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VIRMOND: HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE VIRMOND - PARANÁ

Virmond é um município do estado do Paraná. Sua população estimada em 2012 era de 4.487 habitantes.

Etimologia
Virmond Sobrenome. Forma afrancesada do germânico “Wemund” ou “Warmund”, significando proteção ou protetor. Ou do francês de origem geográfica “Vermond”, monte verde. (RFMG).

Origem Histórica
Em 1920 o Cônsul polonês Casemiro Gotuchowski adquiriu a Fazenda Amola Faca, seu objetivo era juntar famílias de imigrantes poloneses dispersas pelo Estado e Brasil afora. A iniciativa foi coroada de êxito, justificando plenamente o fato da maioria da população atual de Virmond ser de origem eslava. Fixaram-se na região do Amola Faca, além de poloneses, também imigrantes ucranianos e alemães. Trazidos pela propaganda, vieram as famílias Mierzva, Jasinski, Frederick, Lisovski, Rabel e outras. A primeira escola surgiu em 1924 e a primeira igreja em 1928, período em que chegou à localidade o padre Paulo Schnneider, juntamente com irmãs carmelitas. O processo que antecedeu a emancipação política de Virmond teve participação de uma associação criada por ilustres cidadãos, a saber: Nelson Segundo, Joersio Carlos de Vargas, Cláudio Benderowicz, Aldino Milani, Valdecir Milani, Salete de Vargas, Edvino Cherpinski, Antônio Szczerba, Pe. Renato Gotti, Casemiro Dombrovski, Joel de Lima Lentch, Osmar Luíz Palinski e Afonso Timm. Pela Lei n.º 02, de 10 de outubro de 1947, foi criado o Distrito Administrativo de Virmond. Em 17 de maio de 1990, através da Lei Estadual n.º 9.250, foi criado o município, com território desmembrado de Laranjeiras do Sul. A instalação oficial ocorreu no dia 1º de janeiro de 1993. O coronel Frederico Guilherme Virmond, que deu nome ao atual município, chegou em Guarapuava no ano de 1852, vindo da cidade do Rio de Janeiro, onde nascera. Enfrentou as dificuldades iniciais, inerentes aos padrões da época e fundou a Fazenda Amola Faca, de onde se originaram os fundamentos históricos do município de Virmond.

Estas foram as primeiras pessoas a comprar terra na Colônia de Amola Faca:

1 - Władysław Radecki, 2 - Piotr Walicki, 3 - Józef Jasiński, 4 - Władysław Jasiński, 5 - Walenty Jasiński, 6 - Franciszek Mierzwa, 7 - Walenty Mierzwa, 8 - Józef Warchoł, 9 - Jakób Szichta, 10 - Macin Belinowski, 11 - Józef Telasko, 12 - Józef Grzeszczyszyn, 13 - Józef Wasiak, 14 - Katarzyna Chmielowska, 15 – Dr. J. Czaki, 16 - Walenty Jasiński, 17 - Jan Jasiński, 18 - Szczepan Jagas, 19 - Michał Lisowski, 20 - Adam Wasiak, 21 - Adam Fidryszewski, 22 - Walenty Mierzwa, 23 - Franciszek Wojdyła, 24 - Paweł Leniewicz, 25 - Andrej Fidryszewski, 26 - Franciszek Kochanowski, 27 - Józef Miński, 28 - Sylwester Wojdyła, 29 - Franciszek Karmański, 30 - Władysław Karmański, 31 - K. Kasan, 32 - Aleksander Rabel, 33 - Bernard Gurkowski, 34 - J. Półchołopek, 35 - J. Michałowicz, 36 - Wawrzyniec Michałowicz, 37 - Jan Cirruścinski, 38 - Kazimierz Kochanowski, 39 - Stanisław Dąbrowski, 40 - Aleksander Malinowski, 41 - A. Paliński, 42 - Paweł Paliński, 43 - Michał Radłowski, 44 - J. Rolak, 45 - Stefan Chociaj, 46 - Stanisław Zawadzki, 47 - Michał Zimbros, 48 - Jan Wojciechowski, 49 - Adam Frydrych, 50 - Józef Grad, 51 - Józef Kłaczek, 52 - Klara Rolakowa, 53 - Dr. Arystydes Queiroz, 54 - A. Frydrych, 55 - Paweł Pietrzek, 56 - Jan Pilarski, 57 - Aleksander Radecki, 58 - Henryk Radecki, 59 - Dr. J. Czaki e A. Kawecki, 60 - Celuśniak, 61 - A. Łukasiewicz, 62 - M. Józwiak, 63 - W Buszkiewicz, 64 - Józef Pietrzak, 65 - Marcin Krakowski.
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VITORINO: HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE VITORINO - PARANÁ

Vitorino é um do estado do Paraná. Sua população estimada em 2012 era de 6.931 habitantes.

Etimologia
Vitorino Nome pessoal masculino. Origina-se do latim “Vitruviu” e segundo o dicionarista João H. M. Drumond, em Dicionário de Nomes Próprios, significa vidro.

Origem Histórica
O Município de Vitorino teve como origem um entreposto que ficava no caminho percorrido pelas tropas de burro, transportando mercadorias entre Barracão e Clevelândia, no período de 1920 a 1925.

As primeiras famílias de origem italiana e alemã, começaram a chegar entre os anos de 1935 e 1940, vindos dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Vinham especialmente atraídas pela fertilidade das terras e facilidade de aquisição e fixação. Outro fator significativo na economia regional foi o ciclo da madeira, pois a fartura dos pinheirais traduzia-se em lucro certo e trabalho garantido. Em 1944 foi instalada a primeira indústria madeireira na localidade; a partir daí começaram a ser vendidas as terras que circundavam a localidade e que pertenciam ao advogado Marins Alves de Camargo. Os primeiros comerciantes de Vitorino foram Sudário Miranda, Bernardino Pereira e Santo Fracaro. Pela Lei n.º 631, de 27 de janeiro de 1951, o povoado de Vitorino passou à categoria de Distrito Administrativo. Em 25 de julho de 1960, através da Lei Estadual n.º 4.245, foi criado o município de Vitorino, com território desmembrado de Clevelândia. A instalação oficial deu-se no dia 29 de novembro de 1961. O nome da cidade é de origem geográfica, em homenagem ao Rio Vitorino, que banha o município, e faz referência ao cacique caingangue Vitorino Condá. Vitorino Condá foi o principal chefe dos índios que se fixaram nos Campos de Palmas. Era chamado de ‘pai-bang’ e foi grande colaborador dos desbravadores da região, juntamente com o cacique Viri. Os fazendeiros apoiavam-se nessas lideranças, para se protegerem de índios que não admitiam a tomada de posse de suas terras pelo homem branco. Vitorino Condá era um homem de bom caráter, honesto e ordeiro. Foi devidamente usado.

Geografia
População (2012)
Urbana : 6.981 hab.
Rural : 2.528 hab.
Total : 6.509 hab.

Taxa Anual de Crescimento
Urbana : 2,48%
Rural : -2,23%

Distâncias
da Capital : 453 km
do Porto de Paranaguá: 544 km
do Aeroporto mais próximo: 12 km (Pato Branco)

Área : 306,238 km2
Altitude : 756 metros
Latitude : 26° 15' 55'' Sul
Longitude : 52

Clima
Clima Subtropical Úmido Mesotérmico, verões frescos (temperatura média inferior a 22° C), invernos com ocorrências de geadas severas e frequentes (temperatura média inferior a 18° C), não apresentando estação seca.

Datas Festivas e Eventos
Data de Aniversário: 29 de novembro
Padroeiro: Senhor Bom Jesus da Coluna - 06 de agosto
Emancipação Política: 29 de novembro
Datas Festivas:
Festa do Padroeiro - agosto
Festival Vitorinense de Interpretação da Canção - FEVIO

Feriados Municipais:
Dia do Padroeiro - 06 de agosto
Aniversário do Município - 29 de novembro
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ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE SANTA RITA DO ARAGUAIA

 Fotos: © Luciano Mende
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ÁGUA BOA: CIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO



Água Boa é um município do Estado de Mato Grosso, como sede de mesmo nome, situada às margens da BR 158, à 730 Km de Cuiabá-MT. Seu território, inicialmente, pertenceu aos índios Marajepéi e Isuvá atualmente extintos. A partir de 1957 iniciou-se a sua ocupação, que ocorreu com a chegada de várias famílias do Rio Grande do Sul.

Água Boa é hoje conhecida em todos os continentes por sediar o maior Leilão da Gado do Mundo. O Megaleilão tem atraído diversos investidores para o município e contribuído efetivamente para o seu franco crescimento.

História
A região onde está assentado o município de Água Boa foi território de nações indígenas hoje desaparecidas, como os Tsuvá e Marajepéi. Na década de 1940, a Expedição Roncador-Xingu chegou ao território e, junto com as Forças Armadas, procurava um lugar mais seguro para, em caso de necessidade, transferir a capital da República do litoral para o interior.

A colonização da região consolidou-se a partir de 1958. A primeira fazenda foi implantada pelo pioneiro gaúcho Paulo Jacob Thomaz, incentivando e impulsionando a vinda de outras famílias do Rio Grande do Sul, ficando a comunidade conhecida como Vau dos Gaúchos.

Na década de 1970, a região recebeu novos colonos e passou a ser um dos marcos do desenvolvimento agrícola do Estado de Mato Grosso. Diversos órgão do Governo federal, como a Sudam e a Sudeco, estimularam o agronegócio no cerrado por meio de projetos específicos, casos do Proterra e Polocentro.

O núcleo de Água Boa foi fundado em 09 de julho de 1976, dia em que é comemorado o aniversário do município. Porém a criação do município ocorreu em 26 de dezembro de 1979, através da Lei Estadual n° 4.166 daquele mesmo ano.

Geografia
Água Boa se consolida como uma das mais promissoras cidades de Mato Grosso e um dos melhores locais para investimentos, principalmente no agronegócio.

O clima de Água Boa é agradável e o solo é rico e propício tanto para a agricultura como para a pecuária, tendo atraído diversos produtores e empresários para o município.

Turismo
A cidade dispõe de uma boa estrutura hoteleira, com hotéis, pousadas e bons restaurantes, proporcionando uma excelente estadia aos seus visitantes. Para quem pretende conhecer Água Boa, sua belezas naturais, as possibilidades de grandes negócios haverá uma calorosa acolhida.

Relevo
O Relevo do município de Água Boa é constituído por uma formação de planalto denominada Serra do Roncador, pela planície denominada Depressão do Araguaia e por planícies da bacia do Xingu. O Relevo predominante plano e suavemente ondulado, ocorrendo em menor escala.

Hidrografia
Por está localizado sobre a Serra do Roncador, o município de Água Boa está situado no divisor de águas das bacias do rio Araguaia e Xingu, sendo a primeira responsável pela drenagem da porção leste e a segunda da parte centro-oeste.

Área: 7.582 Km2
Distância da Capital (Cuiabá): 730 Km
População: 20.562 hab.
Gentílico: água-boense
Clima: Tropical
Altitude: 430 metros em relação ao nível do mar
Bioma: Cerrado

Economia
A base da economia do município de Água Boa é composta principalmente pela pecuária de corte e pela agricultura (arroz, soja e milho).

Indústria: Várias indústrias se instalaram em Água Boa como as indústrias de ração Nutrab, Novanis e Du Val. Cerâmica Casa Nova. Confecções Marky, Novo Espaço RB e Adrivanes. Indústrias de calcário Serra Durada, Roncador e Vanguarda. Metalúrgicas Açolamb, Cesar e Meço. Indústria de beneficiamento Palmitos Luana. Indústrias moveleiras Fachinello, Yucumã, personalizados e Madereira Mendel.

