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MATO GROSSO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO

GEOGRAFIA – Área: 903.357,9 km². Relevo: planalto e chapadas no centro, planície com pântanos a oeste e depressões e planaltos residuais a norte. Ponto mais elevado: serra Manto Cristo (1.118 m). Rios principais: Araguaia, Cuiabá, das Mortes, Juruena, Paraguai, São Lourenço, Teles Pires, Xingu. Vegetação: cerrado na metade leste, floresta Amazônica a noroeste, pantanal a oeste. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Cuiabá (630.600), Várzea Grande (311.600), Rondonópolis (182.820), Sinop (115.700), Cáceres (87.708), Tangará da Serra (76.191), Barra do Garças (58.390), Primavera do Leste (56.800), Alta Floresta (51.190), Sorriso (48.080) (2012). Hora local: -1h. Habitante: mato-grossense.

POPULAÇÃO – 3.108.620 (est. 2012).

CAPITAL – Cuiabá. Habitante: cuiabano ou papa-peixe. População: 524.666 (est. 2012).

O terceiro maior estado do país em área, Mato Grosso (MT) apresenta a menor densidade demográfica da região Centro-Oeste. Apoiado na agricultura e na pecuária, praticadas sobretudo em grandes propriedades, o estado torna-se importante pólo de migrantes na década de 1990. Os rios e a pesca fazem parte do cotidiano do mato-grossense. Os peixes mais comuns são o pacu e a piraputanga. Entre os peixes de couro, destaca-se o pintado, com o qual é feita a mojica, uma das receitas mais populares da região. O acompanhamento mais usual para os peixes é a banana-da-terra ao natural, que é servida também com carne-seca. O estado apresenta relevo pouco acidentado e alterna um conjunto de grandes chapadas, no planalto Mato-Grossense, com altitudes entre 400 e 800 metros, e áreas de planície pantaneira, sempre inundadas pelo rio Paraguai e seus afluentes. No norte fica o Parque Nacional do Xingu, banhado pelos rios Araguaia e Xingu. Ali vivem tribos indígenas que preservam a tradição do Quarup, festa anual realizada em homenagem aos mortos.

Meio ambiente – Mato Grosso registra em 2002, pelo segundo ano consecutivo, queda na taxa de derrubada da mata. Ainda assim, segundo dados da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), o estado desmatou, em média, 1 milhão de hectares ao ano na última década, principalmente em razão do avanço das atividades agropecuárias. Desde 1990, a área de cultivo de soja em Mato Grosso aumenta 400%. O desmatamento para a abertura de novas fronteiras agrícolas preocupa os ambientalistas. O Pantanal cobre 10% da área do estado e o cerrado ocupa 40%, enquanto a floresta Amazônica se estende ao norte por metade do território mato-grossense. Em 2001, o Pantanal-Mato-Grossense recebe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o título de patrimônio natural da humanidade.

Economia – Mato Grosso é o estado que registra o maior crescimento econômico entre 1985 e 2011, principalmente em razão da força de sua agricultura. Mesmo o setor de serviços, que representa 51,8% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, gira em torno da agropecuária. Maior produtor de soja do país, colhe anualmente 26,5 milhões de toneladas do grão, que é o principal item de exportação mato-grossense. A cidade de Sorriso possui a maior área plantada de soja do mundo, com 720 mil hectares. Líder nacional também de algodão, sua colheita chega a 3,7 milhões de toneladas por ano e tem o município de Rondonópolis como pólo principal. Mato Grosso é também lider na produção de carne no Brasil. O crescimento econômico médio de 9,5% entre 2002 e 2011 superando a média nacional, mas há deficiências na infra-estrutura, que prejudicam o escoamento eficaz da produção. O desafio é conciliar a alta produtividade agrícola com o desenvolvimento sustentável.

Índices sociais – A população mato-grossense se distribui de forma desigual, com desertos demográficos ao norte e áreas urbanas populosas, como Cuiabá e Várzea Grande. Dois terços dos municípios não têm coleta de esgoto e em mais de um terço não há rede de água, mas cerca de 90% dos habitantes com mais de 15 anos são alfabetizados. Pouco mais de 20% da população mato-grossense mora na zona rural. A taxa de mortalidade infantil é de 21,5 crianças mortas antes de completar 1 ano a cada mil nascidas vivas. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mato-grossense é de 0,773, igual ao de Minas Gerais e pouco superior à média nacional.

Cuiabá
Capital – Com quase 300 anos de idade, Cuiabá prepara-se para um surto de crescimento neste início do século XXI, que pode vir com a implantação de cinco megaprojetos: a ligação ferroviária com o Porto de Santos, a conclusão e a pavimentação da rodovia Cuiabá-Santarém, a saída rodoviária para o oceano Pacífico, a hidrovia do Paraguai e o Gasoduto Brasil-Bolívia. A cidade começou às margens do rio Coxipó, tendo sido fundada em 8 de abril de 1719.

História
De acordo com o Tratado de Tordesilhas, a região do atual estado de Mato Grosso pertencia à América hispânica. Por muito tempo sua exploração se limita a esporádicas expedições de aventureiros e à atuação de missionários jesuítas espanhóis. Com o bandeirismo no século XVII e a descoberta de ouro no Brasil central no século XVIII, a região é invadida por exploradores. Em 1748 é criada a capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela, mais tarde transferida para a vila de Cuiabá. Dois anos depois, a região é formalmente incorporada ao Brasil pelo Tratado de Madri. No século XIX, durante o Império, o declínio da mineração de ouro provoca o empobrecimento e o isolamento da província. A atividade pastoril e a agricultura começam a ocupar a força de trabalho mato-grossense. Mas a criação de gado se desenvolve, o que faz o eixo econômico da região se deslocar do centro-oeste para o sul. No período da República, o isolamento da região vai sendo reduzido com a ampliação da rede telegráfica, promovida pelo marechal Cândido Rondon, a navegação a vapor e a abertura de algumas estradas, ainda que precárias. Essas medidas atraem para a província um número crescente de seringueiros, criadores de gado e exploradores de madeira e de erva-mate.

Separação – Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 1940 e 1950 e da política de integração nacional dos anos 1970. A primeira é baseada principalmente na mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília e a segunda, nos incentivos fiscais aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infra-estrutura, estradas e hidrelétricas. O estado prospera e atrai dezenas de milhares de migrantes vindos do Nordeste, Sul e Sudeste. Entre 1940 e 1970, a população salta de 430 mil para 1,6 milhão de habitantes. O governo federal decreta a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante de sua grande extensão e diversidade. O norte, menos populoso, mais pobre, sustentado pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, permanece como Mato Grosso. O sul, mais próspero e mais populoso, passa a ser Mato Grosso do Sul. Mais de duas décadas depois, as condições socioeconômicas de Mato Grosso não se alteram substancialmente.
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MARANHÃO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO MARANHÃO

GEOGRAFIA – Área: 331.983,3 km². Relevo: costa recortada e planície litorânea com dunas e planaltos no interior. Ponto mais elevado: chapada das Mangabeiras (804 m). Rios principais: das Balsas, Gurupi, Itapecuru, Mearim, Parnaíba, Pindaré, Tocantins, Turiaçu. Vegetação: mata de cocais a leste, mangues no litoral, floresta Amazônica a oeste, cerrado ao sul. Clima: tropical. Municípios mais populosos: São Luís (1.075.100), 62.950), Caxias (156.900), Timon (149.100), São José de Ribamar (134.200), Codó (121.880), Açailândia (109.800), Bacabal (102.300), Paço do Lumiar (99.790), Santa Luzia (84.700) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: maranhense.

POPULAÇÃO – 6.412.500 (est. 2012).

CAPITAL – São Luís. Habitante: ludovicense. População: 1.075.100 (est. 2012).

Disputado por franceses, portugueses e holandeses no início da colonização brasileira, o Maranhão (MA) revela em sua culinária a mistura de influências dos colonizadores, dos índios que ali moravam e dos negros trazidos da África. Os doces portugueses dividem a mesa com os de frutas nativas, como maracujá, bacuri, jenipapo e tamarindo. No litoral são consumidos marisco, siri, caranguejo e peixes. Diferentemente da culinária do vizinho Pará, a cozinha maranhense é leve, com pouco tempero e gordura no preparo de peixes e carne. A principal manifestação popular é a festa do bumba-meu-boi, mas se destaca também o tambor-de-crioula. O Maranhão é o único estado da Região Nordeste com parte de seu território coberto pela floresta Amazônica. Uma importante área de proteção ambiental é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, com dunas de até 50 metros de altura. O estado abriga importante sítio paleontológico. Na cidade de Itapecuru Mirim foram encontrados os fósseis do mais antigo saurópode (tipo de dinossauro herbívoro) já descoberto no país, o Amazonsaurus maranhensis, com 110 milhões de anos.

Economia – A participação maranhense no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil não chega a 1%. O comércio e os serviços respondem por 56,8% da economia do estado. Cerca de metade da movimentação de cargas em portos do Norte e do Nordeste passa pelo complexo portuário integrado pelos terminais de Itaqui, Ponta da Madeira e Alumar. Por ali, são exportados principalmente alumínio, ferro, soja e manganês. A indústria, que representa 25,2% do PIB maranhense, se apóia nos setores metalúrgico, alimentício e químico. Na agricultura, destacam-se a mandioca, o milho e a soja. Com uma costa de 640 quilômetros, a segunda mais extensa do país (a primeira é a da Bahia), o Maranhão tem na pesca importante atividade econômica.

Índices sociais – A renda per capita maranhense, de 6.620 reais em 2011, é a mais baixa do Brasil. O índice de mortalidade infantil é alto – 46,3 por mil nascidos vivos. Embora tenha melhorado muito, é a segunda pior taxa do país, só superada pela de Alagoas. O Maranhão, apesar do desenvolvimento alcançado em alguns setores econômicos, permanece como um dos mais pobres e carentes estados do país, ocupando a última posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro. A falta de ocupação e de perspectiva faz com que haja grande migração, especialmente para o vizinho Pará e para outros estados da Região Norte.

