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A QUESTÃO DE PALMAS EM SANTA CATARINA


A Questão de Palmas, podendo ser referida também como Questão das Missões ou dos Limites Internacionais foi um conflito diplomático que ocorreu entre a Argentina e o Brasil nos anos de 1890 e 1895. Na discussão contenciosa, o governo argentino reivindicava território situados no Oeste dos estados do Paraná e de Santa Catarina.

A Argentina queria estabelecer as fronteiras por meio dos rios do Paraná e de Santa Catarina, se baseando no Tratado de Madri, redigido em 1750, e que definira as fronteiras entre as colônias espanholas e portuguesas, num acordo realizado entre D. João V de Portugal e Fernando VI da Espanha.

No fim do Segundo Império, antes da proclamação da República de 1889, ambas as partes combinaram que a situação seria resolvida por meio de um arbitramento. Em 25 de janeiro de 1890, o então Ministro das Relações Exteriores do Governo Provisório republicano, Quintino Bocaiúva, assinou o Tratado de Montevidéu para dividir a região.

O Congresso Nacional brasileiro considerou a atitude do ministro excedeu nas concessões dos territórios, não ratificando o Tratado de Montevidéu. A questão sobre as regiões reclamadas pela Argentina foi intermediada pelo então presidente dos EUA, Grover Cleveland, que deu parecer favorável ao Brasil, em 5 de fevereiro de 1895.

As fronteiras entre os dois países ficaram definidas pelos rios Peperiguaçu e Santo Antônio. Em homenagem ao presidente norte-americano, o estado do Paraná teve uma cidade batizada de Clevelândia.

Na decisão, a questão e razões do governo brasileiro foram apresentadas pelo Barão do Rio Branco, indicado pelo presidente Floriano Peixoto  para substituir o falecido Barão de Aguiar de Andrade. Foram apresentadas ao presidente Cleveland uma documentação de seis volumes, redigida em 1894.

Considerando a projeção internacional do Brasil na época da Primeira República, deve-se considerar os trabalhos diplomáticos de Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, José Maria Paranhos e de Barão do Rio Branco.

Barão do Rio Branco chefiou a diplomacia brasileira por dez anos, ajudando o país a manter sua soberania em seu território. Ainda na fase do Segundo Império, uma expedição brasileira esteve no território catarinense reclamado pela Argentina, constatando o fato propôs uma solução diplomática. Antes da Proclamação da República, a Argentina havia proposto uma divisão litigiosa entre os dois países, mas o Brasil não aceitou, levando o caso a processo de arbitragens.

No argumento defendido por Barão do Rio Branco, que usa a terra tem direito a posse, na região reclamada pela Argentina não havia um argentino, e os rios Peperi-guaçu e Santo Antônio estavam mais próximos do território brasileiro do que do argentino, portanto as terras do Oeste catarinense pertenciam de fato ao Brasil.
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PASSOS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PASSOS


População 2013: 110.290
Área da unidade territorial (Km²): 1.338,070
Densidade demográfica (hab/Km²): 79,44

O primeiro nome do hoje importante município sul-mineiro foi Capoeiras, por estar, aquela época, situada a povoação dentro de uma densa capoeira.

O segundo nome - Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos - foi dado ao antigo arraial das Capoeiras em virtude de o alferes João Pimenta de Abreu, devoto do Senhor Bom Jesus dos Passos, haver erigido o primeiro templo nessa cidade, em cumprimento de uma promessa, tendo por orago aquele santo. Mais tarde o nome foi simplificado para Passos.

Os primeiros desbravadores da região foram os alferes João Pimenta de Abreu e seus parentes, os quais ali se fixaram, atraídos, sobretudo, pela topografia, fertilidade do solo e existência do ouro às margens do Rio Grande. Em 1823, já era grande o povoado, quando Domingos Vieira de Souza e Joaquim Lopes da Silva construíram as suas fazendas, concorrendo, poderosamente, para a formação do arraial. Com o correr dos anos e a chegada de novos mineradores, o povoado se alargou, tornando-se conhecido em toda a província de Minas Gerais pelo nome de Arraial da Capoeira.

Pela provisão de 11 de Dezembro de 1835 foi a primeira capela, ainda semi construída pelo alferes João Pimenta de Abreu com a colaboração do Cel José Caetano Machado, Capitão Manoel Ferreira de Souza Brandão, Domingos de Souza Vieira e Joaquim Lopes Vieira ( os dois últimos doadores dos terrenos para formação do novo arraial), elevada à categoria de capela curada, que foi inaugurada em 20 de março de 1836, tendo por orago São Bom Jesus dos Passos.

Deve-se aos ingentes esforços do capelão de Passos, Padre Francisco de Paula Trindade, a criação da freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, pela provisão nº 184, de abril de 1840.

Crescendo vertiginosamente a freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, mercê dos esforços de um pugilo de bravos pioneiros, destros tanto no manejo dos mosquetes, quanto no do arado, atraiu a atenção das autoridades da provincia e por força da lei nº386, de 09 de outubro de 1848, foi a freguesia do Senhor Bom Jesus dos Passos, então florescente distrito de Jacuí, elevado à categoria de vila, com a denominação de " Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos", sendo-lhe anexadas, em virtude da mesma lei as freguesias de Ventania ( hoje Alpinópolis) e Carmo do Rio Claro.

Instalando-se a Vila de Passos em 07 de setembro de 1850, foi a Câmara Municipal formada pelos seguintes cidadãos: Presidente da Câmara - Tenente Coronel José Caetano Machado, Vereadores - Sargento-mor Manoel Cardoso Osório, Capitão Manoel Lemos, Padre Francisco José da Costa, Camilo Antônio Pereira de Carvalho, Fidelis Rodrigues de Faria, Jerônimo Pereira de Melo (mais tarde Barão de Passos).

Continuando em franco progresso, a florescente vila foi elevada à categoria de cidade em virtude da lei nº 854, de 14 de maio de 1858, conservando a mesma denominação.

A inauguração pela estrada de ferro Minas Rio, em 1865, do tráfego em Três Corações, motivou a apresentação de projeto de lei, na assembléia provincial, pelo deputado Dr. Antônio Pinheiro de Meneses, resultando na lei nº 3648, de 01 de setembro de 1888, que autorizou o Presidente da Província de Minas a contratar com a estrada de ferro Minas Rio, o prolongamento de suas linhas até a cidade de Passos. Todavia, sobrevindo, na ocasião a proclamação da república, a companhia (inglesa) requereu a dilatação do prazo, mas não sendo atendida, deixou caducar a concessão, fazendo com que Passos fosse privada, por mais 30 anos, dos benefícios deste indispensável e importante meio de transporte.

