DISTRITO FEDERAL
GEOGRAFIA – Área: 5.801,9 km². Relevo: planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico do Roncador, na serra do Sobradinho (
POPULAÇÃO – 2.500.000 (est. 2009). Densidade: 400,3 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 2, % ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 98,6% (2009).
DESCRIÇÃO
No Distrito Federal (DF) localiza-se Brasília, a capital do país e o centro do poder político da União. Dividido em 19 regiões administrativas, com cidades-satélites no entorno da capital, o Distrito Federal está encravado no estado de Goiás, no Planalto Central, a uma altitude média de 1,1 mil metros. Brasília abriga as sedes do Executivo federal (Palácio do Planalto) e do Poder Legislativo (Congresso Nacional, composto de Câmara dos Deputados e Senado Federal). Na capital ficam também as mais altas cortes judiciais do país, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), além dos ministérios, dos órgãos públicos e das embaixadas.Cidade projetada pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e inaugurada em 1960, Brasília tem a forma de um avião, com duas asas unidas por um eixo central.
Economia – O setor de serviços responde por mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal, com quase dois terços dos recursos vindos da administração pública. A agropecuária, com menos de 1%, e a indústria, com cerca de 6%, têm a menor participação no PIB entre todas as unidades da Federação. Na indústria, destacam-se a da construção civil, a de transformação e a gráfica. A força do setor de serviços é ilustrada pelo fato de que a região, com apenas
Índices sociais – Após a explosão demográfica verificada em 1960 e 1970, o crescimento populacional do Distrito Federal decai nos últimos anos. Mesmo assim, na década de
Capital – Brasília é a principal atração do Distrito Federal. Em 1987, é declarada patrimônio cultural da humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em razão de seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX para ser uma capital.Brasília recebe constante afluxo de pessoas de todos os estados brasileiros e de outras nações. Atrai também místicos: muitos construíram, nas imediações da cidade, templos de diversas religiões. Essa diversidade cultural, que permite o encontro com estrangeiros de vários países, os mais diferentes sotaques, costumes e comidas típicas, é uma característica brasiliense marcante.Depois de fechado ao público por sete anos, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, é reaberto em 2002 para visitação.
História
A idéia da transferência da capital do país para o interior é antiga. Os participantes da Conjuração Mineira, em 1789, acalentavam esse sonho. Logo após a independência, José Bonifácio apresenta à Assembléia Constituinte uma proposta de transferência da capital do Império do Rio de Janeiro para o interior do país. Uma capital com essa localização garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e abriria novas frentes de desenvolvimento, além de ser menos vulnerável a ataques externos. Em 1877, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, defensor do projeto, viaja para o Planalto Central e indica a região ao ministro da Agricultura, Tomás Coelho. A idéia é incorporada pela Constituição republicana de 1891. No ano seguinte, o lugar para o novo Distrito Federal é demarcado. Em 1954, um trecho dessa área é escolhido para sediar a capital.Trinta mil operários constroem Brasília em 41 meses, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek. Com projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital é inaugurada em 21 de abril de 1960, data escolhida em homenagem a Tiradentes. No ano de fundação, a cidade já conta com 150 mil habitantes. No Plano Piloto, moram funcionários públicos. Nas cidades-satélites, estão os candangos – como são chamados os operários migrantes, a maioria nordestinos, que trabalharam na construção da capital.A população aumenta rapidamente à medida que a estrutura político-administrativa do governo federal se transfere para lá. Em 30 anos, o Distrito Federal alcança 1,6 milhão de habitantes, uma das mais altas taxas de crescimento demográfico do país. Em 1988, com a nova Constituição, ganha plena autonomia e passa a eleger seu governador e seus parlamentares.
Regiões administrativas – O Distrito Federal constitui uma unidade atípica na federação: não é um estado nem possui municípios. Consiste em um território autônomo, dividido em regiões administrativas. Exceto Brasília, capital federal e sede do governo do Distrito Federal, as demais regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites, com certa autonomia administrativa. Em 1961 criam-se as primeiras subprefeituras: Planaltina, Taguatinga, Sobradinho, Gama, Paranoá, Brazlândia e Núcleo Bandeirante. Em 1964 são substituídas por regiões administrativas. Surgem mais quatro dessas unidades em 1989: Ceilândia, Guará, Cruzeiro e Samambaia. Em 1993, acrescentam-se outras quatro: Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo. As três últimas regiões administrativas são criadas em 1994: Lago Sul, Lago Norte e Candangolândia.
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