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RONDÔNIA - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA

GEOGRAFIA – Área: 237.576,2 km². Relevo: planície a oeste, depressões e pequenos planaltos a norte, planalto a sudeste. Ponto mais elevado: serra dos Pacaás (1.126 m). Rios principais: Guaporé, Jaci-Paraná, Ji-Paraná, Madeira, Mamoré. Vegetação: floresta Amazônica e cerrado a oeste. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Porto Velho (468.800), Ji-Paraná (122.400), Ariquemes (92.900), Cacoal (86.420), Vilhena (76.700), Jaru (56.200), Rolim de Moura (52.900), Buritis (39.600), Guajará-Mirim (42.570), Ouro Preto do Oeste (41.750) (2012). Hora local: -1h. Habitante: rondoniano.

POPULAÇÃO – 1.682.700 (est. 2012).

CAPITAL – Porto Velho. Habitante: porto-velhense. População: 468.800 (est. 2012).

Localizado na Região Norte, Rondônia (RO) tem dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica. Os pontos mais altos do estado são a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26 °C. Entre 1991 e 2000, o crescimento demográfico médio é de 2,2% ao ano. Rondônia é o terceiro estado mais populoso da região, com 1,56 milhão de habitantes, atrás do Amazonas e do Pará.

Turismo – O estado tem grande potencial turístico, ainda pouco explorado. Para incentivar o setor, o governo cria uma zona de livre-comércio em Guajará-Mirim, município localizado na fronteira com a Bolívia, a 333 quilômetros da capital, Porto Velho. Cada visitante pode comprar até 2 mil reais em produtos importados, entre os quais os eletroeletrônicos. Com 1,7 mil quilômetros de extensão, o rio Madeira, o maior afluente da margem direita do rio Amazonas, corta Porto Velho. Os turistas podem deslizar por suas águas e navegar no meio da floresta Amazônica, admirando árvores centenárias e bandos de aves coloridas ou se aventurando por trechos de corredeiras.

Economia – Rondônia é o segundo maior produtor de cassiterita do país, atrás do Amazonas. A maior parte do minério é retirada do garimpo de Bom Futuro, em Ariquemes.As maiores empresas do estado atuam nos setores de comércio, energia e telefonia, produção de alimentos e bebidas, mineração, metalurgia e criação de gado.

A construção do porto graneleiro de Porto Velho, em 1995, a abertura da hidrovia do rio Madeira, em 1997, e a construção das Usinas do Madeira a partir de 2010 facilitam o escoamento da produção de Rondônia e impulsiona a economia do estado. A soja é o principal item transportado. Com aproximadamente 1,1 mil quilômetros, a hidrovia liga a capital ao porto de Itacoatiara, próximo a Manaus, no Amazonas. O comércio com outros estados se baseia na venda de produtos agrícolas e minerais e na compra de máquinas, veículos e farinha de trigo. A abertura de novas fronteiras agrícolas contribui para que o estado apresente o segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, atrás apenas de Mato Grosso. Os principais produtos agrícolas rondonianos são cacau, café, arroz, feijão, soja e milho. A madeira é o mais importante item de exportação do estado, mas calcula-se que os dados referentes a sua produção sejam subestimados. No biênio 2001-2002, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autoriza o desmatamento de 12,2 mil hectares em Rondônia, mas imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a área desmatada no período foi de 246,5 mil hectares. Em 2002, a produção de madeira atinge 2,1 milhões de metros cúbicos, quase quatro vezes mais que no ano anterior. Para conter o desflorestamento, é criado, em 2001, na fronteira com a Bolívia, o primeiro corredor ecológico binacional. Com financiamento inicial do Banco Mundial, o corredor terá área de 23 milhões de hectares – quase o tamanho do estado de São Paulo. Além de preservar sub-bacias hidrográficas da bacia Amazônica, deve ajudar a proteger espécies animais e vegetais endêmicas.

Porto Velho
Massacre de garimpeiros – A morte de 29 garimpeiros pelos índios cintas-largas, em abril de 2004, traz à tona o problema da disputa pelos diamantes na reserva indígena Roosevelt. A região de 2,7 milhões de hectares pode abrigar uma das maiores jazidas do mundo, o que atrai a cobiça de empresas e de indivíduos. Como a extração de diamantes em áreas indígenas é ilegal, a reserva Roosevelt, dos cintas-largas, é alvo de intensa ação de contrabandistas. Os conflitos entre garimpeiros e índios na região causam pelo menos 60 mortes nos últimos seis anos. No massacre de 2004, dez cintas-largas são indiciados por assassinato.

Índices sociais – A mortalidade infantil é de 16,2 a cada mil nascidos vivos, abaixo da média nacional. Cerca de 60% dos domicílios não têm água encanada em 2011, 68% não são dotados de sistema de esgoto e 32% não contam com coleta de lixo. O trabalho escravo é outro grave problema.

Capital – Maior cidade do estado, com 465,9 mil habitantes, Porto Velho é o principal pólo comercial de Rondônia. A capital serve de centro também aos municípios do sul do Amazonas, mais próximos de Porto Velho que de Manaus.

História
Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer a região que equivale ao atual estado de Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse por aquelas terras. Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só prosperam no fim do século XIX, com o surto da exploração da borracha. É com o estabelecimento definitivo do antigo Território do Acre, em 1903, que Rondônia se desenvolve, pois o Tratado de Petrópolis obriga o Brasil a construir a ferrovia Madeira-Mamoré. A rede telegráfica estabelecida pelo marechal Cândido Rondon é outro importante impulso à integração da região. Em 1943 é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, com o desmembramento de parte de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da área. Em 1956, o território passa a se chamar Rondônia. Até a década de 1960, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará. O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir dos anos 1960 e 1970. Os incentivos fiscais aos empreendimentos privados e os investimentos do governo federal, bem como os projetos de construção de rodovias e de implantação de núcleos de colonização, estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita contribui para o aumento populacional. Entre a década de 1960 e a de 1980, o número de habitantes cresce mais de sete vezes, passando de 70 mil para 500 mil. Rondônia é elevado à condição de estado em 1981, mas a redução de investimentos, o esgotamento prematuro das melhores terras para a agropecuária e a devastação florestal dificultam seu desenvolvimento econômico e causam sérios problemas sociais e ambientais.
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RIO GRANDE DO SUL- GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA – Área: 281.748,5 km². Relevo: planície litorânea com restinga e areia, planaltos a oeste e a nordeste e depressão no centro. Ponto mais elevado: serra Geral (1.398 m). Rios principais: Camaquã, dos Sinos, Ibicuí, Ijuí, Jacuí, Jaguarão, Pelotas, Quaraí, Taquari, Uruguai. Vegetação: campos (campanha gaúcha) ao sul e a oeste, floresta tropical a leste, mata de araucária a norte, restingas litorâneas. Clima: subtropical. Municípios mais populosos: Porto Alegre (1.698.300), Caxias do Sul (420.260), Pelotas (388.500), Canoas (351.900), Santa Maria (282.980), Gravataí (269.100), Novo Hamburgo (266.850), Viamão (262.400), São Leopoldo (218.700), Alvorada (214.400) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: gaúcho.

POPULAÇÃO – 11.216.000 (est. 2012).

CAPITAL – Porto Alegre. Habitante: porto-alegrense. População: 1.698.300 (est. 2012).

No maior e mais populoso estado da Região Sul está um dos pontos extremos do país, o arroio Chuí. O clima do Rio Grande do Sul (RS) é subtropical, e o relevo apresenta planícies litorâneas, planaltos a oeste e nordeste e depressões no centro. O estado tem vegetação de campos (os Pampas Gaúchos), floresta tropical, matas de araucárias e restingas no litoral. Os principais colonizadores são os imigrantes italianos, que se fixam principalmente na região serrana, no nordeste do estado, e os alemães, que ocupam sobretudo a região do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre. Os portugueses, entre os quais os açorianos, permanecem no litoral.Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos Pampas, na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre essas tradições destacam-se o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, compostos de bombachas (calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho e lenço no pescoço.

Porto Alegre
Turismo – Na Serra Gaúcha, onde o inverno é rigoroso, erguem-se cidades com características européias, como Gramado e Canela. Na região de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, o maior centro produtor de vinho do Brasil, a atração é a culinária italiana. A noroeste do estado, na região das Missões, os municípios de São Borja e São Miguel preservam ruínas das povoações jesuítas do século XVII, consideradas patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Na divisa com o estado de Santa Catarina, no Parque Nacional de Aparados da Serra, o principal ponto turístico é o cânion do Itaimbezinho, formação rochosa com cerca de 5,8 quilômetros de extensão, 2 quilômetros de largura e profundidade que chega a 720 metros.

Economia – Apoiado na produção de couro, o estado é o maior fabricante de calçados do país. O Rio Grande do Sul produz também fumo, petroquímicos, madeira e derivados. Importa petróleo, nafta e fertilizantes. A economia gaúcha é bastante desenvolvida, com destaque para o setor industrial, cujo crescimento em 2003 só é inferior ao do Espírito Santo. Esse bom desempenho é puxado pelos ramos petroquímico, de máquinas e implementos agrícolas, de fertilizantes, de construção, de produção de cigarros e alimentício. Ganha força também a indústria automobilística, com a instalação da fábrica da General Motors do Brasil em Gravataí, na Grande Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de grãos, atrás apenas do Paraná, com expressiva colheita de soja, milho, trigo e arroz. Quase 90% de toda a soja transgênica produzida no país sai do estado. Com respaldo do governo federal, que vem autorizando o plantio de sementes geneticamente modificadas, o Rio Grande do Sul destina 2,59 milhões de hectares ao plantio de soja transgênica. Estima-se que cerca de 80% da produção gaúcha seja transgênica ou esteja contaminada pelo grão modificado. O estado possui um dos maiores rebanhos bovinos do país e é a segunda maior criação de aves.

Índices sociais – O Rio Grande do Sul registra o menor índice de mortalidade infantil do país, com 6,4 mortes por mil nascidos vivos. Os investimentos em educação e saúde fazem com que a qualidade de vida seja uma das melhores do Brasil. O estado apresenta o quarto mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, depois do Distrito Federal, de Santa Catarina e de São Paulo.

Capital – A região da Grande Porto Alegre é o principal centro de compras e serviços do Rio Grande do Sul. A capital é conhecida como uma das cidades mais arborizadas do país. Uma de suas atrações tradicionais é o pôr-do-sol no rio Guaíba.

História
A região do atual estado do Rio Grande do Sul não fazia parte dos domínios coloniais portugueses assinalados pelo Tratado de Tordesilhas. Mas, com a importância estratégica da área do rio da Prata, o território logo atrai a atenção dos colonizadores. Durante a União Ibérica entre Espanha e Portugal (1580/1640), a expansão territorial é facilitada, levando os primeiros sertanistas e criadores de gado à região. Depois é a vez dos bandeirantes paulistas, interessados na captura dos índios guaranis aldeados nas missões do Paraná e do Paraguai pelos padres jesuítas. Em fuga, eles deslocam as aldeias para o sul, ao longo do rio Uruguai.

A metrópole estimula a imigração de famílias açorianas para a recém-criada capitania de São Pedro do Rio Grande. O primeiro povoamento é a base militar criada em 1737 na embocadura da lagoa dos Patos, embrião da cidade portuária de Rio Grande. Dez anos mais tarde é fundada a vila de Porto dos Casais, atual Porto Alegre. Esse desenvolvimento dificulta a definição da fronteira e a separação entre os domínios de Portugal e as terras da Espanha, que só é acertada no Tratado de Madri, de 1750. Os índios não aceitam abandonar as terras das missões, passando do lado brasileiro para o argentino do rio Uruguai, o que deflagra a Guerra Guaranítica.

Revoltas – Vencida a resistência dos índios guaranis, as fazendas de gado espalham-se pelo território gaúcho. O Rio Grande do Sul participa das lutas da independência, mas tem seu crescimento barrado pelo centralismo do Império, o que causa conflitos que culminam com a Revolta dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Posteriormente, o estado envolve-se também na Guerra do Paraguai (1865/1870).

Nos primeiros anos da República, os gaúchos mergulham na violenta Revolta Federalista (1893/1895), que instaura uma guerra civil entre republicanos e federalistas. Os revolucionários propõem uma confederação com outras repúblicas, daí sua união com o internacionalista Giuseppe Garibaldi, um dos responsáveis pela unificação italiana. Garibaldi chega a fundar, com o general David Canabarro, a efêmera República Juliana, em Santa Catarina.

Período republicano – Durante a República, o estado continua a receber grande número de imigrantes estrangeiros, principalmente italianos e alemães, num intenso movimento que se havia iniciado ainda durante o Império, na década de 1870 e na de 1880. Com os empreendimentos familiares dos imigrantes, a atividade industrial prospera principalmente em Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Caxias do Sul, sobretudo nos setores de alimentos, tecidos, móveis, calçados, ferramentas e utensílios domésticos. Nas lutas políticas da República Velha, destacam-se Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, representantes das oligarquias gaúchas. O estado participa decisivamente da Revolução de 1930, sob a liderança de Getúlio Vargas, que põe fim à República Velha. Na década de 1970, a indústria começa a se diversificar, com investimentos nos setores químico e metal-mecânico e empreendimentos de grande porte, como o pólo portuário e industrial da cidade de Rio Grande e o pólo petroquímico de Triunfo, próximo a Porto Alegre. Com uma economia equilibrada entre a indústria e a agropecuária e sem grandes desequilíbrios sociais, o Rio Grande do Sul se mantém entre os estados com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
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RIO GRANDE DO NORTE - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

GEOGRAFIA – Área: 52.796,8 km². Relevo: planície litorânea, com depressão na maior parte e planaltos ao sul. Ponto mais elevado: serra do Coqueiro (868 m). Rios principais: Apodi, Curimataú, Jacu, Piranhas ou Açu, Potengi, Seridó, Trairi. Vegetação: mangue no litoral, faixa de floresta tropical e caatinga a oeste. Clima: tropical no litoral e a oeste e semi-árido no centro. Municípios mais populosos: Natal (802.080), Mossoró (255.910), Parnamirim (173.180), São Gonçalo do Amarante (88.060), Ceará-Mirim (71.690), Macaíba (64.740), Caicó (63.260), Açu (52.110), Currais Novos (42.880), São José de Mipibu (39.900) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: potiguar.

POPULAÇÃO – 3.154.100 (est. 2012).

CAPITAL – Natal. Habitante: natalense. População: 802.080 (est. 2012).

O nome do estado é inspirado no rio Potengi, que deságua no mar no extremo nordeste do país, na "esquina do Brasil". O litoral e a porção oeste do Rio Grande do Norte (RN) têm clima tropical, enquanto o centro é semi-árido. A vegetação apresenta áreas de mangue no litoral e de floresta tropical e caatinga no interior.

Economia – O estado contribui com apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A economia potiguar baseia-se no comércio, na indústria têxtil, na agroindústria e no turismo. A produção de camarão em cativeiro tem aumento explosivo e o estado supera o Ceará como o maior exportador brasileiro do crustáceo. A atividade provoca polêmica, porque os criadouros se concentram nos manguezais, que, por lei, devem ser intocados. A agricultura do estado é a que mais cresce a partir de 2002, apoiada na expansão da fruticultura irrigada e, principalmente, na cana-de-açúcar. Mandioca, milho, coco e melão são outras culturas importantes. Das salinas do Rio Grande do Norte são extraídos mais de 90% do sal do país. O estado é também o maior produtor nacional de petróleo em terra.

Índices sociais – A renda per capita estadual é de 11.800 reais, pouco mais da metade da média nacional. A taxa de mortalidade infantil é a quinta maior do país: 41,9 a cada mil crianças nascidas vivas. A cobertura da rede de esgoto não chega à metade dos domicílios e o analfabetismo atinge 22,7% da população.

Natal
Capital – Natal é o principal destino turístico do estado. A carne-de-sol com arroz-de-leite e os frutos do mar são os destaques de sua culinária.

História
Uma das maiores capitanias do início do período colonial, o Rio Grande do Norte é doado a João de Barros, que inicia a colonização em 1535. A tentativa fracassa diante do ataque de franceses e da resistência indígena. Somente no fim do século, os portugueses conseguem desembarcar na região, quando fundam o forte dos Reis Magos e a Vila de Natal. Com clima e solo menos favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, a região torna-se centro de criação de gado. Ganha importância também a exploração do sal. O emprego do trabalho escravo indígena provoca forte reação dos cariris, que, com outras tribos, desencadeiam a Guerra dos Bárbaros, em 1685, só encerrada nos primeiros anos do século XVIII.

Restrições econômicas – Durante o período colonial, o Rio Grande do Norte permanece uma capitania pouco povoada e pobre. Depois da independência, a província passa a comercializar produtos como o sal e a carne-de-sol. As plantações de algodão permitem que, no fim do Império, sejam instaladas as primeiras manufaturas têxteis. Durante a Intentona Comunista, em 1935, o movimento chega a dominar Natal, antes de ser reprimido. Na II Guerra Mundial, o Rio Grande do Norte cede áreas para bases militares norte-americanas. Apesar dos investimentos canalizados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a partir dos anos 1960 e do crescimento da indústria salineira, o estado registra lenta progressão econômica.
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RIO DE JANEIRO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

GEOGRAFIA – Área: 43.696,1 km². Relevo: planície litorânea com morros, lagos, várzeas e dunas e planalto a oeste. Ponto mais elevado: pico da Agulhas Negras, na serra do Itatiaia (2.791,5 m). Rios principais: Grande, Itabapoana, Macaé, Muriaé, Paraíba do Sul, Piraí, Preto. Vegetação: mangue no litoral e mata Atlântica, floresta tropical. Clima: tropical atlântico. Municípios mais populosos: Rio de Janeiro (6.710.300), São Gonçalo (1.040.200), Duque de Caxias (899.670), Nova Iguaçu (855.100), Belford Roxo (502.320), Niterói (495.400), São João de Meriti (482.630), Campos dos Goytacazes (454.700), Petrópolis (318.400), Volta Redonda (270.200) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: fluminense.