Gentílico: Passense

Formação Administrativa
A vila foi criada com sede na povoação de Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos e com esta denominação, pela lei provincial nº 386, de 09 de outubro de 1848, tendo sido desmembrada do município de Jacuí.

Sua instalação verificou-se em 07 de setembro de 1850.

Em virtude da lei provincial nº 854, de 14 de maio de 1858, foi elevada à categoria de cidade.

De acordo com a divisão administrativa do Brasil, referente a 1911, o município de Passos se apresenta composta de 03 distritos: Passos, criado pela lei provincial nº184, de abril de 1840, sendo transferido do município de São Sebastião do Paraíso para o de Jacuí pela lei provincial nº2905, de 28 de setembro de 1882; sua criação foi confirmada pela lei estadual nº02, de 14 de setembro de 1891.

Segundo os quadros de apuração do recenseamento geral de I-IX-1920 e o texto da lei estadual nº 843, o município se compõe igualmente de 03 distritos: Passos, São João Batista do Glória e São José da Barra.

Por força do decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o município de Alpinópolis perdeu também o distrito de São João Batista do Glória para o novo município de Delfinópolis.

Ficou, portanto, o município de Passos no quinquênio 1939-1943, em que vigorou o mencionado decreto-lei, constituído de um só distrito: Passos.

De conformidade com o decreto-lei estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, que estabeleceu o quadro territorial judiciário-administrativo, vigente no quinquênio 1944-1948, o município de Passos adquiriu o distrito de São João Batista do Glória, transferido do município de Delfinópolis; perdeu parte do distrito da sede para o novo distrito de Itaú de Minas, do novo município de Pratápolis, ficando constituído no quinquênio referido dos distritos de Passos e São João Batista do Glória.

Pela lei nº 336, de 27 de dezembro de 1953, que fixou os quadros de divisão judiciária e administrativa para vigorar no quinquênio 1949-1953, perdeu o município de Passos o distrito de São João Batista do Glória, ficando constituído de apenas o distrito da sede. A lei nº 1039, de 12 de junho de 1953, que fixou os quadros de divisão administrativa em vigor no quinquênio 1954-1958, conservou a mesma composição, isto é, apenas o distrito da sede.

Fonte: Arquivos da Agência do IBGE de Passos/MG Prefeitura Municipal de Passos
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PATOS DE MINAS (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PATOS DE MINAS


População 2013: 145.710
Área da unidade territorial (Km²): 3.189,769
Densidade demográfica (hab/Km²): 43,49

Histórico
Origem do nome do Município provém da enorme quantidade de patos que existiam no território, encontrados habitualmente em uma grande lagoa, a três quilômetros da margem do rio Paranaíba. Atraídos pela caça abundante e variada, os tropeiros que levavam suas tropas pelo interior de Minas Gerais faziam pouso a beira dessa lagoa, construindo ranchos em que se abrigavam. Neste tempo, todo o oeste de Minas estava coberto de matas, atravessadas apenas por estreitas trilhas, que tinham em alguns pontos, a léguas de distância, vestígios de civilização. Com o correr dos tempos, alguns tropeiros se fixaram no local, formando um povoado.

Há ainda outra versão segundo a qual negros fugidos das senzalas de Paracatu e Goiás ali também se localizaram, estabelecendo-se de modo a levarem de corrida, como não raro teria acontecido, aqueles que tentaram tange-los de novo para as cadeias do cativeiro.

Documento também ligado as origens da cidade e no qual se fez referência aos negros fugidos é a Carta de Sesmaria, de 29 de maio de 1770, que concedeu a "Manoel Afonso Pereira, homem viandante do caminho do Rio de Janeiro, uma, faixa de terra nos sertões das margens do rio chamado Paranaíba, terra de campos e matas devolutas servindo as mesmas de asilo aos negros fugidos dos moradores de Paracatu e Goiás.

Vinte e três anos depois, em Carta de 20 de julho de 1793, dirigida pela então Câmara de Tamanduá a Rainha D.Maria I, acerca dos limites entre Minas e Goiás, fez-se referência ao fato de que, em Babilônia (hoje Lagoa Formosa), Aragão (na entrada da cidade) e Onça, povoados por Manoel Afonso Pereira de Araújo, depois de matarem dois escravos, roubaram-lhe seis mil e tantos cruzados e algum ouro em Pó.

Admite-se que os nomes citados nos documentos refiram-se a mesma pessoa, considerada assim como do primeiro povoador da atual cidade, sendo a hipótese reforçada pela existência até hoje conhecida, de duas das localidades citadas: Babilônia e Aragão. Quanto ao nome do provável Povoador, nenhuma outra referência a ele se encontra em documentos posteriores, não se sabendo se teria falecido sem deixar herdeiros ou abandonado a região em busca de outras terras.

Em escritura particular, datada de 19 de julho de 1826, Antônio da Silva Guerra e sua mulher Luíza Corrêa de Andrade, doaram, conforme reza o aludido documento, "uma gleba de terras de cultura e campos na fazenda denominada "Os Patos" ao glorioso Santo Antônio, a fim de se lhe edificar um templo e também para cômodos dos povos". Esta a origem do patrimônio da antiga paroquia de Santo Antônio de Patos, a qual foi criada em 1850.

Em 1866, foi criado o Município, com a denominação de Santo Antônio dos Patos, com terras dos Municípios de Patrocínio, Paracatu e São Francisco das Chagas de Campo Grande. O Município recebeu os topônimos de Santo Antônio dos Patos (simplificado, mais tarde, para Patos); Guaratinga contrariando a opinião dos munícipes); e, finalmente, Patos de Minas.

Gentílico: Patense

Formação Administrativa
A criação do Distrito, com território do Município de Patrocínio, foi levada a efeito pela Lei Provincial nº.472, de 31 de março de 1850. Em face da Lei Provincial nº.1291, de 30 de outubro de 1866, criou-se o Município, com a denominação de Santo Antônio dos Patos. A instalação verificou-se a 29 de fevereiro de 1868.

A Lei Estadual nº.2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do Distrito que, por força da Lei Estadual nº.23, de 24 de maio de 1892, recebeu foros de cidade. Pela Lei nº.2764, de 30 de dezembro de 1962, sofreu reformulação administrativa, perdendo os Distritos de Guimarânia e Lagoa Formosa, que se constituíram em novos municípios. Foram criados dois Distritos: Bonsucesso de Patos e Major Porto. Assim, Patos de Minas tem sete Distritos. Além dos acima citados, contam-se: o Distrito-sede (Patos de Minas), Chumbo , Santana de Patos , Pindaíbas e Pilar.

