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BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL


BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

São áreas compreendidas entre divisores de água, nas quais toda a água que ali se precipita escoa por um ponto mais baixo, que é, normalmente, seu rio principal. As bacias são reunidas em regiões hidrográficas definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, para facilitar o planejamento ambiental e o uso racional desses recursos.

Região Hidrográfica do Rio Amazonas – Possui a maior bacia hidrográfica do mundo, a do rio Amazonas, com cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados, dos quais quase 4 milhões estão em terras brasileiras. Seu rio principal nasce no Peru, com o nome de Vilcanota, e recebe depois as denominações de Ucaiali, Urubamba e Marañón. Quando entra no Brasil, vira Solimões, até o encontro com o rio Negro, próximo de Manaus. Desse ponto até a foz recebe o nome de Amazonas. Esse percurso, de 6,4 mil quilômetros, é o segundo maior do planeta em extensão, menor apenas que o do rio Nilo, no continente africano. É o maior em vazão de água, com largura média de 5 quilômetros. Conta com grande número de cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. Localizada em uma região de planície, a bacia Amazônica tem cerca de 23 mil quilômetros de rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes afluentes do Amazonas. Em 1997 é inaugurada a hidrovia do rio Madeira, que opera de Porto Velho a Itacoatiara. O Corredor Binacional Iténez-Guaporé deverá proteger as bacias hidrográficas do Guaporé-Madeira, no lado brasileiro, e Iténez, no boliviano, numa região que reúne a maior diversidade de peixes do mundo.

Regiões Hidrográficas Atlânticas – São compostas de várias pequenas e médias bacias costeiras formadas por rios que deságuam no oceano Atlântico, exceto os do Amapá, que fazem parte da região hidrográfica amazônica. O trecho Nordeste Ocidental abriga os rios situados entre a foz do rio Gurupi e a do rio Parnaíba. O trecho Nordeste Oriental fica entre a foz dos rios Parnaíba e São Francisco. O trecho Leste vai da Região Hidrográfica do São Francisco ao rio Mucuri. No trecho Sudeste, destacam-se as bacias dos rios Paraíba do Sul e Doce. As bacias conjugadas dos rios Itajaí, Capivari e aquelas ligadas ao rio Guaíba e ao sistema lagunar formam o trecho Sul das regiões hidrográficas atlânticas.

Região Hidrográfica do Parnaíba – No total, essa região ocupa uma área de cerca de 330 mil quilômetros quadrados, entre os estados do Ceará, do Maranhão e do Piauí. Os rios Balsas, Uruçuí-Preto, Gurguéia, Longá, Poti e Canindé são todos afluentes do Parnaíba, que em sua foz apresenta uma vazão média de 800 metros cúbicos por segundo. Ao desembocar na divisa do Piauí com o Maranhão, o rio Parnaíba forma o único delta oceânico das Américas. A piscicultura é a principal atividade econômica praticada no rio. A beleza do delta também atrai um número crescente de turistas para a região, transformada em área de proteção ambiental.

Região Hidrográfica do São Francisco – Possui uma área de quase 646 mil quilômetros quadrados e seu principal rio é o São Francisco. O Velho Chico, como é conhecido, nasce em Minas Gerais e percorre Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa desses dois últimos estados. É o maior rio totalmente brasileiro e é fundamental na economia das regiões que percorre, pois permite a atividade agrícola em suas margens e oferece condições para a irrigação artificial de áreas mais distantes, o que vem sendo discutido. Tem afluentes permanentes, como os rios Cariranha, Pardo, Grande e das Velhas, e temporários, como os rios das Rãs, Paramirim e Jacaré. Seu maior trecho navegável se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), com extensão de quase 1,4 mil quilômetros. O potencial hidrelétrico do São Francisco é aproveitado, principalmente pelas usinas de Xingó e Paulo Afonso.

Região Hidrográfica do Paraná – Concentrando quase um terço da população brasileira em uma das áreas com o maior desenvolvimento econômico do país, a região é constituída pela bacia do rio Paraná, com cerca de 880 mil quilômetros quadrados. O rio Paraná tem quase 3 mil quilômetros e nasce na junção dos rios Paranaíba e Grande, na divisa entre Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando, por exemplo, a Usina de Itaipu e a hidrelétrica de Porto Primavera, a segunda maior usina do estado de São Paulo. Os afluentes do Paraná, como o Tietê e o Paranapanema, também contam com grande potencial para a geração de energia. A hidrovia do Tietê-Paraná é a mais antiga do país.

Região Hidrográfica do Uruguai – Com cerca de 175 mil quilômetros quadrados, a região é constituída pela parte brasileira da bacia do Uruguai, rio que surge da união dos rios Peixe e Pelotas. Tem grande importância tanto pelo seu potencial hidrelétrico como pela grande concentração de atividades agroindustriais. O trecho navegável do rio Uruguai fica entre São Borja e Uruguaiana (RS).