POPULAÇÃO – 15.958.750 (est. 2012).

CAPITAL – Rio de Janeiro. Habitante: carioca. População: 6.710.300 (est. 2012).

Menor estado da Região Sudeste, o Rio de Janeiro (RJ) abriga a terceira maior população do país, atrás de São Paulo e de Minas Gerais.

O turismo é uma de suas principais fontes de receita. Com o Carnaval mais famoso do mundo, a capital, Rio de Janeiro, é ponto de atração de visitantes brasileiros e estrangeiros. A atividade turística é forte também em Búzios e Cabo Frio, no litoral norte do estado. Em Angra dos Reis e Parati, no sul, há praias muito apreciadas, acessíveis apenas por barco. Nesse trecho do litoral, Ilha Grande atrai cada vez mais turistas desde a desativação, em 1994, de um antigo presídio. A ilha oferece boas áreas para mergulho e trilhas para caminhadas no meio da mata Atlântica. Na região serrana destacam-se Petrópolis e Nova Friburgo, cidades que conservam arquitetura e costumes da colonização alemã e suíça. Visconde de Mauá e Itatiaia sobressaem pelas paisagens naturais e pelo ecoturismo. Recentemente, o estado descobre a vocação turística do Vale do Paraíba, região de belas fazendas históricas da época áurea da cultura do café, no século XIX.

Meio ambiente – O ecossistema do litoral fluminense vem sofrendo danos decorrentes dos constantes vazamentos de óleo combustível. As principais fontes de lançamento irregular de óleo são indústrias, terminais de combustíveis, postos de gasolina, estaleiros e navios petroleiros. Os acidentes com a Petrobras agravam a situação. Depois do desastre de 2000, quando um duto despeja 1,2 milhão de litros de petróleo na baía de Guanabara, a plataforma P-36, que fazia extração de petróleo na bacia de Campos, explode e afunda, em um acidente que causa a morte de 11 operários, em 2001. O estado, que ocupa uma região antes dominada inteiramente pela mata Atlântica, tem apenas 19% da antiga vegetação, concentrados em pontos de difícil acesso no litoral e nas regiões mais altas .

Economia – Apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio de Janeiro vem da agricultura. A indústria é responsável por 49,6% e o comércio e os serviços, por 49,8%. Os setores industriais mais dinâmicos são o químico, o metalúrgico, o siderúrgico, o de material eletrônico, o farmacêutico e o da construção civil. A Região Sul do estado, beneficiada pela boa infra-estrutura e pela proximidade com os grandes centros, é escolhida por várias indústrias metalúrgicas e automotivas para instalação de suas fábricas. A montadora de ônibus e caminhões da Volkswagen, que funciona em Resende desde 1997, e a construção da unidade da Peugeot-Citroën, em Porto Real, município vizinho, atraem pequenas e médias empresas.A Petrobras é a maior empresa com sede no estado. A Bacia de Campos, a maior área petrolífera do país, localiza-se no Rio de Janeiro. Esse fato contribui para fazer do estado o principal produtor de petróleo e gás natural do Brasil. Metade das exportações fluminenses corresponde à comercialização de petróleo e derivados. A intenção da Petrobras de encomendar navios petroleiros e plataformas a empresas brasileiras estimula a modernização dos estaleiros da região e impulsiona a indústria naval, em dificuldades desde o fim da década de 1980. A cana-de-açúcar, apesar do declínio, é ainda a principal lavoura do estado. Crescem os investimentos na fruticultura, sobretudo abacaxi, tomate, laranja, maracujá, banana e coco.

Enriquecimento de urânio – Fica em Resende a única fábrica de enriquecimento de urânio do Brasil. Após meses de negociação, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) autoriza seu funcionamento em 2004. A polêmica surgiu porque o governo brasileiro, com o objetivo de guardar segredo tecnológico, não permitiu que os inspetores tivessem acesso visual às centrífugas. Isso gerou especulações sobre a eventual utilização do urânio para fins não pacíficos. O governo pretende atingir a auto-suficiência no enriquecimento de urânio até 2010. Atualmente, o urânio que alimenta a usina nuclear de Angra dos Reis para a geração de energia elétrica é enriquecido no Canadá e na Europa.

Índices sociais – A sangrenta disputa pelo comando do tráfico de drogas e os confrontos entre policiais e traficantes nos morros da cidade do Rio de Janeiro mancham sua imagem de cartão-postal do Brasil. Além de afetar a população local, a violência urbana provoca efeitos negativos sobre o turismo. Em 2004, uma série de crimes contra visitantes estrangeiros ganha os noticiários. O assalto a uma família de turistas uruguaios é filmado por um cinegrafista amador e tem repercussão internacional. Nos dois casos mais graves, uma turista japonesa é esfaqueada e um visitante espanhol, morto a tiro. De outro lado, o estado do Rio de Janeiro mantém a melhor média de escolaridade do Sudeste: 44,5% de sua população tem oito anos ou mais de estudo. A taxa de alfabetização é a maior do país: 94,9%. Sua renda per capita já supera a dos paulistas, ficando atrás apenas do Distrito Federal. No ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nacional, o estado detém a quinta posição. Segundo o Censo de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro é o estado menos católico do país e o de maior concentração feminina no Sudeste.

Rio de Janeiro
Capital – A cidade do Rio encanta os turistas com suas belezas naturais, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a floresta da Tijuca e as praias, entre as quais se destacam Copacabana e Ipanema. Além da paisagem natural, a cidade, que foi sede do governo durante o período colonial e capital brasileira de 1822 a 1960, abriga importante acervo histórico e arquitetônico. Há ainda uma agitada vida noturna e cultural, com muitos cinemas, teatros, bares, restaurantes e boates. Criada a partir do projeto Ciclovias Cariocas, em 1993, a rede de ciclovias da cidade já é a maior da América Latina, com 100 quilômetros construídos (mais 150 quilômetros projetados). Pedalam diariamente pelas ciclovias 2 mil pessoas, sobretudo nas zonas turísticas, ao longo das praias. Em 2001, pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) para calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital fluminense, apesar de mostrar avanços na educação, indica profundas desigualdades sociais. Enquanto os 10% mais ricos da população se apropriam de 45% da renda da cidade, os 40% mais pobres detêm menos de 9% da riqueza produzida. A desigualdade é uma das explicações para a violência e o tráfico de drogas nos morros cariocas. Cerca de 10% dos domicílios no estado localizam-se em favelas ou assemelhados, áreas onde há maior carência de serviços públicos.

História
Em razão do rentável comércio de pau-brasil, o litoral fluminense atrai colonizadores portugueses e corsários franceses ainda no século XVI. Em 1555 chega à região uma esquadra comandada pelo francês Nicolau Durand de Villegaignon, que funda a França Antártica. Os franceses resistem durante uma década às investidas das tropas portuguesas até serem derrotados por Estácio de Sá – morto em combate –, sobrinho do governador-geral Mem de Sá. Essa vitória marca a origem da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, fundada em 1º de março de 1565. Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, a povoação cresce e prospera como região portuária e comercial. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o porto do Rio de Janeiro torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saem ouro e diamante em direção à metrópole e entram escravos e produtos manufaturados. Em 1763, a importância da cidade faz com que o governo de Portugal a transforme em sede do Governo Geral, em substituição a Salvador, que entra então em acentuado processo de declínio econômico. Em 1808 chegam ao Rio a família real e a Corte, fugindo das tropas francesas que haviam invadido Portugal no ano anterior. A cidade se torna sede do governo português, o que transforma radicalmente sua vida. Após a declaração de independência, o Rio continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província da capital do Império, em 1834 o Rio de Janeiro é convertido em município neutro, e a nova capital da província do Rio de Janeiro passa a ser Niterói. O Rio de Janeiro concentra a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde força política para São Paulo e Minas Gerais.

