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POUSO ALEGRE (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE POUSO ALEGRE


População 2013: 135.600
Área da unidade territorial (Km²):  543,068
Densidade demográfica (hab/Km²): 240,51
Gentílico: Pouso-alegrense

Histórico
A história de Pouso Alegre, antigo Arraial de Bom Jesus de Matozinhos do Mandu, tem início no despertar social e econômico da rica região sul-mineira. Data mais ou menos de 1596 o devassamento, pelos bandeirantes paulistas, do Alto Sapucaí, por onde passaria em 1601, conforme Diogo de Vasconcelos, a expedição de D. Francisco de Souza, da qual fazia parte o alemão Glimmer, o primeiro naturalista a penetrar naquelas paragens.

Pelos fins do século XVI já se sabia da existência de ouro no Alto Rio Verde e no Alto Sapucaí, como se lê na obra de Orville Derby - Os Primeiros Descobrimentos de Ouro em Minas Gerais.

O primeiro marco de povoação em terras de Pouso Alegre teria sido lançado no século XVIII por João da Silva, assim relatado no Almaneque Sul-Mineiro de 1874, organizado por Bernardo Saturnino da Veiga: "Segundo tradição que se tem conservado, quem primeiro habitou às margens do Mandu foi o aventureiro de nome João da Silva.

"Prosperando em sua lavoura, fez João da Silva, no fim do século passado, doação do terreno necessário a edificação de uma igreja dedicada ao Senhor Bom Jesus. Construiu-se a capela com auxílio de alguns moradores vizinhos e, no ano de 1795, o padre Francisco de Andrade Melo, que então residia na Paróquia de Santana do Sapucaí, veio celebrar a primeira missa que houve nesse lugar, ficando, desde então, como capelão particular.

"Em 1797 o Governador D. Bernardo José Lorena, Conde de Sarzedas, que de São Paulo fora transferido para a Capitania de Minas Gerais, passou pelo nascente povoado, onde veio a seu encontro

o Juíz de Fora de Campanha, Dr. José Joaquim Carneiro de Miranda.

"Encantados pelo suntuoso panorama que se descortinava a seus olhos e pelos vastos límpidos horizontes que os cercavam, conta-se que um daqueles personagens dissera: "Isto não devia chamar-se Mandu, mas sim Pouso Alegre". E daí veio a denominação que o povo e a lei posteriormente sancionaram".

Segundo alguns autores, o batismo da localidade como Mandu se derivou da corruptela do nome de um pescador ou tropeiro, que se chamaria Manuel atendendo pela alcunha de Manduca ou simplesmente Mandu, e que teria sido o primeiro povoador da região. Segundo outros, do tupi-guarani mandi-yu (mandi = peixe e yu = amarelo). Atestam Marques de Oliveira e Augusto Vasconcelos que até 1799 a florescente povoação localizada às margens do Mandu era também conhecida pelo nome desse rio

Crescendo a população do lugar, a cerca de seis léguas da Freguesia de Santa Ana do Sapucai, surgiu em 1789 a idéia da construção de uma capela, que foi erguida em terreno doado por Antônio José Machado e sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Matozinhos. Benta possivelmente a 18 de abril de 1802, teve por capelão o padre José de Melo.

Oito anos depois de inaugurada a capela, foi o povoado elevado à categoria de freguesia colada a do Senhor Bom Jesus de Pouso Alegre, vulgarmente chamada Mandu. Nomeado Vigário Colado e da Vara da Freguesia o Padre José Bento Leite Ferreira de Melo, natural de Campanha, tornou-se a figure central da história de Pouso Alegre em seu tempo.

Em 1830, o Padre Bento, auxiliado por seu coadjutor, padre João Dias de Quadros Aranha, fundou o Pregoeiro Constitucional, jornal de grande relevo na vida política da época, sendo o primeiro a sair no sul de Minas e o quinto na Província Foi em suas oficinas que se imprimiu o projeto da nova Constituição do Império, chamada "Constituição de Pouso Alegre", preparada por membros do Partido Moderador no intuito de satisfazer as exigências dos mais avançados e pacificar os demais.

A 7 de maio de 1832, foi levantado o pelourinho, símbolo da emancipação municipal, no Largo da Alegria. No ano seguinte, quando irrompeu a sedição militar em Ouro Preto, Pouso Alegre fez-se presente ao lado da legalidade, enviando numeroso contingente.

Com a renúncia do padre Diogo Antônio Feijó ao cargo de Regente do Império, e conseqüente mudança da situação política no País, foi organizado no Município, o Partido Conservador, chefiado por Antônio de Barros Melo.

Ao entrar o ano de 1842, agravaram-se as lutas políticas locais em conseqüência da agitação em todo o Pais, que culminou com a revolução de 42, atingindo as Províncias de São Paulo e de Minas Gerais. Em Baependi, no sul de Minas, travou-se um combate, com a participação de 360 soldados legalistas de Pouso Alegre, comandados pelo Coronel Julião Florêncio Meyer.

Em fins de 1849, teve início a construção da nova Matriz benzida em 21 de novembro de 1857 e posteriormente transformada em Catedral. Demolida esta, construiu-se outra para sede do Bispado.

Gentílico: pouso-alegrense

Formação Administrativa

O Distrito de Pouso Alegre foi criado por Alvará Régio de 6 de novembro de 1810 e o Município com território desanexado do Município de Campanha, por Decreto de 13 de outubro de 1831, instalando-se a 7 de maio do ano seguinte.

A sede municipal recebeu foros de cidade pela Lei provincial n.° 433, de 19 de outubro de 1848.

A Lei estadual n.º 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do distrito-sede do Município de Pouso Alegre, que, na Divisão Administrativa de 1911 se compõe de 4 distritos: o da sede e os de Congonhal (criado pela Lei provincial n.° 2.650, de 4 de novembro de 1880), Borda da Mata (Lei provincial n.° 901, de 8 de junho de 1858) e Estiva (Lei provincial n.° 1. 654, de 14 de setembro de 1870, com o nome de N. S.ª da Conceição da Estiva).

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1 de setembro de 1920, o Município continua constituído por 4 distritos: Pouso Alegre, Carmo da Borda da Mata, (ex-Borda da Mata), Nossa Senhora da Estiva (Estiva) e São José do Congonhal (Congonhas) .

Por efeito da Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, Pouso Alegre perdeu o distrito de Borda da Mata (antigo Carmo da Borda da Mata), cujo território passou a constituir o novo Município desse nome. Assim, na Divisão Administrativa fixada pela referida Lei, o Município de Pouso Alegre abrange 3 distritos: o da sede e os de Estiva (amigo Nossa Senhora da Estiva) e São José do Congonhal. Idêntica composição aparece não só no quadro da Divisão Administrativa de 1933, como nos das divisões territoriais de 1936 e 1937 e no anexo ao Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938.

Dá-se o mesmo nas divisões judiciário-administrativas do Estado, estabelecidas pelos Decretos-lei estaduais números 148, de 17 de dezembro de 1938 e 1.058, de 31 de dezembro de 1943, para vigorarem respectivamente, nos quinqüênios 1939-1943 e 1944-1948, nas quais o topônimo do distrito de São José do Congonhal foi simplificado para Congonhal.

Pela Lei n.° 336, de 27 de dezembro de 1948, Pouso Alegre perdeu o distrito de Estiva, cujo território passou a constituir o Município de igual nome. A mesma Lei criou, subordinado ao Município de Pouso Alegre, o distrito de Senador José Bento. Dessa forma, no quinqüênio 1949-1953,

o Município abrangia 3 distritos: o da sede e os de Congonhal e Senador José Bento. A Lei n.° 1.039, de 12 de dezembro de 1953, desmembrou de Pouso Alegre os distritos de

Congonhal e Senador José Bento, que passaram a constituir juntos o novo Município de Congonhal. Desde então, o Município possui um só distrito: o da sede.