Fonte: IBGE
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PATROCINIO (MINAS GERAI), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PATROCÍNIO


População 2013: 85.400
Área da unidade territorial (Km²): 2.874,343
Densidade demográfica (hab/Km²): 28,69
Gentílico: Patrocinense
A fundação de Patrocínio deu-se em 1772, por ordem do Conde de Valadares, então capitão-general de Minas Gerais, que ordenou ao capitão Inácio de Oliveira Campos se estabelecesse no local, com fazenda de criação e agrícola, para abastecimento dos viajantes que transitavam de Minas para Goiás, passando por Pitangui.

Fundou o capitão Inácio de Oliveira Campos sua propriedade à margem do córrego do Bromado, no local chamado Catiguá, aí desenvolvendo extensa criação de bovinos. Quando o capitão Inácio de Oliveira chegou aqui adoeceu, sofrendo paralisia e ficando completamente inválido. A propriedade foi administrada por sua esposa Dona Joaquina de Pompeu, que se transformou numa autêntica matriarca, enviando gado para o Rio de Janeiro a fim de auxiliar as tropas de Dom Pedro I na luta pela Independência do Brasil.

Pela propriedade de Inácio de Oliveira que então se denominava "Fazenda Bromado dos Pavões" passaram todas as bandeiras que, de 1772 para diante, demandaram os sertões de Goiás, podendo-se citar, entre elas, a de Anhanguera e a de Lourenço Castanho.

Em 1773, já começam a fixar-se alguns forasteiros, iniciando-se o povoado que recebe o nome de Salitre, no local que, em 1798 , foi abrangido pela Sesmaria do Esmeril, concedido a Antonio Queiroz Teles.

Em 1804, registrou-se a "Provisão de Licença" aos moradores do povoado para erguerem uma casa de oração (onde hoje se encontra a atual Igreja Matriz) sob proteção de Nossa Senhora do Patrocínio, estendendo-se o nome de Nossa Senhora do Patrocínio ao arraial do Salitre.

O distrito deve sua criação à Resolução Régia de 22/12/1812, confirmada pela Provincial nº 114 de 09/03/1839. A localidade foi elevada à categoria de curato e, 1829, com o nome de Nossa Senhora do Patrocínio. O município foi criado com a denominação de Nossa Senhora do Patrocínio e território desmembrado do de Araxá, ao qual pertencia, pela Provincial nº 171 de 23/03/1840, ocorrendo a instalação a 07/04/1842.

Por força Provincial nº 1995 de 13/11/1873, a sede do município recebe foros de cidade, instalando-se como tal a 12/01/1874.

Através de leis posteriores o município perde território pela emancipação dos distritos de Coromandel, Abadia dos Dourados, Serra do Salitre e Cruzeiro da Fortaleza.

Fonte: Ferreira, J.P., 1959, Enciclopédia dos Municípios Brasileiros; prefeitura municipal

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PARACATU (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PARACATU


População 2013: 86.700
Área da unidade territorial (Km²):  8.229,588
Densidade demográfica (hab/Km²): 10,29
Gentílico: Paracatuense

O município de Paracatu está localizado na região Noroeste do Estado de Minas GErais. Os limites municipais são:

- ao Norte: Unai-MG

- ao Sul: Vazante-MG e Guarda-Mor-MG

- ao Leste: João Pinheiro-MG e Lagoa Grande-MG

- ao Oeste: Cristalina-GO

Está distante a apenas 220 km de Brasília, a Capital Federal , e a 500 km de Belo Horizonte.

O muncípio possui muitos rios, ribeirões e córregos. O nome de Paracatu é originário do tupi-guarani e significa "Rio Bom". O rio Paracatu é o mais importante do município e também o mais caudaloso afluente do rio São Francisco.

Não existe consenso entre os historiadores sobre a data efetiva em que foi descoberta e povoada a região de Paracatu. De qualquer forma, admite-se que o território paracatuense já era conhecido desde o final do século XVI pelos brancos, que vinham da Vila de São Paulo com objetivos de conquista, não de povoamento. Assim, sabe-se que chegaram na área as Bandeiras de Domingos Luiz Grou (1586-1587), Antônio Macedo (1590), Domingos Rodrigues (1596), Domingo Fernandes (1599) e Nicolau Barreto (1602-1604). Somente através do testamento de Martins Rodrigues, membro desta última bandeira, é que se encontra o primeiro registro que faz referência ao nome que mais tarde foi atribuído ao município "neste sertão e Rio de Paracatu, eu, Martim Francisco, determinei fazer cédula de testamento, estando são e de saúde em todo o meu siso e juízo perfeito".

Depois das mencionadas bandeiras, a primeira expedição que teria alcançado os sertões de Paracatu seria a de Lourenço Castanho Taques, o Velho, em 1670. Por sua vez, documentos existentes na Matriz de Paracatu mostram que, em 1734, já haviam casas adificadas entre o Córrego Rico e o Córrego Pobre. Maioria dos historiadores opina que foi o bandeirante Felisberto Caldira Brant e seus irmãos Joaquim Conrado de Sebastião e José Rodrigues Frois que revelaram oficialmente as descobertas das minas ao Governador Gomes Freire de Andrada, em 24 de junho de 1744.

Assim, no meio do século XVII nascia o Arraial de São Luiz e Sant' Anna das Minas de Paracatu, sob o ciclo do ouro, em consonância com a dinâmica que o sistema exigia. Durante algum tempo o ouro foi abundante e floresceu, generosamente, nos depósitos aluviais, sustentando os sonhos e as esperanças dos milhares de mineradores seduzidos pelas promessas de riqueza e opulência que a descoberta do ouro trazia. Aos poucos, no entanto, evidencia-se o declínio produtivo do ouro aluvial. Ocorreu, então, o inevitável confronto entre a jazida primária, no topo da montanha, e o minerador descapitalizado e sem técnica e os equipamentos que a nova fase exigia. Os escravos, em cujos ombros a atividade econômica colonial encontrou suporte, encareciam, sobremaneira, a atividade mineradora.

Já bastante desenvolvido, o Arraial elevou-se a Vila de Paracatu do Príncipe, por alvará de D. Maria, rainha de Portugal em 20 de outubro de 1798. Com o século XIX, Paracatu inicia sua vida política estruturalmente organizada.

A Câmara Municipal, instalada em 1799, dinamiza o antigo Arraial de São Luiz e Sant´Anna das Minas de Paracatu, calçando ruas, construindo pontes, chafarizes, etc. Nas últimas décadas do século XIX, a efervescência cultural fez com que o município possuísse duas bandas de música, um teatro, diversos jornais, como o Luzeiro (o primeiro jornal paracatuense) e o Paracatu (fundado em 1896), entre outros. Na segunda metade do século XX, a mudança da capital do país - do litoral para o interior brasileiro - alteraria a vida pacata da terra de Afonso Arinos , "A capital do país não veio para a Comarca de Paracatu, como sugeriu o Patriarca José Bonifácio de Andrade e Silva. Todavia, em suas imediações, ela veio trazer os beneficios que se esperava. Até então, Paracatu era uma espécie de "oásis dentro do sertão mineiro". Uma testemunha silenciosa de séculos áureos dentro da extensa campina. Paracatu foi criada sozinha num canto do sertão."

A partir de meados da década de 70, a atividade agropecuária e mineral, associada as mais modernas tecnologias mundiais, reinscrevem o nome de Paracatu no cenário nacional. A exploração mineral tecnificada e a agropecuária em fases empresariais são hoje eixos econômicos sólidos que colocam Paracatu como grande produtor de ouro, zinco, grãos, leite e derivados.

Fonte: Prefeitura Municipal de Paracatu - Minas Gerais Departamento de Comunicação Social - Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo

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PARAOPEBA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PARAOPEBA


População 2013: 22.600
Área da unidade territorial (Km²): 625,623
Densidade demográfica (hab/Km²): 36,06
Gentílico: Paraopebense

Histórico
Afirma a tradição que foi o Cel. Marques, donatário da Sesmaria, que ao deparar-se com uma onça no meio da mata, indefeso e julgando-se perdido, ele, como católico e de fé, ajoelhou-se e fez uma prece a Nossa Senhora do Carmo rogando que, se sua vida fosse salva, mandaria construir uma capela em sua honra.

O animal não o atacou e ele se retirou são e salvo. Posteriormente, ele voltou e cumpriu a promessa, fazendo construir uma capelinha dedicada à Nossa Senhora do Carmo (Padroeira de Paraopeba).

Aos poucos, por ser um local de passagem obrigatória dos tropeiros que conduziam boiadas para o sertão da Bahia, foram surgindo algumas casas em torno da capela e o lugar passou a ser chamado de Nossa Senhora do Tabuleiro Grande. Tabuleiro Grande porque tabuleiro era o nome com que os antigos costumavam caracterizar os pontos mais ou menos elevados e de vastas superfícies planas do sertão e na linguagem sertaneja significa cerrado.

Tabuleiro Grande foi elevado à freguesia pela Provincial nº 164 de 9 de março de 1840 e confirmado pela Lei Estadual nº 2 de 14 de novembro de 1891, subordinado o arraial, até então, ao município de Curvelo.

No dia 24 de novembro de 1840, por força da lei nº 1.395 foi transferido para o município de Sete Lagoas.

Durante 45 anos, Tabuleiro Grande pertenceu a Sete Lagoas, até desmembrar-se, elevando-se à categoria de município, por meio da Lei nº 566, de 30 de agosto de 1911. Sua instalação solene deu-se a 1º de junho de 1912, passando a denominar-se Vila Paraopeba. A partir de 1931 recebeu o nome definitivo de Paraopeba.

Paraopeba, palavra de origem indígena (da língua tupi-guarani), que significa ″Rio do Peixe Chato″

A escolha do nome Paraopeba foi por causa do rio Paraopeba que, naquela época, livre de qualquer poluição, era fonte de manutenção dos habitantes, que se beneficiavam da pesca, do garimpo e ainda da lavoura, nas regiões mais ribeirinhas.

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Taboleiro Grande, pela Lei Provincial nº 164, de 09-03-1840, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Sete Lagoas.

Elevado à categoria de município com a denominação de Paraopeba, pela Lei Estadual nº 556, de 30-11-1911, desmembrado de Sete Lagoas.

Sede no atual distrito de Paraopeba ex-Taboleiro Grande. Constituído de 3 distritos: Paraopeba, Cordisburgo e Araçá, este ultimo criado pela está mesma lei estadual . Instalado em 01-06-1912.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 3 distritos: Paraopeba, Araçá e Cordisburgo.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Paraopeba o distrito de Cordisburgo. Elevado à categoria de município.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Paraopeba e Araçá.

Pelo Decreto Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Araçá tomou a denominação Araçaí.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Paraopeba e Araçaí (ex-Araçá).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Paraopeba o distrito de Araçaí. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

Taboleiro Grande para Paraopeba, alterado pela Lei Estadual nº 556, de 30-08-1911.

Fonte: www.paraopeba.mg.gov.br
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OURO BRANCO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE OURO BRANCO


População 2013: 36.200
Área da unidade territorial (Km²): 258,726
Densidade demográfica (hab/Km²): 136,31
Gentílico: Ouro-branquense

A região foi desbravada por ex-integrantes da Bandeira chefiada por Borba Gato, atraídos pela existência de ouro. Consta que em fins do século XVII, aqueles antigos bandeirantes, subindo o rio das Velhas até as suas nascentes, transpuseram os altos da Cachoeira de Itabira do Campo e localizaram-se ao pé da Serra de Ouro Branco.

Ouro Branco nasceu no caminho do ouro e foi uma de suas fronteiras. A primeira mina das Minas Gerais foi encontrada em Itaverava, uma cidade próxima. Não demorou para que os aventureiros percebessem que toda a região era um grande depósito aurífero, que se estendia até os fabulosos veios de Ouro Preto e Mariana. Estava nos leitos dos rios, na beira do caminho, aos olhos de todos. Ouro Branco era um desses lugares.

Miguel Garcia rumou para oeste, descendo um rio da serra. Lá ele encontrou Ouro de cor amarela, ficando assim conhecido como branco, "ouro branco". Nascia o ciclo do ouro no arraial de Santo Antônio de Ouro Branco e data desta época a Matriz de Santo Antônio, construída no período de 1717 a 1779, consagrando-se como uma das mais antigas de Minas Gerais. Grande patrimônio histórico e religioso, a igreja passou por reformas introduzidas por Aleijadinho. Também recebeu o talento, retratado nas pinturas do mestre Manoel da Costa Ataíde. Apesar de ser um monumento de importância para a cidade, são poucas as informações e documentos existentes sobre a matriz.