Decadência política – O enfraquecimento econômico e político do Rio de Janeiro continua após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficia da industrialização, apesar de o estado ser escolhido para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no município de Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base no país.A cidade do Rio de Janeiro mantém-se como importante zona comercial, industrial e financeira. Mas o declínio acentua-se com a mudança da capital federal para Brasília, em 1960. Nesse ano, a cidade é transformada no estado da Guanabara, que dura apenas 14 anos. Em 1974, as duas unidades (Rio de Janeiro e Guanabara) fundem-se e voltam a constituir o atual estado do Rio de Janeiro.Com o objetivo de recuperar sua importância política e econômica, os governos militares investem pesadamente no estado: duas usinas nucleares são construídas em Angra dos Reis, além de ser implantados um pólo de indústria naval na baía de Sepetiba e um pólo petrolífero na bacia de Campos, que se torna o mais produtivo do país. O governo estadual pretende agora criar um pólo petroquímico na baía de Sepetiba.
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PIAUÍ - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO PIAUÍ

GEOGRAFIA – Área: 251.529,2 km². Relevo: terrenos baixos e arenosos no litoral, planaltos na maior parte e depressão a sudeste. Ponto mais elevado: serra Grande (865 m). Rios principais: Canindé, Gurguéia, Longá, Parnaíba, Piauí, Poti. Vegetação: mangue no litoral, mata de cocais a oeste e caatinga na maior parte. Clima: tropical e semi-árido no interior. Municípios mais populosos: Teresina (815.400), Parnaíba (160.190), Picos (78.700), Piripiri (67.600), Floriano (59.180), Barras (46.200), Campo Maior (45.900), União (44.600), Altos (40.080), Pedro II (39.100) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: piauiense.

POPULAÇÃO – 3.158.200 (est. 2012).

CAPITAL – Teresina. Habitante: teresinense. População: 815.400 (est. 2012).

Dos estados do Nordeste, o Piauí (PI) é o de litoral menos extenso: apenas 66 quilômetros. Trata-se, entretanto, de um trecho privilegiado, pois na divisa com o Maranhão situa-se o delta do rio Parnaíba, único em mar aberto do continente americano. O ecossistema do lado piauiense é extremamente rico, semelhante ao da Amazônia, com grande número de ilhas, lagoas, igarapés e praias de areia fina, tomadas por dunas e coqueirais. De clima tropical no litoral e semi-árido no interior, o Piauí enfrenta longos períodos de seca, e grande parte de sua área é coberta pela vegetação da caatinga.

Índices sociais – Com uma renda per capita de 8.110 reais, que não chega a um terço da média nacional, o Piauí ocupa a terceira mais baixa colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. O estado tem o segundo mais alto índice de analfabetismo do país, atrás apenas de Alagoas. Quase 35% dos domicílios de seus 221 municípios não possuem água encanada, 56% não dispõem de rede de esgoto e 47% não contam com coleta de lixo. Apenas 44% das casas estão ligadas à rede elétrica. Embora o Piauí apresente a menor taxa de mortalidade infantil do Nordeste, o índice de 22,1 mortes a cada mil nascidos vivos é considerado alto. A média nacional – também alta – é de 14,5 mortes por mil.

Economia – A economia do estado é dependente da agropecuária extensiva. Os principais rebanhos são de cabra e ovelha, que se adaptam bem ao clima semi-árido. O rebanho caprino do Piauí é o segundo do Nordeste, só perdendo para o da Bahia, e o ovino, o terceiro, atrás dos da Bahia e do Ceará.Os principais produtos agrícolas são a cana-de-açúcar, a mandioca, o milho e a soja. O estado está entre os maiores produtores e beneficiadores de castanha de caju do país. No extrativismo destacam-se a carnaúba, o babaçu, o buriti e o coco. Por não necessitar de muita água, a apicultura ganha força no estado, que já é o maior produtor de mel do país. As novas plantações no cerrado piauiense anunciam grande mudança no perfil agrícola do estado. Visto como uma das novas fronteiras para a soja brasileira, a região atrai produtores do Sul, e a produção do grão cresce rapidamente. A expansão das plantações de soja, no entanto, faz aumentar o desmatamento. Os pólos industriais situam-se em Teresina, Parnaíba, Picos e Floriano. Incentivos do governo estadual atraem, a partir de 1996, diversas indústrias, sobretudo químicas, de transformação, têxteis e de extração vegetal. Apesar disso, a produção industrial ainda é pequena. Os principais produtos exportados são os manufaturados da agroindústria e do extrativismo. As importações são de máquinas, material elétrico e tecidos sintéticos. O setor de serviços e comércio responde por 66,5% da economia estadual.

Turismo – Além da riqueza ambiental e da exuberância da paisagem, que mistura rio, dunas e mar no delta do Parnaíba, o turismo piauiense se apóia em importantes sítios arqueológicos, entre os quais os parques nacionais da Serra da Capivara e das Sete Cidades. O primeiro, considerado desde 1991 patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), abriga mais de 400 sítios arqueológicos. No Parque Nacional das Sete Cidades, ao norte, encontram-se formações rochosas datadas de milhões de anos, além de pinturas rupestres.

Pendência histórica – Na divisa com o estado do Ceará existe um trecho de quase 3 mil quilômetros quadrados que não faz parte, oficialmente, de nenhum dos dois estados. Tecnicamente, é uma área de litígio, mas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não há disputa pela terra. Na área estão alguns dos piores solos da região.

Teresina
Capital – Em Teresina, a capital, vivem 810 mil dos 3,1 milhões de habitantes do estado. Localizada às margens do rio Parnaíba, na divisa com o Maranhão, a quase 350 quilômetros do litoral, a cidade é a única capital nordestina que não fica à beira-mar. O motivo é o processo de colonização do estado, que, ao contrário do restante da Região Nordeste, ocorreu do interior para o litoral.

História
As autoridades portuguesas enviam várias expedições colonizadoras à região do Piauí no decorrer do século XVII, mas a ocupação efetiva do território se dá a partir de 1661, quando lá se fixam as primeiras levas de colonos procedentes da Bahia e de São Paulo. Dessa época em diante, a região é rapidamente desbravada.

Ocupação do estado – Há pelo menos três grandes correntes de ocupação na fase de desbravamento do território. Uma sai do Maranhão, pelos vales dos rios Itapicuru e Poti; outra, do Ceará, pela serra do Ibiapaba; e a principal, da Bahia, pelo sertão do Cabrobó. São colonos baianos que assumem o controle inicial do Piauí, estabelecendo-se na região que corresponde ao sudeste do estado, pois penetram pelo rio São Francisco, ao receber da Coroa portuguesa generosas doações de terra. Bandeirantes paulistas e colonos combatem ou eliminam os grupos indígenas mais hostis – como os índios tremembés – e instalam os primeiros povoados na região. Ao longo dos rios Piauí, Canindé e Parnaíba, são construídos os primeiros currais de gado.Em 1811, o Piauí separa-se do Maranhão e se torna capitania. Para garantir sua autonomia, os piauienses aderem à causa da independência e enfrentam as forças portuguesas, ao lado de maranhenses e cearenses, até 1823. Entre 1838 e 1841, a província do Piauí é novamente agitada por uma insurreição de caráter social e popular irradiada do Maranhão, a Balaiada.

Limitação econômica – Na segunda metade do século XIX, com a capital provincial já instalada em Teresina, o Piauí atravessa longo período de relativa estabilidade política, mas também de baixo crescimento econômico. O predomínio das oligarquias agrárias é facilitado pelo isolamento do estado. A implantação de uma ferrovia e de uma companhia de navegação a vapor no rio Parnaíba não chega a alterar significativamente a situação geral da economia, limitada à agropecuária extensiva e pouco produtiva e a uma pequena indústria de transformação, como a da cera de carnaúba. Essas condições se mantêm no período republicano, e o Piauí permanece como um dos estados mais pobres do país.
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PERNAMBUCO - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

GEOGRAFIA – Área: 98.311,6 km². Relevo: planície litorânea com várzeas e lagos, planalto no centro e depressões a oeste e a leste. Ponto mais elevado: serra da Boa Vista (1.195 m). Rios principais: Capibaribe, Ipojuca, Pajeú, São Francisco, Una. Vegetação: mangues no litoral, zona da mata de floresta tropical e agreste com caatinga. Clima: tropical atlântico no litoral e semi-árido no interior. Municípios mais populosos: Recife (1.610.800), Jaboatão dos Guararapes (670.000), Olinda (389.500), Paulista (301.000), Caruaru (295.100), Petrolina (263.300), Cabo de Santo Agostinho (180.280), Camaragibe (152.700), Garanhuns (140.140), Vitória de Santo Antão (133.130) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: pernambuco.

POPULAÇÃO – 8.661.920 (est. 2012).

CAPITAL – Recife. Habitante: recifense. População: 1.610.800 (est. 2012).

Localizado na porção centro-leste da Região Nordeste, Pernambuco (PE) é marcado pela planície litorânea e pelo planalto no centro, com depressões a oeste e a leste. De clima tropical atlântico, no litoral, e semi-árido, no agreste e no sertão, o estado é um dos maiores centros turísticos do país. São 187 quilômetros de praias de areia fina e água esverdeada, com destaque para Tamandaré e Porto de Galinhas, ao sul do Recife, próprias para esportes náuticos, e para a ilha de Itamaracá, ao norte, que abriga uma antiga prisão. A 545 quilômetros da capital fica o arquipélago de Fernando de Noronha, considerado patrimônio natural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na música, o frevo e o maracatu são os ritmos tradicionais. Nos anos 1990, músicos pernambucanos misturam o rock, o pop, o rap, o funk e o hardcore aos ritmos locais e criam o mangue beat.

