ALAGOAS
GEOGRAFIA – Área: 27.767,7 km². Relevo: planície litorânea, planalto a norte e depressão no centro. Ponto mais elevado: serra Santa Cruz (
POPULAÇÃO – 3.100.000 (est. 2009). Densidade: 108,4 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 1,1% ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 69% (2009).
DESCRIÇÃO
Localizado na Região Nordeste, Alagoas (AL) tem um litoral recortado, rico em belezas naturais, com muitas áreas de mangue e lagoas. O traçado da rodovia BR-101 acompanha toda a costa, desde a foz do rio São Francisco, que desenha a divisa sul com Sergipe, até o norte, em direção ao estado de Pernambuco. O clima na maior parte do território alagoano é o tropical, com temperaturas entre 18 ºC e 26 ºC e maior concentração de chuvas no inverno. No interior do estado, há regiões com clima semi-árido, onde as poucas chuvas são distribuídas irregularmente.
Turismo – A atividade econômica que mais cresce em Alagoas é o turismo, apoiado na existência de belas praias, variedade de paisagens e diversidade cultural e gastronômica. Dos 101 municípios do estado, 40 têm potencial turístico e 32 se tornaram prioridade de investimentos do Programa de Ação para o Desenvolvimento Integrado do Turismo (Prodetur), uma iniciativa do governo federal, que criou os projetos Costa Dourada, para o litoral norte, e Paraíso das Águas, para o litoral sul. O Costa Dourada prevê o investimento de 32 milhões de reais em ações de gestão, informatização e treinamento. O Paraíso das Águas engloba a área das lagoas na região metropolitana de Maceió, municípios importantes, como Marechal Deodoro e Arapiraca, até o rio São Francisco, na divisa com o estado de Sergipe. A cidade de Marechal Deodoro, antiga capital alagoana, atrai pelo rico acervo arquitetônico do período colonial. Em seu litoral está localizada a praia do Francês, a mais conhecida do estado. Com águas azuis, a praia é parcialmente protegida por uma orla de recifes que deixam o mar calmo. Na área não protegida, as fortes ondas permitem a prática de surfe.
Economia – Alagoas contribui com apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços corresponde a 59,1% da economia alagoana, boa parte apoiada nas atrações do turismo. A indústria responde por 32,6%. Apesar de ser um estado conhecido pelas plantações de cana destinadas à agroindústria do açúcar e do álcool, a agropecuária responde por apenas 8,2% da atividade econômica. Pobre e de baixa mecanização, a indústria do açúcar e do álcool depende das grandes plantações de cana-de-açúcar, que se estendem do litoral à Zona da Mata. Maior produtor de cana do Nordeste, com cerca de 25 milhões de toneladas, Alagoas só fica atrás de São Paulo e Paraná no ranking nacional. Açúcar e etileno respondem pela maior parte dos produtos exportados. Além da cana-de-açúcar, sobressai a produção de fumo, coco, algodão, arroz, feijão, milho, mandioca, mangaba, laranja, abacaxi, banana e leite.O estado produz petróleo e gás natural. Destacam-se também o pólo cloroquímico e os setores industriais de alimentos, tecidos e vestuário. Trigo e fertilizantes são os principais produtos importados. Mas o estado ainda é pobre, com renda per capita de 4.500 reais, menos da metade da média do país.
Índices sociais – Alagoas detém a maior taxa de mortalidade infantil do Brasil. A cada mil crianças nascidas vivas, 57,7 morrem antes de completar 1 ano, mais que o dobro da média do país, que é de 27,5 mortes por mil nascidos vivos. Um em cada cinco alagoanos com mais de 10 anos vive com até um salário mínimo. O saneamento básico é outro grave problema: menos de 30% dos domicílios do estado têm rede de esgoto. Em 1991, sete dos dez municípios brasileiros mais pobres, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), eram alagoanos. Em 2009, o IDH de Alagoas havia melhorado, mas continuava sendo o segundo menor do país. Nesse ano, o estado também apresentava a pior distribuição de renda. Com 31,2%, a taxa de analfabetismo é a mais alta do país.
Capital – O destino preferido dos turistas é a capital, Maceió, uma das cidades mais visitadas da Região Nordeste. A rica culinária, à base de frutos do mar, é um dos principais atrativos. O prato típico do litoral é o sururu, uma espécie de marisco. A maior atração, no entanto, são as praias da região. Entre elas destaca-se a de Pajuçara, onde, durante a maré baixa, se forma uma piscina natural a
História
A região do atual estado de Alagoas desenvolve e consolida sua economia no período colonial com a produção de açúcar e a criação de gado, atividades em que predominava o trabalho escravo de negros e mestiços. No século XVI, piratas estrangeiros aportam no litoral e pilham o pau-brasil. No século seguinte, a região é submetida ao domínio holandês. Para manter o controle do território, os colonizadores portugueses entram em choque com os nativos e dizimam tribos indígenas hostis, como os caetés. Alagoas e Pernambuco sediam, no decorrer do século XVII, o mais importante centro de resistência dos negros à escravidão, o Quilombo dos Palmares, comunidade fundada por volta de 1590 que logo se transformaria num pólo de atração para os escravos das plantações canavieiras. O quilombo é destruído em 1694, por Domingos Jorge Velho. Zumbi, o mais conhecido líder de Palmares, escapa do ataque e continua a luta. Em 1695 é traído e morre numa emboscada. Durante quase todo o período colonial, a região de Alagoas integra a capitania de Pernambuco. Torna-se comarca em 1711 e se separa em 1817, para se transformar em capitania autônoma. A separação é uma represália do governo central à Revolta Pernambucana. Com a independência do Brasil, em 1822, torna-se província. Em 1839, Maceió passa a ser a capital, em substituição à cidade de Alagoas. A antiga capital passa posteriormente a chamar-se Marechal Deodoro, homenagem a seu filho mais ilustre, que proclamou a República em 1889 e foi o primeiro presidente do país. No período republicano, Alagoas mantém as características econômicas e sociais de seu passado colonial: economia agrícola da Zona da Mata e do Agreste e pequena industrialização. A sociedade permanece dependente do poder e do clientelismo dos coronéis, latifundiários e chefes das oligarquias locais. Só a partir dos anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário