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HISTÓRIA DE TOCANTINS

Palmas

Tocantins - História

História do Tocantins é uma compilação acerca dos fatos históricos que culminaram com a criação do Estado, em 05 de outubro de 1988.

Conhecer a História do Tocantins é muito mais do que só saber sobre a sua criação. É também buscar entende-lo dentro do contexto da história geral do Brasil e, principalmente, nas suas particularidades, onde se configuram sua formação social, as formas de resistências e as buscas de alternativas da população diante das adversidades. Esse trabalho visa apontar caminhos para a compreensão desses fatos. Nesse sentido apresenta a construção dessa história em dois momentos: no primeiro, o leitor tem acesso a uma síntese da história econômica e social do Antigo Norte de Goiás, até a segunda metade do século XX. Num segundo momento, o texto trata especificamente dos processos históricos que culminaram com a criação do Estado do Tocantins, até a implantação da capital, Palmas.

Desbravamento da região
A colonização do Brasil se deu dentro do contexto da política mercantilista do século XVI que via no comércio a principal forma de acumulação de capital, garantido, principalmente, através da posse de colônias e de metais preciosos.

Além de desbravar, explorar e povoar novas terras os colonizadores tinham também uma justificativa ideológica: a expansão da fé cristã. "Explorava-se em nome de Deus e do lucro, como disse um mercador italiano" (AMADO, GARCIA, 1989, p.09). A preocupação em catequizar as populações encontradas foi constante.

A colônia brasileira, administrada política e economicamente pela metrópole, tinha como função fornecer produtos tropicais e/ou metais preciosos e consumir produtos metropolitanos. Portugal, então, iniciou a colonização pela costa privilegiando a cana de açúcar como principal produto de exportação.

Enquanto os colonizadores portugueses se concentravam no litoral, no século XVII ingleses, franceses e holandeses conquistavam a região norte brasileira estabelecendo colônias que servissem de base para posterior exploração do interior do Brasil. Os franceses, depois de devidamente instalados no forte de São Luís na costa maranhense, iniciam a exploração dos sertões do Tocantins. Coube a eles a descoberta do Rio Tocantins pela foz no ano de 1610 (RODRIGUES, 2001).

O rio Tocantins foi um dos caminhos para o conhecimento e exploração da região onde hoje se localiza o Estado do Tocantins. Nasce no Planalto Central de Goiás e corta, no sentido sul-norte, todo o território do atual Estado do Tocantins.

Só mais de quinze anos depois dos franceses foi que os portugueses iniciaram a colonização da região pela "decidida ação dos jesuítas". E ainda no século XVII os padres da Companhia de Jesus fundaram as aldeias missionárias da Palma (Paranã) e do Duro (Dianópolis) (SECOM, 1998).

Norte de Goiás
O norte de Goiás deu origem ao atual Estado do Tocantins. Segundo a historiadora Parente ( 1999), esta região foi interpretada sob três versões. Inicialmente, norte de Goiás foi denominativo atribuído somente à localização geográfica dentro da região das Minas dos Goyazes na época dos descobrimentos auríferos no século XVIII. Com referência ao aspecto geográfico, essa denominação perdurou por mais de dois séculos, até a divisão do Estado de Goiás, quando a região norte passa a ser o Estado do Tocantins.

Num segundo momento, com a descoberta de grandes minas na região, o norte de Goiás passou a ser conhecido como uma das áreas que mais produziam ouro na capitania. Esta constatação despertou o temor ao contrabando que acabou fomentando um arrocho fiscal maior que nas outras áreas mineradoras.

Por último, o norte de Goiás passou a ser visto, após a queda da mineração, como sinônimo de atraso econômico e involução social, gerador de um quadro de pobreza para a maior parte da população.

Essa região foi palco primeiramente de uma fase épica vivida pelos seus exploradores, “que em quinze anos abriam caminhos e estradas, vasculharam rios e montanhas, desviam correntes, desmatam regiões inteiras, rechaçaram os índios, exploram, habitam e povoam uma área imensa....” (PALACIM, Luis,1979, p.30).

Descoberto o ouro, a região passa, de acordo com a política mercantilista do século XVIII, a ser incorporada ao Brasil. O período aurífero foi brilhante, mas breve. E a decadência, quase sem transição, sujeitou a região a um estado de abandono.

Foi na economia de subsistência que a população encontrou mecanismos de resistência para se integrar economicamente ao mercado nacional. Essa integração, embora lenta, foi se concretizando baseada na produção agropecuária, que predomina até hoje e constitui a base econômica do Estado do Tocantins (PARENTE, Temis Gomes, 1999, p.96).

Economia do ouro
As descobertas de minas de ouro em Minas Gerais no ano 1690 e em Cuiabá em 1718 despertaram a crença de que em Goiás, situado entre Minas Gerais e Mato Grosso, também deveria existir ouro. Foi essa a argumentação da bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (filho do primeiro Anhanguera que esteve com o pai na região anos antes), para conseguir a licença do rei de Portugal a fim de explorar a região.

O rei cedia a particulares o direito de exploração de riquezas minerais mediante o pagamento do quinto, que segundo ordenação do reino, era uma decorrência do domínio real sobre todo o subsolo. O rei, não querendo realizar a exploração diretamente, cedia a seus súditos este direito exigindo em troca o quinto do metal fundido e apurado, a salvo de todos os gastos.

Em julho de 1722 a bandeira do Anhanguera saiu de São Paulo. Em 1725 volta com a notícia da descoberta de córregos auríferos. A partir desse momento, Goiás entra na história como as Minas dos Goyazes. Dentro da divisão do trabalho no império português, este é o título de existência e de identidade de Goiás durante quase um século.

Um grande contingente populacional deslocou-se para “a região do Araés, como a princípio se chamou essa parte do Brasil, que diziam possuir montanhas de ouro, lagos encantados e os martírios de Nosso Senhor de Jesus Cristo gravados nas pedras das montanhas. Era um novo Eldorado de histórias romanescas e contos fabulosos” ( ALENCASTRE, José Martins Pereira, 1979, p. 45).

Diante dessas expectativas reinou, nos primeiros tempos, a anarquia, pois era a mineração “alvo de todos os desejos. O proprietário, o industrialista, o aventureiro, todos convergiam seus esforços e seus capitais para a mineração” ( ALENCASTRE, José Martins Pereira, 1979, p. 18).

Inicialmente, as minas de Goiás eram jurisdicionadas à capitania de São Paulo na condição de intendência, com a capital em Vila Boa e sob a administração de Bueno, a quem foi atribuído o cargo de superintendente das minas com o objetivo de “representar e manter a ordem legal e instaurar o arcabouço tributário”. ( PALACIN, Luís, 1979, p. 33).

Formação dos arraiais
“Há ouro e água”. Isto basta. Depois da fundação solene do primeiro arraial de Goiás, o arraial de Sant'Anna, esse foi o critério para o surgimento dos demais arraiais. Para as margens dos rios ou riachos auríferos deslocaram-se populações da metrópole e de todas as partes da colônia, formando à proporção em que se descobria ouro, um novo arraial “que podia progredir ou ser abandonado, dependendo da quantidade de riquezas existentes”. (PARENTE, Temis Gomes, 1999, p.58).

Nas décadas de 1730 e 1740 ocorreram as descobertas auríferas no norte de Goiás e, por causa delas, a formação dos primeiros arraiais no território onde hoje se situa o Estado do Tocantins. Natividade e Almas (1734), Arraias e Chapada (1736), Pontal e Porto Real (1738). Nos anos 40, surgiram Conceição, Carmo e Taboca, e mais tarde Príncipe (1770). Alguns foram extintos, como Pontal, Taboca e Príncipe. Os outros resistiram à decadência da mineração e no século XIX se transformaram em vilas e posteriormente em cidades.

O grande fluxo de pessoas de todas as partes e de todos os tipos permitiu que a composição social da população dos arraiais de ouro se tornasse bastante heterogênea. Trabalhar, enriquecer e regressar ao lugar de origem eram os objetivos dos que se dirigiam para as minas. Em sua maioria eram homens brancos, solteiros ou desacompanhados da família, que contribuíram para a mistura de raças com índias e negras escravas. No final do século XVIII, os mestiços já eram grande parte da população que posteriormente foram absorvidos no comércio e no serviço militar.

A população branca era composta de mineiros e de pessoas pobres que não tinham nenhuma ocupação e eram tratados, nos documentos oficiais, como vadios.

Ser mineiro significava ser dono de lavras e escravos. Era o ideal de todos os habitantes das minas, um título de honra e praticamente acessível a quase todos os brancos. O escravo podia ser comprado a crédito, sua posse dava o direito de requerer uma data - um lote no terreno de mineração - e o ouro era de fácil exploração, do tipo aluvional, acumulado no fundo e nas margens dos rios.

Todos, uns com mais e outros com menos ações, participavam da bolsa do ouro. Grandes comerciantes e contratadores que residiam em Lisboa ou Rio de Janeiro mantinham aqui seus administradores. Escravos, mulatos e forros também praticavam a faiscagem - procura de faíscas de ouro em terras já anteriormente lavradas. Alguns, pela própria legislação, tinham muito mais vantagens.

O negro teve uma importância fundamental nas regiões mineiras. Além de ser a mão-de-obra básica em todas as atividades, da extração do ouro ao carregamento nos portos, era também uma mercadoria de grande valor. Primeiro, a quantidade de negros cativos foi condição determinante para se conseguir concessões de lavras e, portanto, para um branco se tornar mineiro. Depois, com a instituição da capitação no lugar do quinto, o escravo tornou-se referência de valor para o pagamento do imposto. Neste, era a quantidade de escravos matriculados que determinava o quanto o mineiro iria pagar em ouro para a Coroa. Mas a situação do negro era desoladora. Os maus tratos e a dureza do trabalho nas minas resultavam em constantes fugas. A mão-de-obra indígena na produção para a exportação foi muito menor que a negra. Isso é devido ao fato da não adaptação do índio ao rigor do trabalho exigido pelo branco, gerando uma produção de baixa rentabilidade.

O controle das minas
Desde quando ficou conhecida a riqueza aurífera das Minas de Goyazes, o governo português tomou uma série de medidas para garantir para si o maior proveito da exploração das lavras. Foi proibida a abertura de novas estradas em direção às minas. Os rios foram trancados à navegação. As indústrias proibidas ou limitadas. A lavoura e a criação inviabilizadas por pesados tributos: braços não podiam ser desviados da mineração. O comércio foi fiscalizado. E o fisco, insaciável na arrecadação.

“Só havia uma indústria livre: a mineração, mas esta mesma sujeita à capitação e censo, à venalidade dos empregados de registros e contagens, à falsificação na própria casa de fundição, ao quinto (....), ao confisco por qualquer ligeira desconfiança de contrabando” (ALENCASTRE, José Martins Pereira, 1979, p. 18). À época do descobrimento das Minas dos Goyazes vigorava o método de quintamento nas casas de fundição. A das minas de Goiás era em São Paulo. Para lá que deveriam ir os mineiros para quintar seu ouro. Recebiam de volta, depois de descontado o quinto, o ouro fundido e selado com selo real.

O ouro em pó podia ser usado como moeda no território das minas, mas se saísse da capitania, tinha que ser declarado ao passar pelo registro e depois quintado, o que praticamente ficava como obrigação dos comerciantes. Estes, vendendo todas as coisas a crédito, prazo e preços altíssimos acabavam ficando com o ouro dos mineiros e eram os que, na realidade, canalizavam o ouro das minas para o exterior e deviam, por conseguinte, pagar o quinto correspondente. O método da casa de fundição para a cobrança do quinto seria ideal se não fosse um problema que tomava de sobressalto o governo português: o contrabando do ouro, que oferecia alta rentabilidade: “os vinte por cento do imposto mais dez por cento de ágio”. Das minas para a costa ou para o exterior era sempre um negócio lucrativo, que “nem o cipoal de leis, alvarás, cartas régias e provisões, nem os seqüestros, devassas de registros, prêmios prometidos aos delatores e comissões aos soldados puderam por freio (....)”.( PALACIN, 1979, p. 49).

O grande contrabando era dos comerciantes que controlavam o comércio desde os portos, praticado (....) “por meio da conivência dos guardas dos registros, ou de subornos de soldados, que custodiavam o comboio dos quintos reais”. Contra si o governo tinha as dilatadas fronteiras, o escasso policiamento, o costume inveterado e a inflexibilidade das leis econômicas. ( PALACIN, 1979, p. 49). A seu favor tinha o poder político, jurídico e econômico sobre toda a colônia. Assim, decreta como primeira medida, em se tratando das minas, o isolamento destas.

A partir de 1730 foram proibidas todas as outras vias de acesso a Goiás ficando um único caminho, o iniciado pelas bandeiras paulistas que ligavam as minas com as regiões do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, ficava interditado o acesso pelas picadas vindas do Nordeste - Bahia e Piauí. Foi proibida a navegação fluvial pelo Tocantins, afastando a região de outras capitanias - Grão-Pará e Maranhão.

À proporção que crescia a importância das minas surgiram atritos com os governadores das capitanias do Maranhão e Pará, “quando do descobrimento das minas de Natividade e São Félix e dos boatos de suas grandes riquezas (...). Os governadores tomaram para si a incumbência de nomear autoridades para os ditos arraiais e outras minas que pudessem surgir, a fim de tomarem posse e cobrarem os quintos de ouro ali existentes”.( PARENTE , 1999, p. 59).O resultado foi o afastamento dessa interferência seguido da proibição, através de bandos, da entrada das populações das capitanias limítrofes na região e a saída dos que estavam dentro sem autorização judicial.

Decadência da produção
A produção do ouro goiano teve o seu apogeu nos primeiros dez anos de estabelecimento das minas, entre 1726 e 1735. Foi o período em que o ouro aluvional aflorava por toda a região, resultando numa produtividade altíssima. Quando se iniciou a cobrança do imposto de capitação em todas as regiões mineiras, a produção começou a cair, possivelmente mascarada pelo incremento do contrabando na região, impossível de se mensurar. De 1752 a 1778, a arrecadação chegou a um nível mais alto por ser o período da volta da cobrança do quinto nas casas de fundição. Mas a produtividade continuou decrescendo. O motivo dessa contradição era a própria extensão das áreas mineiras, que compensavam e excediam a redução de produtividade. A distâncias das minas do norte, os custos para levar o ouro e o risco de ataques indígenas aos mineiros justificaram a criação de uma casa de fundição em São Félix em 1754. Mas, já em 1797, foi transferida para Cavalcante, “por não arrecadar o suficiente para cobrir as despesas de sua manutenção”.( PARENTE, 1999, p. 51).

A Coroa Portuguesa mandou investigar as razões da diminuição da arrecadação da Casa de Fundição de São Félix. Foram tomadas algumas providências como a instalação de um registro, posto fiscal, entre Santa Maria (Taguatinga) e Vila do Duro (Dianópolis). Outra tentativa para reverter o quadro da arrecadação foi organizar bandeiras para tentar novos descobrimentos. Tem-se notícia do itinerário de apenas duas. Uma dirigiu-se rumo ao Pontal (região de Porto Real), pela margem esquerda do Tocantins e entrou em conflito com os Xerente, resultando na morte de seu comandante. A outra saiu de Traíras (nas proximidades de Niquelândia (GO) para as margens do rio Araguaia em busca dos Martírios, serra onde se acreditava existir imensas riquezas auríferas. Mas a expedição só chegou até a ilha do Bananal onde sofreu ataques dos Xavante e Javaé, dali retornando. No período de 1779 a 1822, ocorreu a queda brusca da arrecadação do quinto com o fim das descobertas do ouro de aluvião, predominando a faiscagem nas minas antigas. Quase sem transição, chegou a súbita decadência.

A crise econômica
O declínio da mineração foi irreversível e arrastou “consigo os outros setores a uma ruína parcial: diminuição da importação e do comércio externo, menor arrecadação de impostos, diminuição da mão-de-obra pelo estancamento na importação de escravos, estreitamento do comércio interno, com tendência à formação de zonas de economia fechada e um consumo dirigido à pura subsistência, esvaziamento dos centros de população, ruralização, empobrecimento e isolamento cultural”( PALACIN, 1979, p. 133). Toda a capitania entrou em crise e nada foi feito para a sua revitalização. Endividados com os comerciantes, os mineiros estavam descapitalizados. A avidez pelo lucro fácil, tanto das autoridades administrativas metropolitanas quanto dos mineiros e comerciantes, não admitiu perseveranças. O local onde não se encontrava mais ouro era abandonado. Os arraiais de ouro, que surgiam e desapareciam no Tocantins, contribuíram apenas para o expansionismo geográfico. Cada vez se adentrava mais o interior em busca do ouro aluvional, mas em vão.

No norte da capitania a crise foi mais profunda. Isolada tanto propositadamente quanto geograficamente, essa região sempre sofreu medidas que frearam o seu desenvolvimento. A proibição da navegação fluvial pelos rios Tocantins e Araguaia eliminou a maneira mais fácil e econômica de a região atingir outros mercados consumidores das capitanias do norte da colônia. O caminho aberto que ligava Cuiabá a Goiás não contribuiu em quase nada para interligar o comércio da região com outros centros abastecedores, visto que o mercado interno estava voltado ao litoral nordestino. Esse isolamento, junto com o fato de não se incentivar a produção agro-pecuária nas regiões mineiras, tornava abusivo o preço de gêneros de consumo e favorecia a especulação. A carência de transportes, a falta de estradas e o risco freqüente de ataques indígenas dificultavam o comércio. Além destas dificuldades, o contrabando e a cobrança de pesados tributos contribuíram para drenagem do ouro para fora da região. Dos impostos, somente o quinto era remetido para Lisboa. Todos os outros (entradas, dízimos, contagens, etc.) eram destinados à manutenção da colônia e da própria capitania.

Inviabilizadas as alternativas de desenvolvimento econômico devido à falta de acumulação de capital e ao atrofiamento do mercado interno após o fim do ciclo da mineração, a população se volta para a economia de subsistência. Nas últimas décadas do século XVIII e início do século XIX, toda a capitania estava mergulhada numa situação de crise, o que levou os governantes goianos a voltarem suas atenções para as atividades econômicas que antes sofreram proibições, objetivando soerguer a região da crise em que mergulhara.

Subsistência da população e a integração econômica
Na segunda década do século XIX, com o fim da mineração, os aglomerados urbanos estacionaram ou desapareceram e grande parte da população abandonou a região. Os que permaneceram foram para zona rural e dedicaram-se à criação de gado e agricultura, produzindo apenas algum excedente para aquisição de gêneros essenciais.( PALACIN, 1989, p. 46).

Toda a capitania entrou num processo de estagnação econômica. No norte, o quadro de abandono, despovoamento, pobreza e miséria foi descrito por muitos viajantes e autoridades que passaram pela região nas primeiras décadas do século XIX. Saint-Hilaire, na divisa norte/sul da capitania, revelou: "à exceção de uma casinha que me pareceu abandonada, não encontrei durante todo o dia nenhuma propriedade, nenhum viajante, não vi o menor trato de terra cultivada, nem mesmo um único boi". Johann Emanuel Pohl, anos depois, passando pelo povoado de Santa Rita constatou: "é um lugar muito pequeno, em visível decadência (...). Por não haver negros, por falta de braços, as lavras de ouro estão inteiramente descuradas e abandonadas".

O desembargador Theotônio Segurado, que mais tarde se tornaria ouvidor da Comarca do Norte, em relatório de 1806, deu conta das penúrias em que vivia a região em função tanto do abandono como da falta de meios para contrapor esse quadro: "A capitania nada exportava; o seu comércio externo era absolutamente passivo: os gêneros da Europa, vindos em bestas do Rio ou Bahia pelo espaço de 300 léguas, chegavam caríssimos; os negociantes vendiam tudo fiado: daí a falta de pagamentos, daí as execuções, daí a total ruína da Capitania".

Diante dessa situação, a Coroa Portuguesa tomou consciência de que só através do povoamento, da agricultura, da pecuária e do comércio com outras regiões que a capitania poderia retomar o fluxo comercial de antes. Como saída para a crise voltaram-se as atenções para as possibilidades de ligação comercial com o litoral, através da capitania do Pará, pela navegação dos rios Tocantins e Araguaia.( CAVALCANTE, 1999,p.39).

As picadas, os caminhos e a navegação pelos rios Tocantins e Araguaia, todos interditados na época da mineração para conter o contrabando, foram liberados desde 1782. Como efeito imediato o norte começou a se relacionar com o Pará, ainda que de forma precária e inexpressiva.