O arraial ficava no trajeto da "Estrada Real" e viu de perto o desenrolar de importantes acontecimentos históricos de Minas. Nas margens do caminho, hoje uma rodovia asfaltada, fica um prédio conhecido "Casa de Tiradentes", que fazia parte da fazenda das Carreiras. O antigo casarão, construído em pedra e madeira de lei, serviu para hospedar ilustres visitantes. Há quem afirme que os inconfidentes se reuniram na "Casa de Tiradentes" por diversas vezes. Entretanto esta teoria gera controvérsia. O local era pouso de tropas, portanto pouco apropriado e discreto para reuniões em que se discutia a libertação do Brasil de Portugal.

O mais provável é que os inconfidentes se reuniam na Estalagem Varginha (município vizinho de Conselheiro Lafaiete). Tanto é assim que Tiradentes, depois de morto e esquartejado, teve sua perna direita pendurada numa gameleira, que existe lá até hoje ao lado das ruínas da antiga estalagem.

A Lei Estadual nº 556 de 30 de agosto de 1911 estabelece que o distrito de Ouro Branco também fizesse parte do Município de Ouro Preto.

A Lei Estadual 1039 de 12 dezembro de 1953 elevou-o a status de Município, desmembrando-se assim de Ouro Preto.

Ouro Branco é composto de um único distrito: Ouro Branco.

Fonte: IBGE - SERDIB (Serviço de Divulgação e Biblioteca).

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NOVA SERRANA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE NOVA SERRANA


População 2013: 74.400
Área da unidade territorial (Km²): 282,369
Densidade demográfica (hab/Km²): 261,00

Histórico
A cidade de Nova Serrana, antigo distrito de Cercado do Município de Pitangui, foi outrora uma das fazendas de criação de Bento Pais da Silva e seus irmãos João Leite da Silva Ortiz, intrépidos bandeirantes que fizeram parte dos primeiros paulistas que chegaram em Pitangui.

Seu desenvolvimento ocorreu, em parte, devido ao fato de Cercado localizar-se no ponto por onde passavam as bandeiras partidas de São Paulo, na direção das auríferas do centro de Minas. Para outros, Cercado foi ponto de pousada de viajantes que partiam de Pitangui para São Paulo, percorrendo uma estrada secreta, no contrabando de ouro.

Como no lugar existia um cercado para a guarda de animais dos viajantes, o povoado ficou conhecido com o nome de Cercado.

O povoado surgiu graças à cultura de algodão incrementada em grande escala por três famílias portuguesas que ali se radicaram, os Pinto da Fonseca, os Rodrigues de Carvalho e os Soares da Silva.

Gentílico: Nova-serranense

Formação Administrativa

Distrito criado pela Lei nº 1.622, de 05-11-1869, com denominação de Cercado, subordinado ao município de Pitangui.

Elevado à categoria de cidade com a denominação de "Nova Serrana" pela Lei Estadual nº 1.039, de 12-12-1953.

Instalada em 01-01-1954.

Em divisão territorial datada de 01-07-1960, o município é constituído de 2 distritos: Nova Serrana e Boa Vista de Minas.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Serrana; Biblioteca Municipal de Nova Serrana
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OLIVEIRA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE OLIVEIRA


População 2013: 40.100
Área da unidade territorial (Km²): 897,294
Densidade demográfica (hab/Km²): 43,98
Gentílico: Oliveirense

Os primeiros a penetrarem na região do atual Município foram levados pela conquista do ouro.

Há notícias da existência do sítio de uma senhora, Maria de Oliveira, que teria acolhido os tropeiros, quando passaram os desbravadores.

A área tornou-se ponto preferido para pousada das bandeiras, a caminho de Goiás, em virtude da amenidade do clima e abundância de água. Deu-se início a uma povoação, primitivamente e conhecida como Picada de Goiás, depois Nossa senhora de Oliveira, e atualmente, Oliveira.

Em 1750, um ,surto epidêmico grassou na região do Ribeirão do Carmo, hoje cidade de Mariana provocando o deslocamento de considerável massa populacional para a região do rio das Mortes.

O primeiro fato histórico relacionado ao Município foi a conclusão, em 1778, da Igreja Matriz do Japão, hoje Município de Carmópolis de Minas. Favorecida, em parte, por sua posição em relação a São Paulo e ao sertão goiano, Oliveira apresentou desenvolvimento sempre crescente.

Em 1871, foi inaugurada a Igreja Matriz de Oliveira .

O topônimo registra duas versões: segundo uns, originou-se da presença de oliveiras entre as árvores frutíferas existentes na região; para outros, refere-se ao ranchinho de Maria de Oliveira.

Formação Administrativa
O DISTRITO foi criado por Decreto de 14 de julho de 1832 e o Município, pela Lei n.º 134, de 16 de março de 1839. Em 19 de setembro de 1861, a Sede foi elevada à categoria de Cidade, por fôrça da Lei n.º 1.102. Na ocasião em que foi criado, o Município figurou com os distritos de Oliveira, Carmo da Mata Japão, São Francisco de Paula, Santana do Jacaré Santo Antônio do Amparo, Cláudio e Passa Tempo.

Atualmente, compõem-no os distritos de Oliveira e Morro do Ferro. A comarca de Lambari foi criada em 1862. Em 1870 foi extinta, sendo restaurada pela Lei n.º 2.002, de 15 de novembro de 1873. O nome foi mudado para Comarca de Oliveira pela Lei nº 11, de 13 de novembro de 1891.

Atualmente, é de 3.ª entrância e sua jurisdição abrange, também, os termos de São Francisco de Paula e Carmópolis de Minas.

Fonte: IBGE
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NANUQUE (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE NANUQUE


População 2013: 41.800
Área da unidade territorial (Km²): 1.517,966
Densidade demográfica (hab/Km²): 26,90

Histórico
A região que compreendia o município de Nanuque, desde o descobrimento do Brasil, atraía, demasiadamente, as atenções portuguesas, embora a presença dos ferozes índios Botocudos (Nak-Nucks, Giporoc, Pataxós, Machacalis, Potés, etc),impedissem a exploração adequada do local.