Fonte: IBGE
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PRATA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PRATA


População 2013: 25.850
Área da unidade territorial (Km²): 4.847,544
Densidade demográfica (hab/Km²): 5,32
Gentílico: Pratense

Histórico
O município de Prata teve sua origem no antigo povoado de Nossa Senhora do Monte do Carmo, iniciado pelo comandante Capitão Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira. Em 1810, o referido Capitão, ao acampar nas margens de um Córrego, que ele nomeou de córrego do Carmo (por ser devoto de Nossa Senhora do Carmo), de frente aos dois morrinhos, tomou posse de uma grande área dessas terras e em 13 de fevereiro de 1811, com a autorização de Dom João, recebeu permissão para construir a Capela de Nossa Senhora do Monte Carmo no sertão do rio da Prata.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Carmo de Morrinhos, pela lei provincial nº 164, de 09-03-1840, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Uberaba

Elevado à categoria de vila com a denominação de Prata, pela lei provincial nº 668, de 27-04-1854, desmembrado do município de Uberaba. Sede na antiga povoação de Carmo de Morrinhos. Constituído do distrito sede. Instalada em 02-12-1855.

Elevado á condição de cidade com a denominação de Prata, pela lei provincial nº 2002, de 15-11-1873.

Distrito criado com a denominação de Bom Jardim, pela lei municipal nº 26, de 20-02-1900 e anexado ao município de Prata.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, o município de Prata adquiriu do município de Vila Platina o distrito de Campo Belo.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Bom Jardim e Campo Belo.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, município é constituído de 3 distritos: Prata, Bom Jardim e Rio Verde (ex-Campo Belo).

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Bom Jardim teve sua denominação simplificada para Jardim e o distrito de Rio Verde tomou o nome de Campina Verde. .

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Campina Verde (ex-Rio Verde) e Jardim (ex-Bom Jardim).

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Prata os distritos de Campina Verde. Elevado á categoria de município. Pelo mesmo decreto-lei acima citado é criado o distrito de Patrimônio com terras desmembradas do distrito de Jardim e anexado ao município de Prata.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Jardim e Patrimônio.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Jardim tomou a denominação de Jardinésia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Prata, Jardinésia (ex-Jardim) e Patrimônio.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

Carmo de Morrinhos para Prata, alterado pela lei provincial nº 668, de 27-04-1854.

Fonte: Prefeitura Municipal
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RIBEIRÃO DAS NEVES (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE RIBEIRÃO DAS NEVES


População 2013: 301.300
Área da unidade territorial (Km²): 154,501
Densidade demográfica (hab/Km²): 1.917,90
Gentílico: Nevense

História
As primeiras referências sobre o município de Ribeirão das Neves são do início do século XVIII, o qual denominava-se "Matas de Bento Pires".

Em 1745, o mestre-de-campo Jacintho Vieira da Costa obtém o título de sesmaria de uma porção de terra na região cental e dois anos mais tarde, constrói uma Capela dedicada a Nossa Senhora das Neves, o que dá origem ao nome " Fazenda das Neves". Em 1746, foi construído o engenho da Fazenda das Neves.

Em 1760, morre Jacintho Vieira da Costa e tendo oito filhos ilegítimos, lega seus bens ao filho Antonio Vieira da Costa. Isso gerou um conflito que durou até 1796 quando este falece, sem ter herdeiros legítimos.

Os bens foram levados à leilão, e as fazendas das Neves e Carijós foram arrematadas pelo Capitão José Luis de Andrade, português, morador da Vila do Sabará, iniciando um novo período na história do município. José Luis casou-se em 1799 com D. Francisca Antonia da Costa, com a qual teve dois filhos: O Guarda-mor Joaquim José de Andrade e o Padre José Maria de Andrade. Joaquim José de Andrade, nascido em 1781, veio para Neves em 1818 para morar na Fazenda dos Carijós (hoje bairros Santa Marta, Santa Martinha, Porto Seguro e Nova União) e a comprou de seu pai em 1825. Casou-se em 1826 com Dona Úrsula Maria Nogueira de Alvarenga com a qual teve 8 filhos, deixando grande descend ência em Ribeirão das Neves e Pedro Leopoldo. José Maria de Andrade, segundo filho do Capitão, nasceu em 1794, ordenou-se padre em 1818, vindo para a Fazenda das Neves neste período onde ficou até sua morte. Com a vinda do Padre, a Capela já existente desde 1747 passou a ter mais importância.

Em 1820, foi criada uma Guarda-Moria nas Capelas de Nossa Senhora das Neves e Santo Antonio da Venda Nova. A lei Providencial de 15 de setembro de 1827, reforçada pelo Decreto de 11 de setembro de 1830, eleva Neves a Distrito de Paz, com uma população aproximada de 1.241 habitantes.

No período em que Neves foi distrito de 1827 a 1846 existe uma grande quantidade de documentos tais como mapas de população, lista de juízes de Paz, fiscais e procuradores sulbalternos. Existiu no distrito das Neves, na região de Campanha, a pimeira fábrica de fios de algodão de Minas Gerais, fundada por volta de 1830 por Antonio Luiz de Avellar, filho de José Pedro de Avellar e D. Quitéria Franscisca da Encarnação, proprietários da Fazenda de Mato Grosso.

Neves perdeu sua condição de distrito em 1846 atavés do pedido do então vereador, Padre José Maria de Andrade, visto as condições precárias da capela e o aumento da população. É criado então,o distrito de Venda Nova, ao qual Neve é anexado. Mesmo tendo perdido o distrito, a capela continuou funcionando e os registros de batizados e casamentos realizados na mesma estão no livro de registros de Curral Del Rey e abrange o período de 1831 a 1916.

O padre José Maria de Andrade morreu no dia 06 de dezembro de 1975 e foi sepultado no interior da capela de Neves. Em seu testamento ele citou e reconheceu seis filhos. É extensa sua descendência no município de Ribeirão das Neves.

Após a morte do padre, Neves foi anexada ao distrito de Pindahybas (Lei nº2.041 de 01/12/1873), atual Vera Cruz de Minas (Pedro Leopoldo) com a qual permaneceu até 1911, quando ambas foram anexadas ao recém município de Contagem.

Em 1927, o Estado de Minas Gerais adquire as fazendas do Mato Grosso e parte da Fazenda de Neves para construção de uma Penitenciária Agrícola que impulsiona o crescimento populacional. Em 1938, Contagem perde sua autonomia de município e é anexada à Betim juntamente com todos os seus distritos, incluindo Neves e Campanha. Neste mesmo ano, foi inaugurada a Penitenciária Agrícola de Neves.

Por cinco anos, Neves pertenceu a Betim, quando foi, então, anexada ao município de Pedro Leopoldo, criado no ano de 1943. A mesma lei que transfere o distrito de Neves para Pedro Leopoldo, altera seu nome para Ribeirão das Neves.

Após várias reuniões dos representantes políticos, população e governador, Ribeirão das Neves se torna município através da Lei nº1.039 de 12 de dezembro de 1953 sendo anexada ao seu território o distrito de Campanha com o nome alterado para Justinópolis e o povoado de Areias.

Fonte: IBGE
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PONTE NOVA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PONTE NOVA

População 2013: 59.200
Área da unidade territorial (Km²): 470,642
Densidade demográfica (hab/Km²): 121,94

Histórico
A segunda metade do século XVIII, uma comissão incumbida oficialmente de abrir uma estrada para a capitania do Espírito Santo fez construir uma passagem provisória sobre o rio Piranga, a partir de sua margem esquerda . A passagem não resistiu por muito tempo, construindo-se no mesmo local, por determinação das autoridades, uma ponte apoiada em pilares de pedra e que logo seria denominada ponte nova, origem do topônimo do Município.

As primeiras habitações começaram a surgir em 1770, quando o padre João do Monte Medeiros, obtendo provisão para construir uma capela sob o orago de São Sebastião e Almas de Ponte Nova, filiada a paróquia de Furquim, cedeu em doação, para patrimônio do pequeno templo, um terreno entre o córrego do Vau-Açu e a sesmaria da Vargem.

Em outubro de 1832, o curato foi elevado a paróquia. Foi seu primeiro pároco o padre João José de Carvalho, que se empossou a 22 de agosto de 1836. A 25 de janeiro de 1838, começou a dirigir a paróquia o padre pontenovense José Miguel Martins Chaves. Proprietário da fazenda do Engenho, que confrontava com os terrenos da primitiva doação do padre João de Monte Medeiros, doou uma área situada a esquerda da Igreja matriz destinada a cemitério e autorizou construções em lotes próximos, havendo ele próprio mandado construir uma casa, existente até há poucos anos. Do antigo núcleo de habitações, irradiou-se o povoamento do lugar, multiplicando-se as casas e as ruas.