Base Espacial de Alcântara – A explosão do foguete VLS-1, que causa a morte de 21 técnicos em 2003, não impede o governo brasileiro de dar continuidade a seu programa espacial na Base de Alcântara. O lançamento bem-sucedido do foguete de exploração VSB-30, em outubro de 2004, dá novo ânimo ao Centro Técnico Espacial, que pretende colocar em órbita uma nova versão do VLS até 2006. Há também projetos para lançamentos de foguetes russos e ucranianos. A base maranhense é alvo de interesse por sua localização próxima à linha do Equador. Isso permite que o foguete escape mais facilmente da gravidade terrestre, o que significa grande economia de combustível.

São Luis
Capital – A cidade de São Luís, declarada patrimônio histórico da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1997, possui ruas estreitas e sobradões com fachada de azulejo e sacada de ferro, típicos do período colonial. Nos últimos anos, no entanto, os prédios do centro histórico estão ameaçados pela má conservação. A cidade é considerada também a capital brasileira do reggae.

História
A primeira capitania do Maranhão, criada em 1534 e dividida em duas, não chega a ser efetivamente ocupada. Seus próprios limites são estabelecidos apenas no início do século XVII, sob domínio francês. La Ravardière e Mazilly instalam uma colônia na região, em 1612, chamada França Equinocial, e fundam na baía de São Marcos a cidade de São Luís, que recebe esse nome em homenagem ao rei francês Luís XIII. Em 1615, os portugueses, comandados por Jerônimo de Albuquerque, expulsam os franceses e iniciam sua colonização na região. São Luís é invadida pelos holandeses em 1641, mas recuperada por Portugal três anos depois. A partir daí, torna-se a base de apoio à exploração e ocupação portuguesa da Amazônia e do norte do Brasil. Para estimular o desenvolvimento da capitania, apoiado na monocultura do açúcar e do algodão, é criada em 1682 a Companhia de Comércio do Maranhão. A iniciativa provoca protestos dos proprietários locais, pois o governo português chega a confiscar as lavouras de quem não planta cravo ou algodão, produtos que interessam comercialmente à metrópole. Em 1684, sob a liderança dos irmãos Manuel e Tomás Beckman, os donos de terras maranhenses se rebelam, mas são duramente reprimidos. Em 1755 é criada pelo governo do Marquês de Pombal a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Na segunda metade do século XVIII, com o começo da Revolução Industrial inglesa, as exportações de algodão têm forte crescimento, o que contribui para a prosperidade econômica e o aumento da população. Esse progresso econômico, porém, não se mantém. Após as lutas da independência, o Maranhão entra no século XIX com a economia em declínio. A estagnação perdura durante o Império, o que provoca revoltas populares, como a Balaiada, de 1838, ou, mais tarde, a migração de milhares de pessoas, a maioria camponeses, para os seringais da Amazônia. No início da República, a manufatura algodoeira e o beneficiamento de arroz, açúcar, óleo de babaçu e cera de carnaúba sustentam a economia, mas não impedem o empobrecimento de grande parte da população.

Desafios da modernização – A partir dos anos 1960 e 1970 são feitos investimentos nos setores de agropecuária e de extrativismo vegetal e mineral, estimulados por incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Grandes projetos de criação de gado, de plantação de soja e arroz e de extração de minério de ferro, como o Carajás, trazem riqueza, mas aumentam a concentração fundiária e causam problemas ambientais. No fim dos anos 1970, quase a metade da formação original das matas de transição maranhense entre o cerrado e a floresta Amazônica já se havia perdido. Esses projetos também impulsionam disputas de terra e conflitos com a população indígena, causando tensão e violência.
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ESPÍRITO SANTO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GEOGRAFIA – Área: 46.077,5 km². Relevo: baixada litorânea (40% do território) e serras (interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.891,9 m). Rios principais: Doce, Itapemirim, Itaúnas, Jucu, São Mateus. Vegetação: floresta tropical, vegetação litorânea. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Vila Velha (425.200), Serra (410.900), Cariacica (371.800), Vitória (351.500), Cachoeiro de Itapemirim (214.030), Linhares (142.800), Colatina (128.220), Guarapari (119.080), São Mateus (111.100), Aracruz (79.890) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: capixaba.

POPULAÇÃO – 3.623.020 (est. 2012).

CAPITAL – Vitória. Habitante: vitoriense. População: 351.500 (est. 2012).

O litoral do Espírito Santo (ES) apresenta paisagens recortadas por serras e morros, características do Sul e do Sudeste, e regiões planas, com dunas e palmeiras, típicas do Nordeste do país. A capital, Vitória, fica em uma ilha costeira. Pouco mais ao sul está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas grandes dunas. É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba, feita com tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, com 2.891,9 metros, o terceiro ponto mais alto do Brasil, fica na divisa com Minas Gerais.

Economia – O estado tem aumentado sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Mas, com uma base industrial modesta, essa participação ainda é pequena, de 1,8% em 2011. O comércio é a principal atividade econômica do Espírito Santo, que está entre os sete primeiros estados exportadores do país. A capital do estado abriga o porto de Vitória – o segundo mais importante do Brasil, responsável por 16% dos embarques do país – e o de Tubarão. Entre os produtos locais de exportação destacam-se celulose, café e granito. De Minas Gerais são escoados minério de ferro, veículos e aço. Do Centro-Oeste, produtos agrícolas. Entram pelo Espírito Santo automóveis, grãos, máquinas agrícolas e carvão siderúrgico. Com a descoberta de grandes reservas petrolíferas a partir de 2002, o estado passa da sexta para a segunda posição entre os detentores das maiores reservas do país. A indústria, apoiada principalmente no aumento contínuo da extração de petróleo e gás natural, é a que mais cresce em 2002 e 2003. Na agricultura, o destaque são as lavouras de café, cuja produção só é menor que a de Minas Gerais. Nas áreas litorâneas plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá e limão, enquanto nas montanhas são cultivados morango e uva. O estado possui a segunda maior fábrica de chocolates do país, a Garoto, com sede em Vila Velha. Em 2004, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) veta a compra da empresa pela multinacional Nestlé, que já vinha controlando sua produção desde 2002. O Cade determina que a Garoto seja vendida novamente, sob protestos da Nestlé, que decide recorrer judicialmente. O governo estadual teme pelo destino dos 3 mil funcionários da empresa e por impactos negativos na economia da cidade.

Índices sociais – A renda per capita do Espírito Santo é idêntica à média nacional: 17.631 reais. Embora seja o estado menos desenvolvido da Região Sudeste, apresenta indicadores sociais superiores aos demais. A taxa de mortalidade infantil é de 14,9 para cada mil nascidos vivos. Mais de 80% da população tem acesso à água, ao passo que um terço não possui serviços de coleta de esgoto. Dados do Ministério da Justiça indicam que o Espírito Santo apresenta taxa de homicídios de 52,1 por mil habitantes, a maior do país.

Vitória
Capital – Ao mesmo tempo que Vitória tem um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais do país, apresenta também uma das maiores taxas de homicídio do Brasil. Segundo especialistas, é o resultado do desemprego, do crescimento desordenado, do tráfico de drogas e das desigualdades sociais.

História
Criada em 1534, a capitania do Espírito Santo começa a ser ocupada no ano seguinte. Seu donatário, Vasco Fernandes Coutinho, constrói os primeiros engenhos, transformando a produção e a exportação de açúcar na principal atividade econômica da capitania. A vida nos engenhos e povoados, no entanto, é prejudicada pela constante presença de corsários franceses e pela hostilidade dos índios goitacás e aimorés. Para melhor resistir a essa situação, a sede da capitania, Vila Velha, é abandonada, e uma nova é construída na ilha de Santo Antônio, com o nome de Vila Nova, atual Vitória. A mudança para a ilha não resolve o problema dos ataques indígenas. A situação só melhora com a ida do primeiro contingente de jesuítas, para a catequização dos índios, em 1551.

Anchieta – O padre José de Anchieta, que faria o trabalho mais cuidadoso nesse sentido, chega em 1552. A luta contra os franceses prossegue ao longo do litoral, até o Rio de Janeiro. Um índio da região, Araribóia, chefe dos temiminós, amigo dos portugueses e da família do governador-geral Mem de Sá, desempenha papel importante nessa disputa. Ele se desloca com as tropas portuguesas até o Rio de Janeiro, onde luta contra os franceses liderados por Nicolau Durand de Villegaignon.No século XVII e no XVIII, a capitania vive o declínio da economia canavieira. Enfrenta outras guerras, contra os holandeses, de 1625 a 1640. Na segunda metade do século XVII, cresce a busca de ouro. O governador Gil de Araújo envia, a partir de 1676, 14 expedições à serra das Esmeraldas, rio Doce acima. As tentativas fracassam, pois a pequena quantidade de ouro encontrada não é suficiente para apontar uma alternativa econômica para a região. O crescimento da mineração de ouro e diamante em Minas Gerais também contribui para essa retração.

Expansão cafeeira – O Espírito Santo começa a se recuperar apenas durante o Império, com a expansão da lavoura cafeeira e com o incremento da imigração européia. Italianos, alemães, portugueses, holandeses e suíços instalam-se nas colônias e nas vilas do interior. No início da República, o café chega a representar mais de 90% da receita do estado e possibilita investimentos em infra-estrutura na capital e nas principais cidades. Nessa época, o porto de Vitória torna-se um dos mais importantes do Brasil.Com a economia baseada na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 1960, o Espírito Santo se beneficia, a partir dos anos 1970, da instalação de grandes projetos industriais, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica de Tubarão, depois privatizadas.
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DISTRITO FEDERAL - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO DISTRITO FEDERAL

GEOGRAFIA – Área: 5.801,9 km². Relevo: planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico do Roncador, na serra do Sobradinho (1.341 m). Rios principais: Descoberto, Paranoá, Preto, São Bartolomeu. Vegetação: cerrado. Clima: tropical. Município mais populoso: Brasília (2.580.000) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: brasiliense.

POPULAÇÃO – 2.580.000 (est. 2012).

CAPITAL – Brasília. Habitante: brasiliense. População: 2.580.000 (est. 2012).

No Distrito Federal (DF) localiza-se Brasília, a capital do país e o centro do poder político da União. Dividido em 19 regiões administrativas, com cidades-satélites no entorno da capital, o Distrito Federal está encravado no estado de Goiás, no Planalto Central, a uma altitude média de 1,1 mil metros. Brasília abriga as sedes do Executivo federal (Palácio do Planalto) e do Poder Legislativo (Congresso Nacional, composto de Câmara dos Deputados e Senado Federal). Na capital ficam também as mais altas cortes judiciais do país, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), além dos ministérios, dos órgãos públicos e das embaixadas. Cidade projetada pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e inaugurada em 1960, Brasília tem a forma de um avião, com duas asas unidas por um eixo central.

Economia – O setor de serviços responde por mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal, com quase dois terços dos recursos vindos da administração pública. A agropecuária, com menos de 1%, e a indústria, com cerca de 6%, têm a menor participação no PIB entre todas as unidades da Federação. Na indústria, destacam-se a da construção civil, a de transformação e a gráfica. A força do setor de serviços é ilustrada pelo fato de que a região, com apenas 5.801 quilômetros quadrados, mantém 291 agências bancárias. Esse número supera o de 15 estados brasileiros, sendo, por exemplo, o dobro do existente em Sergipe e nove vezes maior que o do Acre. Os medicamentos respondem por mais da metade das importações feitas pelo Distrito Federal. O motivo são as compras feitas pelo Ministério da Saúde para distribuição em todo o país. Drogas do coquetel anti-aids e vacinas, como as de prevenção de paralisia infantil e da hepatite, representam boa parte dos produtos trazidos do exterior. Por isso, o Distrito Federal apresenta déficit anual de mais de 500 milhões de dólares. Os investimentos do governo federal em tecnologia da informação e a chegada de grandes grupos de telecomunicações estimulam o surgimento de um pólo de informática com mais de mil empresas em Brasília. Conhecida como cidade movida pelo funcionalismo público, a capital federal passa por transformações nos últimos anos, e, atualmente, o setor privado contrata mais funcionários que o governo.

Índices sociais – Após a explosão demográfica verificada em 1960 e 1970, o crescimento populacional do Distrito Federal decai nos últimos anos. Mesmo assim, na década de 1990, a população salta de 1,6 milhão para 2 milhões de habitantes, o que representa um crescimento de 2,8%, superado apenas pelos estados da Região Norte. O Distrito Federal ostenta o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e os melhores indicadores do país: cerca de 90% das casas com rede de esgoto, 96% com coleta de lixo e 89% com rede de água. Na área educacional, registra os melhores índices de escolaridade, com taxa de alfabetização de quase 95%. O peso do governo federal no PIB local contribui para que o Distrito Federal tenha também a maior renda per capita do Brasil. A concentração de renda, porém, é grande. O rendimento mensal do 1% mais rico atinge 40,7 mil reais, o maior do país. O Distrito Federal lidera ainda em número de telefones celulares por habitante: quase 90% da população possui um aparelho móvel. Por outro lado, o crescimento desenfreado tem gerado problemas de urbanização nas cidades-satélites, com aumento da criminalidade, redução da qualidade de vida e do transporte, desemprego e processo de formação de favelas.

Brasília
Capital – Brasília é a principal atração do Distrito Federal. Em 1987, é declarada patrimônio cultural da humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em razão de seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX para ser uma capital. Brasília recebe constante afluxo de pessoas de todos os estados brasileiros e de outras nações. Atrai também místicos: muitos construíram, nas imediações da cidade, templos de diversas religiões. Essa diversidade cultural, que permite o encontro com estrangeiros de vários países, os mais diferentes sotaques, costumes e comidas típicas, é uma característica brasiliense marcante. Depois de fechado ao público por sete anos, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, é reaberto em 2002 para visitação.

História
A idéia da transferência da capital do país para o interior é antiga. Os participantes da Conjuração Mineira, em 1789, acalentavam esse sonho. Logo após a independência, José Bonifácio apresenta à Assembléia Constituinte uma proposta de transferência da capital do Império do Rio de Janeiro para o interior do país. Uma capital com essa localização garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e abriria novas frentes de desenvolvimento, além de ser menos vulnerável a ataques externos. Em 1877, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, defensor do projeto, viaja para o Planalto Central e indica a região ao ministro da Agricultura, Tomás Coelho. A idéia é incorporada pela Constituição republicana de 1891. No ano seguinte, o lugar para o novo Distrito Federal é demarcado. Em 1954, um trecho dessa área é escolhido para sediar a capital. Trinta mil operários constroem Brasília em 41 meses, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek. Com projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital é inaugurada em 21 de abril de 1960, data escolhida em homenagem a Tiradentes. No ano de fundação, a cidade já conta com 150 mil habitantes. No Plano Piloto, moram funcionários públicos. Nas cidades-satélites, estão os candangos – como são chamados os operários migrantes, a maioria nordestinos, que trabalharam na construção da capital. A população aumenta rapidamente à medida que a estrutura político-administrativa do governo federal se transfere para lá. Em 30 anos, o Distrito Federal alcança 1,6 milhão de habitantes, uma das mais altas taxas de crescimento demográfico do país. Em 1988, com a nova Constituição, ganha plena autonomia e passa a eleger seu governador e seus parlamentares.

Regiões administrativas – O Distrito Federal constitui uma unidade atípica na federação: não é um estado nem possui municípios. Consiste em um território autônomo, dividido em regiões administrativas. Exceto Brasília, capital federal e sede do governo do Distrito Federal, as demais regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites, com certa autonomia administrativa. Em 1961 criam-se as primeiras subprefeituras: Planaltina, Taguatinga, Sobradinho, Gama, Paranoá, Brazlândia e Núcleo Bandeirante. Em 1964 são substituídas por regiões administrativas. Surgem mais quatro dessas unidades em 1989: Ceilândia, Guará, Cruzeiro e Samambaia. Em 1993, acrescentam-se outras quatro: Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo. As três últimas regiões administrativas são criadas em 1994: Lago Sul, Lago Norte e Candangolândia.
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BAHÍA - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DA BAHÍA

GEOGRAFIA – Área: 564.692,7 km². Relevo: planície no litoral, depressão a norte e a oeste e planície no centro. Ponto mais elevado: serra do Barbado (2.033,3 m). Rios principais: Carinhanha, de Contas, Grande, Itapecuru, Jequitinhonha, Pardo, Paraguaçu, São Francisco. Vegetação: floresta tropical, mangues litorâneos, caatinga e cerrado. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Salvador (3.020.000), Feira de Santana (575.170), Vitória da Conquista (315.600), Ilhéus (260.200), Itabuna (230.500), Juazeiro (212.000), Camaçari (202.300), Jequié (161.400), Alagoinhas (148.800), Lauro de Freitas (142.200) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: baiano.

POPULAÇÃO – 14.200.000 (est. 2012).

CAPITAL – Salvador. Habitante: soteropolitano. População: 3.020.000 (est. 2012).

Na Bahia (BA) reside o maior número relativo de negros e mulatos do Brasil, e a cultura africana tem grande influência na música, na culinária e no sincretismo religioso, celebrado nas festas de Nosso Senhor do Bonfim e de Iemanjá. A culinária é a mais mestiça do país. A moqueca de peixe à baiana é um exemplo: o peixe é preparado com o dendê, originário da África, e a cebola, que veio da Ásia, com base em uma técnica portuguesa. Vatapá, abará, mungunzá (conhecido como canjica no Sudeste) e acarajé são outros símbolos da cozinha local. A música e os ritmos baianos atraem visitantes do mundo todo, especialmente durante o Carnaval, o maior do país. O estado tem a mais extensa faixa litorânea do Brasil, e os turistas se espalham por suas praias famosas, como as do Forte, Itaparica, Morro de São Paulo, Ilhéus, Comandatuba, Porto Seguro, Arraial d’Ajuda, Trancoso, Alcobaça, Caravelas e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, que reúne a maior variedade de corais do país.

Economia – De perfil predominantemente agrícola no passado, a Bahia abriga importante indústria petroquímica: um quarto de suas exportações é de petróleo e derivados. O turismo é outro segmento que cresce. Em 2000 é inaugurado o maior complexo hoteleiro do país, 60 quilômetros ao norte de Salvador: a Costa do Sauípe. Em Ilhéus cresce o pólo de informática. Disputando com outros estados uma acirrada guerra fiscal, os incentivos baianos atraem multinacionais em 2000 e 2001, como a montadora Ford, que alavanca a exportação de automóveis, e a empresa Monsanto, que instala na Bahia sua maior fábrica de herbicidas fora do território norte-americano. Os incentivos governamentais beneficiam também cerca de 15 mil agricultores do sul do estado, que voltam a investir no cacau, cultura seriamente prejudicada pela praga vassoura-de-bruxa. Surgida em 1989, a praga faz cair as safras de 300 mil toneladas na época para pouco mais de 110 mil toneladas em 2004. A queda leva 250 mil pessoas ao desemprego. Em 2001, uma área de 50 mil hectares recebe mudas clonadas e modificadas para resistir à vassoura-de-bruxa. A meta é renovar os 300 mil hectares de lavoura em cinco anos. Os primeiros resultados começam a aparecer em 2003. Entre os principais produtos agrícolas estão a mandioca e o milho, mas novas fronteiras se abrem no oeste baiano, onde se destaca a produção de laranja, banana, tomate, fibras e mamona. A produção de cana-de-açúcar e soja também aumenta nos últimos anos. Na pecuária, a criação de caprinos adapta-se às condições do clima semi-árido e traz bom retorno econômico. O estado tem o maior rebanho de cabras do país e o segundo de carneiros e ovelhas. A Bahia abriga a única mina de urânio em atividade no Brasil. Localizada entre os municípios de Caetité e Lagoa Real, no sul do estado, a mina possui reservas estimadas em 100 mil toneladas e produz 400 toneladas por ano. Entretanto, sua segurança começa a ser questionada: a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) exige a correção de falhas para que não haja riscos à população e ao meio ambiente.

Índices sociais – Em todo o estado, 40,4% dos domicílios não têm rede de esgoto. O índice de mortalidade infantil é de 23,7 mortes por mil crianças nascidas vivas. Na educação, a taxa de analfabetismo é de 13,7% entre os habitantes com 15 anos ou mais. Um quarto da população vive com até um salário mínimo, enquanto menos de 1% dos baianos recebe mais de 20 salários mínimos.

