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HIDRELÉTRICAS DE RONDÔNIA

PCH Castaman I - Colorado do Oeste
PCH Castaman II - Colorado do Oeste
Hidrelétrica de Samuel - Porto Velho
PCH Eletro Primavera
PCH Rio Branco - Alta Floresta
Cachoeira de Santo Antônio
PCH Apertadinho - Vilhena
PCH Apertadinho - Vilhena
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NOVA MUTUM PARANÁ E CANTEIROS DO AHE JIRAU - RONDÔNIA

Nova mutum Paraná

Ilha do Padre no Rio Madeira,
Estado de Rondônia onde será implantado o AHE Jirau
Implantação do Canteiro de Obras do AHE Jirau
Vista aérea da ensecadeira, Jirau
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BACIAS HIDROGRÁFICAS DE SERGIPE

BACIAS HIDROGRÁFICAS DE SERGIPE
No Estado de Sergipe existem 06 (seis) Bacias Hidrográficas, que são as bacias do rio São Francisco, Vaza Barris, Real, Japaratuba, Sergipe e Piauí. Os rios: São Francisco, Vaza Barris e Real são rios federais por que atravessam mais de um Estado. Enquanto os rios Japaratuba, Sergipe e Piauí são rios Estaduais, pois suas bacias estão dentro do Estado de Sergipe.

Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba
A Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba possui uma área geográfica de 1 734,59km2, equivalentes a 7,65% do território estadual e abrange 20 municípios, onde estão totalmente inseridos terras de três municípios: Carmópolis, Cumbe e General Maynard e parcialmente dezessete municípios: Aquidabã, Barra dos Coqueiros, Capela, Divina Pastora, Feira Nova, Graccho Cardoso, Japoatã, Japaratuba, Maruim, Malhada dos Bois, Muribeca, Nossa Senhora das Dores, Pirambu, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, São Francisco e Siriri, localizados na sua maioria na região Vale do Cotinguiba, com uma população urbana com 122.879 habitantes e na área rural com 79.052 habitantes.

A bacia hidrográfica do rio Japaratuba tem sua nascente na Serra da Boa Vista na divisa entre os municípios de Feira Nova e Graccho Cardoso e deságua no Oceano Atlântico, no município de Pirambu. No seu percurso o rio Japaratuba possui planície aluvial muito larga, principalmente nos municípios de Capela e Japaratuba, onde se desenvolve o cultivo da cana-de-açúcar.

A bacia hidrográfica do rio Japaratuba é constituída pelo rio que lhe empresta o nome e tem como principais afluentes: o rio japaratuba mirim, lagartixo, siriri, cancelo e riacho do Prata.

A exploração significativa em termos econômicos para a bacia hidrográfica e especialmente para o estado é o potencial mineral explorado a exemplo do: petróleo, gás natural, sal gema, potássio, calcareo, magnésio, turfa e areia, além da irrigação e expansão da cultura da cana-de-açúcar, também o turismo e lazer, pesca e abastecimento humano e animal. A exploração mineral e a expansão da cana-de-açúcar desperta certa preocupação no que se prende aos fatores de agressão ao meio ambiente, pouca são as ações incrementadas na bacia voltadas para os aspectos de preservação e conservação do ambiente.

Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe
A Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe abrange vinte e seis (26) municípios, sendo oito (08) totalmente inseridos: Laranjeiras, Malhador, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo, Santa Rosa de Lima, São Miguel do Aleixo e dezoito (18) parcialmente inseridos: Aracaju, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Carira, Divina Pastora, Feira Nova, Frei Paulo, Graccho Cardoso, Itabaiana Itaporanga D’Ajuda, Maruim, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Ribeirópolis, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, Siriri localizados em regiões diferenciadas – semi-árido agreste e zona costeira.

A população residente no território da bacia hidrográfica compreende 1.010.523 habitantes, equivalendo a 56,6% do total do Estado. A maioria expressiva da população, 86,8%, reside em áreas urbanas, ao passo que 13,2% situam-se na zona rural, fato que comprova o acelerado processo de urbanização em curso na bacia hidrográfica, nas últimas décadas, responsável pelo grande passivo ambiental da região e uma significativa transposição de águas provenientes do Rio São Francisco.

Bacia Hidrográfica do Rio Vaza Barris
O rio Vaza Barris nasce no município de Uauá, no estado da Bahia, numa elevação de aproximadamente 500m. Seu comprimento total é de 3.300Km, dos quais apenas 152 km estão no Estado de Sergipe. A área total da bacia hidrográfica é de 17.000 km2, sua maior parte esta no Estado da Bahia, apenas 15% ou seja 2.559 km2 localiza-se no Estado de Sergipe, cobrindo 11,6% da área do Estado. Apesar de sua significativa área hidrográfica, a descarga na Bahia é intermitente e é apenas no Estado de Sergipe que o Vasa Barris se torna um rio perene.

Os tributários principais em Sergipe são os rios Salgado e Traíras, ambos desaguando no rio Vaza Barris em sua margem esquerda.

Quanto ao abastecimento urbano e grande rural, 97.3 mil m3/dia de água são desenvolvidos dentro da bacia, principalmente pelo Projeto da Barragem do Vaza Barris. Desta fonte hídrica, 20.0 mil m3/dia (21%) de água é fornecida à própria bacia e 77.3 m3/dia (79%) a outras bacias. A água consumida na bacia é 42% proveniente da própria bacia e 58% de outras bacias.

Municípios do Estado de Sergipe inseridos na bacia hidrográfica: Carira, Frei Paulo, Pedra Mole, Pinhão, Areia Branca, Campo do Brito, Itabaiana, Macambira, São Domingos, Simão Dias, Lagarto, . Aracajú, São Cristovão, Itaporanga D’ajuda.

Bacia Hidrográfica do Rio Piauí
A Bacia Hidrográfica do Rio Piauí possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território estadual e abrange 15 municípios, onde estão totalmente inseridos terras de seis municípios: Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Estância, Boquim, Pedrinhas e Arauá e parcialmente nove municípios: Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Poço Verde, Riachão do Dantas, Simão Dias, Tobias Barreto e Umbaúba, localizados em sua maioria na região sul do estado e com uma população de 432.000 habitantes aproximadamente.