A 11 de julho de 1857, adquiriu o povoado categoria de vila, compreendendo as freguesias de Ponte Nova, Barra Longa, Santa Cruz do Escalvado, Barra do Bacalhau, São Sebastião da Pedra do Anta e Abre-Campo, que passaram a integrar a Comarca de Piracicaba

Teve sua confirmação em 1861 e instalação a 26 de abril de 1863, depois de ter sido verificada a 28 de dezembro de 1862, a eleição de sua primeira Câmara Municipal, assim constituída: Capitão Manoel Francisco de Souza e Silva, presidente, Miguel Martins Chaves, Luís José Pinto Coelho da Cunha, Sebastião José Pereira do Monte, Antônio Justiniano Gonçalves Fontes, Joaquim Rodrigues Milagres e Antônio Carlos Corrêa Mayrinck, vereadores. Foi elevada a Termo em 1863 e a Comarca em 1880, com a denominação de Rio Turvo, mudada para Ponte Nova em 1883.

A agricultura e o comércio constituíram por muitos anos as principais ocupações dos habitantes. Em 1860, foi introduzido no Município o primeiro engenho-de-açúcar com moenda horizontal de ferro. Em 1886, inaugurou-se a Usina Ana Florência, que foi um dos mais importante empreendimento em terras de Ponte Nova, com expressiva a produção de açúcar e álcool. Hoje a Usina fencontra-se desativada.

A 30 de outubro de 1866, adquiriu Ponte Nova foros de cidade.

Em 1951 foi fundado em Ponte Nova a empresa Bartolomeu Cordeiro e Filhos Ltda. Em 1958 a empresa já possuía 8 lojas de varejo em Ponte Nova e região. No início da década de 70 iniciou suas atividades no setor indusrial. Em 1982 a empresa atacadista atuava com o nome de Bartofil. Em 2004 construiu o Centro de distribuição e mudou sua razão social para BCR Comércio e Indústia S/A. Sempre ajustando suas velas aos novos desafios que encontrou pela frente, de uma pequena rede regional com 8 lojas em 1958, a empresa se transformou em um atacadista com atuação nacional. Hoje a BCR e formada pela Bartofil Distribuidora, Cotril Distribuidora, Ormel Distribuidora, Varejão Ormel, Atac, Cadernos Bartofil e Gráfica Bartofil.

Um dos mais recentes empreendimento no município ocorreu em março de 2000 com a inauguração do Frigorífico Industrial Vale do Piranga S/A (SAUDALI), com que há de mais moderno em que se tratando de controles na produção de alimentos, desde a granja de origem até o produto final. E o quarto maior pólo produtor de suínos do Brasil e o maior do Estado de Minas Gerais, resultado da parceria inédita de 52 produtores de suínos, que saíram da condição de concorrentes para se tornarem sócios acionistas, em uma união histórica com o objetivo de agregar valor a sua matéria-prima.Em 2004 iniciou suas vendas para o mercado externo, inicialmente para os países relacinados na Lista Geral do Ministério da Agricultura. Em 2005 é vistoriado por agentes sanitários representantes da Rússia e passa a exportar para àquele país. Hoje exporta para os seguintes países: Africa do Sul, Argélia, Argentina, Armênia, Bulgária, Cazaquistão, Chile, China, Cingapura, Colômbia, Cuba, Japão, Moldávia, Paraguai, Rússia, Suiça, Ucrânia, Urugai e Uzbequistão.

Gentílico: Ponte-novense

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Ponte Nova, pelo decreto de 14-07-1832, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Mariana.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Ponte Nova, pela lei provincial nº 827, de 11-07-1857, desmembrado de Mariana. Instalado em 26-04-1863.

Pela lei provincial nº 768, de 02-05-1856, e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Santa Cruz do Escalvado e anexado a vila de Ponte Nova.

Pela lei provincial nº 875, de 04-06-1858, é criado o distrito de Santana do Jequeri e anexado a vila de Ponto Nova.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Ponte Nova, pela lei provincial nº 1300, de 30-10-1866.

Pela lei provincial nº 3442, de 28-09-1887 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891, são criados os distritos de Piedade de Ponte Nova e Urucu e anexados ao município de Ponte Nova.

Pelo decreto estadual nº 58, de 07-05-1890 e por lei estadual nº 2, de 14-09-1891 é criado o distrito de Grota e anexado ao município de Ponte Nova.

Pelo decreto estadual nº 160, de 08-08-1890, o município de Ponte Nova adquiriu o município de Mariana o distrito de Rio Doce.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, é criado o distrito de São José do Oratório e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 9 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Grota, Piedade de Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santana do Jequeri, São José do Oratório e Urucu.

Pela lei estadual nº 823, de 07-09-1923, desmembra do município de Ponte Nova os distritos de Santana do Jequeri e Grota. Para formar o novo município de Santana do Jequeri.Sob o mesmo decreto é criado o distrito de Van Assu e anexado ao município de Ponte Nova, o distrito de Urucu passou a denominar-se Urucânia e ainda o município de Ponte Nova adquiriu o distrito de Barra Longa do município de Mariana.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 9 distritos: Ponte Nova, Barra Longa, Oratórios ex-São José dos Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado Urucânia ex-Urucu e Van Assu.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece com os mesmo município de da divisão de 1933, menos o de Van Assu.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Barra Longa. Elevado à categoria de município. Sob o mesmo decreto, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Rio Doce, sendo anexado ao município de Dom Silvério.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Santa Cruz os Escalvado e Urucânia.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Rio Doce volta a pertencer do município de Ponte Nova.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 7 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Urucânia.

Pela lei nº 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Santa Cruz do Escalvado. Elevado à categoria de município. Sob a mesma lei é criado o distrito de Vau-Açu ex-povoado e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 7 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Urucânia e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960.

Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Ponte Nova os distrito de Amparo da Serra, Piedade de Ponte Nova, Rio Doce e Urucânia, todos elevados à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 3 distritos: Ponte Nova, Oratórios e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-I-1979.

Pela lei estadual nº 8285, de 08-10-1982, é criado o distrito de Rosário do Pontal ex-Pontal e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 4 distritos: Ponte Nova, Oratórios, Rosário do Pontal e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VI-1995.

Pela lei estadual nº 12030, de 21-12-1995, desmembra de Ponte Nova o distrito de Oratórios. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 3 distritos: Ponte Nova, Rosário do Pontal e Vau-Açu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE
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PORTEIRINHA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTEIRINHA


População 2013: 38.600
Área da unidade territorial (Km²): 1.749,679
Densidade demográfica (hab/Km²): 21,51

Histórico
Porteirinha, como a maioria das povoações da região, originou-se a partir de uma pousada de viajantes à margem de um rio. O local onde se originou a povoação era apenas um movimentado ponto de pousada para os viajantes que demandavam o sul do estado e do País, vindos do estado da Bahia e de vasta região do nordeste brasileiro, e os que faziam o percurso de volta. A estrada que ali passava vinha da Bahia, passava por diversos pontos de pousada: Espinosa, Monte Azul, Mato Verde e Porteirinha continuava, passando por Riacho dos Machados e seguindo adiante.

Uma brecha entre os altos troncos, de um lado e de outro da clareira, na entrada norte, lhe servia de acesso. Era como uma porteira. Os que para ali se dirigiam, em busca de pouso, se referiam ao local como Porteirinhas.

Segundo a tradição os primeiros moradores foram os tropeiros Severino dos Santos, José Cândido Teixeira, Galdino Teixeira, José Antônio da Silva, João Soares, João de Deus, João Pereira e José Miguel, que por aqui se estabeleceram nos primórdios do século XVIII.

Alguns deles eram retirantes que por algum motivo interrompiam a viagem e fixavam morada por ali. Outros, vieram à cata de ouro. Cessada a febre do metal, alguns tornaram-se senhores de grandes extensões de terras e escravocratas poderosos. Dedicavam-se às lavouras, empregando os escravos em suas propriedades. As terras estavam à disposição de quem as quisesse ocupar. Não havia escrituras. Chamavam o aglomerado de São Joaquim da Porteirinha.