Salvador
Capital – Salvador, a capital do estado e a primeira do Brasil, tem arquitetura marcada pelas construções do período colonial. São igrejas, fortes, palácios e os casarões do Pelourinho, considerado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

História
A Bahia é a primeira das capitanias hereditárias a ser retomada pela Coroa portuguesa e transformada em capitania real. Em 1549, o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, constrói a cidade de São Salvador, na Baía de Todos os Santos, para ser a capital da colônia. Além de sede política e administrativa, funciona como pólo de desenvolvimento econômico de toda a região, centralizando grande parte das exportações de açúcar, tabaco e algodão no século XVI e no XVII, de ouro e diamante no XVIII e do tráfico de escravos até meados do século XIX. Em 1763, com cerca de 60 mil habitantes, Salvador perde a condição de capital para o Rio de Janeiro. O declínio econômico da cidade e de todo o Recôncavo Baiano gera forte sentimento anticolonialista. Em 1798, a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, que conta com representantes das camadas populares e médias, propõe a independência da colônia e uma sociedade baseada nos ideais da Revolução Francesa.

No século XIX, a província da Bahia sofre com a decadência da economia canavieira. Surgem depois novas áreas de prosperidade econômica, baseadas em monoculturas, como a zona cacaueira no sul do estado. Mas o empobrecimento é geral. Nos sertões do norte e do oeste, ao longo da bacia do São Francisco, a agropecuária de subsistência garante a sobrevivência da população, submetida ao poder das oligarquias e à influência de líderes messiânicos, como Antônio Conselheiro, fundador do arraial de Canudos. O arraial, visto pelo governo como ameaça à República e à ordem social, é destruído por tropas federais em 1897, após o envio de quatro expedições e de intensos combates. Antônio Conselheiro morre em conseqüência do jejum a que se entregara durante o conflito. Exumado dias depois, tem a cabeça decepada. O estado, como os demais da região, permanece à margem do poder durante a República Velha. Em 1912 sofre intervenção do governo federal, e Salvador é bombardeada. O ataque é uma represália ao apoio dado pelo governo baiano à oligarquia paulista, contrária ao governo do marechal Hermes da Fonseca. Em 1930, novamente a Bahia apóia os interesses da oligarquia paulista. Nesse ano, integra com Vital Soares a chapa encabeçada por Júlio Prestes na eleição presidencial. A chapa ganha nas urnas, mas perde para o movimento tenentista na Revolução de Outubro, que põe fim à República Velha.

Modernização do estado – O processo de modernização, a partir dos anos 1950, é marcado pela descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano e pelo início de sua exploração, pela construção da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso (1954) e pela abertura da rodovia Rio-Bahia (1957). Na década seguinte, o estado passa a receber recursos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), destinados, sobretudo, à ampliação da agricultura irrigada na bacia do São Francisco. Nos anos 1970, incentivos fiscais favorecem a implantação do Pólo Industrial de Aratu e do Pólo Petroquímico de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, que se consolida como o maior centro industrial do Nordeste.
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AMAZONAS - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO AMAZONAS

GEOGRAFIA – Área: 1.570.745,7 km². Relevo: depressão na maior parte e faixa de planície perto do rio Amazonas e planaltos a leste. Ponto mais elevado: pico da Neblina, na serra Imeri (2993,8 m). Rios principais: Amazonas, Icá, Japurá, Javari, Juruá, Madeira, Negro, Nhamundá, Purus, Solimões. Vegetação: floresta Amazônica. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Manaus (1.710.500), Parintins (125.000), Manacapuru (88.510), Coari (84.550), Itacoatiara (81.400), Tefé (73.400), Maués (46.500), Tabatinga (44.600), Iranduba (40.660), Manicoré (40.100) (2012). Hora local: -1h a leste da linha Tabatinga-Porto Acre e -2h a oeste. Habitante: amazonense.

POPULAÇÃO – 3.312.420 (est. 2012).

CAPITAL – Manaus. Habitante: manauara ou manauense. População: 1.710.500 (est. 2012).

O Amazonas (AM) é o maior estado brasileiro em área e detém a maior biodiversidade do mundo. A bacia do rio Amazonas concentra um quinto de toda a água doce do planeta. No estado estão os pontos mais elevados do Brasil: o pico da Neblina, com 3.014 metros de altitude, e o 31 de Março, com 2.994 metros, ambos na fronteira com a Venezuela. O território amazonense abriga ainda o maior número de índios do país: 101,8 mil, quase um quarto do total. Raízes indígenas e nordestinas estão presentes na culinária e na cultura da região, que tem no peixe a base de seus principais pratos, como a moqueca com postas de tucunaré ou de surubim. A maior festa do estado, o festival folclórico de Parintins, no mês de junho, atrai turistas de todo o Brasil.

Economia – O Amazonas é o único estado da Região Norte em que a indústria é o principal setor da economia. O Pólo Industrial de Manaus, que responde por 66,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, fabrica eletroeletrônicos, bens de informática, motos, bicicletas, químicos e concentrados de refrigerante. Entre 1994 e 2011, a economia amazonense tem o maior crescimento acumulado do país: 186%. De janeiro a setembro de 2004, a indústria do estado, com a de São Paulo, é a que apresenta o melhor desempenho no país, impulsionada principalmente pela produção de material eletrônico, equipamentos de comunicações, plástico e borracha.

O ecoturismo é o segmento econômico que mais se expande no Amazonas. Com isso, cresce também o número de hotéis de selva no estado, a maioria nos arredores de Manaus, Manacapuru e Itacoatiara. O estado é o maior produtor de borracha do Brasil. Destaca-se também a exploração da madeira, mas o corte predatório ainda é um problema. Desde os anos 1970, pelo menos 600 mil quilômetros quadrados de mata foram derrubados, uma área superior à da França. Experiências de uso racional da floresta vêm sendo feitas na região de Tefé, em Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), que preservam a fauna e a flora sem expulsar os ribeirinhos. As reservas de Mamirauá e Amanã e o Parque Nacional do Jaú somam 57,4 mil quilômetros quadrados – quase duas vezes a área da Bélgica. Entretanto, o avanço da soja começa a ameaçar a floresta no sul do estado. A maior parte do movimento de passageiros e carga está concentrada nos rios Madeira, Negro e Amazonas. O transporte aéreo é caro e o rodoviário, precário. Com baixo potencial hidrelétrico, o estado produz petróleo e gás natural. Em 2002, a Petrobras descobre uma reserva de gás natural de 6 bilhões de metros cúbicos em Itapiranga, a 200 quilômetros de Manaus. O rebanho bovino do Amazonas é o que mais cresce no país entre 2002 e 2003. A produção de carne no estado destina-se apenas ao consumo local. Mesmo assim, em setembro de 2004, a Federação Russa proíbe a importação de carne brasileira, após a descoberta de um foco de febre aftosa no município amazonense de Careiro da Várzea. Em junho, o governo russo já vetara a importação de Mato Grosso, em virtude da aparição da doença em região vizinha, no Pará. O embargo russo é suspenso em novembro apenas para a carne de Santa Catarina.

Zona Franca e Pólo Industrial – Instalada em Manaus, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) incentiva o setor industrial. Cerca de 450 indústrias se fixam em Manaus, formando o Pólo Industrial. Após período de retração, provocado pelas crises econômica e energética nos últimos anos, o pólo retoma o crescimento e impulsiona a economia do estado. O faturamento de 2011 é estimado em 35 bilhões de dólares, 18% maior que o de 2011. Apesar do crescimento de mais de 500% no volume de exportações nos últimos seis anos, apenas um décimo da produção do pólo é vendido para o exterior.

Índices sociais – O Amazonas tem baixa densidade demográfica. A maior parte dos municípios fica à beira dos rios, e nas áreas periodicamente alagadas é comum a construção de casas sobre palafitas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 a mortalidade infantil registrada no estado é de 16,8 por mil crianças nascidas vivas.

Manaus
Capital – Em Manaus, há marcos arquitetônicos do período áureo da borracha, como o Teatro Amazonas, construído com materiais nobres importados de várias partes do mundo, no fim do século XIX. Com a criação da Zona Franca de Manaus, a cidade se transforma em grande pólo de atração, abrigando metade dos habitantes do estado. Essa concentração traz vários problemas sociais, como altos índices de violência e prostituição infantil, déficit de moradia e precariedade nos serviços de saúde.

História
Até meados do século XVIII, quase toda a atual Amazônia brasileira pertencia à América hispânica. Nessa época, é praticamente desconhecida, sendo visitada apenas por missionários e aventureiros, alguns enviados em expedições oficiais. Portugueses e espanhóis exploram apenas as "drogas do sertão" – madeiras, resinas, ervas e condimentos –, nenhuma delas de importância econômica significativa. Isso explica, em parte, por que a Espanha cede com relativa facilidade a imensa área a Portugal no Tratado de Madri, de 1750. Desde essa época até meados do século XX, o Amazonas tem dificuldade para romper o modelo extrativista que está na base de sua ocupação. Em 1669, o capitão português Francisco da Mota Falcão funda o pequeno forte de São José do Rio Negro, núcleo inicial do que é hoje a cidade de Manaus. Ele se torna o foco de expansão para o povoamento da Amazônia, com a possibilidade de subida do rio Negro. Em 1757, a região é transformada em capitania de São José do Rio Negro, e nas décadas seguintes constroem-se fortalezas para sua defesa. Com a independência, a capitania integra-se à província do Pará e se envolve nas lutas da Cabanagem, entre 1835 e 1840. Em 1850, o governo imperial cria a província do Amazonas, com capital em Manaus.

Ciclo da borracha – Em 1866, quando cresce a importância da borracha para a economia local, o rio Amazonas é aberto à navegação internacional. Os seringais amazônicos atraem dezenas de milhares de migrantes, sobretudo nordestinos, para a coleta do látex. Tornam-se também objeto de interesse de grandes companhias estrangeiras. Entre 1890 e 1910, a produção de borracha do Amazonas corresponde a mais de 40% do total mundial. A população multiplica-se, a exportação da borracha chega a se igualar à do café e a economia cresce rapidamente. Em cerca de 50 anos, a população salta de 57.610 (Censo de 1872) para 1.439.052 habitantes (Censo de 1920). Chamada de Paris dos Trópicos, Manaus transforma-se em uma metrópole de estilo europeu – é a segunda cidade do país a instalar iluminação elétrica. Esse desenvolvimento não dura muito. Na década de 1910 e na de 1920, em razão da concorrência asiática, a borracha amazônica perde mercado, e a economia regional entra em rápido declínio. Depois do ciclo da borracha, a construção da rodovia Belém-Brasília, no fim dos anos 1950, é o primeiro passo para romper o isolamento e a estagnação econômica do estado. Em 1967 é instituída a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com o objetivo de estabelecer um pólo industrial integrado ao mercado nacional, incentivado pela redução dos impostos de importação e exportação. Na esteira do Pólo Industrial da Zona Franca, desenvolvem-se o comércio, o turismo e a hotelaria, com a criação de aproximadamente 100 mil empregos.