Economia – Nos últimos 30 anos, Pernambuco vem mudando seu perfil econômico: deixa de ser um estado agrícola e se transforma em grande centro de serviços, com destaque para o comércio e o turismo. O setor de serviços representa 63,8% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, enquanto a agricultura contribui com 8,8% das riquezas do estado.

Na indústria, entre 1998 e 2011 os maiores investimentos concentram-se nos setores químico, petroquímico, farmacêutico, metalúrgico, de transportes, de energia e naval. O mais alto deles é destinado à construção da refinaria de Suape, orçada em 2 bilhões de dólares. A indústria alimentícia é outro setor que apresenta bom desempenho nos últimos anos. Desde o século XVI, a cana-de-açúcar tem papel relevante na economia do estado. A cana, porém, começa a dar lugar a plantações de flores, como rosa, gladíolo e crisântemo, na Zona da Mata, e à fruticultura irrigada, sobretudo na região de Petrolina, onde se produzem uva, manga, melancia e banana. Além da agricultura oficial, em Pernambuco é feito também o cultivo clandestino de maconha. A maior parte das plantações está localizada na divisa com Bahia e Alagoas, no "polígono da maconha".Na capital pernambucana, um moderno pólo de informática atrai cada vez mais investimentos e seus negócios atingem cerca de 1% do PIB pernambucano.

Índices sociais – De 1990 a 2011, a taxa de mortalidade infantil cai de 77,6 por mil nascimentos para 29,1 por mil, mas ainda assim o índice é um dos mais altos do país. O analfabetismo atinge 12,2% da população. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pernambucano, de 0,768, abaixo da média nacional, é o mais alto do Nordeste. A grande concentração de terra faz de Pernambuco palco freqüente de violentos conflitos rurais.

Recife
Capital – Com suas praias, além da arquitetura que revela a presença holandesa nos tempos do Brasil colônia, o Recife, a capital, e a vizinha Olinda são as cidades mais visitadas pelos turistas e têm um dos três maiores Carnavais do país, rivalizando com os de Salvador e do Rio de Janeiro. No sábado de Carnaval desfila por Recife o Galo da Madrugada, o maior bloco carnavalesco do mundo, que reúne cerca de 1,8 milhão de pessoas. Na Quarta-Feira de Cinzas, o bloco Bacalhau do Batata fecha o Carnaval de Olinda. O garçom conhecido como Batata criou o bloco, há mais de 50 anos, porque trabalhava e não podia participar dos quatro dias da festa.

História
Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, toma posse do território em 1535 e funda a vila de Olinda. Ele é responsável pela instalação dos primeiros engenhos de açúcar. A produção açucareira transforma Pernambuco em um dos mais importantes centros exportadores do período colonial. A riqueza gerada pelo açúcar atrai colonos portugueses, que trazem grande número de escravos africanos para o trabalho nos engenhos. A capitania de Pernambuco se tornaria, em pouco tempo, o núcleo econômico de fato da colônia, talvez por ser mais próxima da metrópole do que as demais. No século XVII, durante as invasões holandesas, os pernambucanos assumem a luta em defesa de suas terras. Entre 1710 e 1712, na Guerra dos Mascates, os senhores de terra e de engenhos de Olinda enfrentam os mascates, como eram chamados os comerciantes portugueses do Recife.Durante o século XVIII se tornam visíveis os sinais de declínio da economia canavieira, acelerado pelo crescimento da mineração em outras regiões e pelos excessos fiscais da metrópole portuguesa.

Revolta Praieira – No século XIX, os pernambucanos, engajados nas lutas pela independência e na construção do Estado brasileiro, insurgem-se contra o empobrecimento econômico e a subordinação política da região. Na Revolta Pernambucana, em 1817, é organizado o primeiro governo brasileiro independente, de características republicanas. Os rebeldes voltam a se manifestar na Confederação do Equador, em 1824, que defende a autonomia regional contra o centralismo do Império. Em 1848 ocorre a Revolta Praieira, também de caráter liberal e federalista. Nessa luta, toda a extensa comarca do São Francisco é tirada de seu território original, sendo repartida entre as províncias da Bahia e de Minas Gerais.

Na República, até as décadas de 1930 e 1940, Pernambuco mantém o perfil social, econômico e político herdado em grande parte da colonização. Na Zona da Mata e no litoral predominam a monocultura canavieira tradicional e as atividades mercantis; no agreste e no sertão, mais vulneráveis à seca, permanece a agropecuária de subsistência. A modernização acelerada do país, a partir dos anos 1950 e 1960, traz poucas mudanças. Os contrastes e os conflitos internos da região acentuam-se. Em 1956 surgem as Ligas Camponesas, movimento em defesa da reforma agrária e dos direitos do homem do campo. Como todo o Nordeste, Pernambuco passa a contar com recursos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Recebe também investimentos da política de incentivos fiscais dos governos militares nos anos 1970, sobretudo para a agroindústria do açúcar e do álcool e para alguns setores industriais, como o têxtil e o turístico. O desenvolvimento da indústria, porém, é insuficiente para absorver a mão-de-obra egressa do campo, o que impulsiona grande fluxo migratório para outras regiões do país. Esse quadro socioeconômico não se altera significativamente nas duas últimas décadas. Pernambuco segue entre os estados brasileiros de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
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PARANÁ - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ

GEOGRAFIA – Área: 199.314,9 km². Relevo: baixada no litoral, planaltos a leste e a oeste, depressão no centro. Ponto mais elevado: pico Paraná, na serra do Mar (1.922 m). Rios principais: Iguaçu, Itararé, Ivaí, Paraná, Paranapanema, Piquiri, Tibaji. Vegetação: mangue no litoral, mata Atlântica, floresta tropical a oeste e mata de araucária no centro. Clima: subtropical. Municípios mais populosos: Curitiba (1.879.010), Londrina (515.820), Maringá (340.460), Ponta Grossa (311.380), Foz do Iguaçu (301.640), Cascavel (295.240), São José dos Pinhais (261.750), Colombo (231.900), Guarapuava (181.700), Paranaguá (158.630) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: paranaense.

POPULAÇÃO – 10.524.200 (est. 2012).

CAPITAL – Curitiba. Habitante: curitibano. População: 1.879.010 (est. 2012).

De clima subtropical e localizado na Região Sul, o Paraná (PR) abriga o que restou da mata de araucária, uma das mais importantes florestas subtropicais do mundo . Na fronteira com a Argentina fica o Parque Nacional de Iguaçu, declarado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) patrimônio da humanidade. A 40 quilômetros dali, na fronteira com o Paraguai, está a hidrelétrica de Itaipu, a maior do planeta. O barreado é o prato caboclo típico do litoral, preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro.

Economia – Nos últimos anos, instalam-se no Paraná várias indústrias automobilísticas, como a Audi/Volkswagen e a Renault, o que contribui para um significativo crescimento no setor. Outros ramos em crescimento são o têxtil, o madeireiro, o químico e o alimentício.

O estado é o maior produtor nacional de grãos. É líder na produção de milho, trigo, feijão e aveia e o segundo de cevada e soja. A reedição da Medida Provisória que garante o plantio de sementes transgênicas de soja representa uma derrota para o governo paranaense, contrário a esse tipo de plantação. Para manter-se com o status de produtor não transgênico, como exige o mercado europeu, o governo criou uma lei estadual que proibia o plantio, a comercialização e o transporte de sementes geneticamente modificadas. O Superior Tribunal Federal, porém, julgou a lei inconstitucional. O estado mantém o embargo ao escoamento da produção de transgênicos pelo porto de Paranaguá. Dados do Ministério da Agricultura indicam, no entanto, que o Paraná foi o segundo estado que mais plantou soja transgênica desde que foi liberada pela Medida Provisória, atrás apenas do Rio Grande do Sul. A pecuária também exerce grande influência. A produção anual de mais de 160 milhões de aves coloca o Paraná na liderança nacional do setor. O estado é o segundo maior produtor de suínos, apenas atrás de Santa Catarina.

Índices sociais – A renda per capita do estado está entre as sete maiores do país. Mas a taxa de mortalidade infantil é de 10,7 para cada mil nascidos vivos, que, mesmo abaixo da média nacional, é a maior da Região Sul. Quase metade da população não tem acesso à rede de esgoto.

Curitiba
Capital – Curitiba é conhecida internacionalmente por oferecer boa qualidade de vida e ser um laboratório de inovações urbanas. A cidade inaugura, em 1971, um dos primeiros calçadões do país. Na capital são implantados também os primeiros corredores e terminais de integração de ônibus.

História
No século XVI, os portugueses tiveram pouco contato com a região. Apenas no século seguinte, o atual território paranaense desperta a atenção de luso-brasileiros de São Paulo, que descobrem ali vestígios de ouro. Mas o maior empenho está na captura de índios, o que leva à organização das primeiras expedições dos bandeirantes paulistas. Até então, colonos e jesuítas espanhóis são os principais povoadores de Paranaguá, no litoral, e de Curitiba, no planalto – as vilas mais importantes.