O Sr. Teófilo Benedito Otoni teve uma idéia em relação à região inóspida, habitada pelos ferozes Botocudos: submeteu o plano de sua Cia. de Comércio e Navegação do Rio Mucuri à consideração do Governo Imperial, que assinou parecer favorável a 31 de março de 1874. Ele larga do rio, a 4 de setembro do mesmo ano a bordo do Princesa Imperial, chega à Vila de São José do Porto Alegre (atualmente Mucuri-BA) e depois prossegue até as proximidades de Santa Clara. A inavegabilidade do Mucuri a partir de Santa Clara não o desanimaria , e sua Cia. de Navegação efetivada pelo Decreto n° 802 de 12/07/1851, passaria a construir estradas. Depois da Cia. de Comércio e Navegação do Mucuri, sob responsabilidade de Teófilo Otoni, outro empreendimento, tendo a frente o engenheiro Miguel de Teive e Argolo, seria propulso-civilizador do Mucuri. Em 25/10/1878, a Lei mineira de n° 2.775 e a baiana de n° 1.946, de 28/08/1879, davam origem a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que só se iniciou a 25 de janeiro de 1881, tendo a 9 de novembro do mesmo ano quase 143 km em tráfego.

A região ficou conhecida como Sete de Setembro, devido a um córrego com este nome, que desembocava no rio Mucuri, na fazenda Cachoeira, de propriedade de Antônio Barroso, no km 170 da Estrada de Ferro Bahia-Minas, onde as locomotivas passavam, quando em trânsito, para se abastecerem de água e lenha , exatamente no pontilhão. O serviço era feito por intermédio de baldes, não havia bombas nem caixa d'água. Depois, por construírem uma Caixa D'água, entre a atual e a estação da EFBM, a localidade adotou esta denominação, assim permanecendo durante algum tempo.

Em 1911 o armador João Américo Machado, depois arrendatário da EFBM, fez uma visita a Caixa D'água e entendeu-se com a família Schieber adquirindo terrenos por quinhentos mil réis para instalar uma grande serraria. Ao retornar, João Américo veio de uma só vez com vasto material e ferramentas, famílias de nacionalidades diversas, operários de várias especialidades e um carro da Estrada de Ferro que foi transformado em estação e nele instalado um aparelho Morse. Com a inauguração da Serraria Industrial do Mucuri, a 7 de Setembro de 1912, consagrou-se esta data como de fundação do povoado Caixa D'água. O carro-estação telégrafo assim funcionou até 30 de julho de 1918 quando inaugurava-se a Estação Presidente Bueno, homenageando a Bueno Brandão ao assumir o governo do Estado . O nome seria extensivo à localidade por alguns anos.

Em 1920 introduziu-se uma grande serraria automática, sob a administração de Trajano de Medeiros e Cia. quando se construiu um ramal rodoviário que saía de Chapadinha , atravessava por uma ponte, que prosseguia margeando o rio. Seis anos depois uma enchente levaria a ponte da Estrada de Ferro de Trajano, passando a travessia a ser feita por um cabo de aço ligado a duas torres nas margens do rio.

Gentílico: Nanuquense

Divisão Administrativa
Pela divisão administrativa efetivada em 3 de setembro de 1923, o Distrito de Aimorés teve seu nome modificaddo para Indiana. Pela Lei n° 148, de 17/12/1938, o Distrito de Urucu passa a município com o nome de Carlos Chagas englobando o Distrito de Indiana, cuja sede se transferiu de Aimorés para Presidente Bueno, que passa a adotar o nome de Vila Indiana, devido a seu grande desenvolvimento.

Pelo Decreto-Lei Estadual n° 1.058 de 31/12/1943, Indiana teve seu nome alterado para Distrito de Nanuque, cujo nome significa bugre de cabelos lisos e negros. Em 27/12/1948, pelo artigo 3° da Lei n° 336, o distrito de Nanuque é elevado a categoria de município, que foi instalado no dia 1° de Janeiro de 1949 pelo Sr. Arlindo de Almeida Castro, juiz de paz, no exercício do cargo de Juiz de Direito da Comarca de Carlos Chagas. O Dr. Oduvaldo dos Santos Pinto, intendente, deu posse ao primeiro prefeito a 2 de Abril do mesmo ano, o Sr. Franz Schapper.

O município de Nanuque possuía dois destritos: o sede e o de Serra dos Aimorés, que em 30/12/1962 alcançou autonomia municipal pela Lei n° 2.764, sendo instalado a 1° de Maio de 1963. Houve retificação de Divisas do Município de Nanuque, comprovando-se que o Distrito de Vila Pereira, pela Lei n° 663, de 25 de Novembro de 1953, pertencia ao município de Nanuque e não ao município de Carlos Chagas.

Atualmente, Nanuque conta com o Distrito-sede, o de Vila Pereira e com o povoado de Gabriel Rezende Passos criado pela Lei Municipal n° 273, de 18/12/1963, e assim denominado pela Lei Municipal n° 315 de 2 de Julho de 1965.

Economicamente conta com o comércio, prestações de serviços, indústrias ( frigorífico e usina de álcool anidro e fábrica de açúcar), na agropecuária o município se destaca pela criação de gado bovino de corte e leite.

Fonte: Livro: Nanuque, seu povo, sua história.(1986) Ivan Claret Marques Fonseca IBGE
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NEPOMUCENO (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE NEPOMUCENO

População 2013: 25.733
Área da unidade territorial (Km²): 582,553
Densidade demográfica (hab/Km²): 44,17
Gentílico: Nepomucenense

Histórico
A colonização do território onde hoje se localiza o município de Nepomuceno teve início no século XVIII na fazenda Congonhal, obtida por sesmaria. O proprietário desta fazenda, o Capitão Mateus Luís Garcia, construiu uma capela em honra a São João Nepomuceno . No dia 6 de março de 1776, foi ali celebrada a primeira missa e realizado o primeiro batizado.

Segundo Silvestre Ferraz, a fundação de São João Nepomuceno de Lavras do Funil data de fins do século XVIII, sendo fundadores Francisco da Silva Teixeira, José Simões de Aguiar, Manoel Pereira de Carvalho, Cap. Matheus Luiz Garcia, e posteriormente Flávio Antônio de Morais, João Antônio Gomes, Alferes José Antônio de Lima e cap. Manoel Joaquim da Costa.

Em torno da capela formou-se o primeiro núcleo que deu origem ao Povoado de São João Nepomuceno, à medida que se fixavam novos agricultores, a região se desenvolvia a ponto de, em 1831, ser elevado a Distrito de paz (11 de setembro de 1831) e freguesia pela Lei Número 209, de 7 de abril de 1841.

O nome Nepomuceno procede de NepomuK, uma cidade de Boêmia, na Tchecoslováquia. Em 1383 foi São João Nepomuceno ali martirizado, por ordem do Rei Venceslau IV. É que o Santo lhe recusou manifestar os pecados da rainha Joana, sua esposa.