Integração – No início da década de 1970 começa a ser estabelecido, por meio do Plano de Integração Nacional, um programa que prevê a construção de estradas, a ocupação planejada e o incentivo fiscal à instalação de empresas no estado. É dessa fase a criação de agrovilas ao longo das novas estradas, que atraem milhares de migrantes, especialmente das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul. A maioria dos projetos, porém, não dá certo. O solo da região, depois da retirada das árvores, raramente se mostra adequado à agricultura. Grande parte das estradas fica completamente abandonada e é engolida de novo pela floresta. É o caso da Transamazônica (BR-230), planejada para cruzar o estado de leste a oeste e conectá-lo à Região Nordeste. Atualmente, a rodovia fica transitável em apenas um pequeno trecho, durante a época da seca. A partir de meados dos anos 1980, a Zona Franca de Manaus começa a declinar, em decorrência do corte de incentivos, da queda de produção e da baixa demanda de mão-de-obra. Esse cenário se mantém nos anos 1990.
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AMAPÁ - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO AMAPÁ

GEOGRAFIA – Área: 142.814,6 km². Relevo: planície com mangues e lagos no litoral e depressão na maior parte, interrompida por planaltos residuais. Ponto mais elevado: serra Tumucumaque (701 m). Rios principais: Amazonas, Araguari, Jari, Maracá, Oiapoque. Vegetação: mangues litorâneos, campos gerais, floresta Amazônica. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Macapá (385.460), Santana (105.310), Laranjal do Jari (35.900), Oiapoque (16.800), Porto Grande (14.200), Mazagão (13.950), Vitória do Jari (10.890), Tartarugalzinho (8.700), Calçoene (7.980), Amapá (7.800) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: amapaense.

POPULAÇÃO – 598.400 (est. 2012).

CAPITAL – Macapá. Habitante: macapaense. População: 385.460 (est. 2012).

O Amapá (AP) é o mais bem preservado estado brasileiro e mantém intacta quase a totalidade da floresta Amazônica, que cobre 90% de seu território. A população é proporcionalmente a que mais cresceu no país entre 1991 e 2000, com aumento médio de 5,71% ao ano. A maior parte dos habitantes (89%) está nas cidades – mais da metade na capital –, uma concentração urbana inferior apenas à de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ao sul, o Amapá faz divisa com o estado do Pará. Ao norte, o rio Oiapoque estabelece a fronteira com a Guiana Francesa.

Meio ambiente – Em agosto de 2002, o Amapá passa a abrigar o maior parque florestal do planeta, o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, com 3,8 milhões de hectares, área maior que a da Bélgica. O parque cobre a região noroeste do estado e a divisa com o Pará, protegendo as nascentes dos maiores rios estaduais, como o Oiapoque, o Jari e o Araguari. Em 2003 é anunciada a criação do Corredor Ecológico do Amapá. Abrangendo área superior à de Portugal, com mais de 10 milhões de hectares, o corredor é o maior do país – ocupa cerca de 70% da área do estado e visa ao manejo integrado de 12 unidades de conservação, inclusive o Parque do Tumucumaque, além de abrigar tribos indígenas de quatro etnias. Na foz do rio Araguari ocorre a maior pororoca do litoral brasileiro. Quando a maré sobe, uma onda colide estrondosamente com a massa de água doce que flui na direção contrária. A pororoca do Araguari avança rio adentro durante quase uma hora e meia e arrasta tudo o que estiver no leito.

Economia – Desde 1995, com a criação do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), o governo do estado desenvolve ações que associam crescimento e preservação ambiental. Os principais produtos estão relacionados com o extrativismo ou com o manejo da floresta: arcos e estacas de madeira, cavacos de pínus, palmito, castanha-do-pará e açaí. O manganês, que já foi a base da economia amapaense, perde importância com o esgotamento das jazidas. Ainda assim, o estado é um dos maiores produtores do mineral no país. Mandioca, arroz, milho, feijão e banana são as culturas mais comuns. Destacam-se também a pesca e a criação de búfalos. O Amapá apresenta sérios problemas nas áreas de energia, comunicação e transportes – não existe ligação rodoviária com o restante do país. Esse isolamento aproxima o estado de parceiros comerciais no exterior, como a Guiana Francesa e, por decorrência, a França.

Índices sociais – A taxa de mortalidade infantil do Amapá é de 24,9 para cada mil nascidos vivos, índice abaixo da média nacional. O estado detém o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a menor taxa de analfabetismo da Região Norte. No entanto, metade da população não tem acesso à água e três quartos não dispõem de serviços de coleta de esgoto.

Macapá
Capital – Macapá é cortada pela linha do Equador. Isso torna possível a passagem de um hemisfério a outro com o simples ato de atravessar uma rua. São atrações da cidade a Fortaleza de São José, construção portuguesa do século XVIII, e os passeios de barco pelos igarapés e pela foz do rio Amazonas.Em 2002, Macapá ganha o Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável, a céu aberto, que reproduz a vida ribeirinha, com um sítio arqueológico demonstrativo. O nome Sacaca homenageia um curandeiro da região cujo apelido deriva de uma planta tradicionalmente usada para baixar o colesterol. Em novembro de 2004, o prefeito reeleito de Macapá, João Henrique Pimentel (PT), é preso temporariamente e indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de desvio de verbas públicas e fraude em licitações. A Operação Pororoca, que investiga irregularidades em 17 obras públicas no estado, resulta em 31 mandados de prisão contra empresários e políticos, incluindo também o prefeito de Santana, Rosemiro Rocha (PL). Suspeita-se que o esquema de fraudes tenha desviado mais de 103 milhões de reais.

História
Pelo Tratado de Tordesilhas, a área do atual estado do Amapá pertencia aos espanhóis. Durante a União Ibérica entre Portugal e Espanha (1580/1640), a região é doada ao português Bento Parente, com o nome de capitania da Costa do Cabo Norte. Felipe II, rei da Espanha, agia assim com o objetivo de fortificar a região, ponto de atração constante de holandeses, ingleses e franceses, que chegam a instalar verdadeiros empórios comerciais no Amapá. Quando Portugal conquista a independência em relação à Coroa espanhola, Bento Parente continua como donatário da nova capitania. Embora o Tratado de Tordesilhas lhe destinasse a região, a Espanha não contesta a posse. O difícil para Portugal é enfrentar os franceses, que haviam instalado uma praça militar em Caiena, ao norte da capitania. A mais ousada tentativa de ocupação francesa ocorre em 1697. Ao assinar o Tratado de Utrecht, em 1713, a França reconhece a soberania portuguesa na região. Apesar disso, mantém-se a preocupação com os franceses. Entre 1764 e 1782, Portugal constrói a Fortaleza de São José, em Macapá, a maior do Brasil colônia.

Disputa com a França – Com a independência do Brasil, em 1822, o Amapá permanece ligado à província do Pará. Até o fim do século XIX, a região é pouco mais que uma praça de guerra, a rigor sem atividade econômica. Por essa época, porém, é descoberta a mina de ouro de Calçoene.Brasil e França continuam a disputar a região entre os rios Oiapoque e Araguari, que corresponde a quase metade do território do estado. A questão só se resolve em 1900, com a intermediação do presidente suíço Walter Hauser, que confirma os direitos brasileiros sobre a área.

No fim do século XIX, quando a Amazônia começa a viver o ciclo da borracha, o sul do Amapá também se beneficia da atividade extrativista. Em 1943, numa tentativa de apoiar o desenvolvimento da região, o governo federal desvincula o Amapá do Pará e o transforma em território federal, com capital em Macapá. Em 1946 inicia-se a exploração das ricas jazidas de manganês recém-descobertas na serra do Navio, concedidas à Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi), subsidiária da norte-americana Bethlehem Steel. Nos anos 1970, junto ao rio Jari, na divisa com o Pará, é implantado o Projeto Jari, ambicioso programa do empresário norte-americano Daniel Ludwig, ligado à exploração de madeira, ao cultivo de arroz e à produção de celulose. O projeto, porém, não se consolida. Na década de 1980 e na de 1990, a economia cresce de forma acentuada, com base no extrativismo mineral e vegetal e em algumas atividades industriais. Em 1988, beneficiado pelas disposições da nova Constituição federal, o Amapá torna-se estado.
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ALAGOAS - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE ALAGOAS

GEOGRAFIA – Área: 27.767,7 km². Relevo: planície litorânea, planalto a norte e depressão no centro. Ponto mais elevado: serra Santa Cruz (844 m). Rios principais: Ipanema, Moxotó, Mundaú, Paraíba, São Francisco. Vegetação: floresta tropical, mangues litorâneos e caatinga. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Maceió (932.320), Arapiraca (121.520), Palmeira dos Índios (73.211), Rio Largo (69.915), Penedo (62.429), União dos Palmares (61.233), Coruripe (46.313), Santana do Ipanema (45.254), Delmiro Gouveia (44.909), São Miguel dos Campos (44.265) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: alagoano.

POPULAÇÃO – 3.095.910 (est. 2012).

CAPITAL – Maceió. Habitante: maceioense. População: 932.320 (est. 2012).

Localizado na Região Nordeste, Alagoas (AL) tem um litoral recortado, rico em belezas naturais, com muitas áreas de mangue e lagoas. O traçado da rodovia BR-101 acompanha toda a costa, desde a foz do rio São Francisco, que desenha a divisa sul com Sergipe, até o norte, em direção ao estado de Pernambuco. O clima na maior parte do território alagoano é o tropical, com temperaturas entre 18 ºC e 26 ºC e maior concentração de chuvas no inverno. No interior do estado, há regiões com clima semi-árido, onde as poucas chuvas são distribuídas irregularmente.