A sua bacia hidrográfica está localizada na parte sul do estado, sendo delimitada, aproximadamente, pelas coordenadas geográficas 10°45’ e 11°30’ de latitude sul e 37°15’ e 38°00’ de longitude oeste. Limita-se ao norte com a bacia do rio Vaza Barris; a oeste com o estado da Bahia e com a bacia do rio Real; ao sul com a bacia do rio Real; e, a leste, com o Oceano Atlântico, onde tem a sua desembocadura em terras do município de Estância, no complexo hídrico denominado Barra da Estância.

O rio Piauí constitui-se como um dos mais importantes componentes da rede hidrográfica do estado de Sergipe. O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo curso d’água principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte, destacando-se, pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo.

Os diversos usos das águas na Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias, consumo humano e animal, pescam, turismo e lazer estão associados às atividades econômicas, ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas hídricos, naturais e construídos, que possibilitam o desenvolvimento da região.

Os problemas ambientais que têm relação direta com os recursos hídricos presentes na bacia hidrográfica do rio Piauí são inerentes a quase todos os municípios brasileiro como: lixeira, esgoto a céu aberto, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, uso indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais, desmatamento. Esse registro identifica o tipo de relação que a sociedade estabelece com o meio ambiente. Excetuando-se os problemas relacionados com os resíduos industriais presentes nos municípios de Estância, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Salgado e Simão Dias, os demais estão presentes em todos os municípios.

Bacia Hidrográfica do Rio Real
O rio Real nasce no Estado da Bahia mas percorre até sua foz oito municípios do Estado de Sergipe: Poço Verde, Tobias Barreto, Riachão do Dantas,Cristinapólis. Itabaianinha, Tomar do Geru, Umbaúba, Indiaroba, tendo uma área de 2.568 km2 que corresponde 11,6% do Estado, sua vazão média é de 20,46 m3/seg.

O abastecimento urbano e grande rural tem 8.8 mil m3/dia de água desenvolvidos dentro da bacia, principalmente pelo projeto de elevação do dique da Barragem do Jabeberí. Desta fonte hídrica, 8.5 mil m3/dia (96%) de água são fornecidos à própria bacia e 0.4 mil m3/dia (4%) a outras bacias. A água consumida dentro da bacia é 42% proveniente da própria bacia e 58% de outras bacias hidrográficas.

Fonte: SEMAH-SE
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ECONOMIA DO OURO NA REGIÃO DO TOCANTINS


Economia do ouro
As descobertas de minas de ouro em Minas Gerais, no ano 1690, e, em Cuiabá, em 1718, despertaram a crença de que, em Goiás, situado entre Minas Gerais e Mato Grosso, também deveria existir ouro. Foi essa a argumentação da bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (filho do primeiro Anhanguera que esteve com o pai na região anos antes), para conseguir a licença do rei de Portugal para explorar a região.

O rei cedia a particulares o direito de exploração de riquezas minerais, mediante o pagamento do quinto que, segundo ordenação do reino, era uma decorrência do domínio real sobre todo o subsolo. O rei, não querendo realizar a exploração diretamente, cedia a seus súditos o direito, exigindo em troca o quinto do metal fundido e apurado, salvo todos os gastos.

Em julho de 1722, a bandeira do Anhanguera saiu de São Paulo e, em 1725, volta com a notícia da descoberta de córregos auríferos. A partir desse momento, Goiás entra na história como as Minas dos Goyazes. Dentro da divisão do trabalho no império português, este é o título de existência e de identidade de Goiás durante quase um século.

Um grande contingente populacional deslocou-se para “a região do Araés, como a princípio se chamou essa parte do Brasil que diziam possuir montanhas de ouro, lagos encantados e os martírios de Nosso Senhor Jesus Cristo gravados nas pedras das montanhas. Era um novo Eldorado de histórias romanescas e contos fabulosos” ( ALENCASTRE, José Martins Pereira, 1979, p. 45).

Diante dessas expectativas, reinou, nos primeiros tempos, a anarquia, pois era a mineração “alvo de todos os desejos. O proprietário, o industrialista, o aventureiro, todos convergiam seus esforços e seus capitais para a mineração” (ALENCASTRE, José Martins Pereira, 1979, p. 18).

Inicialmente, as minas de Goiás eram jurisdicionadas à capitania de São Paulo na condição de intendência, com a Capital em Vila Boa e sob a administração de Bueno, a quem foi atribuído o cargo de superintendente das minas, com o objetivo de “representar e manter a ordem legal e instaurar o arcabouço tributário” (ALACIN, Luís, 1979, p. 33).

Formação dos arraiais
“Há ouro e água”. Isto basta. Depois da fundação solene do primeiro arraial de Goiás, o arraial de Sant'Anna, esse foi o critério para o surgimento dos demais arraiais. Para as margens dos rios ou riachos auríferos, deslocaram-se populações da metrópole e de todas as partes da colônia, formando, à proporção que se descobria ouro, um novo arraial “que podia progredir ou ser abandonado, dependendo da quantidade de riquezas existentes” (PARENTE, Temis Gomes, 1999, p.58).

Nas décadas de 1730 e 1740, ocorreram as descobertas auríferas no norte de Goiás e, por causa delas, a formação dos primeiros arraiais no território, onde hoje se situa o Estado do Tocantins: Natividade e Almas (1734), Arraias e Chapada (1736), Pontal e Porto Real (1738). Nos anos 40, surgiram Conceição, Carmo e Taboca, e, mais tarde, Príncipe (1770). Alguns foram extintos, como Pontal, Taboca e Príncipe. Os outros resistiram à decadência da mineração e, no século XIX, transformaram-se em vilas e, posteriormente, em cidades.

O grande fluxo de pessoas de todas as partes e de todos os tipos permitiu que a composição social da população dos arraiais de ouro se tornasse bastante heterogênea. Trabalhar, enriquecer e regressar ao lugar de origem eram os objetivos dos que se dirigiam para as minas. Em sua maioria, eram homens brancos, solteiros ou desacompanhados da família que contribuíram para a mistura de raças com índias e negras escravas. No final do século XVIII, os mestiços já eram grande parte da população e, posteriormente, foram absorvidos no comércio e no serviço militar.

A população branca era composta de mineiros e de pessoas pobres que não tinham nenhuma ocupação e eram tratados, nos documentos oficiais, como vadios.

