CEARÁ
GEOGRAFIA – Área: 148.825,6 km². Relevo: planalto, planícies e várzeas (leste e oeste). Ponto mais elevado: pico Serra Branca, na serra do Olho d'Água (
POPULAÇÃO – 8.400.000 (est. 2009). Densidade: 54,6 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 1,4% ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 73,5% (2009).
DESCRIÇÃO
Com litoral de
Economia – O setor industrial responde por 36,8% do Produto Interno Bruto (PIB) cearense, o de serviços e comércio por 57% e a agropecuária, por 6,1%.Nos últimos anos, mais de 600 empresas nacionais e estrangeiras instalam-se no estado, atraídas pelos incentivos que o governo oferece e pela mão-de-obra barata. Os principais setores são calçadista, metal-mecânico, siderúrgico, têxtil, de confecções e eletroeletrônico. Um pólo de floricultura no interior do estado fez do Ceará o segundo maior exportador de flores frescas cortadas do Brasil, atrás apenas de São Paulo. A produção de frutas também apresenta crescimento, com destaque para a banana, o abacaxi e o melão.
Índices sociais – O Ceará historicamente enfrenta problemas de escassez de água. Castigada pela seca e pela situação de desigualdade social, a população sofre com a desnutrição. Com as mudanças climáticas, o que ocorrendo na região Nordeste, as chuvas tem se tornado intensas causando prejuízos principalmente no Ceará, Piauí e Maranhão, como ocorreu com as enchentes em 2009. No decorrer da década de 1990, programas de saúde familiar desenvolvidos pelo governo do estado e pela Pastoral da Criança, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), conseguem reduzir a mortalidade infantil. Em 1990, entre crianças de até um ano, o número de mortes era de 72,5 em cada mil nascidas vivas. Em 2009, passa para 32,1
Capital – A região metropolitana de Fortaleza possui uma costa urbanizada, com boa rede hoteleira, restaurantes, casas de espetáculos, bares, museus e parques temáticos. Os
História
Colonos portugueses apoiados por expedições militares começam a ocupar o Ceará por volta de 1610. O objetivo é defender a capitania, criada em 1534, dos ataques de franceses, holandeses e ingleses, que se aliavam a tribos locais. O povoamento do interior e o desenvolvimento da agropecuária são incrementados quando proprietários de Pernambuco, da Paraíba e de Alagoas chegam à região, fugindo dos holandeses instalados no litoral nordestino no século XVII. Os cearenses participam da Revolta Pernambucana, em 1817, das lutas de independência, enfrentando as forças portuguesas aquarteladas no Piauí, e da Confederação do Equador, de 1824, também liderada por Pernambuco. Durante o Império, o estado se envolve na campanha abolicionista e na republicana. Ceará e Amazonas são as primeiras províncias a declarar oficialmente extinta a escravidão, em 1884. Nas últimas décadas do século XIX, a seca faz dezenas de milhares de cearenses abandonar a região. A maior parte vai para a região Amazônica, a fim de trabalhar nos seringais. A República contribui para fortalecer o poder dos grandes fazendeiros, os coronéis. Liderados pelo clã dos Acioli, eles controlam todo o estado por meio dos "currais eleitorais" (prática na qual os eleitores trocam o voto por dinheiro ou por outro benefício). O governo federal resolve intervir na poderosa oligarquia cearense e indica Marcos Franco Rabelo para governar o estado. Mas os coronéis reagem brutalmente, com o apoio do Padre Cícero, na Revolta do Juazeiro.As obras contra a seca se intensificam a partir dos anos 1940 e 1950, quando o governo federal aumenta os recursos aplicados no estado pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), criado em 1943. Dezenas de açudes são construídos, alguns de grande capacidade, como os de Orós, Banabuiú e Araras, localizados, respectivamente, no sudeste, centro e noroeste do Ceará. Os recursos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a partir dos anos 1960, e os incentivos fiscais da década de 1970 fazem crescer principalmente os setores alimentício e têxtil. Este último se desenvolve graças às condições favoráveis ao plantio de algodão. Indústrias de transformação e de alimentos, entre outras, surgem apoiadas no aumento da produção de cana-de-açúcar e dos óleos de carnaúba, mamona e oiticica.
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