Região Hidrográfica do Paraguai – A região é constituída pela bacia brasileira do rio Paraguai e abriga a grande planície úmida do Pantanal, patrimônio nacional desde 1988 e Reserva da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a partir de 2000. Com sua nascente em território brasileiro, na serra do Araporé, próxima a Cuiabá (MT), o rio Paraguai tem uma bacia de 1 milhão de quilômetros quadrados, um terço no Brasil e o restante na Argentina, na Bolívia e no Paraguai. É utilizado em larga escala para a navegação.

Região Hidrográfica do Tocantins/Araguaia – Ocupando 767 mil quilômetros quadrados, a região é definida pela bacia do rio Tocantins. O rio nasce em Goiás e desemboca na foz do Amazonas, mas o único trecho navegável fica entre Belém (PA) e Peixe (GO); parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitada pela Usina de Tucuruí. O rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na divisa com Goiás, e une-se ao rio Tocantins no extremo norte do estado de mesmo nome.

Políticas Públicas
Os esforços para criar políticas de gerenciamento dos recursos hídricos ganham impulso a partir da Constituição de 1988, que prevê novas leis para isso e a criação de uma agência para regulamentar o acesso e a proteção às bacias hidrográficas. Em vigor desde janeiro de 1997, a Lei de Recursos Hídricos estabelece os mecanismos e a estrutura institucional e administrativa necessários para colocar em prática uma política pública que assegure a disponibilidade de água e sua utilização racional. Para isso são criados os Comitês de Bacias Hidrográficas, que podem ser organizados pelos estados ou pela própria União. Eles funcionam como fóruns em que são discutidos os problemas relativos às bacias e são responsáveis também pela administração e pela solução dos conflitos em torno do uso da água.

Agência Nacional – A Agência Nacional de Águas (ANA) foca sua atuação em dois graves problemas do país: a poluição dos rios e a escassez de água, provocada por secas prolongadas, especialmente no Nordeste. A agência incentiva a organização de comitês de bacias hidrográficas, formados por usuários (como indústrias, fazendas agropecuárias e consumidores finais) e representantes de organizações não governamentais e do Poder Executivo, seja ele federal, estadual ou municipal. Um dos comitês, o da bacia do rio Paraíba do Sul, adota o princípio do "poluidor pagador" – quem usa a água paga por isso, e quem devolve a água poluída paga mais. É do rio Paraíba do Sul a água que abastece a capital carioca, pela transposição de suas águas para o rio Guandu. A cobrança pelo uso das águas do rio Paraíba do Sul tem início em 2003, de forma piloto. O dinheiro arrecadado será destinado à despoluição das bacias.

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ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO BRASIL


ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO BRASIL

São aquelas que ocupam os espaços existentes entre as rochas do subsolo e se movem pelo efeito da força da gravidade. Elas formam os aqüíferos, cujas reservas são estimadas em 112 trilhões de metros cúbicos em território brasileiro. Assim como os rios se dividem em bacias hidrográficas, as águas subterrâneas são classificadas em províncias – que geralmente abastecem os rios. No Brasil há dez províncias: Amazonas, Parnaíba, São Francisco, Paraná, Centro-Oeste, Costeira e as dos Escudos Setentrional, Central, Oriental e Meridional.

Aqüífero Guarani – Na província do Paraná se localiza o Aqüífero Guarani, a principal reserva subterrânea de água doce da América do Sul . O Guarani estende-se pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e por partes do território do Uruguai, do Paraguai e da Argentina. Ele pode fornecer até 43 trilhões de metros cúbicos de água por ano, o suficiente para abastecer uma população de 500 milhões de habitantes.Uma camada de rocha basáltica protege o aqüífero das contaminações do solo. No entanto, uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 2002 apontou níveis de agrotóxicos próximos aos do limite de risco para a saúde humana na região de Ribeirão Preto (SP) e em outras quatro áreas: nas nascentes do rio Araguaia, no limite setentrional do aqüífero, na região de Lajes (SC), em Alegrete (RS) e no interior do Paraná. Nessas regiões, o risco de contaminação é grande porque o aqüífero não é protegido pela rocha basáltica.