Calendário de Eventos Anuais
Fevereiro: Carnaval de Rua
Abril: Megaleilão
Maio: Jogos Escolares
Junho: Festa Junina todos os sábados
Julho: 09/07 - Aniversário do município e Expovale
Outubro: 12/10 – Festa da Santa Padroeira: Nossa Senhora Aparecida
Dezembro: Reveillon
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MINEIROS - GO, GEOGRAFÍA E HISTÓRIA DE MINEIROS CIDADE DO ESTADO DE GOIÁS


A cidade de Mineiros localizada no sudoeste do estado de Goiás. Sua população, segundo estimativa do IBGE, em 2012 é de 54.738 habitantes. Localizado no sudoeste de Goiás a 420 km de Goiânia-GO, 500 km de Cuiabá-MT e 550 km de Campo Grande-MS e 650 km de Brasília-DF, Mineiros apresenta alto índice de crescimento e mantém posição de destaque na região. Em seu municipio se encontra o Parque Nacional das Emas. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, o número de eleitores no município totaliza-se em 35.952.

Sua área é de 8.896,304 km², o que faz do município um dos maiores de Goiás em questão de território, representando 2.6159% da área do estado, 0.5558% da área do Centro-Oeste brasileiro e 0.1047% de todo o território do país.

Geograficamente situado em uma das maiores altitudes brasileiras, com variação de 700 a 1100m, na Serra dos Caiapós, no município brotam inúmeras nascentes d´água, algumas subterrâneas, como o aqüífero Guarani, formando vários rios, dentre eles o Rio Araguaia, Rio Verde, Formoso e Jacuba.

História de Mineiros
Segundo pesquisas do mestre Martiniano J. Silva, expedições provenientes da região do Triângulo Mineiro de Minas Gerais começaram a desbravar a região conhecida como Sudoeste Goiano, influenciados pelo romance "Inocência", de Visconde de Taunay, que narrava uma aventura nessa região. A partir daí, famílias de fazendeiros começaram a instalar-se na região onde hoje existe a Vila do Cedro. Com o crescimento do povoado, ergueu-se a primeira igreja, que hoje é a Matriz do Divino Espírito Santo. As famílias se instalaram próximas ao Córrego Moita Redonda, hoje conhecido por Córrego Mineiros.

Através da lei nº 257 de 24 de maio de 1905, Mineiros foi elevado à condição de povoado. Em 31 de Outubro de 1938, ocorreu a emancipação da localidade, dando origem ao município de Mineiros. Em 14 de novembro de 1963 o distrito de Córrego da Porteira foi emancipado, tornando-se o município de Portelândia, que está completamente rodeado pelo municipio de Mineiros.

Na década de 1970, em um acidente de avião faleceram dois políticos naturais de Mineiros: o deputado José Alves de Assis e o ex-prefeito Antônio Carlos Paniago. Desde então, escolas, praças e avenidas receberam o nome de ambos.

Na década de 2000 a cidade teve destaque no cenário esportivo pelo desepmenho de seu time de futebol, o Mineiros Esporte Clube, que chegou ao 3º lugar no Campeonato Goiano de Futebol de 2005, grarantindo-lhe a participou da Copa do Brasil de 2006. Na competição nacional a equipe chegou à segunda fase, onde enfrentou o Clube Atlético Mineiro, da 1ª divisão nacional, vencendo por 3 a 2 na primeira partida (em casa, no Estádio Odilon Flores), mas perdendo a partida de volta, no Estádio Mineirão, por 3 a 1.


Turismo em Mineiros
No município existem cerca de 120 cachoeiras catalogadas. Pode-se destacar a Cachoeira da Pinguela, do Sucuri e a dos Dois Saltos. Existe também um conjunto de serras, cortadas pelos rios Formiguinha, Diamantino e Matrinchã. Mineiros possui uma rica variedade de fauna, flora, piscinas naturais, grutas e abrigos, destacando-se o morro da Pedra Aparada e o Parque Nacional das Emas.

Outro lugar de grande atrativo é a comunidade do Cedro, onde se mantêm tradições do povo negro. Ali existe um laboratório de plantas medicinais do cerrado. Também se desta a região dos Três Pilões, por sua água sulfurosa e barro medicinal (lama negra).

Educação em Mineiros
Mineiros conta com Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES), primeiro Centro Universitário Municipal do Interior de Goiás e com a Faculdade Mineirense (FAMA), instalada no prédio do antigo Instituto Presbiteriano Rev. Eudóxio Mendes (IPREM), da Igreja Presbiteriana de Mineiros.

Há também um campus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e outro da Universidade Federal de Goiás (UFG), além de uma extensão da Universidade Norte do Paraná, em funcionamento no Educandário Nascentes do Araguaia (ENA), e de alguns cursos superiores do COC oferecidos no Colégio Ágape. Estes últimos como cursos à distância.

No ensino básico (fundamental e médio) Mineiros conta com várias escolas, sendo as mais conhecidas o Colégio Estadual Deputado José Alves de Assis - CEDJAA(no centro da Cidade) e o Colégio Estadual Professora Alice Pereira Alves, ambas com ensino fundamental (2º fase - 6º ano ao 9º ano) e médio (1º ao 3º ano) Também conta com duas escolas particulares de excelente qualidade, o Colégio Agape e o Educandário Nascentes do Araguaia (ENA) que atendem desde a educação infantil ao Ensino Superior.

Sites de Mineiros
Prefeitura Municipal
TOPMineiros (Revista eletrônica)
UNIFIMES (Centro Universitário de Mineiros)
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HISTÓRIA DE AQUIDABÃ - SERGIPE

História de Aquidabã
O município de Aquidabã, fora criado pela lei nº 1.215 de 4 de abril de 1882, sendo desmembrado o seu território dos de Propriá e Capela. Não há registro da instalação da Vila de Aquidabã, porém, por ocasião da Proclamação da República, a Câmara Municipal, não aderiu ao pensamento político da época, ficando a favor dos imperiais e, assim, por ato do Governo Estadual, decretou-se a sua intervenção. Sabe-se, pela tradição, que a Câmara Municipal, que governava o Município e a Sede Municipal, já funcionava há muito tempo. No fim do século passado, por volta de 1898, criou-se a Intendência, tendo sido empossado Francisco Figueiredo, como 1º administrador municipal, após nomeação pelo Governo do Estado de Sergipe.

Depois que conquistou Sergipe em 1590, Cristóvão de Barros organizou a administração da nova Capitania, doa em sesmaria as terras do Norte para o seu filho Antônio Cardoso de Barros, esse território ia do Rio Sergipe ao Rio São Francisco.