Turismo – A atividade econômica que mais cresce em Alagoas é o turismo, apoiado na existência de belas praias, variedade de paisagens e diversidade cultural e gastronômica. Dos 101 municípios do estado, 40 têm potencial turístico e 32 se tornaram prioridade de investimentos do Programa de Ação para o Desenvolvimento Integrado do Turismo (Prodetur), uma iniciativa do governo federal, que criou os projetos Costa Dourada, para o litoral norte, e Paraíso das Águas, para o litoral sul. O Costa Dourada prevê o investimento de 32 milhões de reais em ações de gestão, informatização e treinamento. O Paraíso das Águas engloba a área das lagoas na região metropolitana de Maceió, municípios importantes, como Marechal Deodoro e Arapiraca, até o rio São Francisco, na divisa com o estado de Sergipe. A cidade de Marechal Deodoro, antiga capital alagoana, atrai pelo rico acervo arquitetônico do período colonial. Em seu litoral está localizada a praia do Francês, a mais conhecida do estado. Com águas azuis, a praia é parcialmente protegida por uma orla de recifes que deixam o mar calmo. Na área não protegida, as fortes ondas permitem a prática de surfe.

Economia – Alagoas contribui com apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços corresponde a 59,1% da economia alagoana, boa parte apoiada nas atrações do turismo. A indústria responde por 32,6%. Apesar de ser um estado conhecido pelas plantações de cana destinadas à agroindústria do açúcar e do álcool, a agropecuária responde por apenas 8,2% da atividade econômica. Pobre e de baixa mecanização, a indústria do açúcar e do álcool depende das grandes plantações de cana-de-açúcar, que se estendem do litoral à Zona da Mata. Maior produtor de cana do Nordeste, com cerca de 25 milhões de toneladas, Alagoas só fica atrás de São Paulo e Paraná no ranking nacional. Açúcar e etileno respondem pela maior parte dos produtos exportados. Além da cana-de-açúcar, sobressai a produção de fumo, coco, algodão, arroz, feijão, milho, mandioca, mangaba, laranja, abacaxi, banana e leite.

O estado produz petróleo e gás natural. Destacam-se também o pólo cloroquímico e os setores industriais de alimentos, tecidos e vestuário. Trigo e fertilizantes são os principais produtos importados. Mas o estado ainda é pobre, com renda per capita de 3.012 reais, menos da metade da média do país.

Índices sociais – Alagoas detém a maior taxa de mortalidade infantil do Brasil. A cada mil crianças nascidas vivas, 57,7 morrem antes de completar 1 ano, mais que o dobro da média do país, que é de 27,5 mortes por mil nascidos vivos. Um em cada cinco alagoanos com mais de 10 anos vive com até um salário mínimo. O saneamento básico é outro grave problema: menos de 30% dos domicílios do estado têm rede de esgoto. Em 1991, sete dos dez municípios brasileiros mais pobres, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), eram alagoanos. Em 2011, o IDH de Alagoas havia melhorado, mas continuava sendo o segundo menor do país. Nesse ano, o estado também apresentava a pior distribuição de renda. Com 19,2%, a taxa de analfabetismo é a mais alta do país.

Maceió
Capital – O destino preferido dos turistas é a capital, Maceió, uma das cidades mais visitadas da Região Nordeste. A rica culinária, à base de frutos do mar, é um dos principais atrativos. O prato típico do litoral é o sururu, uma espécie de marisco. A maior atração, no entanto, são as praias da região. Entre elas destaca-se a de Pajuçara, onde, durante a maré baixa, se forma uma piscina natural a 2 quilômetros da costa. O passeio até lá pode ser feito de jangada. O bairro do Pontal da Barra oferece os mais variados tipos de renda, um dos mais conhecidos produtos de artesanato da capital.

História
A região do atual estado de Alagoas desenvolve e consolida sua economia no período colonial com a produção de açúcar e a criação de gado, atividades em que predominava o trabalho escravo de negros e mestiços. No século XVI, piratas estrangeiros aportam no litoral e pilham o pau-brasil. No século seguinte, a região é submetida ao domínio holandês. Para manter o controle do território, os colonizadores portugueses entram em choque com os nativos e dizimam tribos indígenas hostis, como os caetés. Alagoas e Pernambuco sediam, no decorrer do século XVII, o mais importante centro de resistência dos negros à escravidão, o Quilombo dos Palmares, comunidade fundada por volta de 1590 que logo se transformaria num pólo de atração para os escravos das plantações canavieiras. O quilombo é destruído em 1694, por Domingos Jorge Velho. Zumbi, o mais conhecido líder de Palmares, escapa do ataque e continua a luta. Em 1695 é traído e morre numa emboscada. Durante quase todo o período colonial, a região de Alagoas integra a capitania de Pernambuco. Torna-se comarca em 1711 e se separa em 1817, para se transformar em capitania autônoma. A separação é uma represália do governo central à Revolta Pernambucana. Com a independência do Brasil, em 1822, torna-se província. Em 1839, Maceió passa a ser a capital, em substituição à cidade de Alagoas. A antiga capital passa posteriormente a chamar-se Marechal Deodoro, homenagem a seu filho mais ilustre, que proclamou a República em 1889 e foi o primeiro presidente do país.No período republicano, Alagoas mantém as características econômicas e sociais de seu passado colonial: economia agrícola da Zona da Mata e do Agreste e pequena industrialização. A sociedade permanece dependente do poder e do clientelismo dos coronéis, latifundiários e chefes das oligarquias locais. Só a partir dos anos 1960 a economia alagoana começa a se diversificar, em virtude dos programas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para a exploração do sal-gema e da aplicação de recursos da Petrobras para a produção de petróleo. O estado tem se beneficiado dos investimentos em turismo, concentrados principalmente na capital.
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GEOGRAFIA DE ALTO ARAGUAIA - MT

Alto Araguaia é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Alto Araguaia situa-se no Sudeste de Mato Grosso. Possui um clima que varia em média 22º ao ano, com a precipitação de 1750 mm. “Seu relevo pertence ao Planalto Taquari - Itiquira e localizada a 17º 18’53”, numa Latitude sul e 53º 12’ 5”de Longitude Oeste.

Aniversário: 26 de outubro
Fundação: 1938
Gentílico: alto-araguaiense
Unidade Federativa: Mato Grosso
Mesorregião: Sudeste Mato-Grossense
Microrregião: Alto Araguaia
Municípios limítrofes: Alto Garças, Alto Taquari, Santa Rita do Araguaia e Araguainha
Distância até a capital: 418 km

Características geográficas
Área: 5.538,022 km²
Altitude: 692 m
Clima: Tropical
Fuso horário: UTC-4

Indicadores Sociais e Econômicos
IDH: 0,813 (PNUD/2011)
PIB: R$ 1.157.500 mil IBGE/2011
PIB: per capita R$ 74.120,00 IBGE/2011

  Igreja Matriz

A distância de Alto Araguaia à Capital de Mato Grosso é de 420 km e de outras capitais, como: Campo Grande 500, Goiânia, 520 e de São Paulo, 1200 km O Município conta ainda com um significativo Pólo Industrial, um avanço relevante na educação, economia, no turismo, pecuária, agricultura, cultura e esporte.

Localiza-se a uma latitude 17º18'53" sul e a uma longitude 53º12'55" oeste, estando a uma altitude de 692 metros. Sua população estimada em 2004 era de 90.999 habitantes.

A cidade é cortada pela BR-364, estando distante 515 km de Goiânia e 415 km de Cuiabá e faz parte do "mato grosso goiano"(região de Mato Grosso conhecida como Vale do Araguaia com forte influência cultural e social de Goiás).

   Festa nautica

TURISMO
Situada às margens do Rio Araguaia, Alto Araguaia conta com lindas cachoeiras, córregos, matas virgens, cerrados e outras paisagens paradisíacas que a tornam um ótimo lugar para atividades turísticas. De clima tropical, é palco de grandes eventos tradicionais como o Festival Náutico e Festival Cultural e outros.

EDUCAÇÃO
O desenvolvimento intelectual de um povo depende de seu alicerce principal, a educação. E consciente disso, Alto Araguaia investe nessa área e o setor educacional do município cresce consideravelmente.

 UNEMAT - Campus Universitário de Alto Araguaia

Alto Araguaia é atualmente um pólo educacional; conta com o Campus Universitário de Alto Araguaia (UNEMAT) com três cursos: os de Licenciatura Plena em Letras, Licenciatura Plena em Computação e Bacharelado em Comunicação Social - Jornalismo. Perspectivas de novos Cursos em Ciências Contábeis, Administração, Agronomia e Direito.

A UNOPAR, Universidade do Norte do Paraná oferece Cursos de Normal Superior, Técnico em Administração de Pequenas e Médias Empresas; Curso Superior em Turismo; Superior de Tecnologia em Marketing. O Município de Alto Araguaia possui ainda quatro (04) escolas estaduais, quatro (04) municipais urbanas, três (03) municipais rurais e três (03) particulares.

 Centro de Alto Araguaia

INDÚSTRIA/ COMÉRCIO
Várias Indústrias já se instalaram em Alto Araguaia, como: Cargill Agrícola S/A, Cargill Fertilizantes, Galvani Indústrias, Comércio e Serviços LTDA, BR Distribuidora, Büngle, Coinbra, a Ferronorte e outras. O Município conta com um Distrito Industrial, regulamentado pela Lei Municipal nº 437/85, com uma área de mais de 60 hectares para a construção de novas empresas.

 Forum

A associação comercial, Industrial e Prestadora de Serviços procura cada vez mais modernizar o comércio araguaiense. Há um incentivo à produção de novos cultivares, como a fruticultura, horticultura, apicultura, piscicultura entre outros.

AGRICULTURA
Devido às suas características geo - climáticas, a agricultura em Alto Araguaia cresce substancialmente, é uma das maiores produtoras de soja, arroz, feijão, milho e algodão.

PECUÁRIA
O setor da pecuária vem expandindo gradualmente, tornando-se uma opção altamente rentável. Alto Araguaia conta com um rebanho de mais de 200. 000 cabeças.

CULTURA
São realizadas em Alto Araguaia, festas populares em parceria com as escolas locais (estaduais e municipais) e a administração municipal. E o maior evento cultural aliado ao Festival Náutico, com exposições de variadas peças de artesanato; artes plásticas, pinturas em tela e apresentações culturais diversas sempre procurando elevar o nível cultural, profissional e econômico por meio do estímulo aos artistas. O que irá aumentar ainda mais com a criação recente da “Casa do Artesão”.