No século XVIII, a expansão das atividades mineradoras em Minas Gerais relega o Paraná a uma posição secundária, subordinado à capitania de São Paulo. Sob o Império, em 1853, o Paraná torna-se província independente, e, no fim do século, já na República, a economia é impulsionada pelo cultivo da erva-mate, seguido da exploração madeireira e das lavouras de café. A expansão cafeeira nas férteis terras roxas do norte do Paraná atrai migrantes de outros estados, além de imigrantes europeus e japoneses. Esse desenvolvimento, no entanto, não ocorre sem conflitos. Entre 1912 e 1916, camponeses pobres enfrentam forças federais e estaduais na defesa de sua terra e de sua crença religiosa na região do Contestado, na divisa com Santa Catarina. Na época, essa região é disputada pelos dois estados.

Declínio do café – No início do século XX, grandes companhias de colonização, como a inglesa Paraná Plantation, atuam no estado. Surgem, assim, as cidades de Londrina e Maringá, que se tornam importantes centros produtores de café entre os anos 1950 e 1970.

As mudanças econômicas, sobretudo na agroindústria, trazem prosperidade, mas também problemas sociais. Estima-se que na década de 1970 pelo menos 1 milhão de pequenos proprietários e trabalhadores rurais tenham perdido a terra e o emprego. Esse fato é atribuído à concentração de terras e à geada de 1975, que dizimou as lavouras. Muitos agricultores sem terra se tornam bóias-frias, outros migram para a Região Norte, para o Centro-Oeste e para o Paraguai. Outros, ainda, começam a se organizar num movimento de luta pela terra, berço do atual Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Aumenta também a migração para as cidades, o que, nos anos 1980, contribui para um acelerado e tardio processo de urbanização, que não conta com um mercado industrial e de serviços capaz de sustentá-lo.
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PARAÍBA - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DA PARAÍBA

GEOGRAFIA – Área: 56.439,8 km². Relevo: planície litorânea, planalto no centro e depressão a oeste. Ponto mais elevado: pico do Jabre, na serra do Teixeira (1.197 m). Rios principais: Curimataú, do Peixe, Gramame, Paraíba, Piancó, Piranhas ou Açu, Mamanguape, Taperoá. Vegetação: mangues no litoral, pequena faixa de floresta tropical e caatinga na maior parte do território. Clima: tropical no litoral e semi-árido no interior. Municípios mais populosos: João Pessoa (698.410), Campina Grande (395.360), Santa Rita (133.830), Patos (101.120), Bayeux (96.720), Sousa (66.090), Cajazeiras (59.480), Guarabira (54.450), Cabedelo (42.100), Sapé (41.260) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: paraibano.

POPULAÇÃO – 3.795.350 (est. 2012).

CAPITAL – João Pessoa. Habitante: pessoense. População: 698.410 (est. 2012).

A Ponta do Seixas, na Paraíba (PB), é o local mais a leste da América do Sul. Em quase todo o litoral paraibano há praias de águas tranqüilas, areia fina e coqueirais. Recortada por pequenas enseadas, Tambaba, no município de Conde, ao sul da capital, foi a primeira praia de nudismo oficial do Nordeste e atrai naturistas de todo o Brasil. No interior, Campina Grande disputa com Caruaru, em Pernambuco, o título de capital brasileira do forró. Em junho, a cidade se transforma para celebrar a Festa de São João. O município de Sousa atrai visitantes que vão conferir as enormes pegadas de animais pré-históricos no Sítio Paleontológico do Vale dos Dinossauros.

Economia – A renda per capita do estado é uma das mais baixas do país: 9.380 reais em 2011. Como a caatinga cobre a maior parte do território, a agricultura restringe-se ao litoral e à Zona da Mata. O principal produto é a cana-de-açúcar. Destacam-se também a mandioca, o feijão, o milho e o sisal. Entre as frutas, há produção importante de laranja, abacaxi e coco-da-baía. O setor industrial responde por um terço da economia do estado e produz principalmente alimentos, pescados, vestuário e metal-mecânicos. Campina Grande começa a se destacar como centro de tecnologia, exportando programas de computador para Estados Unidos e China.

Rompimento de barragem – Em junho de 2004, um rompimento na Barragem de Camará, na Serra de Borborema, inunda os municípios de Alagoa Grande e Mulungu. O acidente causa cinco mortes e obriga mais de 4 mil pessoas a deixar sua casa.

Índices sociais – O estado detém o quarto menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, 0,715, e o terceiro mais baixo índice de analfabetismo, atrás apenas de Alagoas e Piauí. A taxa de mortalidade infantil é a terceira maior do Brasil. A cada mil crianças nascidas vivas, 31,8 morrem antes de completar 1 ano. Seis em cada dez domicílios não têm coleta de esgoto.

João Pessoa
Capital – Situada à beira-mar, João Pessoa é considerada a capital mais arborizada do país e vive basicamente do turismo. Na Quarta-Feira de Fogo, que antecede o Carnaval, desfila nas ruas o bloco Muriçocas do Miramar, que reúne na avenida da praia até 500 mil pessoas.

História
A ocupação e a colonização da Paraíba começam no fim do século XVI. A Vila de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, é fundada em 1585. Logo se inicia o cultivo da cana-de-açúcar. Os canaviais, que se espalham pela Zona da Mata e dependem de mão-de-obra de escravos africanos, atraem o interesse dos holandeses no século XVII. O interior é ocupado por fazendas de gado. No século XVIII, a mineração de ouro e diamante no centro-sul acelera o declínio da economia canavieira. O fracasso da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, criada pelo Marquês de Pombal, em 1759, acentua essas dificuldades.Depois de se envolver nas lutas de independência, na Revolta Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador, em 1824, a Paraíba atravessa uma etapa de relativa estabilidade política. Mas o empobrecimento de toda a região nordestina afeta a província. Em 1874 estoura o Quebra-Quilos, insurreição popular contra a fome, a pobreza e o aumento dos impostos. A revolta recebe esse nome por protestar também contra a adoção do novo sistema de pesos e medidas implantado no país: o métrico decimal.

Estagnação econômica – Durante a República Velha (1889/1930), a agricultura permanece estagnada e as oligarquias rurais mantêm amplo poder político. A Paraíba tem participação especial na Revolução de 1930. O assassinato de João Pessoa, presidente do estado e candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas, precipita o movimento que põe fim ao primeiro período republicano brasileiro. Os incentivos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a partir da década de 1960 pouco ajudam na industrialização do estado, que permanece entre os mais pobres do país e um dos que mais alimentam o movimento migratório regional.
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PARÁ - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DO PARÁ

GEOGRAFIA – Área: 1.247.689,5 km². Relevo: planície amazônica a norte, depressões e pequenos planaltos. Ponto mais elevado: serra do Acari (906 m). Rios principais: Amazonas, Jari, Pará, Tapajós, Tocantins, Trombetas, Xingu. Vegetação: mangues no litoral, campos na ilha de Marajó, cerrado ao sul e floresta Amazônica. Clima: equatorial. Municípios mais populosos: Belém (1.501.400), Ananindeua (502.460), Santarém (301.230), Marabá (209.500), Castanhal (163.660), Abaetetuba (141.300), Cametá (113.210), Bragança (111.900), Itaituba (104.010), Marituba (99.700) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: paraense.

POPULAÇÃO – 7.250.100 (est. 2012).

CAPITAL – Belém. Habitante: belenense. População: 1.501.400 (est. 2012).

Segundo maior estado do país, depois do Amazonas, o Pará (PA) concentra áreas indígenas e de comunidades negras remanescentes de antigos quilombos. A culinária é diversificada, aromática e de gostos fortes. Destacam-se os peixes, os molhos apimentados, a maniçoba (espécie de cozido preparado com carne de porco e o sumo das folhas tenras da mandioca) e o pato no tucupi, no qual a ave é servida com molho de mandioca e ervas.

Meio ambiente – A pecuária e a exploração de madeira, principalmente ao leste do estado, fazem do Pará o estado mais devastado da Região Norte . Mesmo com a proibição da extração e do comércio do mogno, decretada em 2001, as madeireiras continuam agindo de forma ilegal. Oficialmente, o Pará extraiu 10,6 milhões de metros cúbicos de madeira em 2001, cerca de metade do total do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estima-se, porém, que a quantidade de madeira ilegal seja muito maior. Pressões urbanas vindas da capital, Belém, também estimulam a devastação da mata a oeste.

Economia – A economia paraense tem no alumínio e no minério de ferro os principais produtos de exportação. O extrativismo vegetal se mantém importante, nem sempre de forma sustentável. O Pará é o terceiro produtor de castanha-do-pará do país, atrás do Acre e do Amazonas. O setor de serviços se destaca nas maiores cidades. Em junho de 2004, a cidade de Monte Alegre registra o primeiro caso de febre aftosa no Brasil em três anos. O Pará, por não ser exportador de carne, não é prejudicado. Entretanto, a Federação Russa veta a importação da carne de Mato Grosso, estado vizinho. Três meses depois, a descoberta de novo foco da doença no Amazonas leva o governo russo a vetar a importação de carne de todo o Brasil.