No princípio do século XIX, na região onde hoje se encontra a sede do município, parentes de Antônio Cardoso de Barros implantaram uma fazenda de gado, algumas casas e também um cemitério, este cemitério situava-se bem próximo à estrada real que cortava o sertão indo até o Rio São Francisco, é bem provável que este cemitério servia para sepultar todas as pessoas que morriam na localidade e povoações próximas.

Sabe-se ainda que em frente ao cemitério existia uma frondosa árvore, onde o tronco servia para que senhores amarrassem escravos e mulatos desordeiros para os castigar. O referido cemitério localizava-se onde hoje está o centro comercial de Aquidabã, mais ou menos onde está localizada a praça de eventos.

O local ficou conhecido pelos que por ali passavam como Cemitério.

As instalações da fazenda de gado localizavam-se onde hoje está o Cemitério Paroquial e em frente a esta fazenda foi erguida uma Santa Cruz (capelinha) que depois fora ampliada, dando-se como padroeira Nossa Senhora Sant’Ana. Com isso a povoação passa a se chamar Sant’Ana do Cemitério.

Em 1857, o povoado achava-se desenvolvido ao ponto de contar com mais de 30 crianças em idade escolar, sendo criada a primeira Escola Pública de Ensino Primário, em sua sede pela Lei nº. 464 de 12 de março de 1857.

Já no ano de 1872, pela Resolução de nº. 93 de 11 de abril, a povoação deixava de ser eclesiasticamente dependente de Santo Antônio do Propriá e passava a ser elevada à categoria de Freguesia com o nome de Sant’Ana do Aquidaban.

Por que o nome Aquidabã?
De 1865 a 1870 o Brasil esteve em guerra com o país vizinho, Paraguai, foi um período de grande aflição para os brasileiros que acompanharam este triste episódio, pois de todos os cantos do país, homens foram recrutados para a guerra, e todos rezavam para que este conflito chegasse ao fim. A guerra terminou no dia 1º de março de 1870, quando o presidente do Paraguai Francisco Solano López foi morto por soldados brasileiros, neste momento o então presidente estava sentado à beira do Riacho Aquidaban. Com isso, os moradores da povoação de Sant’Ana do Cemitério, acharam por bem homenagear o Brasil colocando o nome Aquidaban a esta localidade, já que foi no riacho com esse nome que os brasileiros conquistaram a tão esperada “vitória”.

O nome do bairro Paraguai tem uma ligação também com essa guerra, pois segundo alguns, esse nome surgiu quando moradores da redondeza, ou melhor, do lugar onde se encontra o centro da cidade, que na época era conhecido como Malaca, despeitados com os primeiros moradores daquele bairro, diziam ironicamente que ali não era Brasil e sim o Paraguai. Era uma forma de hostilizá-los chamando o bairro pelo nome de “Nação Inimiga”. Graças a Deus que essa despeita acabou e hoje todos vivem na mais perfeita harmonia.

Aquidabã é uma palavra de origem indígena e significa “terra entre águas, rios, lagos, pantanal”.

Em 16 de abril de 1877, foi criada uma lei que regulamentava a feira, designando o dia e o local. A feira começava em frente à capela onde hoje está edificada a Matriz de Senhora Sant’Ana, e seguia em direção Sul, terminando mais ou menos onde funcionava o Cine-Teatro São José e o dia permanece até hoje, às segundas-feiras.

No dia 04 de abril de 1882, pela Lei nº. 1215 o distrito é elevado à categoria de Vila com a mesma denominação, seu território é desmembrado de Propriá e Capela, ou seja, Aquidabã consegue a tão sonhada emancipação e passa a ter o seu próprio governo, que na época era representado pela Câmara Municipal. Porém, por ocasião da Proclamação da República em 1889, a Câmara Municipal, não aderiu à mudança política da época, ficando a favor dos imperiais e, assim, por ato do Governo Estadual, decretou-se a sua intervenção, nomeando um conselho composto pelos cidadãos: Antônio Inácio de Morais, Raimundo Ezequiel e Henrique Amaral Vieira dos Santos Maia.

Já no fim do século XIX, criou-se a Intendência – como era chamada a Prefeitura na época, tendo sido empossado Francisco Xavier Figueiredo como o 1º Administrador Municipal, após nomeação pelo Governo do Estado de Sergipe, ficando no poder até 1899.

Em 08 de outubro de 1935, no Governo Estadual de Eronides de Carvalho, Aquidabã deixa de ser Vila e passa à categoria de Cidade. Acelino José da Costa toma posse como o primeiro prefeito eleito de Aquidabã.

Os nascidos em Aquidabã são: aquidabãenses ou aquidabanenses.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santana do Cemitério ex-povoado, pela lei pela resolução provincial nº 930, de 11-04-1872.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Aquidabã, pela lei provincial nº 1215, de 04-04-1882, desmembrado de Propriá. Sede na antiga povoação de Santana do Cemitério o atual Aquidabã. Constituído do distrito sede.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 533, de 07-12-1944, que o revogou o de nº 377, de 3112-1943, é criado o distrito de Tamanduá e anexado ao município de Aquidabã.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Aquidabã e Tamanduá.

Pela lei estadual nº525-A, de 25-11-1953, desmembra do município de Aquidabã o distrito de Tamanduá. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital
Santana do Cemitério para Aquidabã alterado, pela lei provincial nº 1215, de 04-04-1882.
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RONDÔNIA: ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO


A Econômica de Rondônia tem início com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, inaugurada em 1912, quando Rondônia se apresentava como alternativa para a logística de transporte de produtos e recursos naturais da Bolívia. O Brasil assinava o Tratado de Petrópolis sinalizando com a construção da ferrovia e recursos em Libras Esterlinas em troca do Território do Acre. Rondônia recebe então os primeiros investimentos para a construção da ferrovia concomitante à construção da linha telegráfica pelo Marechal Rondon.

Na década de 40 tivemos o auge da borracha em Rondônia, que assim como o Amazonas e Acre responderam ao chamado do governo, recebendo aqui os “Soldados da Borracha”, que ocuparam os seringais em busca do “Ouro Branco”. Destacava-se o modelo econômico extrativista.