Nas primeiras décadas do século XIX, o desembargador Theotônio Segurado já apontava a navegação dos rios Tocantins e Araguaia como alternativa para o desenvolvimento da região através do estímulo à produção para um comércio mais vantajoso tanto no norte como em toda a Capitania, diferente do tradicionalmente realizado com a Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Com esse fim propôs a formação de companhias de comércio, o estímulo à agricultura, o povoamento das margens desses rios oferecendo isenção por dez anos do pagamento de dízimos aos que ali se estabelecessem, e, aos comerciantes, concessão de privilégios na exportação para o Pará ( CAVALCANTE, 1999).

Com estas propostas chamou a atenção das autoridades governamentais para a importância do comércio de Goiás com o Pará, através dos rios Araguaia e Tocantins. Foi ele próprio realizador de viagens para o Pará incentivando a navegação do Tocantins. Destacou-se como um grande defensor dos interesses da região quando foi ouvidor da Comarca do norte. A criação dessa comarca visava promover o povoamento no extremo norte para fomentar o comércio e a navegação dos rios Araguaia e Tocantins.

Criação da Comarca do Norte - 1809
Para facilitar a administração, a aplicação da justiça e, principalmente, incentivar o povoamento e o desenvolvimento da navegação dos rios Tocantins e Araguaia, o Alvará de 18 de março de 1809 dividiu a Capitania de Goiás em duas comarcas (regiões): a Comarca do Sul e a Comarca do Norte. Esta recebeu o nome de Comarca de São João das Duas Barras, assim como chamaria a vila que, na confluência do Araguaia no Tocantins se mandaria criar com este mesmo nome para ser sua sede. Para nela servir foi nomeado o desembargador Joaquim Theotônio Segurado como seu ouvidor.

A nova comarca compreendia os julgados de Porto Real, Natividade, Conceição, Arraias, São Félix, Cavalcante, Traíras e Flores. O arraial do Carmo, que já tinha sido cabeça de julgado, perde essa condição que foi transferida para Porto Real, ponto que começava a prosperar com a navegação do Tocantins. Enquanto não se fundava a vila de São João das Duas Barras, Natividade seria a sede da ouvidoria. A função primeira de Theotônio Segurado era designar o local onde deveria ser fundada essa vila. Alegando a distância e a descentralização em relação aos julgados mais povoados, o ouvidor e o povo do norte solicitaram a D. João autorização para a construção da sede da comarca em outro local. No lugar escolhido por Segurado, o alvará de 25 de janeiro de 1814 autorizava a construção da sede na confluência dos rios Palma e Paranã, a vila de Palma, hoje a cidade de Paranã.

A vila de São João das Duas Barras recebeu o título de vila, mas nunca chegou a ser construída. Theotônio Segurado, administrador da Comarca do Norte, muito trabalhou para o desenvolvimento da navegação do Tocantins e o incremento do comércio com o Pará. Assumiu posição de liderança como grande defensor dos interesses regionais e, tão logo se mostrou oportuno, não hesitou em reivindicar legalmente a autonomia político-administrativa da região. O 18 de março foi, oficialmente, considerado o Dia da Autonomia pela lei 960 de 17 de março de 1998, por ser a data da criação da Comarca do Norte, estabelecida como marco inicial da luta pela emancipação do Estado.

Movimento Separatista do Norte de Goiás - 1821 a 1824
A Revolução do Porto no ano de 1820, em Portugal, exigindo a recolonização do Brasil, mobilizou na colônia, especificamente no litoral, a elite intelectualizada em prol da emancipação do país. Em Goiás, essas idéias liberais refletiram na tentativa de derrubar a própria personificação da dominação portuguesa: o capitão-general Manoel Sampaio.

Houve uma primeira investida nesse sentido em 1821, sob a liderança do capitão Felipe Antônio Cardoso e do pe. Luiz Bartolomeu Marques. Coube ao primeiro mobilizar os quartéis e ao segundo conclamar o povo e lideranças para a preparação de um golpe que iria depor Sampaio. Contudo, houve uma denúncia sobre o golpe e, em seguida, foi ordenada a prisão dos principais líderes rebeldes. O pe. Marques conseguiu fugir e novamente articulou contra o capitão-general. Sampaio impôs sua autoridade e os rebeldes foram expulsos da capital Vila Boa. Alguns vieram para o norte, como o capitão Cardoso, que teve ordem para se retirar para o distrito de Arraias, e o pe. José Cardoso de Mendonça, enviado para a aldeia de Formiga e Duro.

Mas os acontecimentos que ocorreram na capital não ficaram isolados. A idéia da nomeação de um governo provisório, depois de fracassada na capital, foi aclamada no norte onde já havia anseios separatistas. O desejo do padre Luiz Bartolomeu Marques não era outro senão a independência do Brasil. E a deposição de Sampaio seria apenas o primeiro passo. Para este fim contavam com o vigário de Cavalcante, Francisco Joaquim Coelho de Matos, que cedeu a direção das coisas ao desembargador Joaquim Theotônio Segurado.

No dia 14 de setembro, um mês após a frustrada tentativa de deposição de Sampaio, instalou-se o governo independencista do norte, com capital provisória em Cavalcante. O ouvidor da Comarca do Norte, Theotônio Segurado, presidiu e estabeleceu essa junta provisória até janeiro de 1822. No dia seguinte, o governo provisório da Comarca da Palma fez circular uma proclamação em que declarou-se separado do governo.( ALENCASTRE, 1979). As justificativas para a separação do norte em relação ao centro-sul de Goiás eram, para Segurado, de natureza econômica, política, administrativa e geográfica.

A instalação de um governo independente - não necessariamente em relação à Coroa Portuguesa, mas sim ao governo do capitão-general da Comarca do Sul - parecia ser o único objetivo de Theotônio Segurado. A sua posição não-independencista provocou a insatisfação de alguns dos seus correligionários políticos e a retirada de apoio à causa separatista. Em outubro de 1821, transfere a capital para Arraias provocando oposição e animosidade dos representantes de Cavalcante. Com o seu afastamento em janeiro de 1822, quando partiu para Lisboa como deputado representante de Goiás na Corte, agravou a crise interna.

“A partir dessa data uma série de atritos parecem denunciar que a junta havia ficado acéfala. Na ausência de Segurado, nenhuma liderança capaz de impor-se com a autoridade representativa da maioria dos arraiais conseguiu se firmar. Pelo contrário, os interesses particulares dos líderes de Cavalcante, Palmas, Arraias e Natividade se sobrepuseram à causa separatista regional”.( CAVALCANTE, 1999,p.64).

Trajetória de luta pela criação do Tocantins
No final do século XIX e no decorrer do século XX, a idéia de se criar o Tocantins, estado ou território, esteve inserida no contexto das discussões apresentadas em torno da redivisão territorial do país, no plano nacional. Mas, a concretização desta idéia só veio com a Constituição de 1988 que criou o Estado do Tocantins pelo desmembramento do estado de Goiás. Ainda no Império, duas tentativas: a defesa de Visconde de Taunay, na condição de deputado pela Província de Goiás, propondo a separação do norte goiano para a criação da Província da Boa Vista do Tocantins, com a vila capital em Boa Vista (Tocantinópolis), em 1863; e, de modo mais concreto, em 1889, com o projeto de Fausto de Souza para a redivisão do Império em 40 províncias, constando a do Tocantins na região que compreendia o norte goiano. Nas primeiras décadas da República o discurso separatista sobreviveu na imprensa regional, principalmente de Porto Nacional - maior centro econômico e político da época - em periódicos como "Folha do Norte" e "Norte de Goiás". A partir da década de 1930 que o discurso retorna à esfera nacional.
Após a criação pela Constituição de 1937 dos territórios do Amapá, Rio Branco, Guaporé - atual Rondônia - Itaguaçu e Ponta Porã (extintos pela Constituição de 1946), houve também quem defendesse a criação do território do Tocantins.
A criação do Estado do Tocantins - 1988
O ano era 1987. As lideranças souberam aproveitar o momento oportuno para mobilizar a população em torno de um projeto de existência quase secular e pelo qual lutaram muitas gerações: a autonomia política do norte goiano, já batizado Tocantins. A Conorte apresentou à Assembléia Constituinte uma emenda popular com cerca de 80 mil assinaturas como reforço à proposta de criação do Estado. Foi criada a União Tocantinense, organização supra-partidária com o objetivo de conscientização política em toda a região norte para lutar pelo Tocantins também através de emenda popular. Com objetivo similar, nasceu o Comitê Pró-Criação do Estado do Tocantins, que conquistou importantes adesões para a causa separatista. "O povo nortense quer o Estado do Tocantins. E o povo é o juiz supremo. Não há como contestá-lo", reconhecia o governador de Goiás na época, Henrique Santilo. ( SILVA, 1999,p.237).

Em junho, o deputado Siqueira Campos, relator da Subcomissão dos Estados da Assembléia Nacional Constituinte, redige e entrega ao presidente da Assembléia, o deputado Ulisses Guimarães, a fusão de emendas criando o Estado do Tocantins que foi votada e aprovada no mesmo dia. Pelo artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição, em 05 de outubro de 1988, nascia o Estado do Tocantins.

A eleição dos primeiros representantes tocantinenses foi realizada em 15 de novembro de 1988, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, junto com as eleições dos prefeitos municipais. Além do governador e seu vice, foram escolhidos os senadores e deputados federais e estaduais. A cidade de Miracema do Norte, localizada na região central do novo Estado, foi escolhida como capital provisória. No dia 1º de janeiro de 1989 foi instalado o Estado do Tocantins e empossados o governador, José Wilson Siqueira Campos; seu vice, Darci Martins Coelho; os senadores Moisés Abrão Neto, Carlos Patrocínio e Antônio Luiz Maya; juntamente com oito deputados federais e 24 deputados estaduais.

Ato contínuo, o governador assinou decretos criando as Secretarias de Estado e viabilizando o funcionamento dos poderes Legislativo e Judiciário e dos Tribunais de Justiça e de Contas. Foram nomeados o primeiro secretariado e os primeiros desembargadores. Também foi assinado decreto mudando o nome das cidades do novo Estado que tinham a identificação "do Norte" e passaram para "do Tocantins". Foram alterados, por exemplo, os nomes de Miracema do Norte, Paraíso do Norte e Aurora do Norte para Miracema do Tocantins, Paraíso do Tocantins e Aurora do Tocantins.

