocaina, ambos no interior do Parque Nacional.

A presença de grande número de riachos e nascentes, ainda pouco afetados por atividades humanas, abre a possibilidade de se utilizar as águas da Serra do Cipó como padrão de referência para ambientes aquáticos de ótima qualidade, equilibrados e com elevada diversidade biológica.

Flores Sempre Vivas
Desde o século passado a Serra do Cipó vem sendo observada com muito interesse por diversos estudiosos. Cientistas famosos como o naturalista francês August de Saint-Hilaire, o botânico alemão Carl Friedrich Phillip von Martius e o naturalista inglês George Gardner ficaram impressionados, por exemplo, com os campos rupestres.

Bromélia
Os brasileiros Ailton Joly e Nanuza Menezes dedicaram boa parte de seus estudos e pesquisas à vegetação local. O paisagista Roberto Burle Marx dizia que começou a entender mais as plantas quando passou a acompanhar o botânico mineiro H. L. Mello Barreto em suas visitas a Serra do Cipó, e sempre que retornava para buscar inspirações dizia-se cada vez mais fascinado.

Segundo os botânicos as 1.600 espécies já catalogadas atualmente não devem representar nem a metade do que deve existir na região, e se tem notícia de que mais de trinta dessas espécies estão sendo objeto de pesquisa em laboratórios do país e do exterior.

Tamanduá-mirim
Na parte baixa da serra predomina a vegetação de cerrado, enquanto na região mais alta são encontrados principalmente os campos rupestres, de elevadíssima diversidade florística e onde alguns cientistas consideram que se concentra uma das mais ricas comunidades vegetais do mundo, inclusive com numerosas plantas endêmicas, ou seja, que só existem lá. Dentre as plantas destaca-se a ocorrência das sempre-vivas (família das Eriocaulaceae) cujas flores secas, pelo fato de não murcharem nem perderem a cor, são muito utilizadas em ornamentação.

Truta brasileira - Crenicichla-lacustris
Bastante freqüentes são as curiosas canelas-de-ema gigantes (Vellozia gigantea), que podem atingir até seis metros de altura e um metro de circunferência na base do tronco. São encontradas também orquídeas de várias espécies, bromélias, margaridas, cactos, ipês e quaresmeiras, além de fascinantes liquens coloridos que brotam sobre as pedras. Enfim, a multiplicidade de espécies vegetais é tão grande que a região encontra-se permanentemente florida durante todas as estações do ano, sendo considerada um verdadeiro laboratório a céu aberto, um paraíso para os botânicos.

A fauna da serra é bastante rica, sendo encontradas dezenas de espécies de mamíferos, anfíbios e aves. Destaca-se a paca, o tatu, o tamanduá-mirim, a jaguatirica, o veado, o macaco, a lontra, o lobo-guará e a capivara. Dentre as aves são vistos com freqüência gaviões, codornas, perdizes, azulões, sabiás, pica-paus, tucanos, pintassilgos e beija-flores.

O beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus) e o pássaro Cipó Canesteros, ambos endêmicos da serra, despertam grande interesse em ornitólogos de várias partes do mundo, e vale lembrar que por garantir a reprodução das plantas o beija-flor é essencial para o ciclo de biodiversidade. Quanto aos peixes, além das variedades mais comuns, merece destaque a presença abundante da pirapetinga, conhecida como a truta brasileira. Essa espécie apresenta um elevado nível de exigência ambiental, habitando exclusivamente águas com altos teores de oxigênio dissolvido.

SERRA DO CIPÓ - MG

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
PROTEGER UMA ÁREA DE EXCEPCIONAL BELEZA CÊNICA, QUE ABRIGA FLORA EXTREMAMENTE RICA EM ESPÉCIES E COM ALTA TAXA DE ENDEMISMO, RICA FAUNA, ONDE SE DESTACAM OS INSETOS E ANFÍBIOS E IMENSA QUANTIDADE DE NASCENTES QUE ALIMENTAM AS BACIAS DOS RIOS SÃO FRANCISCO E DOCE. A MAIOR PARTE DA ÁREA PROTEGE CAMPOS RUPESTRES, MAS HÁ TAMBÉM ÁREAS DE CERRADO, MATAS CILIARES E CAPÕES DE MATA. PELA TOPOGRAFIA ACIDENTADA, FORMAM-SE INÚMERAS CACHOEIRAS QUE ATRAEM GRANDE QUANTIDADE DE VISITANTES ORIUNDOS PRINCIPALMENTE DA GRANDE BELO HORIZONTE, MAS TAMBÉM DE OUTRAS PARTES DO BRASIL E DO MUNDO, SENDO FUNDAMENTAL PARA A PRESERVAÇÃO DESTE PATRIMÔNIO AMBIENTAL, O ORDENAMENTO DA VISITAÇÃO.

