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CIDADE DE GOIÁS (GOIÁS VELHO) - GOIÁS

Goiás Velho - A cidade de Goiás, hoje conhecida como Goiás Velho, foi a primeira capital do Estado e surgiu da existência de um vilarejo chamado Arraial de Santana, fundado em 1727 por Bartolomeu Bueno, filho de Bartolomeu Bueno da Silva, o bandeirante conhecido como Anhangüera, que havia partido de São Paulo em direção às terras de Goiás em 1682. Em 1739, a colônia localizada no Rio Vermelho, onde grande quantidade de ouro havia sido descoberta, passou a se chamar Vila Boa de Goiás, mantendo-se como capital do Estado até 1934. A cidade de 22.000 habitantes foi tombada como monumento histórico nacional e se encontra a 144 km de distância de Goiânia, a atual capital do Estado.

Entre as principais atrações turísticas da cidade de Goiás Velho encontram-se antigas igrejas como as igrejas do Carmo (1756), de São Francisco de Paula (1761), de Santa Bárbara (1780) e de Nossa Senhora da Abadia (1790). No interior desses antigos templos religiosos destacam-se obras de influência barroca, pinturas do século XIX e trabalhos do escultor Veiga Vale, originário da cidade de Goiás. A igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, construída em 1779, abriga atualmente o Museu de Arte Sacra da cidade, que exibe 36 dos 200 trabalhos em escultura atribuídos a Veiga Vale.

O Museu das Bandeiras, situado no prédio onde funcionava a antiga Câmara e a Cadeia Pública, construído em 1755. As paredes têm um metro de largura e foram preservadas da forma original. O acervo do museu inclui instrumentos de tortura que datam do período da escravidão, mobiliários das igrejas, quadros e objetos de arte diversos, documentos históricos e produtos artesanais elaborados pelos índios Carajás.

Outro edifício datado do século XVIII e preservado na cidade de Goiás é o Palácio do Conde dos Arcos (1756), que contém preciosas peças de mobiliário da época e hoje foi transformado num centro cultural. A casa do século XVIII, onde viveu por toda a vida a poetisa Cora Coralina, que se tornou um símbolo da cidade de Goiás, também se transformou em museu onde podem ser encontradas fotografias, mobiliário, prêmios e vídeos ilustrativos de sua vida e de seu trabalho.

O atelier da artista é também local de atração de turistas e amantes das artes plásticas. A matéria prima de seus trabalhos é exclusivamente areia, em várias tonalidades, recolhida pela própria artista nos rios da região, e utilizada em telas de diversos tamanhos, que reproduzem com a perfeição de mestre, paisagens rurais e urbanas do Estado de Goiás. Sua obra já foi objeto de várias reportagens internacionais e seus quadros encontram-se atualmente espalhados por todo o mundo.

História
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés etc.

Descobertas as Minas Gerais de um lado e as minas de Cuiabá, de outro, no século XVII, uma ideia renascentista (a de que os filões de metais preciosos se dispunham de forma paralela em relação ao equador) iria alimentar a hipótese de que, entre esses dois pontos, também haveria do mesmo ouro. Assim, foram intensificadas as investidas bandeirantes, principalmente paulistas, em território goiano, que culminariam tanto com a descoberta quanto com a apropriação das minas de ouro dos índios goiases, que seriam extintos dali mais rapidamente que o próprio metal. Ali, onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1727, o Arraial de Sant'Anna.

Pouco mais de uma década depois, em 1736, o local seria elevado à condição de vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz (ortografia arcaica). Nesta época, ainda pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748, foi criada a Capitania de Goiás, mas o primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, só chegaria ali cinco anos depois.

Com ele, instalou-se um "Estado mínimo" e, logo, a vila transforma-se em capital da comarca. Noronha manda construir, então, entre outros prédios, a Casa de Fundição, em 1750, e o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em 1751. Décadas depois, outro governador - Luís da Cunha Meneses, que ficou no cargo de 1778 a 1783-, cria importantes marcos, fazendo a arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecendo o primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje.

Com o esgotamento do ouro, em fins do século XVIII, Vila Boa teve sua população reduzida e precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, mas ainda assim cultural e socialmente sempre esteve sintonizada com as modas do Rio de Janeiro, então capital do Império. Daí até o início do século XX, as principais manifestações seriam de arte e cultura, com sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária e cerâmica - além de um ritual único no Brasil, a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.

Entretanto, a grande mudança, que já vinha sendo ventilada há muito tempo, foi a transferência da capital estadual para Goiânia, nos anos trinta e quarenta, coordenada pelo então interventor do Estado, Pedro Ludovico Teixeira. De certa forma, foi essa decisão que preservou a singular e exclusiva arquitetura colonial da Cidade de Goiás.

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