No dia 5 de outubro de 1989, foi promulgada a primeira Constituição do Estado, feita nos moldes da Constituição Federal. Foram criados mais 44 municípios além dos 79 já existentes. Atualmente, o Estado possui 139 municípios. Foi construída, no centro geográfico do Estado, numa área de 1.024 Km2 desmembrada do município de Porto Nacional, a cidade de Palmas, para ser a sede do governo estadual. Em 1º de janeiro de 1990, foi instalada a capital.

Criação do Estado do Tocantins - 1988
O ano era 1987. As lideranças souberam aproveitar o momento oportuno para mobilizar a população em torno de um projeto de existência quase secular e pelo qual lutaram muitas gerações: a autonomia política do norte goiano, já batizado Tocantins. A Conorte apresentou à Assembléia Constituinte uma emenda popular com cerca de 80 mil assinaturas como reforço à proposta de criação do Estado. Foi criada a União Tocantinense, organização supra-partidária com o objetivo de conscientização política em toda a região norte para lutar pelo Tocantins também através de emenda popular. Com objetivo similar, nasceu o Comitê Pró-Criação do Estado do Tocantins, que conquistou importantes adesões para a causa separatista. "O povo nortense quer o Estado do Tocantins. E o povo é o juiz supremo. Não há como contestá-lo", reconhecia o governador de Goiás na época, Henrique Santilo. ( SILVA, 1999,p.237).

Em junho, o deputado Siqueira Campos, relator da Subcomissão dos Estados da Assembléia Nacional Constituinte, redige e entrega ao presidente da Assembléia, o deputado Ulisses Guimarães, a fusão de emendas criando o Estado do Tocantins que foi votada e aprovada no mesmo dia. Pelo artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição, em 05 de outubro de 1988, nascia o Estado do Tocantins. A eleição dos primeiros representantes tocantinenses foi realizada em 15 de novembro de 1988, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, junto com as eleições dos prefeitos municipais. Além do governador e seu vice, foram escolhidos os senadores e deputados federais e estaduais. A cidade de Miracema do Norte, localizada na região central do novo Estado, foi escolhida como capital provisória. No dia 1º de janeiro de 1989 foi instalado o Estado do Tocantins e empossados o governador, José Wilson Siqueira Campos; seu vice, Darci Martins Coelho; os senadores Moisés Abrão Neto, Carlos Patrocínio e Antônio Luiz Maya; juntamente com oito deputados federais e 24 deputados estaduais.

Ato contínuo, o governador assinou decretos criando as Secretarias de Estado e viabilizando o funcionamento dos poderes Legislativo e Judiciário e dos Tribunais de Justiça e de Contas. Foram nomeados o primeiro secretariado e os primeiros desembargadores. Também foi assinado decreto mudando o nome das cidades do novo Estado que tinham a identificação "do Norte" e passaram para "do Tocantins". Foram alterados, por exemplo, os nomes de Miracema do Norte, Paraíso do Norte e Aurora do Norte para Miracema do Tocantins, Paraíso do Tocantins e Aurora do Tocantins. No dia 5 de outubro de 1989, foi promulgada a primeira Constituição do Estado, feita nos moldes da Constituição Federal. Foram criados mais 44 municípios além dos 79 já existentes. Atualmente, o Estado possui 139 municípios. Foi construída, no centro geográfico do Estado, numa área de 1.024 Km2 desmembrada do município de Porto Nacional, a cidade de Palmas, para ser a sede do governo estadual. Em 1º de janeiro de 1990, foi instalada a capital.
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ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS DE RONDÔNIA

Rondônia, aspectos históricos e geográficos

O Estado de Rondônia foi criado através da lei complementar 041, de 22 de dezembro de 1981, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo. Seu primeiro governador foi o coronel do Exército Jorge Teixeira de Oliveira, nomeado no dia 29 de dezembro de 1981, pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo. A instalação do Estado (posse do governador e secretariado) ocorreu no dia 04 de janeiro de 1982.


No ano de sua criação o Estado de Rondônia estava constituído por 13 municípios (Porto Velho, a capital, Guajará-Mirim, Ariquemes, Jaru,Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, Vilhena, Colorado do Oeste e Costa Marques).


Aspectos Geográficos
Área Geográfica: 238.512,8 km2, representando 6,19% da região Norte e 2,80% do País.

Rondônia é 3º Estado em extensão territorial da região Norte. No contexto nacional, constitui-se o 15º em extensão territorial e o 23º em termos populacionais.

Limites: ao Norte e Nordeste, estado do Amazonas; ao Sul e Oeste, República da Bolívia; a Leste e Sudeste, estado de Mato Grosso; a Noroeste, os estados do Acre e do Amazonas.


A extensão da fronteira do Estado de Rondônia com a república da Bolívia é de 1.342 quilômetros.


- Os municípios rondonienses localizados na faixa da fronteira boliviana são: Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, Alta Floresta do Oeste, São Francisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, , Pimenteiras do Oeste e Cabixi.


Divisão geopolítica: o estado de Rondônia é formado por 52 municípios e 57 distritos.

Municípios Rondonienses


Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamary, Itapuã do Oeste, Alto Paraíso, Monte Negro, Buritis, Campo Novo de Rondônia, Rio Crespo, Cujubim, Ariquemes, Cacaulândia, Machadinho do Oeste, Vale do Anari, Theobroma, Governador Jorge Teixeira, Jaru, Vale do Paraíso, Nova União, Mirante da Serra, Teixeirópolis, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médice, Urupá, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Nova Brasilândia do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Santa Luzia do Oeste, Rolim de Moura, Ministro Andreazza, Cacoal, Espigão do Oeste, Primavera de Rondônia, São Felipe d'Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Vilhena.


Dois municípios rondonienses estão entre os 15 municípios brasileiros que obtiveram as maiores taxas nacionais de médias de crescimento populacional. Buritis, com 29,09% e Campo Novo de Rondônia com 23,20%.

Setor Primário do Estado
- Agricultura, pecuária, piscicultura, apicultura, extrativismo vegetal e mineral.


- O extrativismo mineral destaca-se pela ocorrência de ouro, cassiterita, diamante, nióbio, quartzo, granito e água mineral.


- O extrativismo vegetal destaca-se pela produção de cacau, madeira em toras, castanha-do-pará e borracha silvestre.


- O setor agrícola destaca-se nacionalmente por produzir cereais, café, soja, milho, banana, mandioca e algodão, além de hortifrutigranjeiros.


- O efetivo pecuário é composto, principalmente, de rebanhos bovinos de corte e de leite, com mais de cinco milhões de cabeças e uma Bacia leiteira em franca expansão, notadamente nas regiões de Porto Velho, Jaru e Ouro Preto do Oeste.



Setor secundário


Prevalece a agroindústria, notadamente na produção de laticínios, na região central do Estado. Mas crescem as indústrias de transformação destinadas aos setores moveleiro, de confecções, couro e calçados.

Setor terciário


Envolve comércio e serviços, é o que mais cresce no Estado, tendo em vista a evolução urbana, a exemplo de municípios como Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Cacoal, Ji-Paraná, Jaru, Ouro Preto e Ariquemes.

Principais relevos
Planície Amazônica (vale do Madeira), serra dos Parecis e serra dos Pacaás Novos (vale do Guaporé). Nesta serra localiza-se o ponto mais elevado de Rondônia, o Pico do Tracuá.

Principais rios
Rios Machado ou Ji-Paraná; Guaporé, Mamoré, Madeira, Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Aripuanã ou Roosevelt, e Jamary.

Os principais rios que formam estas Bacias hidrográficas:


Rio Guaporé
Nasce na serra dos Parecis, região de Mato Grosso, seu percurso é de 1.716 km com direção inicial para o sul, seguindo depois para o oeste. Ao alcançar a cidade de Vila Bela, toma a direção norte-oeste entrando em terras rondonienses na cidade de Pimenteiras do Oeste, passando por Cabixi, Cerejeiras, São Miguel do Guaporé até Costa Marques. A 12o de latitude sul recebe as águas do rio Mamoré. Seu trecho navegável é de 1.500 quilômetros e se constitui em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia.


Seus afluentes brasileiros são os rios Cabixi, Corumbiara, Mequéns, Colorado, São Miguel, Cautário e Cautarinho, todos com nascentes na Chapada dos Parecis;


Rio Mamoré
Nasce na Cordilheira dos Andes, em território boliviano com o nome Grande de La Plata, passando a ser designado Mamoré quando alcança a Serra dos Pacaás Novos, região de Guajará-Mirim. Constituindo-se em fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia, recebe as águas do rio Guaporé e, ao juntar-se ao Beni, outro rio boliviano, recebe a designação Mamoré e passa a formar a nascente do rio Madeira. Seu curso possui uma extensão de 1.100 quilômetros e é totalmente navegável. Tem como principais afluentes brasileiros os rios Sotério, pacaás Novos, Bananeiras e Ribeirão ou Lajes. Seus acidentes hidrográficos são as corredeiras Lages, Bananeiras, Guajará-Acu e Guajará-Mirim;

Rio Ji-Paraná ou Machado
Nasce da junção dos rios Barão de Melgaço, também chamado de Comemoração de Floriano, e Apediá, chamado de Pimenta Bueno, na chapada dos Parecis. Seu curso tem uma extensão de 800 quilômetros, atravessando a região central do Estado até desembocar no rio Madeira, região de Calama, no município de Porto Velho. Tem como afluentes pela margem direita os rios Riozinho, Lourdes, São João e Tarumã. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Luiz de Albuquerque, Rolim de Moura, Ricardo Franco, Preto, Jaru, Boa Vista, Urupá e Machadinho. Seu principal acidente hidrográfico, dentre os vários existentes e que dificultam a navegação, é a cachoeira 02 de Novembro, localizada no município de Machadinho do Oeste.


Rio Madeira ou Caiary
Nasce na junção dos rios Beni e Mamoré, sendo o maior afluente do rio Amazonas pela margem direita. Sua extensão é de 3.240 quilômetros, sendo 1.700 em território brasileiro. Mas, devido aos diversos acidentes hidrográficos, seu curso navegável é de 1.116 quilômetros, a partir da cachoeira de Santo Antonio, em Porto Velho até Itacoatiara,AM. Seus afluentes pela margem direita são os rios Ribeirão, Mutum-Paraná, Jacy-Paraná, Jamari e Machado. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Abunã, Ferreiros, José Alves, São Simão e o igarapé Cuniã.