A localização da sede do município se deve ao fato de ser esta a parte que possui as melhores terras de cultura e também por ser caminho aberto às regiões vizinhas.

Há outra versão sobre os primeiros anos da vida da comuna. Alguns habitantes de Nossa Senhora da Conceição de Jatobá internaram-se pelos sertões adjacentes, e à margem direita do Rio Mosquito ergueram as primeiras casas do povoado de São Joaquim da Porteirinha. Isso nos primeiros anos após a proclamação da república. É mais aceita, entretanto, a primeira versão. O certo é que os dois grandes atrativos eram as terras férteis e a água do Rio Mosquito.

Gentílico: Porteirinhense

Formação Administrativa
Pela lei estadual nº 805, de 22/09/1921, a sede do distrito de Jatobá foi transferida para o povoado de São Joaquim da Porteirinha.

Segundo a divisão administrativa do Estado, fixada pela lei estadual nº 843, de 07/09/1923, o povoado sob a designação de São Joaquim de Porteirinha, se mantinha como integrante do município de Grão Mogol.

Em 17/12/1938, pelo decreto-lei estadual nº 148, que estabeleceu a divisão judiciário-administrativa do Estado, a vigorar de 1937 a 1943, foi criado o município de Porteirinha, composto de 3 distritos: o da sede, o de Gorutuba e o de Riacho dos Machados.

Em 1943, pelo decreto-lei nº 1058, o município passou a constituir-se de 4 distritos: Porteirinha, Gorutuba, Riacho dos Machados e Serranópolis.

Em 30/12/1962 o município perdeu o distrito de Riacho dos Machados, emancipado através da lei Estadual nº 2764, daquela data.

Posteriormente foram criados outros distritos: Tocandira, criado pela Lei Estadual; Paciência, criado pela Lei Estadual nº 8285, de 08/10/1982; Mocambinho, criado pela lei nº 8285, de 08/10/1982; Mulungu de Minas, criado pela Lei Municipal nº 847, de 06/05/1994; Serra Branca de Minas, criado pela lei Municipal nº 1108, de 06/03/1998.

E através da lei Estadual nº 12030, de 21/12/1995, foram emancipados também os distritos de Pai Pedro e Serranópolis de Minas, para formarem novos municípios.

Atualmente o município compõe-se de 6 distritos: Porteirinha, Gorutuba, Mocambinho, Paciência, Mulungu de Minas, Serra Branca de Minas e Tocandira.

Fonte: IBGE
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PIUMHI (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PIUMHI


População 2013: 32.200
Área da unidade territorial (Km²): 902,468
Densidade demográfica (hab/Km²): 35,33

Histórico
Habitavam estas paragens, em tempos idos, dois abastados fazendeiros, inimigos figadais, Capitão Luís Antônio Vilela e Fernão Alves dos Santos. Motivava a inimizade e as lutes constantes entre os senhores, familiares e escravos a fixação das divisas de suas terras e sesmarias.

Por volta de 1707, famílias paulistas, chefiadas por Manoel Marques de Carvalho, quando regressavam dos sertões mineiros, onde estiveram à cata de ouro, acamparam às margens de um córrego - hoje córrego do Carvalho - para ligeiro repouso . Com permissão do chefe, exploraram a região e encontrando ouro, diamantes e outros minerais obtiveram autorização dos proprietários das terras para garimpar. Já em 1708, o número dos garimpeiros aumentara. Veio então, trazendo licença para garimpar, o Padre Marcos Pires Corrêa, que propôs aos habitantes construíssem uma capela e conseguissem o necessário para a celebração dos ofícios divinos, uma vez que todos eram católicos. A 15 de agosto de 1708, era celebrada a 1.ª missa na região .

Recrudescendo o ódio entre as duas famílias, Manoel Marques de Carvalho, amigo de ambas, resolveu por termo às rixas, propondo para árbitro da questão o Padre Marcos. Sugeriu a doação das terras litigiosas a Nossa Senhora do Livramento, separando, desta forma, as duas fazendas. Doados os terrenos, ficou conhecida por Nossa Senhora do Livramento do Piui a povoação.

Após a guerra dos Emboabas, voltaram as bandeiras paulistas a desbravar os sertões, datando daí a crescente povoação de Nossa Senhora do Livramento do Piu-i, conhecido, então, somente por Piu-i, nome do rio que atravessa a região. O vocábulo Piu-i, indígena, significa "água cheia de moscas" e na verdade, as águas quase paradas do rio são infestadas por esses insetos.

Em 1770, o povoado foi elevado à categoria de curato, sendo primeiro cura o Padre Francisco Alves Torres. Em 1813 era elevado à categoria de freguesia. A paróquia foi criada em 1854.

Gentílico: Piuiense

Formação Administrativa:
Freguesia criada com a denominação de Piui, por Alvará de 26-01-1803, subordinado ao município de Formiga.

Elevado à categoria de município com a denominação de Piui, pela lei provincial n.° 202, de 01-04-1841, desmembrado do de Formiga. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-04-1842.

Elevado à condição de Cidade e sede municipal, por lei provincial n.° 1.510, de 20-07-1868.

Pela Lei estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, são criados os distrito de Araújos, Bocaina, Perobas e São Roque e anexado ao município de Piui.

Pela lei municipal nº 73, de 05-10-1901, é criado o distrito de São Sebastião dos Franciscos e anexado ao município de Piui.

Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, o distrito de Pimenta passa a pertencer ao município de Piui, desmembrado do município de Formiga.

Em divisão administrativa referente ao de 1911, o Município de Piui é constituído de 7 distritos: Piui, Bocaina, Araújos, Perobas, Pimenta, São Roque e São Sebastião dos Franciscos.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município Piui os distritos de Araúna ex-Araújos e Capitólio ex-São Sebastião dos Franciscos. Para formar o novo município de Guapé. Sob o mesmo decreto distrito de Bocaina passou a denominar-se Santo Hilário. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Piui, Perobas, Pimenta, Santo Hilário e São Roque. Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Piui o distrito de Guia Lopes ex-São Roque. Elevado à categoria de município com a denominação de Guia Lopes.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Piui, Perobas, Pimenta e Santo Hilário.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra o distrito de Pimenta do município de Piui. Para formar o novo município de Pains. Sob o mesmo decreto o distrito de Capitólio é anexado ao município de Piui. Desmembrado de Guapé.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Piui, Capitólio. Perobas e Santo Hilário.

Pela lei estadual nº 366, de 27-12-1948, desmembra do município de Piui o distrito de Santo Hilário. Para formar o novo município de Pimenta. Sob a mesma lei desmembra do município de Piui o distrito de Capitólio. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Piui e Perobas.

Pela lei estadual nº 2.764, de 30-12-1962, transfere o distrito de Perobas do município de Piui para o de Doresópolis.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído do distrito sede.

Pela lei estadual nº 12946, de 15-07-1998, o município de Piui passou a denominar-se Piumhi.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica municipal

Piui para Piumhi teve sua grafia alterado por força da lei estadual nº 12946, de 15-07­1998.

Fonte: IBGE
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POÇOS DE CALDAS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE POÇOS DE CALDAS


População 2013: 156.400
Área da unidade territorial (Km²): 547,261
Densidade demográfica (hab/Km²): 278,54

Histórico
A região onde se localiza o atual Município de Poços de Caldas foi inicialmente habitada pelos indios Cataguases que, em 1675, ofereceram combate e venceram a célebre bandeira de Lourenço Castanho, cognominado "O Velho".

Somente em meados do século XVIII verificou-se o seu desbravamento propriamente dito. Os desbravadores penetraram o Planalto, abrindo vias de comunicação para as novas "descobertas'' ou socavões, em pesquisas infrutíferas, através dos braços do rio Pardo. Três fatores influíram no desenvolvimento social e econômico deste período: a busca de ouro, a abertura de estradas - que facilitassem a fiscalização e dificultassem os contrabandos - e ainda a procura de "água santa", para fins medicinais.