ÁREA DA UNIDADE
31.733,00 (ha)

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS Antecedentes Legais
A OCUPAÇÃO DA REGIÃO INICIOU-SECOM OS BANDEIRANTES, NO SÉCULO XVII, QUE VISAVAM A EXPLORAÇÃO MINERAL. NO SÉCULO XVIII A REGIÃO FOI PERCORRIDA POR GRANDES NATURALISTAS COMO LUND, WARMING, LANGSDORFF, E SAINT-HILAIRE, ENTRE OUTROS , QUE COMEÇARAM A REGISTRAR A IMPRESSIONANTE RIQUEZA DA FLORA, DA FAUNA E DOS SÍTIOS ARQUELÓGICOS, QUE REGISTRAM NÃO SÓ ELEMENTOS EXTINTOS DA FAUNA COMO A PRESENÇA HUMANA REMONTANDO A CERCA DE 10.000 ANOS. NAS DÉCADAS DE 1950-60 INICIAM-SE AS PESQUISAS NAS ÁREAS DE BOTÂNICA E ECOLOGIA VEGETAL IMPLEMENTADAS POR PESQUISADORES BRASILEIROS, QUE ACABARIAM POR EMBASAR A LEI ESTADUAL 6.605, DE 1975, QUE CRIOU O PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ, POSTERIORMENTE TRANSFORMADO EM PARQUE NACIONAL.

Aspectos Culturais e Históricos
ALÉM DAS PINTURAS RUPESTRES, QUE REGISTRAM A PRESENÇA HUMANA HÁ MILHARES DE ANOS NA REGIÃO, HÁ ASPECTOS CULTURAIS RELEVANTES DE UM PERÍODO MAIS RECENTE. APÓS O CICLO DO OURO E DOS DIAMANTES A REGIÃO DA SERRA DO CIPÓ VIVEU UM PERÍODO DE DECADÊNCIA ECONÔMIC, CARACTERIZADO POR PROPRIEDADES ONDE MUITO POUCO SE PLANTAVA, EM PARTE PELA POBREZA DOS SOLOS, EM PARTE POR UM DESINTERESSE CULTURAL, COMO REGISTRA LANGSDORFF EM SEUS DIÁRIOS, QUANDO DE SUA PASSAGEM PELA REGIÃO EM 1824. HAVIA APENAS UMA PECUÁRIA EXTENSIVAQUE JÁ ENTÃO USAVA PRÁTICAS PREDATÓRIAS, COMO QUEIMADAS SEM QUALQUER CONTROLE, QUE REDUZIRAM DRASTICAMENTE A ÁREA DE MATAS E CERRADÃO E QUE PERSISTIRAM ATÉ OS DIAS DE HOJE, CONSTITUINDO UM DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO PARQUE. A ÚNICA ATIVIDADE AGRÍCOLA MAIS INTENSA FOI A UTILIZAÇÃO DAS VÁRZEAS INUNDÁVEIS PARA O PLANTIO SOBRETUDO DE ARROZ, ASSOCIADO AO CORTE SELETIVO DE MADEIRA NAS MATAS DE GALERIAS DO RIO CIPÓ, QUE SÓ SE INTERROMPERAM COM A CRIAÇÃO DO PARQUE NOS 1980. HÁ NA REGIÇAO UMA COMUNIDADE DESCEDENTE DE ESCRAVOS, QUE CULTIVAM ELEMENTOS CULTURAIS PRATICAMENTE INALTERADOS, COMO A DANÇA DO "CANDOMBE" QUE É PRATICADA EM BELAS FESTAS QUE REGISTRAM O SINCRETISMO RELIGIOSO DOS AFRO-DESCENDENTES. NOS ANOS 1960-70 INTENSIFICA-SE O PELA REGIÃO PARA FINS TURÍSTICOS. AOPULAÇÃO LOCAL VAI AOS POUCOS MIGRANDO DE ATIVIDADES AGRO-PECUÁRIAS PARA ATIVIDADES DIRETA OU INDIRETAMENTE RELACIONADAS AO TURISMO. ANTES DA CRIAÇÃO DO PARQUE E DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MORRO DA PEDREIRA, QUE O CIRCUNDA (1990), DESTACOU-SE A TIVIDADE DA COLETA DE "SEMPRE-VIVAS", QUE ACABOU TORNANDO-SE UMA AMEAÇA À SOBREVIVÊNCIA DAS ESPÉCIES COM ESTE TIPO DE FLORES, DEVIDO À FORMA DESORDENADA COMO ERA PRATICADA. HOJE UM DOS SÍMBOLOS DA SERRA DO CIPÓ É O JUQUINHA, PERSONAGEM FLOCLÓRICO DA REGIÃO, HOMENAGEADO COM UMA ESTÁTUA À BEIRA DA RODOVIA MG-010, QUE ERA UM COLETOR DE SEMPRE-VIVAS E DE ORQUÍDEAS E BROMÉLIAS. ATUALMENTE A MAIOR PARTE DA POPULAÇÃO LOCAL DEDICA-SE A ATIVIDADES RELACIONADAS DIRETA OU INDIRETAMENTE AO TURISMO, COMO CONDUTORES DE VISITANTES, FUNCIONÁRIOS DE POUSADAS, RESTAURANTES E OUTROS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, ALUGUEL DE CAVALOS ETC.

ASPECTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS Clima
O clima da Serra do Cipó é do tipo tropical de altitude com verões frescos e estação seca bem definida. As temperaturas médias anuais ficam em torno de 21,2 ºC e apresenta precipitação média anual de 1.622 mm.

Relevo
A área é dividida em dois Geossistemas: Geossistema Montanhoso do Espinhaço (conj. de linhamentos de cristais e superfícies aplainadas entre 1.100 e 1.600 metros) e Geossistema Semi-montanhoso da Bacia Inter-planáltica do Médio Rio Cipó (correspondem aos vales).

Vegetação
A VEGETAÇÃO DA SERRA DO CIPÓ É BASTANTE BEM ESTUDADA. O DESTAQUE SÃO OS CAMPOS RUPESTRES, QUE RECOBREMAS REGIÕES DE MAIOR ALTITUDE (1000 A 1600 M), PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELA EXCEPCIONAL RIQUEZA DE ESPÉCIES (MAIS DE 1800 ESPÉCIES JÁ DESCRITAS NA REGIÃO) E PELO ELEVADO GRAU DE ENDEMISMO. QUEM PERCORRE O S PLANALTOS DA REGIÃO NO OUTONO E NA PRIMAVERA COSTUMA SE DEPARAR COM VERDADEIROS "JARDINS" SALPICADOS DAS MAIS VARIADAS FORMAS DE FLORES DE TODAS AS CORES. CHAMA A ATENÇÃO A VARIDADE DE ESPÉCIES DENTRO DE ALGUNS GÊNEROS, COMO PAEPALANTHUS, VELLOZIA, CHAMAECRISTA, POR EXEMPLO. EM REGIÕES DE UMIDADE UM POUCO MAIS ELEVADA ENCONTRAM-SE AS MATAS MESÓFILAS (CAPÕES DE MATA). NAS ÁREAS MAIS BAIXAS ENCONTRAM-SE AMOSTRAS DE CERRADO E CERRADÃO. AO LONGO DOS CURSOS D`ÁGUA ESTÃO SEMPRE PRESENTES AS MATAS CILIARES E NOS AFLORAMENTOS DE CAL´CARIO QUE MARGEIAM A SERRA ENCONTRAM-SE AS MATAS SECAS SOBRE CALCÁRIO.

Fauna
A FAUNA DA REGIÃO DA REGIA JÁ FOI BASTANTE PESQUISADA, EMBORA MENOS QUE A FLORA. ENTRE OS MAMÍFEROS HÁ DIVERSAS ESPÉCIES AMEAÇADAS, COMO LOBO-GUARÁ, O VEADO CATINGUEIRO, A ONÇA PARDA E O GATO MARACAJÁ. OUTRAS ESPÉCIES OUTRORA EXISTENTES, NÃO SÃO REGISTRADAS HÁ MUITO TEMPO, PODENDO ESTAR LOCALMENTE EXTINTAS, COMO O TAMANDUÁ BANDEIRA E O CACHORRO DO MATO VINAGRE. A AVIFAUNA DA REGIÃO TEM REGISTRADAS CERCA DE 180 ESPÉCIES. A ÚNICA ENDÊMICA RESTRITA É O"JOÃO CIPÓ" (ASTHENIS LUISAE), HAVENDO TRÊS ESPÉCIES ENDÊMICAS À SERRA DO ESPINHAÇO: "RABE-MOLE-DA-SERRA" (EMBERNAGRA LONGICAUDA), "PAPA-MOSCA-DE-COSTAS-CINZENTAS" (POLYSTICTUS SUPERCILIARES) E BEIJA-FLOR-DE-GRAVATINHA-VERDE (AUGASTES ESCUTATUS). OS GAVIÕES TEMIMORTANTE PAPEL REGULADOR DE POPULAÇÕES DE PEQUENAS AVES E ROEDORES, COM DESTAQUE PARA O "GAVIÃO CARIJÓ" (RUPORNIS MAGNIROSTRIS). ALGUMAS AVES SÃO ENCONTRADAS APENAS EM AMBIENTES AQUÁTICOS, COMO A "LAVADEIRA MASCARADA" (FLUVICOLA NENGETA) E O "MARTIM-PESACADOR-PEQUENO" (CHLOROCELYRE AMERICANA). TAMBÉM SÃO MUITO VISTOS A SERIEMA (CARIAMA CRISTATA), O TUCANO (RAMPHASTUS TOCO), O "SOFREU" E AS MAIRITACAS. OS ANFÍBIOS ESTÃO ENTRE OS GRUPOS COM MAIOR GRAU DE ENDEMISMO, ASSIM COMO OS INSETOS, GRANDE PARTE DOS QUAIS ASSOCIADOS A PLANTAS E AINDA EM GRANDE PARTE DESCONHECIDOS PELA CIÊNCIA.

BENEFÍCIOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO E REGIÃO USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
UM PROBLEMA ANTIGO QUE PERSISTE E QUE TALVEZ REPRESENTE O MAIOR IMPACTO SOBRE O PARQUE É A PRESENÇA ILEGAL DE GADO EM SEU INTERIOR. ALÉM DO PIOTEIO DA VEGETAÇÃO E DE MARGENS DE CÓRREGOS, OS PECUARISTAS USAM O FOGO PARA RENOVAR AS "PASTAGENS", INCLUSIVE DENTRO PARQUE, TENDO SIDO RESPONSÁVEIS PELA MAIORIA DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS REGISTRADOS EM 2003. OUTRO PROBLEMA AINDA SEM SOLUÇÃO É A VISITAÇÃO DESORDENADA, INCLUINDO CAMINHADAS E CALVAGADAS NÃO AUTORIZADAS, QUE VÊM SENDO REPRIMIDAS NA MEDIDA DO POSSÍVEL. NO ENTORNO DO PARQUE, A VISITAÇÃO ECXESSIVA DE ALGUNS ATRATIVOS, SOBRETUDO BEIRA DE RIO E CACHOEIRAS, A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E PRÁTICAS INADEQUADAS, COMO O USO DE MOTOCICLETAS E JIPES SOBRE A VEGETAÇÃO DE CAMPO RUPESTRE SÃO PROBLEMAS GRAVES, CAUSANDO EROSÃO E ASSOREAMENTO DE CÓRREGOS. O DESMATAMENTO É UM PROBLEMA GRAVE PRINCIPALMENTE NA REGIÃO DE MORRO DE PILAR E AINDA SE ENCONTRAM EVENTUALMENTE PONTOS DE EXTRAÇÃO IRREGULARDE PEDRAS PARA CONSTRUÇÃO E CRISTAIS.

Vestígios do passado persistem na paisagem rochosa deste parque onde as flores inspiram e fascinam viajantes. A cordilheira do Espinhaço é majestosa, está presente em boa parte de Minas e corta a paisagem do parque. Suas formações refletem o grande movimento de placas que ocorreu na região onde rochas pontiagudas permaneceram inclinadas todas na mesma direção, como se estivessem reverenciando os deuses responsáveis por estas transformações. Visando proteger esta grande cadeia montanhosa que funciona como uma espinha dorsal do centro do Estado e abriga centenas de nascentes, foi criado em novembro de 1984 o Parque Nacional da Serra do Cipó.O parque ocupa uma área de 33.800 ha, recheados de belas cachoeiras, lagoas e cânions, além disto, é considerado por estudiosos como um dos lugares com o maior número de plantas por metro quadrado do planeta. Já são mais de 1500 espécies catalogadas, entre elas a admirada sempre-viva, presente em boa parte dos campos rupestres e que por pouco não foi extinta devido à retirada indiscriminada por moradores antigos.

A história da ocupação desta região é bem antiga, há vários sítios arqueológicos, pinturas rupestres encontradas em grutas, muitos indícios de que comunidades primitivas viveram nesta área em tempos remotos. Muitos anos à frente deste período, a Serra da Vacaria, nome dado pelos Bandeirantes e que depois passou a se chamar Serra do Cipó, se transformou numa importante rota por onde passavam todo ouro e diamante encontrado em várias localidades mineiras. Atualmente, a `Estrada Real`, trecho compreendido entre Diamantina (Minas Gerais) e Paraty (Rio de Janeiro), tornou-se um grande foco turístico e vem atraindo milhares de aventureiros que vem para a região em busca da história e também de ecoturismo.