- Os acidentes hidrográficos existentes no rio Madeira são os seguintes: (trecho Porto Velho/Guajará-Mirim)

Corredeiras: Periquitos, Três Irmãos, Macaco, Morrinhos, Pederneiras, Chocolatal, Araras e Lages. Guajará-Açu e Guajará-Mirim;

Cachoeiras: Santo Antonio, Caldeirão do Inferno, Paredão, Misericórdia, Madeira, Pau Grande e Bananeiras;

Saltos: Teotônio, Girau e Ribeirão.

As principais Ilhas do Estado:
No Rio Madeira, Santana, Jacy-Paraná, Três Irmãos, 7 de Setembro, Misericórdia, 15 de Novembro, Marina e Anús ou da Confluência:

No Rrio Mamoré, Soares e Saldanha:
No Rio Guaporé, Comprida.

Principais grupos indígenas existentes


- Suruí, Gavião, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova, Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau-Uau, Nhanbiquara e Karitiana.

Clima Predominante:


- Equatorial quente-úmido ou tropical úmido, variando de acordo com a altitude, com a temperatura variando entre 18o e 33o centígrados. A variação mínima ocorre no município de Vilhena e região, e a máxima no de Porto Velho e região. A estação chuvosa vai de outubro a março e o período de seca, de maio a setembro.


Localização Geográfica:

Região Norte, ao sul da Amazônia Ocidental.

A região amazônica abrange os seguintes países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru, Venezuela e Brasil. No Brasil, onde fica localizada a Amazônia Ocidental, a Amazônia corresponde a 50% do território nacional e abrange os estados do Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, parte do Maranhão e do Mato Grosso.


Poder Político
A representação política do Estado de Rondônia é constituída por três senadores e oito deputados federais que atuam no Congresso Nacional. Em nível estadual, a Assembléia Legislativa é composta por 24 deputados estaduais. No plano municipal, existem 537 vereadores, 52 prefeitos e 52 vice-prefeitos. O Poder Executivo Estadual é exercido pelo governador e, nos seus impedimentos, pelo vice-governador.

Formação Étnica

É semelhante ao restante do país, formada por brancos, negros e índios. Mas em virtude das fases de atração imigratória e migratória ocorrentes durante os ciclos de produção econômica, diversos povos dessas raças deram sua contribuição para o elemento humano rondoniense, cuja identidade regional ainda está em formação.

Ocupação humana
O processo de povoamento do espaço físico que constitui o estado de Rondônia começa no século XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores, comercializadores, militares e padres jesuítas fundam os primeiros arraiais e vilas nos vales Guaporé-Madeira.


A decadência desse ciclo de produção aurífera causa a involução populacional desses arraiais, vilas e cidades surgidas no auge do ciclo do Ouro, com o êxodo dos portugueses e paulistas que formavam o topo da sociedade da época. Mas ficam os negros remanescentes do escravismo, os mulatos e os índios já aculturados.


No século XIX, o primeiro ciclo da Borracha, em sua fase primária, atraiu basicamente nordestinos e bolivianos para o trabalho nos seringais, mas não gerou núcleos de povoamento nesse espaço geográfico tendo em vista o conceito econômico, que não produzia riquezas locais, por tratar-se de uma economia de exportação, cujos principais núcleos localizavam-se Manaus e Belém.

No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrência da construção e funcionamento da Ferrovia Madeira-Mamoré, o Ferroviário, e das Estações Telegráficas da Comissão Rondon, o do Telégrafo, atraíram povoadores para as terras rondonienses originários de várias regiões brasileiras e de outros países, que se fixaram e formaram núcleos urbanos.


As estações telegráficas da Comissão Rondon atraíram, principalmente, matogrossenses, paulistas e nordestinos, que trabalhavam nos serviços de telegrafia, e acomodavam-se em suas cercanias gerando pequenos núcleos urbanos, como Ariquemes, Presidente Pena ou Urupá, Pimenta Bueno e Vilhena.

A Madeira-Mamoré atraiu vários contingentes imigratórios destinados ao trabalho nas obras da ferrovia, nos setores técnicos e administrativos da empresa com seus diversos ramos de exploração, comercialização e serviços, e ao comércio que se formava ao redor.


Nesta fase de imigrações instalaram-se em terras rondonienses, notadamente nos núcleos urbanos de Porto Velho, Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Abunã, Guajará-Mirim e Costa Marques, imigrantes turcos, sírios, judeus, gregos, libaneses, italianos, bolivianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-riquenhos, italianos, barbadianos, tobaguenses, jamaicanos e bolivianos.


A migração ocorreu com a fixação de nordestinos procedentes dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de amazonenses, paraenses e matogrossenses.

O segundo ciclo da Borracha, iniciado em 1942, funcionou completamente diferenciado do primeiro e encontrou a região com sua infra-estrutura em fase de consolidação. Os povoadores dos seringais eram nordestinos, mas divididos em duas categorias, os seringueiros civis e os soldados da borracha, estes, incorporados ao Batalhão da Borracha.

Os núcleos urbanos desenvolveram-se. O sistema de saúde pública melhorou consideravelmente e as ações de governo estenderam-se para o interior. A geopolítica regional passa por total transformação tendo em vista a criação do Território Federal do Guaporé em terras desmembradas dos estados de Mato Grosso e do Amazonas.


Nesse período, as estações telegráficas da Comissão Rondon funcionavam como receptores de uma ocupação humana rural-rural, procedente do Mato Grosso, destinada á pecuária, formando grandes latifúndios onde funcionavam antigos seringais.


O ciclo do Diamante promoveu mudanças substanciais na ocupação humana e desenvolvimento dos povoados de Rondônia (hoje Ji-Paraná) e Pimenta Bueno, enquanto o ciclo da Cassiterita expandiu a ocupação humana no espaço físico que compreende as microrregiões de Porto Velho e Ariquemes.

O ciclo da Agricultura, cuja atração migratória começou desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia contingentes migratórios procedentes do Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Acre e do Nordeste, destacando-se os estados do Ceará, Bahia, Piauí, Paraíba e Sergipe.


As microrregiões formadas pelos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno e Rolim de Moura, receberam migrantes mato-grossenses, gaúchos e paranaenses, em sua maioria. As microrregiões formadas pelos municípios de Cacoal, Presidente Médice e Ji-Paraná, recebem gaúchos, paranaenses, paulistas, e nordestinos, em sua maioria. Migrantes capixabas, paranaenses, mineiros e baianos formam a maioria dos que se fixaram nas microrregiões de Ouro Preto, Jaru e Ariquemes.


As regiões de Porto Velho e Guajará-Mirim receberam povoadores, mas em menor escala e de categorias diferentes, considerando-se que o ciclo da Agricultura atraiu, em princípio, uma migração rural-rural, para, em seguida, fixarem-se migrantes de características rural-urbana.


ASPECTOS HISTÓRICOS


Século XVII
Uma importante parcela da área geográfica que constitui o Estado de Rondônia passou a ser percorrida no início do século XVII, época em que aventureiros e exploradores holandeses, franceses e ingleses, penetravam na floresta para coletar as chamadas "drogas do Sertão", como eram conhecidos nas Cortes de Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda essências e frutos tipo pimenta-do-reino, anil, urucum, baunilha, âmbar, canela, cravo, pau-brasil, pau-preto, e, principalmente, o cacau, abundantes no vale do Madeira e valiosamente comercializados naqueles países.

Posteriormente, após o controle de Portugal sobre a região, a exploração desses frutos e essências era feita por colonizadores portugueses com a utilização de mão-de-obra indígena, escravizada, apesar da Coroa portuguesa reconhecer os índios como os naturais senhores da terra, desde 1609 quando foi baixado o Alvará que declarava o direito dos índios à liberdade, situação que evoluiu até ser instituído o regime de capitães-de-aldeia, em 1611.


As primeiras expedições portuguesas que percorreram, total ou parcialmente, o rio Madeira, procediam do Grão-Pará ou do Maranhão e eram formadas por militares, civis contratados, índios escravos, e mestiços. Estas expedições, exploradoras ou de limites, combatiam e aprisionavam índios, que eram comercializados nas capitanias de São Paulo, São Vicente, Grão-Pará e Maranhão.

Do final do século XVI até meados do século XVII (1580/1640), Portugal e suas colônias estavam sob domínio da Espanha, no que se chamou de União Ibérica.

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RONDÔNIA: ASPECTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS

Rondônia
GEOGRAFIA: Área: 237.564,5 km2. Relevo: planície a oeste, depressões e pequenos planaltos a norte, planalto a sudeste. Ponto mais elevado: serra dos Pacaás (1.126 m). Rios principais: Madeira, Ji-Paraná, Guaporé, Mamoré. Vegetação: floresta Amazônica e cerrado a oeste. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Porto Velho (480.661), Ji-Paraná (115.800), Ariquemes (86.503), Cacoal (82.568), Jaru (53.600), Vilhena (76.598), Rolim de Moura (47.382), Ouro Preto do Oeste (40.884), Guajará-Mirim (38.045), Pimenta Bueno (31.752) (2011). Hora local: - 1h. Habitante: rondoniano.

POPULAÇÃO: 1.620.787 (2011). Densidade: 6,3 hab./km2 (2011). Cresc. dem.: 2% ao ano (1991-2011). Pop. urb.: 68,1% (2011). Domicílios: 415.194 (2011); carência habitacional: 38.502 (est. 2011). Acesso à água: 50,7%; acesso à rede de esgoto: 30,7% (2011). IDH: 0,835 (2011).

SAÚDE: Mort. infantil: 23,80 (2011). Médicos: 8,7 por 10 mil hab. (2010). Leitos hosp.: 3,7 por mil hab. (2010).

EDUCAÇÃO:
Educ. infantil: 52.796 matrículas (70,5% na rede pública). Ensino fundamental: 401.707 matrículas (94,2% na rede pública). Ensino médio: 65.883 matrículas (89,9% na rede pública) (prelim. 2011). Ensino superior: 32.651 matrículas (50,9% na rede pública) (2011). Analfabetismo: 6,2%; analfabetismo funcional: 34,7% (2011).

GOVERNO: Governador: Confúcio Aires Moura (PMDB). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.28.541 (0,83% do eleitorado brasileiro) (2011). Sede do governo: Palácio Getúlio Vargas. Praça Getúlio Vargas, s/nº, centro, Porto Velho. Tel. (69) 216-5024.