Na década de 70, encerram-se as atividades da Ferrovia Madeira Mamoré e o ciclo da borracha já vem de longe sofrendo a concorrência dos seringais da Malásia, não suportando a sustentação da atividade econômica. Nesse momento, Rondônia possui pouco mais de 70.000 habitantes e vê crescer a atividade garimpeira, principalmente no Rio Madeira, que suporta cerca de 5 mil dragas instaladas, empregando 25 mil garimpeiros, aproximadamente. Garimpos de cassiterita, na região de Ariquemes, elevam o Estado à categoria de mais forte produtor nacional do minério. Essas atividades ainda refletem um modelo econômico extrativista, exportador dos seus recursos naturais, subdesenvolvido.


Ao final da década de 70, início da década de 80, Rondônia experimenta o maior fluxo migratório da sua história, acompanhando novamente a política nacional. Era o 2º. PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), que teve início no governo Geisel sendo consolidado no governo João Figueiredo. O programa apresenta ao país, Rondônia, sua nova “Fronteira Agrícola”. O estado passa a ser ocupado por agricultores de todo o Brasil, principalmente dos estados do Paraná e Espírito Santo, que instalaram-se na região central, acompanhados de paulistas, mineiros, catarinenses e gaúchos, esses dois últimos ocupando a região de Vilhena. A ocupação do estado acompanha o ritmo do desmatamento, exigido na época pelo INCRA para que posseiros recebessem a documentação da terra. A pecuária de corte e leite amplia seus espaços com crescimento ininterrupto dos rebanhos. Nosso modelo de desenvolvimento econômico agora é exportador agrosilvopastoril, ou seja, extrativismo, agricultura e pecuária.


Ao longo dessa ocupação e como resultado do processo, instala-se em Rondônia a Indústria Madeireira, atraída pela abundância de matéria-prima. Essa atividade chega ao seu ápice na década de 90, com cerca de 3.000 empresas instaladas, respondendo por 40% do emprego industrial e da arrecadação de impostos. A madeira chega a representar cerca de 90% da nossa pauta de exportações. A atividade industrial ainda não agrega valor a produtos finais, mantendo um modelo de economia subdesenvolvida.


Mas a descontinuidade das políticas nacionais e a ausência de uma política agrícola no país, leva a uma reversão de valores dessas economias. As pressões legais e ambientais invertem a ótica governamental. Quem antes cobrava o desmatamento de 50% das propriedades e agora cobra o reflorestamento das mesmas e a averbação de reserva legal, reduzindo em 20% a utilização das áreas destinadas ao setor primário. A estrutura fundiária do estado, hoje com cerca de 105 mil propriedades rurais possui 80% delas com até 100 hectares. As dificuldades de operação desses produtores com Fundos Constitucionais e demais linhas de crédito e fomento intensificam-se com as novas exigências legais e burocracia. Na impossibilidade de custear atividades agrícolas de produção, amplia-se a pecuária, que assume papel de relevante importância para a nova economia do estado.


Hoje, Rondônia apresenta em seu perfil produtivo o reflexo de políticas nacionais descontinuadas, absorvendo seus impactos e problemas sociais decorrentes. Foi assim com o fim o garimpo, com os seringais e, mais recentemente, com a indústria madeireira, instalada no início da colonização pela abundância de matéria-prima, execrada hoje por ambientalistas e restrita aos limites de uma legislação ambiental mais rígida porém necessária. Ainda assim, a indústria madeiro moveleira responde por cerca de 22% do PIB industrial.


Chegamos agora a mais um divisor de águas na história do desenvolvimento de Rondônia, com a construção das Usinas do Rio Madeira, cujos investimentos chegam à cifra de R$ 20 bilhões, causando aceleração em todas as atividades econômicas do Estado. Dentro dessa perspectiva é que passamos a destacar questões relevantes ao nosso desenvolvimento.


TAXA DE OCUPAÇÃO DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

Rondônia possui hoje a maior taxa de ocupação da população economicamente ativa da região norte, 94,6%. Isto inclui a renda média do trabalhador, R$ 880,00, a maior da região. Desse total, 12,1% trabalha na indústria. Na região norte apenas o Amazonas tem taxa um pouco superior.


Estado com o menor grau de urbanização da região norte, mantendo-se dentro da média nacional. O aumento desse percentual acompanhará o ritmo do crescimento esperado.


Esse indicador reflete o dramático processo de colonização baseada na migração para o estado, iniciado na década de 70 e intensificado nos anos 80 e 90. Temos a maior densidade demográfica da região norte, mas pouco mais de 1/3 da média nacional. Esse indicador deverá crescer 20%, nos próximos cinco anos, com a população do estado chegando próximo de 1,9 milhão de habitantes.


Temos pouco mais de 32% de áreas desmatadas, o que significa que mais de 67% da área do estado ainda está preservada. O grande desafio é extrair maior produção com melhor uso de recursos evitando o avanço sobre áreas ainda preservadas. Isto se dará no campo tecnológico.


Com o advento das usinas, intensificam-se os cursos de Educação de Jovens e Adultos para redução das taxas de analfabetismo do estado. O SESI desenvolve projetos de alfabetização, ensino fundamental e médio, além de educação continuada para trabalhadores da indústria, contribuindo sensivelmente para a redução desse indicador e para o combate ao analfabetismo funcional, problema maior a ser enfrentado. Com a expansão da renda agregada e a busca pela qualificação teremos uma redução do índice de analfabetismo para próximo de 6% da população nos próximos cinco anos, equiparando-se aos números do pólo industrial de Manaus.


Essa taxa de ocupação coloca Rondônia com a 2ª- menor taxa de desemprego do país. Esses números devem se deteriorar nos três primeiros anos da obra caso o volume de migrantes exceda à oferta de emprego. Com a expansão das atividades produtivas e a preparação da mão-de-obra chegaremos ao pleno emprego em diversos setores, como a Construção Civil. Seguramente, Rondônia deverá atingir uma taxa de 96% de ocupação da sua População Economicamente Ativa nos próximos três anos, gerando um círculo virtuoso proporcionado pelo consumo de uma massa salarial de aproximadamente R$ 1 bilhão somente nos empregos gerados pelas obras. Essa massa salarial alcançará os R$ 4 bilhões através do alto efeito multiplicador, natural em economias em expansão. O grande desafio é dar sustentabilidade à economia após obras, que deverá absorver empregos provenientes do seu final.