ESPORTE
Alto Araguaia que teve o privilégio de contar com o saudoso “Pantera do Leste”, famoso em todo o Centro - Oeste Brasileiro porque foi um marco na história do futebol entre a década de 60 e 70, continua incentivando o esporte por meio da Construção de Quadras de esporte nos bairros, do Estádio Bilinão, onde ocorrem vários campeonatos, como a “Taça Araguaia”.... Outro avanço significativo foi a criação da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer na Administração atual.Venha conhecer Alto Araguaia, suas belezas naturais, possibilidade de grandes negócios e uma calorosa acolhida!
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SÃO PAULO - MAIOR CIDADE DO BRASIL

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RONDOLÂNDIA - MATO GROSSO

Rondolândia é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Foi criado em 1998 sendo desmembrado do município de Aripuanã, até então um dos maiores municípios do Centro-Oeste em área territorial.

História
Em 19 de maio de 1995 houve reunião que objetivava sensibilizar a classe política da necessidade da criação do município de Rondolândia. Deste encontro participaram Olívio e Rosely Beltrão, Dr. Pedro e sra Hortência Antunes, Thiago José Ronaldo Ferreira, dentre outros. Também por ocasião da consulta plebiscitária houve intensa movimentação da comunidade, ficando registrado na história alguns nomes que assinaram o pedido de criação do município à Assembléia Legislativa de Mato Grosso: A denominação da localidade é uma homenagem ao colonizador e indigenista Candido Mariano rondon.

Elevado à categoria de município com a denominação de Rondolândia, pela Lei Estadual nº 6.984, de 28 de Janeiro de 1998, de autoria do deputado estadual José Riva. Assembléia Legíslativa do Estado do Mato Grosso, tendo em vista que dispõe o artigo 42 da Constituição Estadual aprova e o Governador do Estado Sanciona: Art. 1º Fica criado o Município de Rondolândia, com sede na localidade do mesmo desmembrado do município de Aripuanã. Sede no antigo distrito de Rondolândia. Constituído do distrito sede. Instalado em 1 de Janeiro de 2001. Em divisão territorial datada de 14 de Maio de 2001, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003.

Em 2007 o município, passa a contar o com Cartorio de Paz e Notas, instalado em 7 de agosto de 2007, anteriormente os serviços notorais e registrais era feito no Estado de Rondônia, como registro de nascimento, óbitos, casamentos, não tendo estatiticas oficial do município. Em novembro do mesmo ano foi instalado um Posto Avançado do Juizado Especial, subordinado ao Fórum da Comarca de Juína.

Curiosidades
A cidade de Rondolândia não tem ligação rodoviária direta com Mato Grosso, porque madeireiros botaram porteiras com cadeados na MT-313. O acesso, por terra, é feito via Rondônia.

O município de Rondolândia, na divisa com Rondônia, região noroeste, comarca de Juína, foi instalado em primeiro de janeiro de 2001 e tem 12.654 km². Sua população é de 3.457 habitantes. Localizada na região Noroeste, a cidade de Rondolândia dista 1.070 km de Cuiabá via Vilhena (RO) e Ministro Andreazza (RO), Comodoro, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Cáceres.

A cidade não tem hospital. A população é atendida no pronto-socorro, por dois médicos que residem em Cacoal (RO). Não tem Delegacia de Polícia nem agentes policiais civis. A água não é tratada e cerca de 60% da população recebem água de um poço artesiano distribuída gratuitamente pela prefeitura. Não há creche. A energia é gerada por motor diesel da Cemat. O Programa Luz para Todos atende praticamente 100% da zona rural. Rondolândia tem agência dos Correios e uma biblioteca municipal.

Incra, Ibama, Exatoria, Empaer, Intermat e Sema não têm representação em Rondolândia. Na cidade funciona uma Unidade Local de Execução do Indea, e na divisa com Rondônia, na fazenda Katuva, existe um posto fiscal da Secretaria de Fazenda (Sefaz).

A topografia acidentada de Rondolândia não permite lavouras mecanizadas, o que impede o cultivo de soja naquele município. A base econômica é o binômio: pecuária e madeira. O rebanho bovino local tem 293.6236 cabeças em 437 propriedades.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Rondolândia apurado pelo IBGE em 2006 foi de R$ 46.600.000 e a renda per capita de R$ 10.720, bem abaixo da média mato-grossense de R$ 12.350.

Um Juizado Especial Itinerante da Comarca de Juína atende a população. Não há agências bancárias e os servidores da prefeitura e Câmara Municipal recebem no Banco do Brasil na vizinha Ji-Paraná (RO), distante 57 km.

O município tem três reservas indígenas com 851.144 hectares: reserva Zoró (355.789 ha), Sete de Setembro (247.870 ha) e Roosevelt (247.485 ha).

A situação fundiária urbana é complicada. Os terrenos não têm documentação cartorial. Daí é fácil imaginar que as mercadorias vendidas no comércio local não têm cobertura fiscal, porque as empresas são fantasmas tanto quanto seus lotes. Na zona rural se repete o que se vê Mato Grosso afora: alguns fazendeiros têm documentos, outros estão no segundo e até no terceiro andar do mosaico fundiário.

Peculiaridade: município cercado em boa parte por Rondônia, Rondolândia tem muitas vias de ligação com aquele Estado, sem que MT consiga controlar o fluxo de veículos por falta de material humano e estrutura. O município tem limites com Colniza, Aripuanã e Juína.
A telefonia celular é clandestina e ligada a uma torre, que é compartilhada por alguns moradores. A pista de pouso também é clandestina.

Fontes
MTaqui
Wikipédia
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ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS DE RONDÔNIA

Rondônia, aspectos históricos e geográficos

O Estado de Rondônia foi criado através da lei complementar 041, de 22 de dezembro de 1981, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo. Seu primeiro governador foi o coronel do Exército Jorge Teixeira de Oliveira, nomeado no dia 29 de dezembro de 1981, pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo. A instalação do Estado (posse do governador e secretariado) ocorreu no dia 04 de janeiro de 1982.


No ano de sua criação o Estado de Rondônia estava constituído por 13 municípios (Porto Velho, a capital, Guajará-Mirim, Ariquemes, Jaru,Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, Vilhena, Colorado do Oeste e Costa Marques).


Aspectos Geográficos
Área Geográfica: 238.512,8 km2, representando 6,19% da região Norte e 2,80% do País.

Rondônia é 3º Estado em extensão territorial da região Norte. No contexto nacional, constitui-se o 15º em extensão territorial e o 23º em termos populacionais.

Limites: ao Norte e Nordeste, estado do Amazonas; ao Sul e Oeste, República da Bolívia; a Leste e Sudeste, estado de Mato Grosso; a Noroeste, os estados do Acre e do Amazonas.


A extensão da fronteira do Estado de Rondônia com a república da Bolívia é de 1.342 quilômetros.


- Os municípios rondonienses localizados na faixa da fronteira boliviana são: Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, Alta Floresta do Oeste, São Francisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, , Pimenteiras do Oeste e Cabixi.


Divisão geopolítica: o estado de Rondônia é formado por 52 municípios e 57 distritos.

Municípios Rondonienses


Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamary, Itapuã do Oeste, Alto Paraíso, Monte Negro, Buritis, Campo Novo de Rondônia, Rio Crespo, Cujubim, Ariquemes, Cacaulândia, Machadinho do Oeste, Vale do Anari, Theobroma, Governador Jorge Teixeira, Jaru, Vale do Paraíso, Nova União, Mirante da Serra, Teixeirópolis, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médice, Urupá, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Nova Brasilândia do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Santa Luzia do Oeste, Rolim de Moura, Ministro Andreazza, Cacoal, Espigão do Oeste, Primavera de Rondônia, São Felipe d'Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Vilhena.


Dois municípios rondonienses estão entre os 15 municípios brasileiros que obtiveram as maiores taxas nacionais de médias de crescimento populacional. Buritis, com 29,09% e Campo Novo de Rondônia com 23,20%.

Setor Primário do Estado
- Agricultura, pecuária, piscicultura, apicultura, extrativismo vegetal e mineral.


- O extrativismo mineral destaca-se pela ocorrência de ouro, cassiterita, diamante, nióbio, quartzo, granito e água mineral.


- O extrativismo vegetal destaca-se pela produção de cacau, madeira em toras, castanha-do-pará e borracha silvestre.


- O setor agrícola destaca-se nacionalmente por produzir cereais, café, soja, milho, banana, mandioca e algodão, além de hortifrutigranjeiros.


- O efetivo pecuário é composto, principalmente, de rebanhos bovinos de corte e de leite, com mais de cinco milhões de cabeças e uma Bacia leiteira em franca expansão, notadamente nas regiões de Porto Velho, Jaru e Ouro Preto do Oeste.



Setor secundário


Prevalece a agroindústria, notadamente na produção de laticínios, na região central do Estado. Mas crescem as indústrias de transformação destinadas aos setores moveleiro, de confecções, couro e calçados.

Setor terciário


Envolve comércio e serviços, é o que mais cresce no Estado, tendo em vista a evolução urbana, a exemplo de municípios como Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Cacoal, Ji-Paraná, Jaru, Ouro Preto e Ariquemes.

Principais relevos
Planície Amazônica (vale do Madeira), serra dos Parecis e serra dos Pacaás Novos (vale do Guaporé). Nesta serra localiza-se o ponto mais elevado de Rondônia, o Pico do Tracuá.

Principais rios
Rios Machado ou Ji-Paraná; Guaporé, Mamoré, Madeira, Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Aripuanã ou Roosevelt, e Jamary.

Os principais rios que formam estas Bacias hidrográficas:


Rio Guaporé
Nasce na serra dos Parecis, região de Mato Grosso, seu percurso é de 1.716 km com direção inicial para o sul, seguindo depois para o oeste. Ao alcançar a cidade de Vila Bela, toma a direção norte-oeste entrando em terras rondonienses na cidade de Pimenteiras do Oeste, passando por Cabixi, Cerejeiras, São Miguel do Guaporé até Costa Marques. A 12o de latitude sul recebe as águas do rio Mamoré. Seu trecho navegável é de 1.500 quilômetros e se constitui em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia.