Ser mineiro significava ser dono de lavras e de escravos. Era o ideal de todos os habitantes das minas, um título de honra e praticamente acessível a quase todos os brancos. O escravo podia ser comprado a crédito, sua posse dava o direito de requerer uma data - um lote no terreno de mineração - e o ouro era de fácil exploração, do tipo aluvional, acumulado no fundo e nas margens dos rios.

Todos, uns com mais e outros com menos ações, participavam da bolsa do ouro. Grandes comerciantes e contratadores que residiam em Lisboa ou Rio de Janeiro mantinham aqui seus administradores. Escravos, mulatos e forros também praticavam a faiscagem - procura de faíscas de ouro em terras já anteriormente lavradas. Alguns, pela própria legislação, tinham muito mais vantagens.

O negro teve uma importância fundamental nas regiões mineiras. Além de ser a mão-de-obra básica em todas as atividades, da extração do ouro ao carregamento nos portos, era também uma mercadoria de grande valor. Primeiro, a quantidade de negros cativos foi condição determinante para se conseguir concessões de lavras e, portanto, para um branco se tornar mineiro. Depois, com a instituição da capitação no lugar do quinto, o escravo tornou-se referência de valor para o pagamento do imposto. Neste, era a quantidade de escravos matriculados que determinava o quanto o mineiro iria pagar em ouro para a Coroa. Mas a situação do negro era desoladora. Os maus-tratos e a dureza do trabalho nas minas resultavam em constantes fugas.

A mão-de-obra indígena na produção para a exportação foi muito menor que a negra. Isso é devido ao fato da não-adaptação do índio ao rigor do trabalho exigido pelo branco, gerando uma produção de baixa rentabilidade.
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HISTÓRIA DE TOCANTINS - DECADÊNCIA NA PRODUÇÃO DAS MINAS AURÍFERAS


Decadência da produção
A produção do ouro goiano teve seu apogeu nos primeiros dez anos de estabelecimento das minas, entre 1726 e 1735. Foi o período em que o ouro aluvional aflorava por toda a região, resultando numa produtividade altíssima. Quando se iniciou a cobrança do imposto de capitação em todas as regiões mineiras, a produção começou a cair, possivelmente mascarada pelo incremento do contrabando na região, impossível de se mensurar.

De 1752 a 1778, a arrecadação chegou a um nível mais alto, por ser o período da volta da cobrança do quinto nas casas de fundição. Mas a produtividade continuou decrescendo. O motivo da contradição era a própria extensão das áreas mineiras que compensavam e excediam a redução da produtividade.

A distância das minas do norte, os custos para levar o ouro e o risco de ataques indígenas aos mineiros justificaram a criação de uma casa de fundição em São Félix em 1754. Mas, já em 1797, foi transferida para Cavalcante, “por não arrecadar o suficiente para cobrir as despesas de sua manutenção” ( PARENTE, 1999, p. 51).

A Coroa Portuguesa mandou investigar as razões da diminuição da arrecadação da Casa de Fundição de São Félix. Foram tomadas algumas providências, como a instalação de um registro, posto fiscal, entre Santa Maria (Taguatinga) e Vila do Duro (Dianópolis). Outra tentativa para reverter o quadro da arrecadação foi organizar bandeiras para tentar novos descobrimentos. Tem-se notícia do itinerário de apenas duas. Uma dirigiu-se rumo ao Pontal (região de Porto Real), pela margem esquerda do Tocantins, e entrou em conflito com os xerentes, resultando na morte de seu comandante.

A outra saiu de Traíras (nas proximidades de Niquelândia (GO) para as margens do rio Araguaia em busca dos Martírios, serra onde acreditavam existir imensas riquezas auríferas. Mas a expedição só chegou até a Ilha do Bananal, onde sofreu ataques dos Xavantes e Javaés, dali retornando.

No período de 1779 a 1822, ocorreu a queda brusca da arrecadação do quinto, com o fim das descobertas do ouro de aluvião, predominando a faiscagem nas minas antigas. Quase sem transição, chegou a súbita decadência.
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HISTÓRIA DE TOCANTINS - CONTROLE DAS MINAS AURÍFERAS

Controle das minas
Desde quando ficou conhecida a riqueza aurífera das Minas de Goyazes, o governo português tomou uma série de medidas para garantir para si o maior proveito da exploração das lavras. Foi proibida a abertura de novas estradas em direção às minas. Os rios foram trancados para a navegação, as indústrias, proibidas ou limitadas, as lavoura e a criação inviabilizadas por pesados tributos: braços não podiam ser desviados da mineração. O comércio foi fiscalizado e o fisco, insaciável na arrecadação.

“Só havia uma indústria livre: a mineração, mas esta mesma sujeita à capitação e censo, à venalidade dos empregados de registros e contagens, à falsificação na própria casa de fundição, ao quinto (....), ao confisco por qualquer ligeira desconfiança de contrabando” (ALENCASTRE, José Martins Pereira, 1979, p. 18).

À época do descobrimento das Minas dos Goyazes vigorava o método de quintamento nas casas de fundição. A das minas de Goiás era em São Paulo. Era para lá que deveriam ir os mineiros para quintar seu ouro. Eles recebiam de volta, depois de descontado o quinto, o ouro fundido e selado com selo real.

O ouro em pó podia ser usado como moeda no território das minas, mas, se saísse da capitania, tinha que ser declarado ao passar pelo registro e depois quintado, o que praticamente ficava como obrigação dos comerciantes. Estes, vendendo todas as coisas a crédito, prazo e preços altíssimos, acabavam ficando com o ouro dos mineiros e eram os que, na realidade, canalizavam o ouro das minas para o exterior e deviam, por conseguinte, pagar o quinto correspondente.

O método da casa de fundição para a cobrança do quinto seria ideal se não fosse um problema que tomava de sobressalto o governo português: o contrabando do ouro que oferecia alta rentabilidade: “os vinte por cento do imposto, mais os dez por cento de ágio”. Das minas para a costa ou para o exterior, era sempre um negócio lucrativo que “nem o cipoal de leis, alvarás, cartas régias e provisões, nem os seqüestros, devassas de registros, prêmios prometidos aos delatores e comissões aos soldados puderam pôr freio (....)”.( PALACIN, 1979, p. 49).