Voltando a paisagem do parque, toda aridez da serra parece contestar a vivacidade das flores, mas botânicos afirmam que algumas espécies como as canelas-de-ema, crescem entre os aglomerados rochosos aproveitando a água que cai do orvalho da noite. Estas plantas utilizam a matéria orgânica acumulada no caule e sobrevivem com pequenas porções de água armazenadas entre as folhas secas caídas. A definição de cerrado, com árvores tortuosas espalhadas, folhas resistentes, nesta região perde espaço para os campos rupestres, com uma vegetação rasteira composta por gramíneas e plantas de porte arbustivo.

A estrutura desta extensa faixa montanhosa são quartzitos, rochas formadas a partir da areia do fundo do mar, lembrando que aqui como em várias outras regiões, já foi um grande oceano. A disposição dessas rochas nas encostas das montanhas fez da Serra do Cipó uma paisagem peculiar e inesquecível. O parque conta com uma boa estrutura para receber visitantes e diferente de vários outros parques onde a presença de animais domésticos é expressamente proibida, no Cipó é possível alugar um cavalo e conhecer a Cachoeira da Farofa, a queda mais visitada da unidade. O nome farofa, ao contrário do que muitos pensam, se refere à água que cai do alto e se esfarela nas rochas que cercam um belo poço.

Para quem gosta de longas caminhadas o bom mesmo é visitar a Cachoeira da Farofa e o Cânion das Bandeirinhas, o percurso todo é de 16 km (ida e volta), mas se prepare para o mergulho na Farofa, a temperatura da água é congelante. No Cânion das Bandeirinhas, um desfiladeiro de 80 metros recortado pelo Rio Mascate, é envolvido por milhares de pedras que despencaram do alto e agora fazem parte deste cenário memorável.

Alguns atrativos do parque são mais complicados de se chegar, entre eles o Travessão, uma caminhada de cerca de 3 horas com boas subidas, é bom ir acompanhado de um guia. O Travessão é um grande vale localizado no alto da Serra do Espinhaço, de proporções imponentes e o vale funciona como divisor de duas grandes bacias hidrográficas de Minas, a do Rio Doce e a do Rio São Francisco. O Vale do Travessão também era o único local onde os viajantes podiam atravessar de uma serra para outra levando toda tralha que envolvia as grandes empreitadas dos Bandeirantes.

Na volta do Travessão, conheça a estátua construída em homenagem ao Juquinha, um antigo e carismático morador da serra, que costumava colher flores nos campos e presentear visitantes. Se você quiser conhecer uma figura ainda mais surpreendente, siga até a cidade de Morro do Pilar, depois pela estrada para Itambé e no meio do caminho, no lado esquerdo uma lapa esconde um personagem. Uma espécie de ermitão que abdicou de tudo e foi viver sozinho numa lapa (gruta).

Um passeio imperdível para os mais aventureiros é pegar uma canoa canadense e navegar pelo Rio Cipó. As águas calmas do rio e toda vegetação da margem são emolduradas pela grande Serra do Espinhaço. Depois de poucos quilômetros rio acima é possível observar capivaras descansando e se alimentando nas margens do rio. O mais interessante é que elas são tranqüilas e já acostumaram com a presença humana no rio, portanto remando devagar e sem muito barulho é possível chegar a poucos metros dos bichos sem afugentá-los. Alguns problemas rondam o interior do parque, entre eles a regularização fundiária da área, um problema que afeta grande parte dos parques brasileiros e além disto à proximidade de um grande centro urbano como Belo Horizonte aumenta a pressão de moradores.

Em relação ao plano de manejo da unidade, os próprios funcionários do parque estão à frente da execução do plano, ao contrário de outros parques que contratam empresas especializadas no serviço. Para João Madeira, analista ambiental que está coordenando os trabalhos, muitos dos planos de manejo elaborados da forma como eram antes dos concursos do Ibama foram caros e não atenderam às necessidades das unidades. Madeira ainda ressalta que `realizar o trabalho internamente é uma tentativa de aproveitar uma mão de obra de que antes não se dispunha e que agora existe e tem como obrigação planejar as ações de conservação e manejo das unidades de conservação sob a gestão do IBAMA`. Na minha opinião, esta é uma iniciativa questionável, pois o trabalho interno dos funcionários do parque não pode ser colocado de lado para a execução do plano de manejo.
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