A expectativa é de que a expansão da oferta de empregos na indústria amplie em 20% sua participação na divisão do emprego, nos próximos cinco anos. Isso elevará o indicador de 12,1% para 14,5%. Em números atuais teremos uma oferta adicional de cerca de 18,4 mil empregos na indústria. Quanto à construção civil, somente o impacto da obra levaria o setor a participar, em números atuais, com 8,7% do emprego. O cenário para os próximos cinco anos inclui a participação dos investimentos imobiliários, que já estão aquecidos na capital. A questão é que, ao retornarmos à média nacional (entre 6 e 7%) com o término das obras, estaremos suscetíveis ao impacto social decorrente da diminuição da oferta de emprego no segmento.


Rondônia possui o maior rendimento médio, R$ 880,00, da região norte, acima da média nacional (pessoas ocupadas). A escassez de mão-de-obra especializada e a oferta de emprego ampliada a partir das obras das usinas e do aquecimento da economia proporcionará significativo aumento no rendimento médio do trabalhador. A massa salarial adicionada se expande muito além do crescimento previsto da população, o que deve levar a uma expansão média de 9% ao ano, devendo chegar aos R$ 1.354,00 em cinco anos.


PERFIL DO EMPREGO EM RONDÔNIA

Em 2011, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho foram gerados 25.300 empregos formais, sendo que 52% gerados nas Usinas Hidrelétricas.


Os setores industriais de maior destaque no estado,cuja concentração foi de 77%, foram:


- Fabricação de produtos alimentícios e bebidas;

- Fabricação de produtos de madeira; e

- Construção Civil.


Em 2011, as famílias ocupacionais que concentraram 68% dos novos empregos gerados foram:


Magarefes e afins;

Alimentadores de linhas de produção;

Ajudantes de obras civis;

Trabalhadores de tratamento e preparação da madeira;

Motoristas de veículos de cargas em geral;

Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias; e

Trabalhadores na pasteurização do leite e na fabricação de laticínios e afins.


Participação do Estoque de Trabalhadores na Indústria* em Rondônia por Grau de Instrução - (1996/2001/2006)


O gráfico acima evidencia a elevação significativa da escolaridade do trabalhador da indústria em Rondônia nos últimos 10 anos. Esse processo deve se intensificar a partir do grande esforço de qualificação feito no estado.


Em 2007, o ensino médio completo já compõe 60% da admissão na indústria, como podemos ver no gráfico abaixo.


Participação do Saldo de Admissão na Indústria em Rondônia por Grau de Instrução - 2007


As intenções de investimentos em Rondônia, excetuando-se aqueles relacionados diretamente com as obras das usinas do Rio Madeira, valores da ordem de R$ 571,8 milhões assim distribuídos:


Setor Econômico

Investimento (mihões de R$)

Alimentos e Bebidas

184,7

Indústria de Cimento (Votorantim)

180,0

Indústria Metal Mecânica (Alstom e Bardela))

90,0

Têxteis

33,1

Artefatos de couro e calçados

17,6

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos

15,8

Outros produtos de minerais não-metálicos

14,6

Álcool

14,1

Móveis e produtos das indústrias diversas

9,4

Outros da indústria extrativa

3,2

Perfumaria, higiene e limpeza

3,1

Produtos de madeira - exclusive móveis

2,6

Produtos químicos

2,3

Artigos de borracha e plástico

1,2

Total geral

571,8

Fonte: Departamento Regional de Rondônia - Elaboração: UNITEP/SENAI-DN


A concretização desses investimentos estruturantes em Rondônia poderá favorecer a configuração de uma nova dinâmica para o crescimento da economia nos próximos anos.


As obras públicas estruturantes já em andamento, licitadas, em fase de licitação e/ou contidas nos orçamentos públicos somam mais de R$ 28 bilhões.


Em função dos investimentos o setor que deverá apresentar maior demanda no período é o de CONSTRUÇÃO CIVIL (Fase de implementação).


O crescimento populacional causado pelas oportunidades no estado e a dinâmica do emprego x renda poderão criar um ambiente favorável para essa expansão de outros setores associados ao consumo das famílias.


Dentre os setores que deverão apresentar uma demanda em maior escala nos próximos anos, merecem destaque a construção civil e o setor de fabricação de produtos alimentícios e bebidas.


Dentre as famílias ocupacionais que devem ter uma maior demanda nesses setores, destacam-se as seguintes


CONSTRUÇÃO CIVIL

Ajudantes de obras civis;

Trabalhadores de estruturas de alvenaria;

Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras;

Supervisores da construção civil;

Trabalhadores de instalações elétricas;

Instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos;

Trabalhadores na operação de máquinas de terraplenagem e fundações;

Montadores de estruturas de concreto armado;

Encanadores e instaladores de tubulações;

Pintores de obras e revestidores de interiores (revestimentos flexíveis);

Engenheiros civis e afins;

Trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas;

Eletricistas de manutenção eletroeletrônica; e

Técnicos em construção civil


ALIMENTOS E BEBIDAS

Magarefes e afins

Alimentadores de linhas de produção

Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos

Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem

Operadores de máquinas a vapor e utilidades

Mecânicos de manutenção de máquinas industriais

Técnicos de controle da produção

Supervisores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo.


Para os próximos anos, espera-se que, em decorrência do processo de desenvolvimento do estado, alguns setores industriais ganhem mais representatividade na matriz produtiva do estado, como é o caso da construção civil, alimentos e bebidas, artefatos de madeira e eletricidade e gás.


Essa tendência poderá ser impulsionada pela ligação do estado ao oceano pacífico, o que colocará o estado em uma posição logística privilegiada.


É natural que os setores associados ao consumo das famílias, como o de alimentos, apresentem um crescimento significativo no futuro, uma vez que o crescimento populacional causado pelas oportunidades no estado e a dinâmica - emprego e renda – contribuirão para a criação de um ambiente favorável à expansão.


DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Nossa distribuição de renda é a segunda melhor do país, ficando atrás somente de Santa Catarina. A razão da renda entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres está em 13,82 vezes em 2004, contra 11,44 vezes em Santa Catarina. A média nacional é de 22,5 vezes, sendo o caso mais grave em Brasília, 34,88 vezes. Em 2002 esse indicador estava em 19,65 vezes, sendo reduzido em 15% ao ano entre 2004 e 2004. Essa tendência levará Rondônia ao topo do Ranking de distribuição de renda no Brasil nos próximos três anos.


Nosso IDH é o 14º- do país. Porto Velho tem o pior IDH entre as capitais brasileiras, mas os investimentos sinalizados pelo PAC na sua infra-estrutura prometem reverter esse quadro.


SANEAMENTO

Se considerarmos apenas a rede coletora de esgoto, temos 3% da população atendida em Porto Velho. O PAC sinaliza com investimentos de R$ 645 milhões para levar água encanada e esgoto a 100% dos moradores do Município de Porto Velho, além de moradias e urbanização de ruas, limpeza de igarapés, etc.


Segundo o IBGE, a esperança de vida ao nascer em Rondônia, que era 60 em 1980, atinge 70,6 em 2004, ficando abaixo da média nacional. Esse indicador está ligado diretamente às condições de saúde e saneamento básico da população.


O coeficiente de mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos caiu de 55,5 em 1980 para 25,9 em 2005, ficando abaixo da média nacional (uma queda de 53% no índice). A melhoria das condições de saneamento e saúde aliada à expansão da renda agregada do trabalhador e à educação e qualificação oferecidas levará a uma redução ainda maior desse quadro durante o período de maior atividade econômica.


Esses são os números que mais preocupam. A mortalidade por violência em Rondônia chegou aos absurdos 24% em 2005, a maior do país, excedendo em 5% ao segundo colocado.


Apesar de reduzida de 105 mortes por violência a cada 100.000 habitantes em 2004 para 101,6 em 2005, ainda não vislumbramos a melhora significativa desses indicadores a partir da oportunidade ímpar de crescimento da economia. Se não forem implementados projetos de sustentabilidade do emprego e da renda estaremos reproduzindo as mesmas mazelas deixadas ao longo da trajetória de desenvolvimento do estado.


BALANÇA COMERCIAL

A Balança Comercial de Rondônia vem batendo todas as metas estabelecidas. Em 2006 nossas exportações cresceram 51% em relação ao ano de 2005. Em 2007, tivemos um crescimento de 48%.


Nossos números:

2005: US$ 202 milhões

2006: US$ 308 milhões

2007: US$ 457 milhões


Nossas importações não chegam a 20% do valor das exportações.


Destacamos a oportunidade do crescimento do setor extrativo mineral, com o estanho (Rondônia é responsável por 25% da produção nacional), o granito, com mercado definido na união européia; e a indústria madeireira, numa nova fase de desenvolvimento de tecnologias, agregando valor e novas etapas de processamento dos seus produtos destinados, principalmente, ao mercado chinês.


Chamamos a atenção para o surgimento da indústria de cosméticos e fitoterápicos, que num curto período de tempo estará apta a atender o mercado internacional.


O PIB DO ESTADO

Temos também o 3º maior PIB da Região Norte, chegando aos R$ 12,9 bilhões em 2005, segundo o IBGE, sendo maior que a soma do PIB dos estados do Acre, Amapá e Roraima. O crescimento dessa economia obteve a média de 4,5% ao ano nos três últimos anos. Em 2008 estaremos crescendo próximo de 7%, com previsão de 8 a 10% decrescimento a partir de 2010.


O significativo crescimento das exportações do estado, notadamente nos produtos industrializados, de maior valor agregado, mostra a ampliação da participação da indústria na formação do PIB, que era de 12% em 2005, devendo chegar a 18% até 2010 e ultrapassar os 20% nos cinco anos subseqüentes. Um sinal dessa expansão verifica-se em nossa frota de veículos, que cresce cerca de 10% ao ano.


NOVAS PERSPECTIVAS E CENÁRIOS – análise estratégica

Rondônia teve sua economia forjada por vários modelos de desenvolvimento, sempre fundamentados no modelo exportador agrosilvopastoril, característico do subdesenvolvimento. Hoje, esse modelo sofre a sua maior evolução, com a consolidação da sua indústria, forjada por empresários pioneiros e visionários, sabedores de que a única forma de gerar riqueza e sustentabilidade econômica é agregar valor aos seus recursos naturais, através da sua transformação/industrialização.


Se observarmos a história do desenvolvimento da nossa economia, encontraremos, com o início da construção da Ferrovia a melhor visão estratégica dessa economia: SUA POSIÇÃO GEOGRÁFICA. O abastecimento de toda a região, incluindo aí os países andinos e da Amazônia Sul Americana, a partir do centro-oeste brasileiro, passará necessariamente pelo estado de Rondônia como o pivô da integração MERCOESTE.


É do conhecimento de todo o Brasil o projeto de construção das Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira. Da mesma forma, a construção e asfaltamento da rodovia para o Pacífico é aguardada por todo o setor produtivo, haja vista a amplitude das oportunidades de mercado a partir daí.


Sem nenhuma dúvida a maior preocupação de toda a sociedade rondoniense é quanto às condições de sustentabilidade do crescimento e desenvolvimento econômicos provenientes dos investimentos nas usinas do Rio Madeira. Essa preocupação provavelmente nos faz perder a noção da importância dessas obras para a sustentação do crescimento da economia do próprio país. Rondônia mais uma vez participa da história da formação econômica do Brasil.


A implantação de uma matriz energética limpa e abundante abrirá um leque de oportunidades de investimentos jamais vista na história desse estado. A geração de empregos diretos e indiretos originados no empreendimento será, sem dúvida, muitas vezes inferior aos empregos gerados pelo efeito multiplicador dos recursos aqui investidos. A pergunta a ser respondida é: após o final das obras, a economia do estado continua crescendo, ou se retrai, causando desemprego?