ECONOMIA: Participação no PIB nacional: 0,7% (2011). Composição do PIB: agropec.: 18,5%; ind.: 24,1%; serv.: 59,5% (2011). PIB per capita: R$ 12.156 (2011). Agricultura: mandioca (360.020 t), milho (320.40 t), arroz (244.500 t), café (160.400t), feijão (65.900 t), cacau (35.700 t) (prelim. 2011). Extrat.: madeira (447.515 m3), lenha (295.871 m3), castanha-do-pará (12.020t) (2010). Pecuária: bovinos (11.664.000), aves (15.291.400), suínos (660.868), eqüinos (160.786) (2011). Mineração: areia e cascalho (850.900 m3), pedra britada (732.600 m3), calcário (160.400 t), estanho-cassiterita (5.797.000 kg), água mineral (152.936.800 l) (2011). Indústria: alimentícia, extrativa mineral, madeireira (2011). Export. (US$ 250,8 milhões): madeira (48%), granito (15%), carnes congeladas (37%). Import. (US$ 230,1milhões): geradores a diesel (85%), malte (5%), trigo (2%) (2010).

ENERGIA ELÉTRICA: Geração: 3.248 GWh; consumo: 2.106 GWh (2010).
TELECOMUNICAÇÕES: Telefonia fixa: 300,9 mil linhas; celulares: 1.715,5 mil (est. 2011).

CAPITAL: Porto Velho. Habitante: porto-velhense. Pop.: 480.661 (2011). Malha pavimentada: 65% (2011). Vias urbanas iluminadas: 80% (2011). Automóveis: 210.200 (2011). Jornais diários: 5 (2011). Cultura e lazer: bibliotecas públicas (5), museus (3), teatros e casas de espetáculo (2), cinemas (4) (2011). Prefeito: Roberto Eduardo Sobrinho (PT). Nº de vereadores: 21 (2011). Data de fundação: 2/10/1914.

Fatos históricos
Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer o atual estado de Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse pela região. Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só se desenvolvem no final do século XIX com o surto da exploração da borracha.

No início do século XX, a criação do estado do Acre, a construção da ferrovia Madeira-Mamoré e a ligação telegráfica estabelecida por Cândido Rondon representam novo impulso à colonização. Em 1943 é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o desmembramento de áreas de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da região, que em 1956 passa a se chamar Território de Rondônia. Até a década de 60, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará.

O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir das décadas de 60 e 70. Os incentivos fiscais e os intensos investimentos do governo federal, como os projetos de colonização dirigida, estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita também contribui para o aumento populacional. Entre 1960 e 1980, o número de habitantes cresce quase oito vezes, passando de 70 mil para 500 mil. Em 1981, Rondônia ganha a condição de estado.

Situado na região norte, o estado possui dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica. Os pontos mais altos do território estadual são a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26ºC.

Seu elevado índice pluviométrico, de 1800 mm/ano, garante significativo potencial agropecuário, que faz Rondônia ter o décimo rebanho bovino brasileiro, com 5,2 milhões cabeças.

Turismo - Rondônia tem um grande potencial turístico pouco explorado. Com 1,7 mil km de extensão, o rio Madeira é o maior afluente da margem direita do Amazonas e margeia Porto Velho. Passear por suas águas significa navegar no meio da floresta Amazônica, observando árvores centenárias, aves exóticas e trechos de corredeiras. É também pelo rio Madeira que se chega ao lago do Cuniã, a 120 km da capital, uma reserva biológica com criadouro natural de peixes de água doce, sobre a qual há freqüentes revoadas de pássaros.

Para atrair turistas, o governo criou uma zona de livre comércio em Guajará-Mirim, município localizado a 333 km de Porto Velho, à beira do rio Madeira, na divisa com a Bolívia. Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos importados, entre os quais se destacam os eletroeletrônicos. Do outro lado do rio, na cidade boliviana de Guayaramerín, a cota é de apenas 150 dólares e a oferta de produtos limita-se a roupas e calçados.

Economia - A construção das Usinas do Madeira, do porto graneleiro na capital, Porto Velho, em 1995, e a abertura, em 1997, da hidrovia do rio Madeira, mudam o perfil econômico de Rondônia. Com 1.115 km, a hidrovia liga a capital ao Porto de Itacoatiara, no Amazonas, barateando o transporte de seus produtos agrícolas. Rondônia abastece a Região Nordeste com feijão e milho, destacando-se também como produtor nacional de cacau, café, arroz e soja.

Entre os anos 60 e 80, Rondônia foi considerada o eldorado brasileiro, quando atraiu milhares de imigrantes da Região Sul, seduzidos pela distribuição de terras promovida pelo governo federal. Em apenas duas décadas, a população do estado cresce nove vezes. Porém, de 1991 a 1997, o território vem perdendo em média 37 pessoas por dia. Segundo o IBGE, a migração ocorre principalmente em direção a Roraima. Com o esgotamento da qualidade da terra, em virtude das constantes queimadas, os pequenos agricultores buscam novas fronteiras agrícolas na Amazônia.

Marcado pelo extrativismo vegetal, principalmente de madeira e borracha, Rondônia também é responsável por 40% da cassiterita produzida no Brasil, boa parte retirada de Bom Futuro, em Ariquemes, uma das maiores jazidas desse minério em todo o mundo. Essa exploração passa por uma fase de modernização: desde 1997, a atividade é exercida por grandes empresas mineradoras, controladas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O processo de industrialização de Rondônia acompanha de perto a ocupação agrícola e a exploração mineral, nascendo do aproveitamento das matérias-primas, entre as quais a cassiterita, e passando ao beneficiamento de produtos agropecuários. Depois da construção da Usina Hidrelétrica de Samuel, na década de 80, crescem os segmentos madeireiro, mineral, de construção civil e alimentos.

Aspectos sociais - Rondônia tem 1,31 milhão de habitantes, dos quais 61,93% vivem nas cidades. Cerca de 300 mil, ou um quarto do habitantes, moram na capital, Porto Velho. Recoberto em sua maior parte por vegetação típica de cerrado, o estado conta com 22.433 km de rodovias, sendo apenas 6,32% pavimentadas. O saneamento básico também é bastante precário. Em 1998, a rede de esgoto alcança apenas 3,5% dos domicílios do estado, segundo o IBGE. Os reflexos dessas condições insalubres aparecem na saúde da População: o estado é considerado pela Fundação Nacional de Saúde (FNS) uma região endêmica de malária, leishmaniose e febre amarela. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina, conta com 4,59 médicos para cada grupo de 10 mil habitantes, menos da metade do que é considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
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HISTÓRIA DE ARAPUTANGA - MATO GROSSO

Araputanga

O território do município de Araputanga foi habitado por povos indígenas bororó desde tempos imemoriais, que eram denominado pelos paulistas de índios Cabaçais. Hoje, dos bororó não se encontra descendente no município, sendo que os remanescentes foram transferidos para a área indígena denominada Umutína, em Barra do Bugres. A região foi objeto de trabalho dos poaieiros, que extraíram raízes do arbusto denominado ipecacuanha - a ipeca, de propriedades medicinais. O povoamento originou-se em função do movimento de colonização programada do governo estadual iniciado na década de quarenta.

O próprio Estado participava dos trabalhos de colonização em alguns sítios, favorecendo a ocupação de vastas áreas ao redor. A mata fechada cobria um solo ubertoso.

Pelos anos de 1957/58, um grupo de imigrantes coreanos e japoneses adquiriram terras na região, a fim de implantar uma colonização modelo. Pretendiam situar a sede à margem esquerda do córrego das Pitas. Denominaram o lugar de Ituinópolis. No entanto, o projeto não vingou e a maioria foi embora.

A 23 de maio de 1963, a família Sato tomou a determinação de fundar o patrimônio, ao ser vendido o primeiro lote urbano. Ao povoado deu-se o nome de Paixão que perdurou durante anos. Esta denominação se devia ao fato dos pioneiros se apaixonarem pela riqueza natural do lugar. Era, assim, o segundo nome dado ao lugar, substituindo o de Ituinópolis.

A atual denominação foi sugerida pelo Dr. Nelson da Costa Marques, numa referência a grande quantidade de mogno (também chamada araputanga) existente na região.

Botanicamente, araputanga é árvore classificada por King como Swietenia macrophylla.

A 29 de maio de 1970 foi inaugurada a estrada ligando Araputanga à Cáceres. Araputanga passou a desenvolver-se rapidamente e tornou-se distrito, através da Lei n.º 3.922, de 04 de outubro de 1977, com território jurisdicionado ao município de Mirassol d´Oeste.

A Lei Estadual n.º 4.153, de 14 de dezembro de 1979 criou o município de Araputanga, o distrito do mesmo nome, criado como unidade integrante do município de Mirassol d´Oeste.

Artigo 2º - município de Araputanga fica constituído de dois distritos: Sede , Indiavaí. "No município se nomeiam as localidades de Cachoeirinha, Farinópolis, Monterlândia e Nova Floresta. Povoados menos são: Cantão, Santa Maria, Batuleba, José Bueno, Rio Vermelho, Córrego Rico, Arapongas, Harmonia, Mata Preta, Santa Rosa e Jaime Pedrosa.

Fonte: Citybrazil.uol.com.br
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DIAMANTES ACHADOS EM JUÍNA CONFIRMAM TEORIA GEOLÓGICA

Diamantes achados em MT confirmam teoria geológica

Crosta oceânica penetra a Terra até o manto inferior. Pesquisa foi publicada pela revista Science

Diamantes achados na região da cidade de Juína (MT) comprovam que a crosta oceânica entra na Terra – como é chamada a crosta terrestre sob os oceanos, onde ela é mais fina – até o manto inferior. A confirmação veio da análise química desses diamantes e foi publicada nesta quinta-feira (15) num artigo da revista “Science”.

Já havia uma teoria bem aceita de que esse fenômeno ocorria, baseada na tomografia sísmica, uma análise combinada de movimentos da Terra, que permite o mapeamento do interior do planeta. Porém, faltava uma prova mais concreta.

“É a primeira vez que a gente tem uma evidência mineral de que a crosta oceânica penetra o manto inferior”, disse ao G1 Débora Passos de Araújo, professora do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), uma das autoras do estudo.

Para que um diamante seja formado, é preciso a temperatura seja alta. Por isso eles são formados no interior da Terra. No manto superior, a uma profundidade de entre 150 e 200 km, a temperatura varia entre 1.000 e 1.200 graus Celsius. No manto inferior, com profundidades superiores a 660 km, ela ultrapassa os 2.000 graus Celsius.