O garimpo manual de Serra Pelada, que na década de 1980 atraiu 100 mil garimpeiros, esgotou-se. Hoje, integra o projeto Ouro Serra Leste, da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que retira o minério de jazidas profundas.

Lentamente, o turismo vem crescendo. A capital, Belém, oferece pratos típicos, muita agitação e relíquias históricas. Em Marajó encontram-se campos alagados, praias e fazendas de búfalos. Em Santarém, encontram-se praias fluviais, como Alter do Chão, no rio Tapajós. No noroeste existem montanhas e inscrições pré-históricas. No sul, pratica-se a pesca esportiva e, no leste, há praias marítimas, como Salinas, ou a selvagem Tracuateua.

Índices sociais – O Pará é dominado pelo latifúndio: 1% das propriedades ocupa mais da metade de sua área. Por essa razão, o estado enfrenta graves problemas de disputa pela terra. O mais grave incidente ocorre em 17 de abril de 1996 e fica conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás. Nesse episódio, 19 trabalhadores sem terra são mortos em conflito com a Polícia Militar. Em 2002, os comandantes da operação são condenados.O Pará tem também registros de trabalho escravo. Na área de saúde, a malária ainda preocupa por sua alta incidência.

Belém
Capital – Belém é uma metrópole de 1,5 milhão de habitantes. No segundo domingo de outubro, a cidade recebe devotos de todo o Brasil na procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Cerca de 2 milhões de pessoas participam de uma das maiores festas católicas do país. Com problemas de desemprego e baixo crescimento econômico, a região metropolitana de Belém registra nos últimos anos queda na qualidade de vida da população.

História
O Pará começa a ser efetivamente colonizado pelos portugueses em 1616, com a fundação do Forte do Presépio, na baía de Guajará. Do forte nasce a cidade de Belém, sede da capitania do Grão-Pará e Maranhão, criada em 1751. A capitania abrange por muito tempo toda a Amazônia e, por ser mais próxima de Lisboa que o Rio de Janeiro, mantém relação direta com a metrópole. São extraídos, com a utilização do trabalho indígena, produtos como madeira, resinas, ervas, condimentos e frutos. Logo após o Tratado de Madri, de 1750, que dá a Portugal direito de posse sobre vasta área até então pertencente à América hispânica, começam a ser construídas fortalezas em pontos da fronteira. Com o objetivo de dinamizar a economia regional e estimular outras atividades agrícolas, além do extrativismo, funda-se a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, em 1755. Com base no capital privado, o que lhe permitia escapar ao controle governamental, a empresa fornece crédito, escravos e ferramentas aos lavradores desde que cultivassem algodão e cacau, produtos que são intensamente explorados a partir de 1760.

Cabanagem – Nas lutas pela independência do Brasil, o Pará tem papel destacado na derrota das forças portuguesas. Após a separação, porém, a região é esquecida pelo Império, o que leva a uma das mais violentas revoltas do país, a Cabanagem, ocorrida entre 1835 e 1840. O movimento reúne os habitantes pobres das cidades e dos vilarejos ribeirinhos, índios, negros e caboclos, denominados cabanos. Os chefes cabanos declaram a autonomia da província do Pará e formam um governo revolucionário, mas são duramente reprimidos.

A região só volta a receber a atenção do governo central na segunda metade do século XIX, com a intensificação da extração da borracha. Pará e Amazonas conseguem investimentos e atraem comerciantes estrangeiros e trabalhadores nordestinos. Belém e Manaus modernizam-se e estabelecem relações comerciais com a Europa e os Estados Unidos. No entanto, com o declínio do extrativismo na década de 1910 e na 1920, o Pará e toda a Amazônia empobrecem. No fim dos anos 1950, a abertura da rodovia Belém-Brasília inaugura a política de interiorização do desenvolvimento do governo federal. Na década de 1960 e na 1970, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) leva à Amazônia Legal incentivos para que grandes empresas invistam em agropecuária, extração de minerais e madeira. O governo aplica recursos em estradas, comunicações e usinas hidrelétricas. Nos anos 1980, o garimpo de serra Pelada reúne milhares de pessoas em busca do ouro, mas as reservas se esgotam em pouco tempo, por causa da exploração descontrolada. Mesmo contando com melhor estrutura de produção, o Pará continua a enfrentar graves problemas sociais, sobretudo com a disputa pela terra e questões ambientais provocadas pela devastação florestal.
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MINAS GERAIS - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

GEOGRAFIA – Área: 586.528,3 km². Relevo: planaltos com escarpas e depressão no centro. Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.889,8 m). Rios principais: das Velhas, Doce, Grande, Jequitinhonha, Mucuri, Paracatu, Paranaíba, Pardo, São Francisco. Vegetação: floresta tropical, a maior parte com faixa de cerrado a nordeste. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Belo Horizonte (2.740.500), Contagem (645.380), Uberlândia (612.040), Juiz de Fora (524.120), Betim (398.300), Montes Claros (362.100), Ribeirão das Neves (318.680), Uberaba (296.900), Governador Valadares (270.650), Ipatinga (246.130) (2012). Hora local: a mesma. Habitante: mineiro.

POPULAÇÃO – 19.890.720 (est. 2012).

Belo Horizonte
CAPITAL – Belo Horizonte. Habitante: belo-horizontino. População: 2.740.500 (est. 2012).

Maior estado do Sudeste e principal produtor de café e de leite do país, Minas Gerais (MG) expande, nos últimos anos, sua indústria, que suplanta a do Rio de Janeiro. Atualmente, fica atrás apenas de São Paulo nesse setor. Quase todo o território do estado se localiza em planaltos, com uma paisagem marcada por montanhas, vales e grutas. Sua principal atração turística é o patrimônio de arquitetura e arte colonial conservado em cidades históricas, como Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Sabará, São João del Rey e Diamantina, que prosperaram em virtude da extração de ouro no século XVIII. Em 1999, Diamantina é a segunda cidade mineira declarada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio histórico da humanidade. A primeira, Ouro Preto, recebeu o título em 1980. Nessa cidade fica o mais completo e bem conservado conjunto de obras de Aleijadinho, considerado o mais importante escultor brasileiro do período barroco. No entanto, a ocupação desordenada e uma série de incêndios em construções centenárias vêm degradando as cidades históricas. A culinária de Minas tem origem na cozinha dos tropeiros, baseada na carne de porco servida com feijão, couve, quiabo, milho ou mandioca.

Economia – A participação de Minas Gerais no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 9,7%. Sua economia diversificada tem como destaque a extração de minério de ferro, as plantações de café e a produção de veículos. A presença de montadoras de automóveis – Fiat, Mercedes-Benz, Iveco – atrai empresas de autopeças. Em razão disso, a indústria responde por 48,3% do PIB mineiro. Maior produtor brasileiro de minério de ferro, o estado explora ainda ouro e zinco. As importações mais significativas são de minerais não ferrosos, veículos e peças, carvão, fertilizantes e petroquímicos. Minas mantém também a liderança nacional na agropecuária, atividade que ocupa quase 70% de sua área e se concentra sobretudo no sul, no sudeste e no Triângulo Mineiro. O estado abriga, ainda, o terceiro rebanho bovino do Brasil, depois de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E é responsável por metade da safra brasileira de café, além de ser um dos maiores produtores de feijão e de milho. O setor de biotecnologia é um dos que mais crescem. As 75 empresas localizadas no estado faturam 550 milhões de reais por ano, com destaque para o pólo de biotecnologia da região metropolitana de Belo Horizonte, o maior da América Latina.

Índices sociais – Minas Gerais ainda não conseguiu resolver o desequilíbrio social e econômico entre suas regiões. O sul concentra as indústrias e grande parte da atividade agrícola e apresenta indicadores sociais próximos aos do estado de São Paulo. Castigado pela seca, o norte é uma das áreas mais pobres do país, com precária rede de esgoto, alta taxa de mortalidade infantil e de analfabetos e baixa produtividade econômica. A renda per capita média do estado é de 12.780 reais e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,795, equivalente ao de Mato Grosso do Sul.