Essa pergunta começa a ser respondida a partir da análise das potencialidades de crescimento e posicionamento estratégico da economia do estado e do conjunto dos seus empreendedores. Rondônia está estrategicamente posicionado como um portal de entrada para a região amazônica, num modal de transporte rodoviário/fluvial que permite o escoamento de produtos de um mercado denominado Mercoeste, que envolve os estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Como exemplo disso, a soja mato-grossense é embarcada no porto graneleiro em Porto Velho. Assim, possibilita acesso aos demais estados da região através da hidrovia do Madeira, bem como permitirá acesso à saída do pacífico, pelo Estado do Acre e Peru.


Sua sustentabilidade começa na expansão do mercado intra-regional, ou seja, maior comercialização de produtos oriundos dos estados da região norte. Com o aquecimento da atividade econômica no estado proveniente dos investimentos nas obras das usinas, os empreendimentos crescem em quantidade, volume de produção (escala), qualidade, e, consequentemente, em competitividade via preço. Essa competitividade nos leva a abastecer estados vizinhos, concorrendo com produtos vindos do centro sul do país. Vale observar que Rondônia é hoje o maior comprador de produtos desse mercado regional. Desenvolver o mercado intra-regional significa reduzir as desigualdades regionais observadas, pois a parcela dos recursos antes destinados ao pagamento de importações de outros estados do Brasil permanecerá na região promovendo a expansão do poder de compra de sua população, que consome mais, dando maior retorno aos investidores, gerando um círculo virtuoso de crescimento.


Esse mercado intra-regional envolve 17,5 milhões de habitantes (consumidores), compreendendo os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins (região norte), acrescido do Mato Grosso (centro-oeste). Seu desenvolvimento é função do nível de interação entre Federações de Indústria, empresários do setor industrial e do comércio, além dos Governos Estaduais, responsáveis pelo provimento da infra-estrutura econômica necessária ao desenvolvimento da produção e aproveitamento dos recursos específicos de cada estado.


Sistematicamente, novos mercados poderão ser abertos, com o atendimento das demandas dos países vizinhos, notadamente o grupo andino, como Chile, Bolívia, Peru, e Equador, e da Amazônia sul americana, como Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname.


Esse mercado potencial a que nos referimos possui população de 137,7 milhões de habitantes e um PIB de US$ 502,5 bilhões em 2005. A título de comparação, o PIB do Brasil foi de US$ 794,1 bilhões (52,8% do PIB sul americano) em 2005. Somando essa população à dos estados da região norte e Mato Grosso, 17,5 milhões de habitantes, chegamos a 155,2 milhões de habitantes (consumidores). Esses países permitirão grande expansão do comércio exterior da região, ampliando as exportações de empresas rondonienses e dos demais Estados. São grandes produtores de matérias-primas e compradores tradicionais de produtos industrializados. A consolidação do Mercosul como bloco comercial liderado pelo Brasil passará, impreterivelmente, pela estruturação do Mercoeste brasileiro, com o estabelecimento de relações comerciais consistentes com esse grupo de países. A chegada aos portos de Ilo e Matarani, no Peru e Arica, no Chile, permitindo-nos o acesso ao Pacífico bem como à rodovia Pan-americana, possibilitará a distribuição dos nossos produtos e fortalecerá o intercâmbio comercial com o grupo.


Finda a construção das usinas do Madeira, estará consolidado esse mercado, se desenvolvido com seriedade e responsabilidade, gerando um conjunto de oportunidades sólidas para os empreendedores do Estado, em cujo sucesso reside a manutenção de investimentos, emprego e renda para a população e a conseqüente sustentabilidade da nossa economia.


INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS NECESSÁRIOS:

Construção das eclusas para ampliar a navegação no Rio Madeira e aprofundamento do seu leito, aumentando o calado das embarcações que se destinam ao porto de Itacoatiara.


Construção de uma ferrovia de Cuiabá a Porto Velho, Rio Branco e Assis Brasil, na fronteira com o Peru.


Construção de um novo porto em Porto Velho.


Construção de um terminal de carga aeroportuária alfandegado, que comporá um sistema multimodal de transporte em Porto Velho.


Reconstrução da BR 364 com estrutura para suportar o volume de carga com destino ao pacífico a partir de 2010.


Construção e instalação de uma Zona de Processamento de Exportação em Porto Velho.


Construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho.


Construção das Usinas de Santo Antônio e Girau no Rio Madeira


Construção das pontes sobre o Rio Madeira (p/ Rio Branco e Humaitá) e sobre o Rio Mamoré. Em Guajará-Mirim, divisa com a Bolívia (área de livre comércio).


Os investimentos aqui descritos são imprescindíveis à consolidação do MERCOSUL, pois referem-se à viabilização do MERCOESTE, mercado que corresponde às regiões centro-oeste e norte do Brasil somado ao grupo andino a amazônico de países sul americanos, cujo potencial já informamos.


Rondônia é o pivô da integração desse mercado. Os investimentos aqui preconizados proporcionarão a condição de logística e abastecimento necessárias, gerando competitividade às indústrias instaladas nessa região.


Estaremos invertendo a ótica dessa competitividade, pois não temos mercado consumidor suficiente em nosso estado, se tratarmos individualmente. Assim, nossa indústria não tem escala de produção suficiente para atingir preços competitivos, necessitando de grandes incentivos fiscais, como os encontrados na região amazônica, a exemplo do Pólo Industrial de Manaus. Essa é a única forma de entregar produtos nos grandes centros consumidores do país com preços competitivos.


Se voltarmos nosso alvo para o mercado que denominamos MERCOESTE, a ótica da competitividade estará invertida, pois teremos vantagens competitivas no abastecimento desse mercado, com um volume de consumidores próximo de 140 milhões de habitantes, somente nos países vizinhos, distantes do nível de industrialização do Brasil e dos nossos mega centros industriais.


O Brasil tem dimensões continentais e não deve protelar o início desses investimentos destinados à consolidação do MERCOESTE sob pena ver o Mercosul reduzido às discussões entre indústrias Argentinas, e o centro sul do nosso país.


Rondônia será, indiscutivelmente, um novo centro de desenvolvimento industrial na região norte e o grande responsável por esse processo.

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