Diamantes profundos, como são chamados os que vêm do manto inferior, já eram conhecidos. Em Juína mesmo, há registros desde 1991. As pedras analisadas no atual estudo, no entanto, são as primeiras desse tipo a apresentar composição química típica da crosta oceânica.

A geóloga disse ainda que a descoberta deve proporcionar avanços nos estudos da formação dos minerais. “Se nós fizermos análises químicas desses minerais inclusos nos diamantes, podemos conhecer melhor as características do manto inferior”, afirmou a cientista.

Nick Wigginton, que faz parte da equipe de editores da Science, destacou que a descoberta mostra a amplitude do ciclo de carbono, que é essencial à vida. “Resultados como esse oferecem uma perspectiva mais ampla da Terra como um sistema dinâmico e integrado”, concluiu.

Fonte: MP/SicMy
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CÂMARA MUNICIPAL DE COLORADO DO OESTE (RO) - LEGISLATURAS DE 1983 A 2012



História
O Poder Legislativo do Município de Colorado do Oeste foi instalado no dia 1º de fevereiro de 1983, com a posse dos primeiros vereadores. Os primeiros vereadores do município de Colorado do Oeste foram eleitos nas eleições realizadas no dia 15 de novembro de 1982.

Primeira Legislatura 1983 / 1988
Vereadores que tomaram posse em 1º de fevereiro de 1983: Antônio de Queiroz, Valfrido Leite, Odilon Cruz, José Crivelário, José Gonçalves, Maria de Lourdes, Nilo Jorge da Silva, Viriato Faleiros, Geraldo Gonçalves, Raimundo de Sousa, Nilton Shweitzer, Leonildo Longo e Maria Aparecida.


LEGISLATURA - 1983/1988

MESA DIRETORA
BIÊNIO 1983/1984
Presidente: Vereador José Gonçalves Júnior
Vice-Presidente: Vereador Raimundo Alves de Souza
1º Secretário: Vereador Antônio Carlos de Queiroz
2º Secretário: Vereador Milton Medeiros Schwritzer

BIÊNIO 1985/1986
Presidente: Vereador Raimundo Alves de Souza
Vice-Presidente: Vereador Nilo Jorge da Silva
1º Secretário: Vereador Walfrido Leite de Souza
2º Secretário: Vereadora Maria de Lourdes Aizo Pintar

BIÊNIO 1987/1988
Presidente: Vereador Nilo Jorge da Silva
Vice-Presidente: Vereador Leonildo Longo
1º Secretário: Vereador Geraldo Gonçalves
2º Secretário: Vereadora Maria Aparecida Guizelini


VEREADORES
  1. Antônio Carlos de Queiroz
  2. Raimundo Alves de Souza
  3. Geraldo Gonçalves
  4. Veriato Faleiros Barbosa
  5. José Crivelaro
  6. Walfrido Leite de Souza
  7. José Gonçalves
  8. Júnior José Aprígio Benício
  9. Leonildo Longo
  10. Abílio Serafim Pereira
  11. Maria Aparecida Guizelini
  12. Paulo Will
  13. Milton Medeiros Schwrtizer
  14. Francisco Demontiê Ferreira
  15. Nilo Jorge da Silva
  16. Manuel Zoroastro Pinheiro
  17. Odilon Cruz de Almeida
  18. Severino Vieira

SUPLENTES QUE ASSUMIRAM
José Aprígio Benício - Assumiu em 21/02/1984, pelo afastamento do Vereador Antônio Carlos de Queiroz, que assumiu a Secretaria de Coordenação e Planejamento. Assumiu novamente em 01/10/1984 pelo licenciamento do Vereador Veriato Faleiros Barbosa. Assumiu definitivamente o cargo em 02/05/1986 com a renúncia do Vereador Odilon Cruz de Almeida.

Abílio Serafim Pereira - Assumiu em 15/10/1984 com o licenciamento do Vereador José Crivelaro e em 11/01/88 com o licenciamento da Vereadora Maria de Lourdes Aizo Pintar.

Francisco Demontiê Ferreira - Assumiu em 18/03/1985 com o licenciamento do Vereador Milton Medeiros Schwrtizer, sendo que assumiu em definitivo em 07/03/1988 com a renúncia do Vereador mencionado.

Paulo Will - Assumiu em 11/03/1985, pelo afastamento do Vereador José Gonçalves Júnior em em 02/05/1988 com o licenciamento do Vereador José Crivelaro que assumiu a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.

Manuel Zoroastro Pinheiro - Assumiu definitivamente em 21/03/1988 devido ao falecimento do Vereador Raimundo Alves de Souza.

Severino Vieira - Assumiu em 02/05/1988 na vaga do Vereador Walfrido Leite de Souza, que se licenciou para tratamento de Saúde.



2ª LEGISLATURA - 1989/1992

MESA DIRETORA

BIÊNIO 1989/1990
Presidente: Vereador Merquis Pinga Pinheiro de Castro
Vice-Presidente: Vereador Moacir Rodrigues de Souza
1º Secretário: Vereador Lídio Luiz Chaves Barbosa
2º Secretário: Vereador Yasuyoshi Ogsuko Chui

BIÊNIO 1991/1992
Presidente: Vereador Adolfo Barbieri
Vice-Presidente: Vereador Mauri Antônio Ansiliero
1º Secretário: Vereador Yasuyoshi Ogsuko Chui
2º Secretário: Vereadora Rudi Romeu Naue

VEREADORES

  1. Mauri Antônio Ansiliero
  2. Aral Batista Correa
  3. Yasuyoshi Ogsuko Chui
  4. Aprígio Benício Saraiva
  5. Merquis Pinheiro de Castro
  6. Adolfo Barbieri
  7. Lídio Luiz Chaves Barbosa
  8. Alvino Vieira de Souza
  9. Moacir Rodrigues de Souza
  10. Rui Aredes de Miranda
  11. Manoel Magnom de Souza Leite
  12. Maria Aparecida Guizelini
  13. Rudi Romeu Naue
  14. José Martins da Silva

SUPLENTES QUE ASSUMIRAM

Rui Aredes de Miranda - Assumiu em 15/04/1991, por um período de 90(noventa) dias, na vaga do Vereador Merquis Pinheiro de Castro, que licenciou-se para tratamento de Saúde.


3ª LEGISLATURA - 1993/1996

MESA DIRETORA

BIÊNIO 1993/1994
Presidente: Vereador Merquis Pinheiro de Castro
Vice-Presidente: Vereador José Rodrigues de Oliveira
1º Secretário: Vereador Nely Cleusa Pequeno
2º Secretário: Vereador Natálio Silva dos Santos

BIÊNIO 1995/1996
Presidente: Vereador Antônio Valdeci da Silva
Vice-Presidente: Vereador Carlos Cezar Pizzano
1º Secretário: Vereador Natáli oSilva dos Santos
2º Secretário: Vereadora Maria Lúcia de Jesus Silva


VEREADORES

  1. Antônio Valdeci da Silva
  2. Joel Dias Reis
  3. Carlos Cezar Pizzano
  4. Rudi Romeu Naue
  5. José Rodrigues de Souza
  6. Rui Aredes de Miranda
  7. Maria Lucia de Jesus Silva
  8. Dorival Ferreira Gomes
  9. Merquis Pinga Pinheiro de Castro
  10. Geremias Donadon
  11. Natálio Silva dos Santos
  12. Nely Cleusa Pequeno
  13. Odir Anselmo Piva
  14. Pedro Paulo de Oliveira

SUPLENTE QUE ASSUMIU

Rui Aredes de Miranda - Assumiu em definitivo no dia 13/01/1995, na vaga do Vereador Cezar Pizzano, o qual assumiu o Cargo de Secretário Adjunto da Secretaria de Segurança do Estado.



4ª LEGISLATURA 1997/2000

MESA DIRETORA

BIÊNIO 1997/1998
Presidente: Vereador Moacir Rodrigues de Souza
Vice-Presidente: Vereador José Ângelo da Silva Filho
1º - Secretário: Vereadora Maria Lúcia de Jesus Silva
2º - Secretário: Vereadora Maria Marlúcia da Silva


BIÊNIO 1999/2000
Presidente: Vereador Genis Francisco Sampaio
Vice-Presidente: Vereadora Maria Lúcia de Jesus Silva
1º - Secretário: Vereadora Maria Marlúcia da Silva
2º - Secretário: Vereador Rudi Romeu Naue

VEREADORES
  1. Benedito Zuza da Silva
  2. Maria Marlúcia da Silva
  3. Benvindo Alves dos Santos
  4. Moacir Rodrigues de Souza
  5. Genis Francisco Sampaio
  6. Odir Anselmo Piva
  7. João Antonio Fernandes
  8. Pedro Paulo de Oliveira
  9. José Ângelo da Silva Filho
  10. Rudi Romeu naue
  11. José Rodrigues de Souza
  12. Tânia Maria Barbosa
  13. Maria Lúcia de Jesus Silva
  14. Aldair Waldemar Kerber


SUPLENTE QUE ASSUMIU

Aldair Waldemar Kerber - Assumiu em 09/08/1999, em virtude da renúncia do Vereador Benedito Zuza da Silva.



5ª LEGISLATURA – 2001/2004
MESA DIRETORA
BIÊNIO 2001/2002
Presidente: Vereador Mário Rodrigues LeiteVice-Presidente: Vereador Agnaldo Rodrigues da Cruz1º - Secretário: Vereador Adão Luiz de Carvalho 2º - Secretário: Vereador Joaquim Inácio Pereira Sobrinho BIÊNIO 2003/2004
Presidente: Vereador Agnaldo Rodrigues da CruzVice-Presidente: Vereador Sebastião André Cardoso 1º - Secretário: Vereador Natálio Silva dos Santos2º - Secretário: Vereador Julmar Rodrigues de Oliveira
VEREADORES
  1. Adão Luiz de Carvalho
  2. Agnaldo Rodrigues da Cruz
  3. Aparecido Dias de Oliveira
  4. Carlito Dias dos Santos
  5. Joaquim Inácio Pereira Sobrinho
  6. Josué Matias de Oliveira Sobrinho
  7. Julmar Rodrigues de Oliveira
  8. Mário Rodrigues Leite
  9. Natálio Silva dos Santos
  10. Odir Anselmo Piva
  11. Rudi Romeu Naue
  12. Sebastião André Cardoso

SUPLENTE QUE ASSUMIU
Rudi Romeu Naue - Assumiu em 06/02/2001, nas vagas deixadas pelos vereadores Josué Matias de Oliveira Sobrinho e Alcino Bilac Machado, os quais Assumiram secretarias municipais de Educação e Cultura e de Obras e Serviços respectivamente.

