GEOGRAFIA – Área: 248.209,4 km². Relevo: planície litorânea estreita limitada pela serra do Mar, planaltos e depressões no resto do território. Ponto mais elevado: pedra da Mina, na serra da Mantiqueira (
POPULAÇÃO – 42 milhões (est. 2009). Densidade: 162,5 hab./km² (est. 2009).
CAPITAL – São Paulo. Habitante: paulistano. População: 11.000.000 (est. 2009). Veículos: 6.000.000(2009). Jornais diários: 18 (2009).Data de fundação: 25/1/1554.
DESCRIÇÃO
São Paulo (SP) é o estado mais populoso e com o maior parque industrial, responsável por sua liderança na produção econômica do país. Marcado pela imigração, recebeu italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, judeus, sírios e libaneses que ajudaram a construir sua riqueza, sua história e seus costumes. Da mistura dos povos ibéricos com indígenas vem as maiores influências na culinária. Os índios contribuem com a farinha de milho e a de mandioca e o peixe defumado. Os europeus, com a horticultura, o pastoreio, o trigo e a galinha. Os escravos africanos deixam também sua marca, dando novos sabores, cheiros e cores à mesa paulista, como o uso da pimenta e do coco. Os pratos típicos são o virado à paulista, cuscuz paulista, pirão, farofa e a pizza, herança dos italianos.
Meio ambiente – São Paulo é o integrante da União que mais investe em meio ambiente. Com apenas 13,9% da cobertura vegetal original, o estado consegue nos últimos dez anos aumentar sua área preservada em 3,8%. É a primeira vez em quatro décadas de monitoramento da área verde que o estado registra inversão na tendência de desmatamento. A maior parte dos ganhos é na mata Atlântica, principalmente no Vale do Paraíba (no leste do estado), e no litoral, regiões em que houve maiores investimentos ambientais. O cerrado paulista, no norte e noroeste de São Paulo, continua a ser devastado. Resta menos de 1% desse ambiente que cobriu um quinto do estado e deu lugar a pastagens e canaviais. No sul do estado, um conjunto de 25 áreas litorâneas preservadas nos municípios de Iguape, Cananéia e Peruíbe é declarado, em 1999, patrimônio natural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Economia – O vigoroso parque industrial paulista, que abastece grande parte do país, é duramente afetado pelas recentes crises econômicas. A participação do estado no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que era de 37% em 1990, cai para menos de um terço em 2009. Depois do baixo crescimento econômico nos dez anos anteriores, o estado dá indícios de recuperação em 2009. Nesse ano, a indústria paulista, ao lado da amazonense, é a que mais cresce (até setembro). O bom desempenho concentra-se principalmente nos setores automobilístico, eletroeletrônico, metal-mecânico e de equipamentos de telecomunicações. As indústrias química, aeronáutica, de alimentos e de informática têm também peso importante na economia do estado. Os elevados índices de desemprego apresentam ligeiro recuo. Em outubro de
Índices sociais – O estado possui a maior cobertura elétrica do país, com 98,48% dos domicílios ligados à rede. São Paulo assiste ao aumento da violência, que chega às cidades menores. A capital paulista está entre as cinco com as mais altas taxas de homicídio por 100 mil habitantes do Brasil. O estado tem também o maior número de presos: quase 100 mil, o que corresponde a 40% da população carcerária do país. A taxa de mortalidade infantil é de 15,4 mortes por mil nascidos vivos – nos países desenvolvidos, esse índice fica entre cinco e seis mortes por mil.
Capital – A região metropolitana de São Paulo está entre as mais populosas do mundo. O transporte é caótico, há déficit de hospitais, médicos, escolas, de coleta de lixo e de habitação.
História
Em 1532, Martim Afonso de Souza funda São Vicente, a primeira vila brasileira. Esse é o início da ocupação e do povoamento do futuro estado de São Paulo e da efetiva colonização portuguesa no Brasil.
Fundação da capital – Poucos anos depois, os colonizadores sobem do litoral para o planalto e fundam outros povoados. A vila de São Paulo de Piratininga, a atual capital do estado, é fundada em 25 de janeiro de 1554 pelos padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. Os dois chegam ao planalto graças ao português João Ramalho, que vivia na região desde antes da fundação de São Vicente e era casado com Bartira, filha do chefe indígena Tibiriçá. A pequena cabana construída inicialmente deu origem a um colégio, e, em torno da escola, cresce o novo povoado. Nessa época, o progresso econômico é pequeno. A vila fica distante do litoral e não produz nada que seja importante para a metrópole.
Primeiras bandeiras – A produção e a exportação de açúcar não têm grande desenvolvimento, mas crescem outros cultivos, como o de trigo, mandioca e milho, além da criação de gado. Todas essas atividades são de subsistência local ou voltadas para o mercado colonial. A marca dominante de São Paulo é espalhar a colonização. Nas primeiras décadas do século XVII, os paulistas começam a organizar as bandeiras, que avançam pelo sertão em busca de mão-de-obra indígena e de minas de ouro. Na última década desse século, os bandeirantes descobrem ouro na região de Minas Gerais. Após os choques com os emboabas (portugueses e brasileiros que não nasceram
Expansão cafeeira – A província só passa para o primeiro plano da vida nacional com a rápida expansão cafeeira, na segunda metade do século XIX. Vindo do estado do Rio de Janeiro, o café é cultivado no Vale do Paraíba e em outras regiões do interior paulista. A mão-de-obra escrava é substituída por milhares de imigrantes portugueses, italianos, espanhóis, eslavos e japoneses. Exportado para a Europa e para os Estados Unidos pelo Porto de Santos, o produto impulsiona também a construção de ferrovias. A riqueza proveniente dos cafezais e de uma incipiente indústria sustenta a liderança paulista no movimento republicano e na República, em seu primeiro período. Mas a opção pela defesa do café na ocasião da quebra da Bolsa de Nova York provoca o rompimento dos acordos entre as oligarquias tradicionais, especialmente o da política do café-com-leite entre São Paulo e Minas Gerais, e acaba por levar à Revolução de 1930.
Desenvolvimento industrial – O estado de São Paulo tenta reagir ao centralismo da Era Vargas, na Revolução Constitucionalista de 1932, mas é derrotado. Mantém-se, porém, como pólo econômico de maior potencial do país. Torna-se a vanguarda da industrialização e da modernização brasileira. Paralelamente à expansão da agricultura (café, cana-de-açúcar, soja, milho, feijão, trigo, banana, laranja), o estado tem extraordinário desenvolvimento industrial. Crescem a indústria de transformação (aço, cimento, máquinas e componentes) e, principalmente, a de bens de consumo não duráveis (tecidos, alimentos, remédios, higiene e limpeza) e duráveis (automóveis e eletrodomésticos). Com a concentração do grande fluxo de investimentos das multinacionais norte-americanas e européias, o estado de São Paulo atrai intensas correntes migratórias vindas especialmente da Região Nordeste do país. A população aumenta consideravelmente, e sua força econômica é consolidada. Graças a seu vigor industrial, o estado tem a maior participação no PIB nacional. Mas, desde o início da década de 1990, vem se reduzindo a intensidade do desenvolvimento industrial paulista. São Paulo perde investimentos, seja por causa da saturação de algumas áreas, como a região metropolitana da capital, seja pela melhor oferta de crédito e pela agressiva política de incentivos fiscais feita pelos demais estados.
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