O grande contrabando era dos comerciantes que controlavam o comércio desde os portos, praticado (....) “por meio da conivência dos guardas dos registros, ou de subornos de soldados que custodiavam o comboio dos quintos reais”. Contra si, o governo tinha as dilatadas fronteiras, o escasso policiamento, o costume inveterado e a inflexibilidade das leis econômicas. ( PALACIN, 1979, p. 49). A seu favor tinha o poder político, jurídico e econômico sobre toda a colônia. Assim, decreta, como primeira medida, em se tratando das minas, o isolamento delas.

A partir de 1730, foram proibidas todas as outras vias de acesso a Goiás, ficando um único caminho, o iniciado pelas bandeiras paulistas que ligavam as minas com as regiões do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, ficava interditado o acesso pelas picadas vindas do Nordeste - Bahia e Piauí. Foi também proibida a navegação fluvial pelo Tocantins, afastando a região de outras capitanias - Grão-Pará e Maranhão.

À proporção que crescia a importância das minas, surgiram atritos com os governadores das capitanias do Maranhão e Pará, “quando do descobrimento das minas de Natividade e São Félix e dos boatos de suas grandes riquezas (...). Os governadores tomaram para si a incumbência de nomear autoridades para os ditos arraiais e outras minas que pudessem surgir, a fim de tomarem posse e cobrarem os quintos de ouro ali existentes” ( PARENTE , 1999, p. 59). O resultado foi o afastamento dessa interferência, seguido da proibição, através de bandos, da entrada das populações das capitanias limítrofes na região e a saída dos que estavam dentro sem autorização judicial.
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MALHADOR: ESPECTOS ECONÔMICOS

MALHADOR: ESPECTOS ECONÔMICOS
A economia de Malhador está caracterizada, principalmente, pela produção agropecuária, destacando-se a criação de bovinos, cana-de-açúcar e de algodão. O município de Malhador tornou-se uma região de micro, pequenas e médias propriedades onde se destaca os minifúndios. Essa característica fundiária possibilitou a produção da policultura, onde se cultiva além do algodão e cana-de-açucar, se destaca na produção de banana, milho, mandioca, feijão, amendoim, inhame, além de verduras, cítricos e legumes. Hoje o município de Malhador já foi considerado um grande produtor de farinha de mandioca. Atualmente a produção de inhame e banana tem destaque na produção agrícola do Município.

O maior problema na produção agrícola de Malhador é a falta de qualificação e da assistência técnica aos produtores que passam por dificuldades, principalmente pela prática de técnicas de produção ultrapassadas como a queimada da matéria orgânica na chamada "limpeza da roça" deixando o solo pobre em nutrientes. Além disso o poder público tem feito muito pouco no que se refere à assistência técnica aos agricultores.

O comércio de Malhador é composto por pequenos mercados, lojas de eletroeletrônicos , casas agropecuárias, drogarias, além de lojas de confecções e utilidades caracterizando, também, a prestação de serviços junto aos bares, pizzarias, e da tradicional feira local que acontece nas segundas-feiras. Também é possível comprar animais do rebanho bovino, eqüino, muares, caprinos e ovinos na chamada feira das trocas. No entanto a economia malhadorense é, predominantemente, agropecuária.
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CÍCLOS TECNOLÓGICOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

CEFETSP-CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO


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Conteúdo da Unidade III - AS CADEIAS PRODUTIVAS E OS ESPAÇOS INDUSTRIAIS


- A indústria moderna, localização e pólos tecnológicos;
- EUA - o território da indústria;
- Japão - a descentralização industrial;


- U E - integração econômica e industrial;
- Rússia, CEI e China - integração ao mercado mundial.


Conceito

"A indústria é a atividade pela qual a sociedade humana transforma matérias-primas em produtos semi acabados ou acabados para o consumo".
Evolução
Artesanato - É o estágio em que o produtor (artesão) executava sozinho todas as fases da produção e até mesmo a comercialização do produto. Não havia a divisão do trabalho nem o emprego de máquinas , somente ferramentas simples. Prevaleceu até pôr volta do séc. XVII.

Manufatura - Corresponde ao estágio intermediário entre o artesanato e a maquinofatura. Nesse estágio já ocorria a divisão do trabalho, mas dependia fundamentalmente do trabalho manual, embora já houvesse o emprego da máquina simples. Corresponde de modo geral, à transformação do artesão em assalariado, deixando; portanto, de ser ele o responsável por todas as etapas da produção. Aqui, já tinha um patrão, o detentor dos meios de produção. Corresponde à fase inicial do capitalismo, sécs. XVII e XVIII, sobretudo.

Maquinofatura - É o estágio atual, iniciado no séc. XVIII com a Revolução Industrial, podendo ser caracterizado pelo emprego maciço de máquinas e fontes de energia modernas (carvão mineral, petróleo, etc), produção em larga escala, grande divisão e especialização do trabalho.
"Ciclos tecnológicos da Revolução Industrial": Identificados em cinco ciclos - ou ondas - de inovação, das fábricas têxteis do século XVIII até a era dos computadores, conforme esquema abaixo:








1785- lª onda-

1845 – 2ª onda

1900 – 3ª onda

1950-4ª onda




onda




1990 - 2020 –5ª onda

Força hidráulica

Vapor

Eletricidade

Petroquímicos

onda

Têxteis

Ferrovias

Químicos

Eletrônicos

Redes digitais

ferro

Aço

Motor a combustão

Aviação

Software



interna


Novas mídias

Fonte: The Economist, feb. 20'h, 1999, Survey, p.8
Os ciclos econômicos longos estão associados ás formas de organização do espaço geográfico, a energia hidráulica atraiu as fábricas para as margens dos rios. A máquina a vapor, desde meados do XIX, atraiu as fábricas para as regiões de depósitos carboniferos. 0 advento das ferrovias possibilitou a exploração de novas terras pela agropecuária comercial. A energia elétrica libertou a indústria das localizações tradicionais e revolucionou a divisão técnica do trabalho no interior das fábricas.