Como até meados do século XVIII a "única coisa que dava valor aos territórios novos, motivando sua ocupação e povoamento, era a descoberta de ouro", a região só foi ocupada e povoada quando terminada a era da mineração e iniciado o "ciclo pastoril'.

Com a busca de pastagens para manter a pecuária valorizou-se a região dos "Campos de Caldas'', como passou a ser chamado o local. Com isto, facilitou a instalação do núcleo pastoril que, economicamente, substituiu a lavra e grupiara. Entre os que vieram para os "Campos de Caldas", nos últimos anos de 1700, encontrava-se o Padre Manoel Gonçalves Correia, que instalou uma fazenda no "Monte Alegre", junto à fronteira paulista. Lá ergueu uma ermida, a primeira igreja da região, dedicada a Nossa Senhora do Carmo.

Os povoadores foram aumentando e com sua propulsão, promovendo o recuo da divisa; se no "ciclo do ouro" era o descobrimento das novas minas que trazia a massa invasora, no "ciclo pastoril" a corrida pelas zonas das "campinas" fez com que o fenômeno se repetisse.

Em 1700, nas suas últimas décadas, toda a zona de Caldas era completamente despovoada. A região deserta entre as duas Capitanias estava, pois, limitada por duas estradas paralelas - a Estrada de Goiás, pelo lado paulista, e, pelo lado mineiro, as "antigas picadas reabertas por Luís Diogo, passando por Cabo Verde, Campestre e Ouro Fino". Foi em 1776 ou 77, que o guarda-mor Veríssimo João de Carvalho, anotado pelo "Cabo do Registro de Ouro Fino", fez a "tranqueira" que lhe tomou o nome. Ordenou-lhe a feitura o Governador da capitania de Minas Gerais, "para divisão entre as duas capitanias" e mandou que daquela tranqueira para dentro não se adiantasse "uma só polegada aos súditos de Minas, e nem se consentisse que por parte da Capitania de São Paulo se entrasse para a de Minas um só palmo".

Os paulistas, na "marcha para o Oeste" em demanda de pastagens, pulavam as tranqueiras e arrancavam os moirões de posse como tinham feito no "ciclo do ouro" e assim iam invadindo o Planalto. O recuo da divisa foi o curioso fenômeno que ligou geograficamente a Região do "planalto da Pedra Branca", também chamada "maciço de Poços de Caldas", ao desenvolvimento social e econômico da Capitania de Minas. Começou com a expulsão do paulista Bartolomeu Buenos do distrito de Campanha, em 1743, e terminou com a disputa entre a Câmara de Caldas e a de São João da Boa Vista, na Fazenda do óleo (atual município de Andradas), por ocasião do inventario de Antônio Martiniano de Oliveira, em 1874.

Quando das costumeiras penetrações realizadas pelos aventureiros da época, foram descobertos, em meio do planalto, os poços de água quente, cujo valor medicinal foi de pronto constatado. Nasceu desse fato o constante crescimento do lugarejo que imediatamente se formou nas vizinhanças dos poços. Esta data é considerada a de fundação da cidade de Poços de Caldas.

O nome de Caldas veio da tradição portuguesa relacionada com as águas de igual nome existentes em Portugal. Inicialmente era a freguesia de Nossa Senhora da Saúde das Águas de Caldas.

Desde 1886, funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas, na qual já era utilizada a agua sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Poços recebeu seu primeiro visitante ilustre, o Imperador Dom Pedro II, em outubro de 1.886. O mesmo esteve acompanhado da Imperatriz Dona Tereza Cristina para inauguração do ramal da Estrada de Ferro Mogiana.

Foi elevada a vila, com sede na povoação de Nossa Senhora da Saúde de Poços de Caldas e a denominação de Poços de Caldas, em 1889, tendo sido desmembrada do município de Caldas.

Com o aumento considerável do número de veranistas que procuravam Poços de Caldas para repouso ou tratamento e o crescimento de seu renome como estância hidroterápica, foi iniciada, em 1888, a construção do primeiro estabelecimento balneário.

Ao presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada deve Poços de Caldas apreciáveis melhoramentos, que a tornaram a primeira Estância Balnearia da América do Sul.

A prosperidade e o luxo tiveram seu grande momento em Poços de Caldas enquanto o jogo esteve liberado no Brasil. Pelos salões do Palace Casino e do Palace Hotel desfilava a "nata" da aristocracia brasileira e até de outros países. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel, co a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país.

A proibição do jogo, em 1946, e a descoberta do antibiótico tiveram forte impacto para o turismo da cidade. O termalismo deixou de ser a maneira mais eficaz de tratar as doenças para as quais era indicado. E os cassinos foram fechados. A economia de Poços sofreu um grande abalo, mas logo encontrou uma alternativa ao entrar no "ciclo da lua-de-mel", quando tornou-se elegante passar as núpcias na cidade e o turismo consiguiu fôlego para sobreviver. Depois deste período, o perfil do turista que visita Poços mudou. A classe média e grandes grupos passaram a frequentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos de atração da cidade, antes retrito à elite.

Gentílico: Poços-caldense

Formação Administrativa:
A 6 de dezembro de 1879, pela Lei provincial n.° 2.542, foi o distrito elevado à categoria de freguesia, integrando o termo de Caldas.

A Lei n.° 3.659, de 1.° de setembro de 1888, criou, com sede na povoação de Nossa Senhora da Saúde de Poços de Caldas e território desmembrado do Município de Caldas, o de Poços de Caldas, cuja instalação se verificou a 31 de maio de 1890.

A Lei estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do distrito-sede do Município de Poços de Caldas, que, na Divisão Administrativa de 1911, aparece constituído de um só distrito.

Os foros de cidade à sede foram concedidos pela Lei estadual n.° 663, de 18 de setembro de 1915, permanecendo o Município até a presente data com um só distrito, o da sede. Pela Lei municipal n.° 365, de 3 de junho de 1954, foi considerada a data de 6 de novembro de 1872 como de fundação da cidade. Foi elevada a categoria de 2ª entrância pela Lei n.° 887, de 24 de fevereiro de 1925, e à de 3ª, pela de n.° 1.098, de 22 de junho de 1954. Inicialmente constituída de 2 Termos: o da sede e o de Botelhos, foi este último desmembrado pelo Decreto-lei n.° 2.904, de 15 de fevereiro de 1948.

A Comarca foi criada pela Lei estadual n.° 663, ocorrendo sua instalação a 20 de janeiro de 1917, em cumprimento do Decreto estadual n.° 4.687, de 19 de dezembro de 1916.

Fonte: IBGE, Prefeitura Municipal de Poços de Caldas (www.pocosdecaldas.mg.gov.br)


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PEDRA AZUL (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PEDRA AZUL

População 2013: 23.880
Área da unidade territorial (Km²): 1.595,129
Densidade demográfica (hab/Km²): 14,94
Gentílico: Pedra-azulense

Histórico
Admite-se tenha sido a região do atual município de Pedra Azul primitivamente habitada por índios, uma vez que é comum encontrarem-se nas pedreiras existentes no território municipal amplas grutas que, ao que parece, serviram de habitação a silvícolas, pois apresentam as suas paredes internas cobertas de desenhos, embora já quase apagados pelo tempo, os quais são atribuídos a esses primitivos moradores. Isto se verifica na Loca dos Caboclos, a 700 metros da cidade, e na Gruta da Lapa dos Caboclo, e na gruta da Lapa Pintada, a 1 quilometro do pico da cabeça Torta.

Colatino Antunes de Oliveira, um dos primeiros povoadores do município, contava que, em 1888, ao passar pelo local onde hoje se acha a cidade de Pedra Azul, viu uma pequena taba de índios; porém não há documentação que comprove a que tribo pertenciam. A 8 quilômetros da cidade existe uma fazenda ainda denominada Aldeia, por se acreditar tenha sido, realmente, aldeamento indígena.