História
As Minas Gerais começam a integrar-se à vida colonial no fim do século XVII, quando os bandeirantes paulistas descobrem as primeiras jazidas de ouro. Em pouco tempo, a região atrai grande número de portugueses, que, com seus escravos africanos, buscam lavras de ouro e diamante. À medida que cresce a produção, aumenta a fiscalização por parte da Coroa. Despontam conflitos pelo direito de exploração das minas, como a Guerra dos Emboabas – em que mineradores paulistas se opõem a comerciantes portugueses e a brasileiros de outras regiões –, e a Revolta de Vila Rica, cuja origem é a mesma da Inconfidência Mineira: uma reação à política fiscal de Portugal. Em meados do século XVIII, a mineração está no auge, e a sociedade mineira vive o esplendor do barroco. Logo depois começa o declínio, provocado pelo esgotamento dos veios e pela pesada tributação. Em 1789, a capitania deve à Coroa perto de 6 toneladas de ouro em quintos (impostos) atrasados. A cobrança excessiva de impostos alimenta movimentos favoráveis à independência, como a Inconfidência Mineira, na qual se destaca a figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Após a independência, Minas começa a recuperar-se, graças à expansão cafeeira, sobretudo no sudoeste e próximo ao Vale do Paraíba. A província participa ativamente da vida política do Império. Com Rio de Janeiro e São Paulo, forma a base de apoio do governo imperial contra as revoltas provinciais durante a Regência. Na República, integra a política do café-com-leite, uma aliança em que as oligarquias paulista e mineira se revezam na Presidência. Quando São Paulo rompe o acordo, pressionado pela crise do café, Minas reage e, com o Rio Grande do Sul e estados do Nordeste, promove a Revolução de 1930, que põe fim à República Velha.

Participação política – Sempre dividida entre dois partidos tradicionais – Liberal e Conservador, no Império, Partido Social Democrático (PSD) e União Democrática Nacional (UDN), na República –, a elite do estado continua a intervir fortemente na vida política do Brasil. Há o Manifesto dos Mineiros, de 1943, contra o Estado Novo, a eleição de Juscelino Kubitschek para a Presidência da República, em 1955, e o apoio ao golpe militar de 1964. Até a década de 1960, porém, Minas Gerais permanece num plano secundário em relação ao desenvolvimento industrial do país, como grande fornecedora de insumos, caso do minério de ferro e dos produtos agrícolas. A partir dos anos 1970, com os incentivos fiscais dos governos federal e estadual, Minas amplia e diversifica sua base industrial, sobretudo nos setores têxtil, químico, siderúrgico, mecânico-metalúrgico e agroindustrial. É criado também um pólo automobilístico na região metropolitana de Belo Horizonte.
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MATO GROSSO DO SUL - GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

GEOGRAFIA – Área: 357,125 km². Relevo: pantanal (extremo oeste), planaltos com escarpas a leste e depressão a noroeste. Ponto mais elevado: morro Grande, no morro da Santa Cruz (1.065,4 m). Rios principais: Anhanduí, Apa, Aporé ou do Peixe, Aquidauana, Correntes, Miranda, Paraguai, Paraná, Paranaíba, Pardo, Sucuriú, Taquari, Verde. Vegetação: cerrado a leste, pantanal a oeste, floresta tropical ao sul. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Campo Grande (798.250), Dourados (202.810), Corumbá (108.400), Três Lagoas (91.650), Ponta Porã (72.050), Aquidauana (49.500), Naviraí (42.700), Paranaíba (41.940), Nova Andradina (40.220), Coxim (34.630) (2012). Hora local: -1h. Habitante: sul-mato-grossense.

POPULAÇÃO – 2.620.700 (est. 2012).

CAPITAL – Campo Grande. Habitante: campo-grandense. População: 798.250 (est. 2012).

Cortado no extremo sul pelo trópico de Capricórnio, Mato Grosso do Sul (MS) abriga, a oeste, dois terços do Pantanal Mato-Grossense, a maior planície alagável do mundo. Esse é um dos ecossistemas mais importantes do planeta, reconhecido em 2001 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio natural da humanidade. O Pantanal apresenta grande diversidade de fauna e flora, com florestas, baixios, savanas, cerrados, campos e matas naturais. Sua fauna é composta de capivaras, sucuris, onças-pintadas, jacarés e imensa variedade de pássaros. Outro destaque do estado são as grutas e os rios da cidade de Bonito, que atraem turistas para a serra da Bodoquena. Os hábitos alimentares dos habitantes incluem, além do consumo de peixes, fartamente encontrados nos rios, pratos de carne, conseqüência da ampla criação de gado. Da fronteira com o Paraguai vem o gosto pelo mate gelado, ou tererê. A mesma região é a origem das chipas, uma variante do pão de queijo mineiro, e da sopa paraguaia, que, apesar do nome, é um bolo feito com milho, cebola e queijo. Outro quitute popular são as salteñas, pastéis assados e recheados com frango, de origem boliviana. A despeito das preocupações ecológicas, o rabo de jacaré continua a ser um prato bastante apreciado na zona do Pantanal.

Economia – Com forte tradição agropecuária, Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais crescem no Brasil. Entre 1985 e 2011, desenvolve-se a um ritmo duas vezes mais acelerado que a taxa acumulada de crescimento do país. A agropecuária é predominante, responsável por 32,2% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Na agricultura, os principais produtos são a soja e a cana-de-açúcar. Na pecuária, Mato Grosso do Sul está entre os maiores produtores de carne do país. A ampliação da fronteira agropecuária, no entanto, tem colocado em risco o meio ambiente, com o aumento das queimadas no período das secas, que vai de março a setembro. Para ampliar a atividade industrial, o estado concede incentivos fiscais. O resultado dessa política se reflete na composição do PIB sul-mato-grossense. Em 1990, a indústria contribuía com 13% da economia; em 2012, a participação sobe para 29,2%. A administração estimula quatro pólos industriais no estado. Na região de Campo Grande, a capital, há frigoríficos, curtumes e fábricas de laticínios e de móveis. No pólo de Dourados, há indústrias de farelo, álcool, açúcar e têxtil. Em Três Lagoas e região instalam-se cerâmicas, curtumes e fábricas de laticínios e de bebidas. Em Corumbá, destacam-se a extração mineral e de calcário, a produção de cimento e os estaleiros.

Infra-estrutura – O estado é carente de energia elétrica: importa, principalmente de São Paulo, a maior parte da eletricidade que consome. Desde 2001, duas usinas termelétricas, uma em Corumbá e outra em Campo Grande, usam o gás natural trazido pelo Gasoduto Brasil-Bolívia. Outra importante obra de infra-estrutura em andamento é a Ferrovia Norte do Brasil (Ferronorte), que ligará Mato Grosso do Sul a São Paulo. Com investimentos estrangeiros estimados em 200 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), intermediados pelo governo federal, está sendo implantado o Programa Pantanal. Seus objetivos, fixados para os próximos anos, são: melhorar a administração de bacias hidrográficas, otimizar o manejo de bacias críticas, da água e do saneamento básico; desenvolver o ecoturismo; dar apoio ao produtor pantaneiro; e fortalecer a Polícia Ambiental.

Índices sociais – A rede de esgoto em Mato Grosso do Sul atende a apenas 18,4% dos domicílios, o menor índice do país. No estado, há grandes propriedades rurais e enormes vazios populacionais. Isso gera disputas pelas terras próximas a acessos de escoamento da produção para São Paulo e Paraná e a fontes de energia. Há também diversos conflitos entre índios e fazendeiros. O estado tem a segunda maior população indígena do país, cerca de 53 mil pessoas, e a demarcação de suas terras é motivo de freqüentes disputas.

Campo Grande
Capital – Fundada em 1899, Campo Grande acolhe paulistas, paranaenses, gaúchos e nordestinos, além de árabes e japoneses, que se juntaram aos descendentes de índios, bolivianos e paraguaios, seus primeiros habitantes. A cidade torna-se capital estadual em 1977. De clima quente e chuvoso, Campo Grande tem avenidas largas e bem arborizadas no centro. Entretanto, com o crescimento do perímetro urbano, os bairros mais distantes carecem de serviços públicos, como transporte e coleta de lixo.

História
A região que hoje corresponde ao estado de Mato Grosso do Sul só foi efetivamente povoada por brasileiros no século XIX. A lei que determina a divisão de Mato Grosso em dois estados é de 1977. Na época, o governo afirmava ser essa a melhor forma de administrar e desenvolver uma região tão extensa, diferenciada e estratégica. A Região Centro-Sul, que se transforma em Mato Grosso do Sul, com sua agricultura mais intensiva, distribuída por um número maior de propriedades, tem desenvolvimento econômico e social diferente do da Região Norte, onde predominam a pecuária extensiva e o latifúndio. O primeiro governo de Mato Grosso do Sul é instalado em 1979.

A região recebe muitos migrantes desde o fim do século XIX, vindos do Sul e do Sudeste do país. O movimento migratório se intensifica no decorrer do século XX e cria uma sociedade mais complexa e aberta, além de laços políticos sólidos com os estados vizinhos, especialmente São Paulo. Esse vínculo se manifesta na participação na Revolução de 1924, nas Revoltas Tenentistas, que ocorrem no decorrer dos anos 1920 – entre as quais a Coluna Prestes –, e na Revolução Constitucionalista de 1932. Atualmente, a ligação está expressa nas fortes relações econômicas e comerciais entre os dois estados, sendo São Paulo o grande mercado consumidor ou beneficiador da cana-de-açúcar, do milho, da soja e da carne bovina produzidos em Mato Grosso do Sul.
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