"Espraiando-se a fazenda do Congonhal, cruzamento das antigas estradas de passos a Formiga e Lavras, surgiu o Arraial de S. João Nepomuceno, incorporado logo à Paróquia de Lavras do Funil."

Em 30 de agosto de 1911, Nepomuceno conseguiu sua emancipação política administrativa, estabelecendo-se como município, através da Lei Estadual, nº 556, de 30 de agosto de 1911, sancionada pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado de Minas Gerais, Dr. Júlio Bueno Brandão.

Em 20 de abril de 1936 torna-se comarca.

Aspectos Geográficos
Nepomuceno, situa-se no sul do Estado de Minas Gerais. Com área territorial é de 583,78 Km2, a 843m de altitude, tem como coordenadas geográficas: 21º, 13'e 50" segundos de Latitude Sul, 45º, 10' e 50" de Latitude WGR, da Capital do Estado em linha reta.

Seu clima é úmido, de verões brandos, porém sujeito esporadicamente a grandes estiagens. Temperatura média anual de 19 a 21 graus ºC. O inverno as vezes é muito rigoroso.

Nepomuceno encontra-se a 11Km da rodovia Fernão Dias, BR 381 que liga os Estados de Minas Gerais e São Paulo. Desta forma possui ligação através de Rodovias pavimentadas com as principais capitais do País e cidades vizinhas.

Com base no censo realizado em 2000, podemos afirmar que sua população e de 24.761 habitantes, sendo 6.702 na zona rural, 18.059 na sede.

A topografia é representada pelas Serras São João, Morembá, do Oriente, Dois Irmãos, do Carrapato e da Paineira.

O município é banhado pelos Rios Grande e Cervo. É lindeiro dos Lagos de Furnas.

Fonte: www.nepomuceno.com.br
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NOVA LIMA (MINAS GERAIS), HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE NOVA LIMA


População 2013: 82.900
Área da unidade territorial (Km²): 429,063
Densidade demográfica (hab/Km²): 189
Gentílico: Nova-limense

Histórico
Ao iniciar o século XVIII, as bandeiras vindas de São Paulo descobriram que as novas terras que começavam a ser desbravadas possuíam solos fecundos de riquezas minerais, principalmente ouro. Esse foi o motivo do início do povoamento na região de Nova Lima.

No ano de 1701, o bandeirante paulista Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, cunhado de Garcia Rodrigues Pais, encontra ribeirões auríferos e inicia atividades mineradoras; isso foi o suficiente para atrair aventureiros e logo se formar um núcleo populacional. A mineração era feita nas minas de Bela Fama, Cachaça, Vieira, Urubu, Gaia, Gabriela, Faria, Garcês, Batista, Morro Velho e outras.

O local passa a ser conhecido como Congonhas das Minas de Ouro e depois simplesmente Congonhas. Esse nome designa uma erva que era facilmente encontrada na região das minas e era utilizada pelos índios para fazer infusões.

Em 1726, Pedro Peixoto Huna, Pedro de Souza Barros, Antônio Cardoso, Pedro da Fonseca Osório, Manoel Ferreira Barbosa, Damásio da Silva Falcão, José da Costa Vale, Antônio Mina, Firmo Dias, Joaquim da Costa Mesquita, Manuel Rodrigues Lima e o Padre Manuel de Almeida foram agraciados com datas.

Entre a Serra do Curral e a Serra da Moeda, o arraial foi crescendo ao redor da capela do Senhor do Bonfim, depois tomou a direção norte, ao redor da capela de Nossa Senhora do Pilar. Desenvolver ao redor de uma capela e sem nenhum planejamento era o desenrolar natural de todos os arraiais da região das minas.

Pela Lei Provincial nº 50, de 8 de abril de 1836, foi criado o distrito de Congonhas do Sabará. No dia 5 de fevereiro de 1891, pelo Decreto Lei nº 364 foi elevada a cidade com o nome de Vila Nova de Lima em homenagem ao governador Augusto de Lima Júnior. Em 7 de setembro de 1923, passou a se chamar Nova Lima.

Em 1814, a Mina do Morro Velho, de propriedade do Padre Freitas, era uma das mais produtivas da região; contava com 22 empregados e 122 escravos e forneceu 14 quilos de ouro. A falta de recursos técnicos levou a paralisação dos trabalhos alguns anos depois. Em 1834, a mina foi adquirida pela empresa inglesa Saint John del Rey Minning Company Limited.

O estabelecimento da companhia inglesa no distrito marcaria para sempre a vida e o futuro da cidade. O viajante e pesquisador inglês Richard Burton esteve no distrito e relatou: Congonhas curou-se da decadência e do abandono com que Saint Hilaire a encontrou..." Há algo de inglês nas casas muito bem cuidadas, tendo em frente canteiros de flores cercados de grades e um regato escuro em leito de ardósia".

Em 1902, foi criado o Grupo Hidro-Elétrico do Rio do Peixe pelo administrador George Chalmers; em 1933, o grupo já possuía seis usinas geradoras.

"A influência inglesa na arquitetura e no urbanismo é marcante e pode ser vista ainda hoje no bairro das Quintas, local das residências dos dirigentes da mina. As casas foram construídas no centro dos lotes, que são geralmente delimitadas por cerca viva... Também na culinária a influência inglesa pede ser observada. Os cakes ingleses deram origem à famosa 'queca' (corruptela de cake) de Nova Lima, um bolo de Natal feito com nozes, avelãs, castanhas, passas e frutas cristalizadas... Apesar de exercer forte influência nos costumes, no vocabulário e na culinária, os ingleses não tiveram ascendência nas crenças religiosas dos moradores da região. A Igreja Anglicana ministrava seu culto apenas para britânicos" (Carlos Ávila e Rosangela Guerra, 2000).

Vários sobrenomes ingleses ainda são assinados por famílias nova-limenses, descendentes dos antigos trabalhadores: Hodge, Heslop, Gill, Sanders, Nicholls, Lloyd, Jones, Bichart, Morgan.

Na década de 50, a Morro Velho foi transferida para a empresa americana The Hanna Company. Na década de 60, passou a ser administrada por brasileiros.

A partir da década de 60, as riquíssimas jazidas de minério de ferro passaram a ser exploradas, dando um novo rumo à economia do município.