Conhece-se a história da cidade do regime monárquico para cá, quando então era ainda o arraial da Bôca da Caatinga, que foi o seu primeiro nome, pertencendo ao Município de Salinas. O primeiro povoador da região foi o português Manoel Machado, que no último quartel do século XVIII por ali aportou vindo da Bahia, para conhecer as propriedades do conde da Ponte. Aí chegando, fundou a fazenda Carvalhada, onde viveu por muitos anos e, ao morrer, deixou duas filhas, uma das quais se casou com José Pereira, homem instruído para a época, professor vindo da Bahia. O primeiro lar levantado no município presume-se tenha sido em 1809, no povoado de Cateriongongo, por um português de nome Manoel José Botelho, vindo de Veredinha, município de Rio Pardo.

Em 1834, em procura das largas de Cateriongongo, abertas no ano anterior por um grande incêndio que durou 60 dias, entrou na região, procedente de Barra do Rio de Contas, Estado da Bahia, o padre Fernandes acompanhado de um grupo de escravos que tangiam 50 novilhas. O padre Fernandes, após abrir várias fazendas no município, dentre elas a da Vargem Grande, rumou para a região de Santa Rita de Medina, lançando ali os fundadores do atual município de Medina. Em 1860, chega a região a família Antunes, natural de Gurutuba, município de Grão Mogol; em 1890, as famílias Faria, Veloso e Figueiredo, também procedentes de Gurutuba, e a família Almeida, vinda da Bahia. O motivo da migração dêsses elementos para aqueles rincões foi a procura de terras frescas para o cultivo e a criação de gado. E inestimável a contribuição destas famílias para o desenvolvimento local.

Não existe documentação e nem noticiário de como e nem por que surgiu a povoação de Caatinga, hoje Pedra Azul, podendo-se, embora, fixar em 1830 a existência de núcleos iniciais de população no município. Quando caiu o regime monárquico, ainda era chamado arraial de Nossa Senhora da Bôca da Caatinga, ou simplesmente, Caatinga. Em 1891, tinha o seu nome, sede e distrito alterados para Fortaleza.

A evolução do lugar, paulatina e constante, deve-se ao grande desenvolvimento da pecuária e da agricultura. Em 1911, foi sede da primeira exposição pecuária da região e vem sendo sucessivamente sede de outras exposições de igual teor, promovidas pela Associação Rural de Pedras Azul. Hoje o município encontra-se completamente desbravado, sendo significativa a sua situação econômica no Estado. A localidade teve os seguintes nomes: Bôca da Caatinga, Nossa Senhora da Bôca da Caatinga, Caatinga, Fortaleza, devido talvez a Pedra da Rocinha, com uma altura de 200 metros e a 700 metros da cidade, que apresenta aspecto característico de um forte e, atualmente Pedra Azul, devido às riquezas minerais desta natureza, existentes no subsolo do território municipal.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Catingas, pela Lei Provincial nº 2.565, de 03-01-1880, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Salinas.

Pela Lei Municipal de 1892, o distrito de Catingas tomou a denominação de Fortaleza.

Elevado á categoria de vila coma denominação de Fortaleza, pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembrado de Salinas. Sede no antigo distrito de Fortaleza. Constituído de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu, criado pela esta mesma lei acima citado. Instalado em 01-06-1912.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Fortaleza, pela lei estadual nº 893, de 10-09-1925.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

No quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30-03-1938, figura no município de Fortaleza o distrito de Santa Rita do Medina.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município Fortaleza o distrito de Santa Rita do Medina. Elevado à categoria de município com a denominação de Medina.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Fortaleza e Cachoeira do Pajéu.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o município de Fortaleza passou a denominar-se Pedra Azul.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município já denominado Pedra Azul é constituído de 2 distritos: Pedra Azul e Cachoeira do Pajéu.

Pela Lei nº 336, de 12-12-1948, o distrito de Cachoeira do Pajéu passou a denominar-se André Fernandes.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Pedra Azul e André Fernandes (ex-Cachoeira de Pajéu).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Pedra Azul o distrito de André Fernandes. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

Catingas para Fortaleza, alterado pela Lei Municipal de 1892.

Alteração toponímica municipal

Fortaleza para Pedra Azul alterado pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943.

Fonte: IBGE
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PEDRO LEOPOLDO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PEDRO LEOPOLDO


População 2013:  60.100
Área da unidade territorial (Km²):  292,989
Densidade demográfica (hab/Km²): 200,49
Gentílico: Pedro-leopoldense

Histórico
Pedro Leopoldo foi o terceiro vilarejo de Minas. O bandeirante Fernão Dias Paes Leme veio conduzido por índios e fundou o Arraial de São João do Sumidouro no inverno de 1674. Mas se esta é a data registrada pela história, o lugar mostra sinais de ocupação muito mais antiga.

O fóssil encontrado na região, conhecido como Luzia, é uma das peças de maior importância da arqueologia em todo o mundo, com idade de 11.500 anos.

Pedro Leopoldo tem belezas naturais de raro valor. As grutas guardam vestígios, como restos de cerâmicas, instrumentos de vários tipos, fósseis humanos e de animais em bom estado de conservação e muitas pinturas rupestres. A Gruta do Baú é a preferida na região pelos escaladores. É também ótima para uma boa caminhada e ainda tem um quiosque que serve bebida gelada para os aventureiros ofegantes.

Ultimamente, tem sido um incrível cenário para shows de artistas de fama nacional. Já a Quinta do Sumidouro guarda muito da história da fundação da cidade. A lagoa do Sumidouro é mais um dos tesouros, com sua bela paisagem cercada de milenares pinturas rupestres.

A noite de Pedro Leopoldo é animada. A Exposição Agropecuária atrai várias pessoas com seus shows e rodeios, e o folclore tem seu espaço garantido no Encontro de Guardas de Congo. A festa de Nossa Senhora do Rosário, em Vera Cruz, tem fogos, apresentações de cavalhada, e os visitantes podem servir-se à vontade de uma deliciosa galinhada.

No início do ano, acontece o Festival de Verão, que agita a cidade com grandes shows e oficinas de arte e cultura. Um mês antes do Carnaval, começa a festa o Boi da Manta, um bloco divertidíssimo que sai toda quarta e sábado, com banda e muita gente fantasiada. Em abril, acontece a curiosa festa do poste.

Há alguns anos, descobriram uma plaquinha em um poste da cidade com a data da sua inauguração (20/04/1961), e algumas pessoas passaram a brindar no dia. Com o tempo, a brincadeira foi-se tornando uma grande festa, com direito a shows de bandas locais, bolo e discurso para o aniversariante.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Pedro Leopoldo (ex-povoado de Cachoeira da Moças), pela Lei Municipal de 27-01-1901, subordinado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Pedro Leopoldo, figura no município de Santa Luzia do Rio das Velhas.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Pedro Leopoldo, pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembrado Santa Luzia (ex-Santa Luiza do Rio das Velhas).

Sede no antigo distrito de Pedro Leopoldo. Constituído de 6 distritos: Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Fidalgo (ex-Lapinha), Vera Cruz e Prudente de Morais. Os quatro primeiro desmembrado de Santa Luzia e o quinto desmembrado de Contagem. O distrito de Prudente de Morais foi criado por esta mesma lei estadual acima citada com terras desmembradas do distrito de Capim Branco. Instalado em 27-01-1924.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Pedro Leopoldo, pela Lei Estadual nº 893, de 10-09-1925.

Em divisão administrativa referente ao no de 1933, o município é constituído de 6 distritos: São Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Lapinha, Prudente de Morais e Vera Cruz.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1937.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de Fidalgo tomou a denominação de Sumidouro.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Prudente de Morais, Sumidouro (ex-Fidalgo) e Vera Cruz.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de Pedro Leopoldo os distritos de Matozinhos, Capim Branco e Prudente de Morais, para constituir o novo município de Matozinhos. Pelo mesmo decreto-lei acima citada o distrito de Vera Cruz tomou o nome de Pindaré e Sumidouro voltou a chamar-se Fidalgo. E ainda adquiriu do município de Betim os distrito de Campanha e Ribeirão da Neves.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos: Pedro Leopoldo, Campanha, Fidalgo (ex-Sumidouro), Pindaré (ex-Vera Cruz) e Ribeirão da Neves.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Pela Lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembra do município de Pedro Leopoldo os distritos de Ribeirão das Neves e Justinópolis (ex-Campanha), para constituir o novo município de Ribeirão das Neves.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos:Pedro Leopoldo, Fidalgo e Pindaré.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VI-1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, é criado o distrito de Doutor Lund e anexado ao município de Pedro Leopoldo.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 4 distritos: Pedro Leopoldo, Doutor Lund, Fidalgo e Vera Cruz de Minas (ex-Pindaré).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2001.

Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 5 distritos: Pedro Leopoldo, Doutor Lund, Fidalgo, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: www.citybrazil.com.br, IBGE.
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A QUESTÃO DE PALMAS EM SANTA CATARINA


A Questão de Palmas, podendo ser referida também como Questão das Missões ou dos Limites Internacionais foi um conflito diplomático que ocorreu entre a Argentina e o Brasil nos anos de 1890 e 1895. Na discussão contenciosa, o governo argentino reivindicava território situados no Oeste dos estados do Paraná e de Santa Catarina.

A Argentina queria estabelecer as fronteiras por meio dos rios do Paraná e de Santa Catarina, se baseando no Tratado de Madri, redigido em 1750, e que definira as fronteiras entre as colônias espanholas e portuguesas, num acordo realizado entre D. João V de Portugal e Fernando VI da Espanha.

No fim do Segundo Império, antes da proclamação da República de 1889, ambas as partes combinaram que a situação seria resolvida por meio de um arbitramento. Em 25 de janeiro de 1890, o então Ministro das Relações Exteriores do Governo Provisório republicano, Quintino Bocaiúva, assinou o Tratado de Montevidéu para dividir a região.

O Congresso Nacional brasileiro considerou a atitude do ministro excedeu nas concessões dos territórios, não ratificando o Tratado de Montevidéu. A questão sobre as regiões reclamadas pela Argentina foi intermediada pelo então presidente dos EUA, Grover Cleveland, que deu parecer favorável ao Brasil, em 5 de fevereiro de 1895.

As fronteiras entre os dois países ficaram definidas pelos rios Peperiguaçu e Santo Antônio. Em homenagem ao presidente norte-americano, o estado do Paraná teve uma cidade batizada de Clevelândia.

Na decisão, a questão e razões do governo brasileiro foram apresentadas pelo Barão do Rio Branco, indicado pelo presidente Floriano Peixoto  para substituir o falecido Barão de Aguiar de Andrade. Foram apresentadas ao presidente Cleveland uma documentação de seis volumes, redigida em 1894.

Considerando a projeção internacional do Brasil na época da Primeira República, deve-se considerar os trabalhos diplomáticos de Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, José Maria Paranhos e de Barão do Rio Branco.

Barão do Rio Branco chefiou a diplomacia brasileira por dez anos, ajudando o país a manter sua soberania em seu território. Ainda na fase do Segundo Império, uma expedição brasileira esteve no território catarinense reclamado pela Argentina, constatando o fato propôs uma solução diplomática. Antes da Proclamação da República, a Argentina havia proposto uma divisão litigiosa entre os dois países, mas o Brasil não aceitou, levando o caso a processo de arbitragens.

No argumento defendido por Barão do Rio Branco, que usa a terra tem direito a posse, na região reclamada pela Argentina não havia um argentino, e os rios Peperi-guaçu e Santo Antônio estavam mais próximos do território brasileiro do que do argentino, portanto as terras do Oeste catarinense pertenciam de fato ao Brasil.
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PASSOS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PASSOS


População 2013: 110.290
Área da unidade territorial (Km²): 1.338,070
Densidade demográfica (hab/Km²): 79,44

O primeiro nome do hoje importante município sul-mineiro foi Capoeiras, por estar, aquela época, situada a povoação dentro de uma densa capoeira.

O segundo nome - Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos - foi dado ao antigo arraial das Capoeiras em virtude de o alferes João Pimenta de Abreu, devoto do Senhor Bom Jesus dos Passos, haver erigido o primeiro templo nessa cidade, em cumprimento de uma promessa, tendo por orago aquele santo. Mais tarde o nome foi simplificado para Passos.

Os primeiros desbravadores da região foram os alferes João Pimenta de Abreu e seus parentes, os quais ali se fixaram, atraídos, sobretudo, pela topografia, fertilidade do solo e existência do ouro às margens do Rio Grande. Em 1823, já era grande o povoado, quando Domingos Vieira de Souza e Joaquim Lopes da Silva construíram as suas fazendas, concorrendo, poderosamente, para a formação do arraial. Com o correr dos anos e a chegada de novos mineradores, o povoado se alargou, tornando-se conhecido em toda a província de Minas Gerais pelo nome de Arraial da Capoeira.

Pela provisão de 11 de Dezembro de 1835 foi a primeira capela, ainda semi construída pelo alferes João Pimenta de Abreu com a colaboração do Cel José Caetano Machado, Capitão Manoel Ferreira de Souza Brandão, Domingos de Souza Vieira e Joaquim Lopes Vieira ( os dois últimos doadores dos terrenos para formação do novo arraial), elevada à categoria de capela curada, que foi inaugurada em 20 de março de 1836, tendo por orago São Bom Jesus dos Passos.

Deve-se aos ingentes esforços do capelão de Passos, Padre Francisco de Paula Trindade, a criação da freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, pela provisão nº 184, de abril de 1840.

Crescendo vertiginosamente a freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, mercê dos esforços de um pugilo de bravos pioneiros, destros tanto no manejo dos mosquetes, quanto no do arado, atraiu a atenção das autoridades da provincia e por força da lei nº386, de 09 de outubro de 1848, foi a freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, então florescente distrito de Jacuí, elevado à categoria de vila, com a denominação de " Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos", sendo-lhe anexadas, em virtude da mesma lei as freguesias de Ventania ( hoje Alpinópolis) e Carmo do Rio Claro.

Instalando-se a Vila de Passos em 07 de setembro de 1850, foi a Câmara Municipal formada pelos seguintes cidadãos: Presidente da Câmara - Tenente Coronel José Caetano Machado, Vereadores - Sargento-mor Manoel Cardoso Osório, Capitão Manoel Lemos, Padre Francisco José da Costa, Camilo Antônio Pereira de Carvalho, Fidelis Rodrigues de Faria, Jerônimo Pereira de Melo (mais tarde Barão de Passos).

Continuando em franco progresso, a florescente vila foi elevada à categoria de cidade em virtude da lei nº 854, de 14 de maio de 1858, conservando a mesma denominação.

A inauguração pela estrada de ferro Minas Rio, em 1865, do tráfego em Três Corações, motivou a apresentação de projeto de lei, na assembléia provincial, pelo deputado Dr. Antônio Pinheiro de Meneses, resultando na lei nº 3648, de 01 de setembro de 1888, que autorizou o Presidente da Província de Minas a contratar com a estrada de ferro Minas Rio, o prolongamento de suas linhas até a cidade de Passos. Todavia, sobrevindo, na ocasião a proclamação da república, a companhia (inglesa) requereu a dilatação do prazo, mas não sendo atendida, deixou caducar a concessão, fazendo com que Passos fosse privada, por mais 30 anos, dos benefícios deste indispensável e importante meio de transporte.

Gentílico: Passense

Formação Administrativa
A vila foi criada com sede na povoação de Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos e com esta denominação, pela lei provincial nº 386, de 09 de outubro de 1848, tendo sido desmembrada do município de Jacuí.

Sua instalação verificou-se em 07 de setembro de 1850.

Em virtude da lei provincial nº 854, de 14 de maio de 1858, foi elevada à categoria de cidade.

De acordo com a divisão administrativa do Brasil, referente a 1911, o município de Passos se apresenta composta de 03 distritos: Passos, criado pela lei provincial nº184, de abril de 1840, sendo transferido do município de São Sebastião do Paraíso para o de Jacuí pela lei provincial nº2905, de 28 de setembro de 1882; sua criação foi confirmada pela lei estadual nº02, de 14 de setembro de 1891.

Segundo os quadros de apuração do recenseamento geral de I-IX-1920 e o texto da lei estadual nº 843, o município se compõe igualmente de 03 distritos: Passos, São João Batista do Glória e São José da Barra.

Por força do decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o município de Alpinópolis perdeu também o distrito de São João Batista do Glória para o novo município de Delfinópolis.

Ficou, portanto, o município de Passos no quinquênio 1939-1943, em que vigorou o mencionado decreto-lei, constituído de um só distrito: Passos.