- la Onda - ao lado da industria têxtil, a modernização das fundições de ferro, com a utilização do carvão mineral como força motriz foi iniciada com o aperfeiçoamento da máquina à vapor, em 1769. Mas apenas em meados do séc. XIX, na Inglaterra, a máquina a vapor substituiu, largamente o tear hidráulico. 0 carvão mineral expressouse, também no setor de transportes. As ferrovias e os barcos a vapor "encurtaram" as distâncias, reduzindo os custos de deslocamento de matérias-primas e alimentos.

- 2' Onda - Os EUA tornaram-se celeiros de alimentos para as cidades européias. 0 século XIX ficou conhecido como a "era das ferrovias", quando barateavam o custo de transporte aumentando o lucro do comércio.
A segunda onda caracterizou-se, ainda pôr um grande salto tecnológico na Siderurgia. 0 forno Bessemer, inventado em 1855, utilizava rajadas de oxigênio no refino de ferro fundido, permitindo a obtenção de aços de alta qualidade. No oeste da Alemanha, junto às jazidas carboniferas do Vale do rio Ruhr, desenvolveram-se conglomerados siderúrgicos da maior concentração européia.

A industrialização se espraiou pela Europa, fincando raízes na Bélgica, França, Alemanha, Suécia e, um pouco depois, na Holanda, Itália, Áustria e Rússia.
Nos EUA, a indústria estabeleceu-se a Nordeste. No final do século, sob o impulso da centralização do poder político, o Japão decolava para o industrialismo.

- 3ª onda - No alvorecer do séc. XX, um novo conjunto de tecnologias deflagou a terceira onda da industrialização. 0 uso do petróleo como combustível e a invenção do motor de combustão interna originaram a indústria automobilística. Nascia, ao mesmo tempo, a moderna indústria química. A eletricidade tornou-se a fonte de energia das fábricas. Os motores elétricos e, com eles, a linha de montagem propiciaram um salto extraordinário na produtividade do trabalho. Simultaneamente, a difusão do telex e do telefone revolucionava as comunicações.

No século XX, a economia mundo atravessou dois grandes ciclos. Até a 2ª guerra mundial viveu a onda tecnológica baseada nos motoes de combustão interna, no petróleo e na eletricidade. Essa onda propiciou a "idade do ouro" da década de 20, caracterizada pelo intenso crescimento que se seguiu à primeira guerra mundial, abruptamente interrompida pelo crash da Bolsa de Nova York, em 1929. A grande depressão da década de 1930 assinalou, dolorosamente, a fase descendente do ciclo.
Depois da Segunda guerra mundial, o crescimento foi retomado sobre novas bases tecnológicas. A indústria eletrônica criou centenas de novos produtos e conferiu mais um impulso à produção automobilística. O desenvolvimento da petroquímica gerou a indústria de plásticos e fibras sintéticas. A aeronáutica civil beneficiou-se dos avanços na aviação militar, produzindo mais revolução nos transportes.

- 4ª Onda - Foi a Quarta onda industrial, que reativou a produção e a circulação de mercadorias. Nas décadas do pós-guerra, o crescimento industrial e a ampliação do comércio mundial atingiram índices maiores que os registrados desde meados do séc. XIX.
Ao longo desses dois ciclos econômicos, os EUA.firmaram-se como a principal potência industrial do século XX.

A Quarta onda de inovação desenvolvia-se, em escala ainda mais pronunciada que a terceira, como uma verdadeirta "onda americana". As novas tecnologias surgiram nas indústrias da América do Norte e os novos produtos estabeleciam-se, em primeiro lugar, no mercado consumidor dos EUA.
Após a 2" guerra mundial a competição se torna planetária e as empresas globais, também conhecidas como multinacionais ou transnacionais. A centralização de capitais proporcionou aos conglomerados o poder de ultrapassar as fronteiras nacionais. Dispersando as atividades produtivas pelos mais diferentes países, as transnacionais aproveitaram a diferença entre eles para alcançar maiores lucros.
Esse deslocamento da indústria de certa forma, estimulou a modernização de várias regiões subdesenvolvidas do globo. A típica economia urbano-industrial espraiou-se pela América Latina, Ásia e até mesmo pôr certas porções da África.

- 5ª onda - Marcada pelas indústrias de alta tecnologia, que têm como características básicas a integração com os centros de pesquisa e universidades, instalam-se longe das velhas aglomerações fabris, dinamizando regiões industriais em ascensão. Os tecnopólos, centros de produção de pesquisadores, tecnologias e novos produtos, são resultantes desse processo.
Nos EUA, os impactos das mudanças tecnológicas produziram a reorganização territorial da indústria, expressa na decadência do velho manufactunng Belt, berço do fordismo, quanto no dinamismo econômico dos novos centros do sun belt, nos quais predomina o regime de acumulação flexível.

No Japão, a tendência de descentralização industrial se acentuou na década de 1970, impulsionada pelo saturamento das regiões tradicionais, situadas na planície do Pacífico, investimentos significativos serão direcionados para fora do país em especial dos NPIs e da China, ou ainda nas novas regiões industriais do arquipélago.
Na U E, o impacto da constituição "zona do Euro" sobre as estratégias da locação industrial. Nesse caso específico, a perspectiva de integração industrial.

A CEI herdou da URSS uma estrutura industrial presidida pelos setores de bens de produção, cuja descentralização estratégica respondia a imperativos de defesa. Até hoje, os cinturões sucessivos implantados ao longo da Transibenana respondem pôr parcela significativa da produção industrial da Comunidade, que se transformou em exportadora de produtos da indústria pesada. Mantém a Rússia como principal herdeira do parque industrial da ex-URSS.
No espaço industrial da China, destaca-se o contraste entre o complexo de indústrias estatais concentrado na Manchúria e as Zonas Econômicas Especiais (ZEE), que funcionam como enclaves econômicos dinamizados pôr investimentos estrangeiros.

(Magnoli Demétrio)
Fatores da Indústria: Fontes de energia, mão-de-obra, transporte, mercado consumidor, matéria-prima. Dependendo do tipo de indústria um fator pode preponderar sobre o outro, principalmente nas produções clássicas, porém as novas produções, ou seja, da Terceira Revolução Industrial reformularam os setores da economia, por conseguinte o próprio conceito de indústria. Nesse contexto uma nova forma de organização do espaço da produção, e do setor terciáno da economia determinando essa organização espacial.