6ª LEGISLATURA - 2005/2008.

MESA DIRETORA

BIÊNIO 2005/2006
Presidente: Vereador Rudi Romeu Naue
Vice-Presidente: Vereador Valter Moreira dos Anjos
1º - Secretária: Vereadora Maria Marlúcia da Silva
2º - Secretário: Vereador Edmilson Rodrigues de Almeida

BIÊNIO 2007/2008
Presidente: Vereador Rudi Romeu Naue
Vice-Presidente: Vereador Mauri Antonio Ansiliero
1º - Secretário: Vereador Maria Marlúcia da Silva
2º - Secretário: Vereador Aparecido Dias de Oliveira


VEREADORES

  1. Aparecido Dias de Oliveira
  2. Ataíde Ribeiro Gonçalves
  3. Carlito Dias dos Santos
  4. Edmilson Rodrigues de Almeida
  5. Maria Marlúcia da Silva
  6. Mauri Antonio Ansiliero
  7. José Ângelo da Silva Fil
  8. Rudi Romeu Naue
  9. Valter Moreira dos Anjos

7ª LEGISLATURA – 2009 /2012


A Câmara Municipal de Colorado do Oeste é composta por nove vereadores. Os atuais vereadores, Sétima Legislatura, 2009/2012, eleitos em 5 de outubro de 2008 foram empossados no cargo dia 1º de janeiro de 2009, seus mandatos terminarão dia 31 de dezembro de 2012.

As sessões ordinárias da Câmara Municipal de Colorado do Oeste são realizadas nos dias de segunda-feira, às 19:00 horas.

MESA DIRETORA


BIÊNIO 2009/2010
Presidente: Vereador Mauri Antônio Ansiliero
Vice-Presidente: Vereador Natálio Silva dos Santos
1º - Secretário: Vereadora Marta Barkauskas Dias
2º - Secretário: Vereador Luis Carlos Rodrigues de Souza

BIÊNIO 2011/2012
Presidente: Vereador Natálio Silva dos Santos
Vice-Presidente: Vereadora Marta Barkauskas Dias
1º - Secretário: Vereadora Maria Marlúcia de almeida Souza
2º - Secretário: Vereador Moacir Rodrigues de Souza


VEREADORES
Luis Carlos Rodrigues de Souza
Maria Marlúcia de almeida Souza
Marta Barkauskas Dias
Mauri Antônio Ansiliero
Moacir Rodrigues de Souza
Moisés José Rosa Souza
Natálio Silva dos Santos
Odir Anselmo Piva
Vagner Sacramento da Silva



SUPLENTE QUE ASSUMIU
Mariley Novaki Lima - Assumiu em 18/08/2011, nas vaga deixada pelo vereador Moisés José Rosa Souza, que licenciou-se para posse de função pública de Professor em instituição Federal no Estado de Mato Grosso.

Texto e foto © Luciano Mende
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SARZEDO - CIDADE DE MINAS GERAIS


Sarzedo é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Localiza-se a 20º02'07" de latitude sul e 44º08'41" de longitude oeste, a uma altitude de 796 metros, situado às margens da rodovia MG-40, entre os municípios de Ibirité e Mário Campos, tendo como limite ao norte o município de Betim, separados pelo Ribeirão Sarzedo, e ao sul o município de Brumadinho, separados pela Serra Três Irmãos, extensão da Serra do Curral. Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população estimada em 2008 era de 24.828 habitantes. Possui uma área de 62,1974 km² e cerca de 18 bairros. O município de Sarzedo, localiza-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e limita-se com os municípios de Betim, Ibirité, Mário Campos e Brumadinho. É constituído apenas do distrito sede e possui uma área de 62,17 Km², que corresponde a cerca de 0,3% da superfície total da Região Administrativa em que está inserido na RMBH. A cidade, a 767,31 m de altitude (Estação Ferroviária), tem sua posição determinada pelas coordenadas geográficas de 20º 02’07” S e 44º 08’43” W. Os primeiros contatos do homem branco com a região recuam ao início do ciclo do ouro. As terras do atual município ficaram à margem do processo de ocupação e urbanização que caracterizou as regiões auríferas de Minas Gerais. O povoamento de Sarzedo teve maior impulso com a implantação da Estrada de Ferro Central do Brasil, linha do Paraopeba. A estação de Sarzedo foi inaugurada em 20 de junho de 1917. O nome da estação e, depois, do município, é uma homenagem ao engenheiro espanhol Francisco Sarzedo que trabalhou na construção do ramal ferroviário. Anteriormente o povoado era conhecido por Cachoeira de Santa Rosa de Lima, referência a uma famosa cachoeira próxima a atual cidade e a uma fazenda pioneira na região cujo nome era Santa Rosa de Lima. O povoado foi crescendo lentamente ao redor da estação. A Lei nº 336, de 27 de dezembro de 1948, elevou o povoado de Sarzedo a distrito do município de Betim. O distrito de Sarzedo foi transferido para o município de Ibirité em 30 de dezembro de 1962, data da criação deste novo município. Finalmente, foi emancipado através da Lei nº 12.030, de 21 de dezembro de 1995. Em 1º de janeiro de 1997 tomaram posse os primeiros Prefeito e Vice-Prefeito e a primeira Câmara Municipal. A área rural hoje, representa um importante papel na constituição do Município, possuindo 5,44% da população da cidade. Além disso, tem um importante papel na economia, visto que de suas propriedades saem produtos hortigranjeiros que abastecem parcialmente a cidade e também outras regiões. Emancipação Sabará é o berço da maioria dos municípios de Minas Gerais, serviu de ponto de apoio do bandeirante Fernão Dias em busca de esmeraldas e ligação entre o sertão mineiro e o Estado de São Paulo. Atraiu milhares de aventureiros e logo se tornou o arraial mais populoso da região, foi elevado a Vila (município) por Decreto Imperial em 1711, Santa Quitéria (Esmeraldas) era um dos seus distritos. Esmeraldas foi criado o distrito em 1832 (Decreto imperial de 14/7/1832). Emancipado de Sabará, em 1901 (Lei 319, de 16/9/1901), tinha como denominação anterior, o nome de Santa Quitéria, e o nome Esmeraldas, foi adotado em 1943 (Decreto-lei 1.58 de 31/12/1943). Betim, cujo distrito criado em 1846 (Lei 291, de 26/3/1846), antes de se chamar Betim, recebeu as denominações: Capela Nova e Capela Nova de Betim. A emancipação de Betim do município de Esmeraldas foi no dia 17/12/1938, pelo Dec.-lei 148, quando foi adotado o atual nome “Betim”. Ibirité, antigo distrito do município de Betim, teve como denominação anterior: Vargem da Pantana. A criação do distrito, ocorreu no dia 02/6/1890, pela Lei 88. O atual nome, foi adotado no dia 17/12/1938, Dec.-lei 148. Ibirité foi emancipado do município de Betim em 30/12/1962, Lei 2.764, Sarzedo ficou como distrito de Ibirité. Sarzedo, em 1917 (20/6/1917), o povoado recebia o atual nome. Em 1948 (Lei 336, de 27/12/1948) Sarzedo passava a distrito de Betim. O distrito de Sarzedo passou a integrar o município de Ibirité, quando da emancipação do mesmo. Com o crescimento de Sarzedo, em 21/12/1995, através da Lei 12.030, ocorreu o processo de emancipação. Nos 10 (dez) anos que se passaram desde a emancipação política e administrativa, a cidade vem sendo preparada para receber os muitos investimentos necessários a fomentar o desenvolvimento social e econômico da região, principalmente no que tange aos setores econômicos tradicionais, como a agricultura e a mineração, além de uma importante ação de fomento a novas atividades geradoras de receitas e empregos, como a implantação de um Parque Industrial, que já conta com mais de 20 (vinte) empresas instaladas, e ainda 11 (onze) outras em fase de instalação, sendo importante destacar a existência de áreas para viabilizar a implantação de 20 (vinte) a 25 (vinte e cinco) empresas de pequeno e médio porte. Geologia Geomorfologicamente, Sarzedo ocupa pequena porção da unidade denominada Quadrilátero Ferrífero. O Quadrilátero Ferrífero, que informalmente é considerado a partir da Formação Sabará, abarca, além desta, as formações Barreiro, Fecho do Funil (quartzito Taboões), Cercadinho, Gandarela e Cauê. A Formação Cauê deve ser considerada como a linha de cumeada que limita o município, ao sul, caracterizando-se por cotas elevadas. Esse alinhamento recebe a denominação local de Serra Três Irmãos. Litologicamente é composta por itabiritos, hematita compacta e filitos hematíticos, em grande parte alterados. Quanto às formas de relevo, na porção norte, o município é formado por colinas de topo aplainado, com altitudes médias que variam entre 800-900 metros e vertentes com vales abertos, com aproveitamento para diversos cultivos hortigranjeiros. Na parte sul, o município é limitado por superfícies mais elevadas, formada por cristas que se alinham na direção SW-NE, com altitudes médias variando entre 1000 e 1350 m. O clima predominante, é o tropical de altitude com verões quentes. Ocorrem duas estações climáticas: uma de outubro a março, caracterizada por temperaturas mais elevadas e maiores precipitações e outra de abril a setembro, período de estiagem e temperaturas pouco mais baixas. Os dados climatológicos para Sarzedo, foram obtidos na estação climatológica de Ibirité, a mais próxima do município, que registrou os seguintes valores no período de 1961 a 1990. Times de Futebol de Sarzedo
 Barcelona EC
 Brasília EC
 Canarinho EC
 Cascavel
 Deportivo La Segunda EC
 EC Santa Rosa de Lima
 Estrela de Sarzedo EC
 Ghana FC
 Itaminense EC
 Juventus
 Liberdade EC
 Masterville FC
 Novo Horizonte EC
 Oriente
 Planalto EC
 Quadrangular EC
 Satélite
 Roma EC
 Sarzedo EC
 Ajax
 Democrata
 Unidos Santa Mônica FC
 Valência FC
 Vera Cruz EC
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