De conformidade com o decreto-lei estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, que estabeleceu o quadro territorial judiciário-administrativo, vigente no quinquênio 1944-1948, o município de Passos adquiriu o distrito de São João Batista do Glória, transferido do município de Delfinópolis; perdeu parte do distrito da sede para o novo distrito de Itaú de Minas, do novo município de Pratápolis, ficando constituído no quinquênio referido dos distritos de Passos e São João Batista do Glória.

Pela lei nº 336, de 27 de dezembro de 1953, que fixou os quadros de divisão judiciária e administrativa para vigorar no quinquênio 1949-1953, perdeu o município de Passos o distrito de São João Batista do Glória, ficando constituído de apenas o distrito da sede. A lei nº 1039, de 12 de junho de 1953, que fixou os quadros de divisão administrativa em vigor no quinquênio 1954-1958, conservou a mesma composição, isto é, apenas o distrito da sede.

Fonte: Arquivos da Agência do IBGE de Passos/MG Prefeitura Municipal de Passos
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PATOS DE MINAS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PATOS DE MINAS


População 2013: 145.710
Área da unidade territorial (Km²): 3.189,769
Densidade demográfica (hab/Km²): 43,49

Histórico
Origem do nome do Município provém da enorme quantidade de patos que existiam no território, encontrados habitualmente em uma grande lagoa, a três quilômetros da margem do rio Paranaíba. Atraídos pela caça abundante e variada, os tropeiros que levavam suas tropas pelo interior de Minas Gerais faziam pouso a beira dessa lagoa, construindo ranchos em que se abrigavam. Neste tempo, todo o oeste de Minas estava coberto de matas, atravessadas apenas por estreitas trilhas, que tinham em alguns pontos, a léguas de distância, vestígios de civilização. Com o correr dos tempos, alguns tropeiros se fixaram no local, formando um povoado.

Há ainda outra versão segundo a qual negros fugidos das senzalas de Paracatu e Goiás ali também se localizaram, estabelecendo-se de modo a levarem de corrida, como não raro teria acontecido, aqueles que tentaram tange-los de novo para as cadeias do cativeiro.

Documento também ligado as origens da cidade e no qual se fez referência aos negros fugidos é a Carta de Sesmaria, de 29 de maio de 1770, que concedeu a "Manoel Afonso Pereira, homem viandante do caminho do Rio de Janeiro, uma, faixa de terra nos sertões das margens do rio chamado Paranaíba, terra de campos e matas devolutas servindo as mesmas de asilo aos negros fugidos dos moradores de Paracatu e Goiás.

Vinte e três anos depois, em Carta de 20 de julho de 1793, dirigida pela então Câmara de Tamanduá a Rainha D.Maria I, acerca dos limites entre Minas e Goiás, fez-se referência ao fato de que, em Babilônia (hoje Lagoa Formosa), Aragão (na entrada da cidade) e Onça, povoados por Manoel Afonso Pereira de Araújo, depois de matarem dois escravos, roubaram-lhe seis mil e tantos cruzados e algum ouro em Pó.

Admite-se que os nomes citados nos documentos refiram-se a mesma pessoa, considerada assim como do primeiro povoador da atual cidade, sendo a hipótese reforçada pela existência até hoje conhecida, de duas das localidades citadas: Babilônia e Aragão. Quanto ao nome do provável Povoador, nenhuma outra referência a ele se encontra em documentos posteriores, não se sabendo se teria falecido sem deixar herdeiros ou abandonado a região em busca de outras terras.

Em escritura particular, datada de 19 de julho de 1826, Antônio da Silva Guerra e sua mulher Luíza Corrêa de Andrade, doaram, conforme reza o aludido documento, "uma gleba de terras de cultura e campos na fazenda denominada "Os Patos" ao glorioso Santo Antônio, a fim de se lhe edificar um templo e também para cômodos dos povos". Esta a origem do patrimônio da antiga paroquia de Santo Antônio de Patos, a qual foi criada em 1850.

Em 1866, foi criado o Município, com a denominação de Santo Antônio dos Patos, com terras dos Municípios de Patrocínio, Paracatu e São Francisco das Chagas de Campo Grande. O Município recebeu os topônimos de Santo Antônio dos Patos (simplificado, mais tarde, para Patos); Guaratinga contrariando a opinião dos munícipes); e, finalmente, Patos de Minas.

Gentílico: Patense

Formação Administrativa
A criação do Distrito, com território do Município de Patrocínio, foi levada a efeito pela Lei Provincial nº.472, de 31 de março de 1850. Em face da Lei Provincial nº.1291, de 30 de outubro de 1866, criou-se o Município, com a denominação de Santo Antônio dos Patos. A instalação verificou-se a 29 de fevereiro de 1868.

A Lei Estadual nº.2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do Distrito que, por força da Lei Estadual nº.23, de 24 de maio de 1892, recebeu foros de cidade. Pela Lei nº.2764, de 30 de dezembro de 1962, sofreu reformulação administrativa, perdendo os Distritos de Guimarânia e Lagoa Formosa, que se constituíram em novos municípios. Foram criados dois Distritos: Bonsucesso de Patos e Major Porto. Assim, Patos de Minas tem sete Distritos. Além dos acima citados, contam-se: o Distrito-sede (Patos de Minas), Chumbo , Santana de Patos , Pindaíbas e Pilar.

Fonte: IBGE
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PATROCINIO (MINAS GERAI), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PATROCÍNIO


População 2013: 85.400
Área da unidade territorial (Km²): 2.874,343
Densidade demográfica (hab/Km²): 28,69
Gentílico: Patrocinense
A fundação de Patrocínio deu-se em 1772, por ordem do Conde de Valadares, então capitão-general de Minas Gerais, que ordenou ao capitão Inácio de Oliveira Campos se estabelecesse no local, com fazenda de criação e agrícola, para abastecimento dos viajantes que transitavam de Minas para Goiás, passando por Pitangui.

Fundou o capitão Inácio de Oliveira Campos sua propriedade à margem do córrego do Bromado, no local chamado Catiguá, aí desenvolvendo extensa criação de bovinos. Quando o capitão Inácio de Oliveira chegou aqui adoeceu, sofrendo paralisia e ficando completamente inválido. A propriedade foi administrada por sua esposa Dona Joaquina de Pompeu, que se transformou numa autêntica matriarca, enviando gado para o Rio de Janeiro a fim de auxiliar as tropas de Dom Pedro I na luta pela Independência do Brasil.

Pela propriedade de Inácio de Oliveira que então se denominava "Fazenda Bromado dos Pavões" passaram todas as bandeiras que, de 1772 para diante, demandaram os sertões de Goiás, podendo-se citar, entre elas, a de Anhanguera e a de Lourenço Castanho.

Em 1773, já começam a fixar-se alguns forasteiros, iniciando-se o povoado que recebe o nome de Salitre, no local que, em 1798 , foi abrangido pela Sesmaria do Esmeril, concedido a Antonio Queiroz Teles.

Em 1804, registrou-se a "Provisão de Licença" aos moradores do povoado para erguerem uma casa de oração (onde hoje se encontra a atual Igreja Matriz) sob proteção de Nossa Senhora do Patrocínio, estendendo-se o nome de Nossa Senhora do Patrocínio ao arraial do Salitre.

O distrito deve sua criação à Resolução Régia de 22/12/1812, confirmada pela Provincial nº 114 de 09/03/1839. A localidade foi elevada à categoria de curato e, 1829, com o nome de Nossa Senhora do Patrocínio. O município foi criado com a denominação de Nossa Senhora do Patrocínio e território desmembrado do de Araxá, ao qual pertencia, pela Provincial nº 171 de 23/03/1840, ocorrendo a instalação a 07/04/1842.

Por força Provincial nº 1995 de 13/11/1873, a sede do município recebe foros de cidade, instalando-se como tal a 12/01/1874.

Através de leis posteriores o município perde território pela emancipação dos distritos de Coromandel, Abadia dos Dourados, Serra do Salitre e Cruzeiro da Fortaleza.

Fonte: Ferreira, J.P., 1959, Enciclopédia dos Municípios Brasileiros; prefeitura municipal

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