Uma das mais importantes referências populares do município é o Leão do Bonfim - Villa Nova Atlético Clube. Com sua torcida fiel e entusiasmada, faz parte da história do futebol mineiro; com mais de 95 anos, é um dos times mais antigos de Minas. No estádio municipal Castor Cifuentes, o "Alçapão do Bonfim", acontecem partidas do Campeonato Mineiro.

Formação Administrativa
Pela Lei Provincial nº 50, de 8 de abril de 1836, foi criado o distrito de Congonhas do Sabará. No dia 5 de fevereiro de 1891, pelo Decreto Lei nº 364 foi elevada a cidade com o nome de Vila Nova Lima em homenagem ao governador Augusto de Lima Júnior, emancipando-se do cidade de Sabará

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Vila Nova Lima, Piedade do Paraopeba e Santo Antônio do Rio Acima.

Pela lei estadual nº 843 de 07-09-1923, o município de Vila Nova Lima passou a denominar-se simplesmente Nova Lima e o distrito de Santo Antônio do Rio Acima a denominar-se Rio Acima.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos: Nova Lima, Piedade do Paraopeba e Rio Acima (ex-Santo Antônio do Rio Acima).

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, Nova Lima adquiriu do município de Sabará o distrito de Raposos. Sob a mesma lei acima citado, desmembra do município de Nova Lima o distrito de Piedade do Paraopeba, para formar o novo município de Brumadinho.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Vila Nova Lima, Raposos e Rio Acima.

Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Nova Lima os distritos de Raposos e Rio Acima, ambos elevados à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica distrital

Vila Nova de Lima para simplesmente Nova Lima alterado, pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923.

Fonte: IBGE www.descubraminas.com.br 
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MUTUM (MINAS GERAIS) - HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE MUTUM


População 2013:  26.900
Área da unidade territorial (Km²): 1.250,822
Densidade demográfica (hab/Km²): 21,31

Histórico
A região em que se encontra do município teria sido ocupada primitivamente por aborígenes, com destaque para o chefe indígena Guido Pokrane. Grandes áreas foram doadas, em 1860, ao alferes Francisco Inácio Fernandes Leão, pelo Governador da Província de Minas Gerais.

Ao fazer o reconhecimento de suas terras em 1864, o alferes acompanhado pelo Major Joaquim Teixeira e um grupo de aborígenes desceram por um rio até a foz de um de seus afluentesda margem esquerda, subiram a margem esquerda deste e chegaram no dia 17 de junho, data consagrada ao santo São Manuel, ao local onde existira anteriormente uma povoação, ao qual deram-lhe o nome de Guaxima (malvácea muito abundante na região), ao rio deram-lhe o nome do referido santo e ao afluente denominaram de Mutum designação de uma ave muito comum na região. Dezoito anos depois, o alferes Francisco Inácio doou 96,80 hectares para a construção naquele local de uma capela em homenagem a São Manuel. Assim surgiu no local nova povoação, que passou a chamar-se São Manuel de Mutum. A vinda dos primeiros povoadores foram pela facilidade de adquirirem grandes áreas de terras férteis. Outro fator de ocupação foi o litígio entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Sendo que os primeiros povoadores vieram de Rio Pardo (atual IUNA/ES), da Zona da Mata de Minas Gerais e do norte do Rio de Janeiro.

Gentílico: Mutuense

Formação Administrativa
Situado em território litigioso, a povoação foi elevada à categoria de distrit em 1911 pelo Estado Minas Gerais e de município em 1912 pelo Estado do Espírito Santo, passando definitivamente para a jurisdição atual por força de Laudo Arbitral de 30 de novembro de 1914 firmado entre os dois estados. O Distrito foi criado com a denominação de São Manuel do Mutum pela lei estadual nº 556, de 30/­08/1911, subordinado ao município Rio José Pedro (atual Ipanema) em Minas Gerais. Nessa época, o Estado do Espírito Santo o considerava como parte integrante de seu território, pertencente ao município de Rio Pardo (atual Iuna).

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito figura como território integrante dos municípios de Rio José Pedro no Estado Minas Gerais e Rio Pardo no Estado do Espírito Santo.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Marechal Hermes, pela lei nº 824 do Estado do Espírito Santo, datada de 10/04/1912, desmembrado do município de Rio do Pardo. Sede no atual distrito de São Manuel do Mutum ex-povoado. Constituído de 3 distritos: São Manuel do Mutum, Bom Jardim e São Sebastião do Ocidente, todos desmembrados do município de Rio do Pardo. Instalado em 19/06/1912

Pelo laudo arbitral de 30/11/1914, ratificado pelo decreto estadual nº 4304, de 19/01/1915, retificado pela lei estadual nº 673, de 05/09/1916, o município de São Manuel do Mutum é anexado ao Estado de Minas Gerais.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 01/09/1920, o município é constituído de 3 distritos: São Manuel do Mutum, Bom Jardim e São Sebastião do Ocidente.

Pela lei estadual nº 843, de 07/07/1923, são criados os distritos de Centenário e São Francisco do Humaitá e anexados ao município de São Manuel do Mutum. Sob a mesma lei acima citado o distrito de São Sebastião do Ocidente passou a denominar-se simplesmente Ocidente e Bom Jardim a denominar-se Roseiral.

Elevado à categoria de cidade com a denominação de São Manuel do Mutum, pela lei estadual nº 893, de 10/11/1925.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: São Manuel do Mutum, Centenário, Ocidente ex-São Sebastião do Ocidente, Roseiral ex-Bom Jardim e São Francisco do Humaitá.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31/12/1936 e 31/X12/1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17/12/1938, o município de São Manuel do Mutum passou a denominar-se simplesmente Mutum. Sob o mesmo decreto acima citado altera a denominação de distrito de São Francisco do Humaitá para Humaitá.

No quadro fixado para viagorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Mutum, Centenário, Humaitá, Ocidente e Roseiral.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31/12/1943, o distrito de Humaitá passou a denominar­-se Alto Guandu.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos: Mutum, Alto Guandu, Centenário, Ocidente e Roseiral

Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o município é constituído de 5 distritos: Mutum, Centenário, Ocidente, Roseiral e São Francisco do Humaitá ex-Alto Guandu.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 18/08/1988.

Pela lei municipal nº 028, de 30/09/1991, é criado o distrito de Imbiruçu e anexado ao município do Mutum.

Em divisão territorial datada de 01/06/1995, o município é constituído de 6 distritos: Mutum, Centenário, Imbiruçu, Ocidente, Roseiral e São Francisco do Humaitá.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alteração toponímica municipal

São Manuel do Mutum para Mutum alterado pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17/12/1938.

Fonte: IBGE
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