EUA - O Território da Indústria








Vários fatores explicam a posição dos EUA como superpotência mundial, entre eles:
- o domínio de técnicas avançadas de produção;


- a presença em seu território de riquezas naturais;
- a participação do imigrante;
- o grande e rico mercado consumidor interno;
- o controle de vastas áreas de influência no mundo capitalista.








Além disso, sofreu a colonização de povoamento, caráter predominantemente colonizador, diferente da colonização da América Latina, predominantemente explorador. Ao mesmo tempo, sofreu uma industrialização precoce, quase que simultânea a Inglesa, e autônoma, sem interferência das metrópoles européias. Com a independência em 1776, o processo se acelerou.

As duas guerras, no século XX, concorreram para o fortalecimento da economia norte-americana, permitindo-lhe atuar como fornecedor de armas e equipamentos e como exportador de produtos industriais e agrícolas ao resto do mundo, substituindo os países da Europa, palco da guerra.
A sua posição hegemônica firma-se após a 2' guerra mundial, quando passam a monopolizar o comércio internacional, refletindo a estabilidade do Dólar tornando a moeda-padrão nas trocas comerciais no mundo.
Divisão Territorial da Indústria nos EUA:

Nordeste (ou Manufacturing beh) - Região de mais antiga ocupação, concentrando a população e a produção, aí se localizam também o maior centro financeiro do mundo.
Nos Apalaches, a presença do carvão mineral e do minério de ferro (porção sul) e região dos Grandes Lagos, viabilizaram a produção industrial. A exploração do ferro teve início em 1854, hoje, praticamente esgotadas estão sendo compensadas com a importação de minério do Brasil (Carajás), Canadá (reservas Montreal) e Venezuela.

A industrialização na região foi facilitada pela navegação do rio São Lourenço e da região dos Grandes Lagos, permitindo a circulação dos recursos não disponíveis na região. Esse fato explica a concentração da indústria pesada que por sua vez atraiu indústria leve para o local.
Merecem destaque: Siderúrgica em torno da cidade de Pittsburgh; Química entre Boston e Nova Iorque; Transporte pesado - Búfalo, Chicago e Filadélfia - que concentram as maiores indústrias de trem e locomotiva; Automóveis em Detroit. Nos anos de 1970 esse setor oferecia quase 500.000 empregos e produzia 35% dos carros do mundo. À partir de 1976 com a crise econômica e aceleração do processo de automação, Detroit perdeu cerca de 14% de sua população.

Sul ( ou sun -belt) - Setores mais importantes: Químico, especialmente o petroquímico. ( a produção comercial do petróleo iniciou-se em 1878 na Pensilvânia); Aeroespacial - após a 2a guerra mundial, com a guerra fria, os EUA passam a investir pesadamente nesse setor. No norte da Flórida foi construido o Cabo Canaveral Kennedy (1960), base para lançamento de foguetes e satélites. Foi o ponto inicial da expansão, no sul, diretamente ligado às gigantescas verbas de pesquisa da NASA. Dallas e Huston no Texas, estão os maiores centros de pesquisa de ponta do setor aeroespacial.
No Golfo do México estão as principais jazidas de Petróleo e Gás Natural, é uma área de ocupação e exploração recente.

Oeste ou Costa do pacífico: (25% das indústrias são recentes) A produção industrial nessa área está relacionada a visão estratégica, após a 2' guerra mundial, tornando-se um polo geopolítico.
Em 1940 os estados da Califórnia, Oregon e Washington tinham apenas 9 milhões de habitantes, contando hoje, com aproximadamente 40 milhões.

Entre os fatores que favoreceram a industrialização nessa área inospita dos EUA, estão: a abundância de recursos minerais nas Rochosas; o potencial hidrelétrico como dos rios Colúmbia e Colorado; os incentivos do Estado; a presença de matérias-primas como: madeira, uva, laranja, etc., e a instalação da indústria aeronáutica de aviões e mísseis (a maior indústria aeronáutica do mundo, a Boing, tem sua sede em Seattle, no estado de Washington. No sul da Califórnia, nos últimos anos, o desenvolvimento da produção de componentes eletrônicos para navegação aerospacial.

Vale destaque para a indústria que mais cresce na região que é a informática e eletrônica, destacando-se a região do Silicon Valley ou Vale do Silício na Califórnia.




Atividade

- Fazer o mapa da divisão territorial da indústria nos EUA,



- Pesquise e faça um histórico sobre o desenvolvimento industrial dos EUA, abordando a indústrias de ponta da Terceira Revolução Industrial e seus efeitos sobre o espaço norte-americano e mundial.


JAPÃO - A DESCENTRALIZAÇÃO INDUSTRIAL

Antecedente Histórico:
Uma das características mais marcante do Japão foi o de permanecer "fechado" para o Ocidente durante longo período histórico. Isso só se rompeu com as pressões exercidas pelas maiores potências comerciais do mundo, no final do séc.XVIII e início do XIX.
Porém, a resistência dos Xoguns, só permitiu a abertura de fato com a entrada de uma esquadra de navios de guerra norte-americana, em fevereiro de 1853. Apesar da xenofobia a população japonesa estava incapacitada de lhes opor resistência. Foi somente no final da década de 1850 que o Japão passou a manter relações comerciais com o mundo desenvolvido da época.

Essa abertura desestruturou o poder central com agitações sociais que resultaram na queda do Xogunato Takugawa em 1867.
Era Meiji (governo ilustrado)
Em 1868 foi restaurada a soberania do imperador Mitsuhito dando inicio ao período que ficou conhecido como "Restauração Meiji e que se estendeu até 1912.
Feitos no Período:
- Transferiu a capital de Quioto para Edo(que recebeu o nome de Tóquio);

- Investiu na infra-estrutura (estrada de ferro, portos, minas, etc.);



- Criou o Ministério da Educação (1871), foi o primeiro passo para a erradicação do analfabetismo e criação de mãode-obra especializada e voltada para a qualificação.


- O imperador tornou-se chefe sagrado e o xintoísmo tornou-se a religião oficial.

Revolução Industrial
O expansionismo japonês da mesma forma que o europeu, tinha dois objetivos principais: Mercado consumidor para seus produtos e Fonte de matérias-primas.. Portanto, o período pós la Guerra Mundial até o foral da 2' Guerra Mundial, as idéias imperialistas e nacionalistas preponderaram no Japão. Foi um período de fortes investimentos no setor militar com a finalidade de conquistar territórios na Asia e no Pacífico. Esse nacionalismo extremado e o desejo de conquista levara o país a 2' Guerra Mundial.