Seus afluentes brasileiros são os rios Cabixi, Corumbiara, Mequéns, Colorado, São Miguel, Cautário e Cautarinho, todos com nascentes na Chapada dos Parecis;


Rio Mamoré
Nasce na Cordilheira dos Andes, em território boliviano com o nome Grande de La Plata, passando a ser designado Mamoré quando alcança a Serra dos Pacaás Novos, região de Guajará-Mirim. Constituindo-se em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia, recebe as águas do rio Guaporé e, ao juntar-se ao Beni, outro rio boliviano, recebe a designação Mamoré e passa a formar a nascente do rio Madeira. Seu curso possui uma extensão de 1.100 quilômetros e é totalmente navegável. Tem como principais afluentes brasileiros os rios Sotério, pacaás Novos, Bananeiras e Ribeirão ou Lajes. Seus acidentes hidrográficos são as corredeiras Lages, Bananeiras, Guajará-Acu e Guajará-Mirim;

Rio Ji-Paraná ou Machado
Nasce da junção dos rios Barão de Melgaço, também chamado de Comemoração de Floriano, e Apediá, chamado de Pimenta Bueno, na chapada dos Parecis. Seu curso tem uma extensão de 800 quilômetros, atravessando a região central do Estado até desembocar no rio Madeira, região de Calama, no município de Porto Velho. Tem como afluentes pela margem direita os rios Riozinho, Lourdes, São João e Tarumã. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Luiz de Albuquerque, Rolim de Moura, Ricardo Franco, Preto, Jaru, Boa Vista, Urupá e Machadinho. Seu principal acidente hidrográfico, dentre os vários existentes e que dificultam a navegação, é a cachoeira 02 de Novembro, localizada no município de Machadinho do Oeste.


Rio Madeira ou Caiary
Nasce na junção dos rios Beni e Mamoré, sendo o maior afluente do rio Amazonas pela margem direita. Sua extensão é de 3.240 quilômetros, sendo 1.700 em território brasileiro. Mas, devido aos diversos acidentes hidrográficos, seu curso navegável é de 1.116 quilômetros, a partir da cachoeira de Santo Antonio, em Porto Velho até Itacoatiara,AM. Seus afluentes pela margem direita são os rios Ribeirão, Mutum-Paraná, Jacy-Paraná, Jamari e Machado. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Abunã, Ferreiros, José Alves, São Simão e o igarapé Cuniã.

- Os acidentes hidrográficos existentes no rio Madeira são os seguintes: (trecho Porto Velho/Guajará-Mirim)

Corredeiras: Periquitos, Três Irmãos, Macaco, Morrinhos, Pederneiras, Chocolatal, Araras e Lages. Guajará-Açu e Guajará-Mirim;

Cachoeiras: Santo Antonio, Caldeirão do Inferno, Paredão, Misericórdia, Madeira, Pau Grande e Bananeiras;

Saltos: Teotônio, Girau e Ribeirão.

As principais Ilhas do Estado:
No Rio Madeira, Santana, Jacy-Paraná, Três Irmãos, 7 de Setembro, Misericórdia, 15 de Novembro, Marina e Anús ou da Confluência:

No Rrio Mamoré, Soares e Saldanha:
No Rio Guaporé, Comprida.

Principais grupos indígenas existentes


- Suruí, Gavião, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova, Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau-Uau, Nhanbiquara e Karitiana.

Clima Predominante:


- Equatorial quente-úmido ou tropical úmido, variando de acordo com a altitude, com a temperatura variando entre 18o e 33o centígrados. A variação mínima ocorre no município de Vilhena e região, e a máxima no de Porto Velho e região. A estação chuvosa vai de outubro a março e o período de seca, de maio a setembro.


Localização Geográfica:

Região Norte, ao sul da Amazônia Ocidental.

A região amazônica abrange os seguintes países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru, Venezuela e Brasil. No Brasil, onde fica localizada a Amazônia Ocidental, a Amazônia corresponde a 50% do território nacional e abrange os estados do Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, parte do Maranhão e do Mato Grosso.


Poder Político
A representação política do Estado de Rondônia é constituída por três senadores e oito deputados federais que atuam no Congresso Nacional. Em nível estadual, a Assembléia Legislativa é composta por 24 deputados estaduais. No plano municipal, existem 537 vereadores, 52 prefeitos e 52 vice-prefeitos. O Poder Executivo Estadual é exercido pelo governador e, nos seus impedimentos, pelo vice-governador.

Formação Étnica

É semelhante ao restante do país, formada por brancos, negros e índios. Mas em virtude das fases de atração imigratória e migratória ocorrentes durante os ciclos de produção econômica, diversos povos dessas raças deram sua contribuição para o elemento humano rondoniense, cuja identidade regional ainda está em formação.

Ocupação humana
O processo de povoamento do espaço físico que constitui o estado de Rondônia começa no século XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores, comercializadores, militares e padres jesuítas fundam os primeiros arraiais e vilas nos vales Guaporé-Madeira.


A decadência desse ciclo de produção aurífera causa a involução populacional desses arraiais, vilas e cidades surgidas no auge do ciclo do Ouro, com o êxodo dos portugueses e paulistas que formavam o topo da sociedade da época. Mas ficam os negros remanescentes do escravismo, os mulatos e os índios já aculturados.


No século XIX, o primeiro ciclo da Borracha, em sua fase primária, atraiu basicamente nordestinos e bolivianos para o trabalho nos seringais, mas não gerou núcleos de povoamento nesse espaço geográfico tendo em vista o conceito econômico, que não produzia riquezas locais, por tratar-se de uma economia de exportação, cujos principais núcleos localizavam-se Manaus e Belém.

No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrência da construção e funcionamento da Ferrovia Madeira-Mamoré, o Ferroviário, e das Estações Telegráficas da Comissão Rondon, o do Telégrafo, atraíram povoadores para as terras rondonienses originários de várias regiões brasileiras e de outros países, que se fixaram e formaram núcleos urbanos.


As estações telegráficas da Comissão Rondon atraíram, principalmente, matogrossenses, paulistas e nordestinos, que trabalhavam nos serviços de telegrafia, e acomodavam-se em suas cercanias gerando pequenos núcleos urbanos, como Ariquemes, Presidente Pena ou Urupá, Pimenta Bueno e Vilhena.

A Madeira-Mamoré atraiu vários contingentes imigratórios destinados ao trabalho nas obras da ferrovia, nos setores técnicos e administrativos da empresa com seus diversos ramos de exploração, comercialização e serviços, e ao comércio que se formava ao redor.


Nesta fase de imigrações instalaram-se em terras rondonienses, notadamente nos núcleos urbanos de Porto Velho, Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Abunã, Guajará-Mirim e Costa Marques, imigrantes turcos, sírios, judeus, gregos, libaneses, italianos, bolivianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-riquenhos, italianos, barbadianos, tobaguenses, jamaicanos e bolivianos.


A migração ocorreu com a fixação de nordestinos procedentes dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de amazonenses, paraenses e matogrossenses.

O segundo ciclo da Borracha, iniciado em 1942, funcionou completamente diferenciado do primeiro e encontrou a região com sua infra-estrutura em fase de consolidação. Os povoadores dos seringais eram nordestinos, mas divididos em duas categorias, os seringueiros civis e os soldados da borracha, estes, incorporados ao Batalhão da Borracha.

Os núcleos urbanos desenvolveram-se. O sistema de saúde pública melhorou consideravelmente e as ações de governo estenderam-se para o interior. A geopolítica regional passa por total transformação tendo em vista a criação do Território Federal do Guaporé em terras desmembradas dos estados de Mato Grosso e do Amazonas.


Nesse período, as estações telegráficas da Comissão Rondon funcionavam como receptores de uma ocupação humana rural-rural, procedente do Mato Grosso, destinada á pecuária, formando grandes latifúndios onde funcionavam antigos seringais.


O ciclo do Diamante promoveu mudanças substanciais na ocupação humana e desenvolvimento dos povoados de Rondônia (hoje Ji-Paraná) e Pimenta Bueno, enquanto o ciclo da Cassiterita expandiu a ocupação humana no espaço físico que compreende as microrregiões de Porto Velho e Ariquemes.

O ciclo da Agricultura, cuja atração migratória começou desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia contingentes migratórios procedentes do Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Acre e do Nordeste, destacando-se os estados do Ceará, Bahia, Piauí, Paraíba e Sergipe.


As microrregiões formadas pelos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno e Rolim de Moura, receberam migrantes mato-grossenses, gaúchos e paranaenses, em sua maioria. As microrregiões formadas pelos municípios de Cacoal, Presidente Médice e Ji-Paraná, recebem gaúchos, paranaenses, paulistas, e nordestinos, em sua maioria. Migrantes capixabas, paranaenses, mineiros e baianos formam a maioria dos que se fixaram nas microrregiões de Ouro Preto, Jaru e Ariquemes.


As regiões de Porto Velho e Guajará-Mirim receberam povoadores, mas em menor escala e de categorias diferentes, considerando-se que o ciclo da Agricultura atraiu, em princípio, uma migração rural-rural, para, em seguida, fixarem-se migrantes de características rural-urbana.


ASPECTOS HISTÓRICOS


Século XVII
Uma importante parcela da área geográfica que constitui o Estado de Rondônia passou a ser percorrida no início do século XVII, época em que aventureiros e exploradores holandeses, franceses e ingleses, penetravam na floresta para coletar as chamadas "drogas do Sertão", como eram conhecidos nas Cortes de Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda essências e frutos tipo pimenta-do-reino, anil, urucum, baunilha, âmbar, canela, cravo, pau-brasil, pau-preto, e, principalmente, o cacau, abundantes no vale do Madeira e valiosamente comercializados naqueles países.

Posteriormente, após o controle de Portugal sobre a região, a exploração desses frutos e essências era feita por colonizadores portugueses com a utilização de mão-de-obra indígena, escravizada, apesar da Coroa portuguesa reconhecer os índios como os naturais senhores da terra, desde 1609 quando foi baixado o Alvará que declarava o direito dos índios à liberdade, situação que evoluiu até ser instituído o regime de capitães-de-aldeia, em 1611.


As primeiras expedições portuguesas que percorreram, total ou parcialmente, o rio Madeira, procediam do Grão-Pará ou do Maranhão e eram formadas por militares, civis contratados, índios escravos, e mestiços. Estas expedições, exploradoras ou de limites, combatiam e aprisionavam índios, que eram comercializados nas capitanias de São Paulo, São Vicente, Grão-Pará e Maranhão.

Do final do século XVI até meados do século XVII (1580/1640), Portugal e suas colônias estavam sob domínio da Espanha, no que se chamou de União Ibérica.

Portal Amazônia

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