Industrialização após a 2ª Guerra Mundial:
Dentre os fatores que favoreceram a expansão industrial japonesa, estão:
- A ajuda norte-americana para a reconstrução do Japão;

  • Reconstrução dos Zaibatsus que se transformaram em conglomerados industriais ou monopólios empresariais;

  • Mão-de-obra especializada, barata e disciplinada.




- Produção em larga escala para conquistar mercados externos e investimentos em pesquisa científica e tecnológica, com a assimilação e adaptação de técnicas ocidentais.


O Japão estabeleceu-se como 2ª potência mundial, materializando a idéia de obter saldos comerciais para compensar as importações. Esse esforço está relacionado a carência de recursos minerais e energéticos (petróleo, ferro, manganês, cobre), em seu espaço, devido à própria origem geológica e vulcânica do território. No entanto, alguns produtos ocorrem de forma expressiva: o Zinco (5° produtor mundial), chumbo, Tungstênio, ouro e a prata, neste último ocupando a 17' colocação na produção mundial.

No que se refere à energia a situação é mais complicada. Embora possua boas condições hidráulicas (relevo montanhoso, clima chuvoso, apesar de os rios se apresentarem curtos e estreitos com baixo volume de água) não há mais locais onde se possa instalar usinas. Mesmo, assim, é o terceiro produtor mundial de energia hidrelétrica.
A utilização das termelétricas está atrelada ao preço do petróleo e a dificuldade de extração do carvão que apresenta baixo teor calorífero e alto custo de exploração, implicando na importação de 70% do volume consumido.

Localização e ramos industriais:
As indústrias mais antigas ocupam as regiões onde há disponibilidade de matérias-primas e fácil acesso aos grandes portos. Trata-se da área denominada Cinturão do Pacífico ( entre as baías de Tóquio e de Osaka), respondendo por cerca de 70% de toda produção industrial do Japão.






Cinturão do pacífico:

Área do país --------------------- 23% do total
Parte da população ---------------- 56% do total
Parte da Indústria ---------------- 61% do total

Parte dos trabalhadores --------- 63% do total



Área total: 377.881 Km2
Absoluta 125.000.000 aproximadamente
Dens. Dem: 330,8 hab/Km2

Essa área vem sofrendo uma desconcentração, tendo em vista problemas como: poluição, falta de moradias e dificuldades de transportes. Fica por conta das novas indústrias ou da Terceira Revolução Industrial, menos dependentes de matériasprimas, o estabelecimento em pontos diferenciados do arquipélago, como extremos norte e sul, ou ainda litoral centrooeste (mar do Japão) de outras zonas industriais.

No que se refere as novas tecnologias o Japão ocupa lugar de destaque ao lado dos EUA, liderando em alguns setores como da microeletrônica e a robotização das fábricas.
Bibliografia: Sene, E. e Moreira, J. C. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo, Scipione,1998.Coelho, A. M. Geografia Geral. 0 Espaço Natural e Sócio-Econômico. São Paulo,Moderna,3ª edição Scalzaretto, Reinaldo. Geografia Geral. Nova Geopolítica.SãoPaulo,Scipione, 3ª edição.



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AMAZONAS: ASPECTOS GERAIS

MAPA DO ESTADO DO AMAZONAS

BANDEIRA DO ESTADO DO AMAZONAS



AMAZONAS

GEOGRAFIA – Área: 1.570.745,7 km². Relevo: depressão na maior parte e faixa de planície perto do rio Amazonas e planaltos a leste. Ponto mais elevado: pico da Neblina, na serra Imeri (2993,8 m). Rios principais: Amazonas, Icá, Japurá, Javari, Juruá, Madeira, Negro, Nhamundá, Purus, Solimões. Vegetação: floresta Amazônica. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Manaus (1.700.000), Parintins (115.000), Manacapuru (86.000), Coari (84.000), Itacoatiara (82.000), Tefé (74.000), Maués (47.000), Tabatinga (45.000), Iranduba (40.000), Manicoré (40.000) (2009). Hora local: -1h . Habitante: amazonense.

POPULAÇÃO – 3.400.000 (est. 2009). Densidade: 2.1 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 3, % ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 76% (2009).

DESCRIÇÃO

O Amazonas (AM) é o maior estado brasileiro em área e detém a maior biodiversidade do mundo. A bacia do rio Amazonas concentra um quinto de toda a água doce do planeta. No estado estão os pontos mais elevados do Brasil: o pico da Neblina, com 3.014 metros de altitude, e o 31 de Março, com 2.994 metros, ambos na fronteira com a

Venezuela.O território amazonense abriga ainda o maior número de índios do país: 101,8 mil, quase um quarto do total. Raízes indígenas e nordestinas estão presentes na culinária e na cultura da região, que tem no peixe a base de seus principais pratos, como a moqueca com postas de tucunaré ou de surubim. A maior festa do estado, o festival folclórico de Parintins, no mês de junho, atrai turistas de todo o Brasil.

Economia – O Amazonas é o único estado da Região Norte em que a indústria é o principal setor da economia. O Pólo Industrial de Manaus, que responde por 66,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, fabrica eletroeletrônicos, bens de informática, motos, bicicletas, químicos e concentrados de refrigerante. Entre 1994 e 2002, a economia amazonense tem o maior crescimento acumulado do país: 100%. De janeiro a setembro de 2009, a indústria do estado, com a de São Paulo, é a que apresenta o melhor desempenho no país, impulsionada principalmente pela produção de material eletrônico, equipamentos de comunicações, plástico e borracha.O ecoturismo é o segmento econômico que mais se expande no Amazonas. Com isso, cresce também o número de hotéis de selva no estado, a maioria nos arredores de Manaus, Manacapuru e Itacoatiara. O estado é o maior produtor de borracha do Brasil. Destaca-se também a exploração da madeira, mas o corte predatório ainda é um problema. Desde os anos 1970, pelo menos 600 mil quilômetros quadrados de mata foram derrubados, uma área superior à da França.Experiências de uso racional da floresta vêm sendo feitas na região de Tefé, em Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), que preservam a fauna e a flora sem expulsar os ribeirinhos. As reservas de Mamirauá e Amanã e o Parque Nacional do Jaú somam 57,4 mil quilômetros quadrados – quase duas vezes a área da Bélgica. Entretanto, o avanço da soja começa a ameaçar a floresta no sul do estado. A maior parte do movimento de passageiros e carga está concentrada nos rios Madeira, Negro e Amazonas. O transporte aéreo é caro e o rodoviário, precário. Com baixo potencial hidrelétrico, o estado produz petróleo e gás natural. Em 2002, a Petrobras descobre uma reserva de gás natural de 6 bilhões de metros cúbicos em Itapiranga, a 200 quilômetros de Manaus. O rebanho bovino do Amazonas é o que mais cresce no país entre 2002 e 2009. A produção de carne no estado destina-se apenas ao consumo local. Mesmo assim, em setembro de 2004, a Federação Russa proíbe a importação de carne brasileira, após a descoberta de um foco de febre aftosa no município amazonense de Careiro da Várzea. Em junho, o governo russo já vetara a importação de Mato Grosso, em virtude da aparição da doença em região vizinha, no Pará. O embargo russo é suspenso em novembro apenas para a carne de Santa Catarina.

Zona Franca e Pólo Industrial – Instalada em Manaus, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) incentiva o setor industrial. Cerca de 450 indústrias se fixam em Manaus, formando o Pólo Industrial.Após período de retração, provocado pelas crises econômica e energética nos últimos anos, o pólo retoma o crescimento e impulsiona a economia do estado. O faturamento de 2009 é estimado em 23 bilhões de dólares, 30% maior que o de 2008. Apesar do crescimento de mais de 500% no volume de exportações nos últimos seis anos, apenas um décimo da produção do pólo é vendido para o exterior.

Índices sociais – O Amazonas tem baixa densidade demográfica. A maior parte dos municípios fica à beira dos rios, e nas áreas periodicamente alagadas é comum a construção de casas sobre palafitas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000 a mortalidade infantil registrada no estado é de 28,8 por mil crianças nascidas vivas.

Capital – Em Manaus, há marcos arquitetônicos do período áureo da borracha, como o Teatro Amazonas, construído com materiais nobres importados de várias partes do mundo, no fim do século XIX. Com a criação da Zona Franca de Manaus, a cidade se transforma em grande pólo de atração, abrigando metade dos habitantes do estado. Essa

concentração traz vários problemas sociais, como altos índices de violência e prostituição infantil, déficit de moradia e precariedade nos serviços de saúde.

História

Até meados do século XVIII, quase toda a atual Amazônia brasileira pertencia à América hispânica. Nessa época, é praticamente desconhecida, sendo visitada apenas por missionários e aventureiros, alguns enviados em expedições oficiais. Portugueses e espanhóis exploram apenas as "drogas do sertão" – madeiras, resinas, ervas e condimentos –, nenhuma delas de importância econômica significativa. Isso explica, em parte, por que a Espanha cede com relativa facilidade a imensa área a Portugal no Tratado de Madri, de 1750. Desde essa época até meados do século XX, o Amazonas tem dificuldade para romper o modelo extrativista que está na base de sua ocupação. Em 1669, o capitão português Francisco da Mota Falcão funda o pequeno forte de São José do Rio Negro, núcleo inicial do que é hoje a cidade de Manaus. Ele se torna o foco de expansão para o povoamento da Amazônia, com a possibilidade de subida do rio Negro. Em 1757, a região é transformada em capitania de São José do Rio Negro, e nas

décadas seguintes constroem-se fortalezas para sua defesa.Com a independência, a capitania integra-se à província do Pará e se envolve nas lutas da Cabanagem, entre 1835 e 1840. Em 1850, o governo imperial cria a província do Amazonas, com capital em Manaus.

Ciclo da borracha – Em 1866, quando cresce a importância da borracha para a economia local, o rio Amazonas é aberto à navegação internacional. Os seringais amazônicos atraem dezenas de milhares de migrantes, sobretudo nordestinos, para a coleta do látex. Tornam-se também objeto de interesse de grandes companhias estrangeiras. Entre 1890 e 1910, a produção de borracha do Amazonas corresponde a mais de 40% do total mundial. A população multiplica-se, a exportação da borracha chega a se igualar à do café e a economia cresce rapidamente. Em cerca de 50 anos, a população salta de 57.610 (Censo de 1872) para 1.439.052 habitantes (Censo de 1920). Chamada de Paris dos Trópicos, Manaus transforma-se em uma metrópole de estilo europeu – é a segunda cidade do país a instalar iluminação elétrica. Esse desenvolvimento não dura muito. Na década de 1910 e na de 1920, em razão da concorrência asiática, a borracha amazônica perde mercado, e a economia regional entra em rápido declínio.Depois do ciclo da borracha, a construção da rodovia Belém-Brasília, no fim dos anos 1950, é o primeiro passo para romper o isolamento e a estagnação econômica do estado. Em 1967 é instituída a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com o objetivo de estabelecer um pólo industrial integrado ao mercado nacional, incentivado pela redução dos impostos de importação e exportação. Na esteira do Pólo Industrial da Zona Franca, desenvolvem-se o comércio, o turismo e a hotelaria, com a criação de aproximadamente 100 mil empregos.

Integração – No início da década de 1970 começa a ser estabelecido, por meio do Plano de Integração Nacional, um programa que prevê a construção de estradas, a ocupação planejada e o incentivo fiscal à instalação de empresas no estado. É dessa fase a criação de agrovilas ao longo das novas estradas, que atraem milhares de migrantes, especialmente das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul. A maioria dos projetos, porém, não dá certo. O solo da região, depois da retirada das árvores, raramente se mostra adequado à agricultura. Grande parte das estradas fica completamente abandonada e é engolida de novo pela floresta. É o caso da Transamazônica (BR-230), planejada para cruzar o estado de leste a oeste e conectá-lo à Região Nordeste. Atualmente, a rodovia fica transitável em apenas um pequeno trecho, durante a época da seca. A partir de meados dos anos 1980, a Zona Franca de Manaus começa a declinar, em decorrência do corte de incentivos, da queda de produção e da baixa demanda de mão-de-obra. Esse cenário se mantém nos anos 1990.



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