Outros Aqüíferos – Embora não haja no Brasil dados precisos sobre as características e a capacidade da maioria desses reservatórios de água subterrâneos, sabe-se que outros aqüíferos importantes são o Serra Grande, o Cabeças e o Poti-Piauí, que ocupam uma área localizada entre o Piauí e o Maranhão; o São Sebastião, na Bahia; o Açu, no Rio Grande do Norte; o Solimões e o Alter do Chão, na Amazônia; além do Bauru e do Serra Geral, no Sudeste.
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ESTADO DE SANTA CATARINA: ASPECTOS GERAIS

GEOGRAFIA – Área: 95.346,2 km². Relevo: terrenos baixos, enseadas e ilhas no litoral, planaltos a leste e a oeste e depressão no centro. Ponto mais elevado: morro da Boa Vista, na serra da Anta Gorda (1.827 m). Rios principais: Canoas, do Peixe, Itajaí-Açu, Pelotas, Peperi-Guaçu, Negro, Uruguai. Vegetação: mangues no litoral, mata de araucária no centro, campos a sudoeste e faixas da floresta a leste e a oeste. Clima: subtropical. Municípios mais populosos: Joinville (500.900), Florianópolis (449.900), Blumenau (304.350), São José (202.600), Criciúma (195.780), Chapecó (174.220), Lages (171.050), Itajaí (170.789), Jaraguá do Sul (126.661), Palhoça (125.346) (2013). Hora local: a mesma. Habitante: catarinense ou barriga-verde.

POPULAÇÃO – 6.200.000 (est. 2013). Densidade: 60,9 hab./km² (est. 2013). Cresc. dem.: 1,2% ao ano (1991-2013). Pop. urb.: 79,9% (2013).

MAPA DE SANTA CATARINA
BANDEIRA DE SANTA CATARINA
BRASÃO DE SANTA CATARINA


DESCRIÇÃO
Menor e menos populoso estado da Região Sul, Santa Catarina (SC) apresenta enseadas e muitas ilhas no litoral e planaltos a leste e a oeste. De clima subtropical, o estado tem as quatro estações bem marcadas, com verões quentes e invernos rigorosos no planalto. Santa Catarina recebe grande influência de imigrantes portugueses, alemães e italianos. O litoral e Florianópolis foram colonizados por açorianos. Na culinária, são famosos o pirão de peixe, no sul do estado, e os pratos alemães e a marrecada, no norte. Na capital, o destaque é a seqüência de camarão. A Oktoberfest, tradicional festa da cerveja de Blumenau, é a mais concorrida entre as festividades trazidas pelos colonizadores.

Turismo – As praias catarinenses, ao longo de 561 quilômetros de costa, são um dos destinos preferidos dos turistas que visitam o estado. A capital, Florianópolis, é a principal atração, seguida por Garopaba, no litoral sul, e Balneário Camboriú, ao norte. No Planalto Catarinense, região de Lages, crescem o turismo de inverno e as fazendas de turismo, que diferem dos hotéis-fazenda pela estrutura mais rústica e pela possibilidade de contato direto com tarefas realizadas nas plantações e nos currais. São Joaquim, Urupema e Urubici atraem visitantes pela ocorrência de neve.

Economia – Santa Catarina é um dos poucos estados em que a atividade industrial supera o setor de serviços no Produto Interno Bruto (PIB) local. A indústria catarinense responde por 48,5%, enquanto serviços representam 37%. A força do estado está baseada sobretudo na agroindústria, com as grandes empresas Bunge, Sadia, Seara e Chapecó.

A agropecuária, baseada em pequenas propriedades, ocupa 70% do território catarinense. No oeste, a criação de suínos e aves impulsiona a agroindústria. O estado é grande produtor de milho, arroz, trigo, cebola, pinhão, erva-mate e maçã. Florianópolis destaca-se como o maior produtor de ostras do país. Além da agroindústria, no oeste, há pólos industriais diversificados em todo o estado: cerâmica no sul; têxtil, motores e metalurgia no norte. Em torno de Joinville, no norte, estão instalados fabricantes de móveis e de material de construção. Móveis, carne de frango, porco e peru, compressores e tecidos são os principais produtos exportados por Santa Catarina, que importa máquinas e equipamentos, petroquímicos,
grãos, veículos e o algodão utilizado pela indústria têxtil.

Ciclone Catarina – A passagem de um raro ciclone no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, em março de 2004, causa estragos em 40 cidades e surpreende os meteorologistas, que subestimaram a intensidade do fenômeno. Com rajadas de vento com velocidade superior a 100 quilômetros por hora, o ciclone atinge principalmente o litoral catarinense, danificando quase 40 mil casas. Registram-se duas mortes e oito desaparecimentos. Nos dois estados, 10 mil pessoas ficam desabrigadas. A formação de ciclones extratropicais é comum na região, mas a força do Catarina chega a causar divergências entre os especialistas. Para alguns meteorologistas, trata-se de um furacão – o primeiro a ser registrado no Atlântico Sul. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), porém, o Catarina é um ciclone com características híbridas.

Índices sociais – A renda per capita catarinense é de 9.272 reais, a quinta maior do país. O estado tem uma taxa de mortalidade infantil de 18,2 em cada mil nascidos vivos e apresenta o segundo maior índice de alfabetização do país: 94,5%, atrás apenas do Distrito Federal, que é também a única unidade da federação com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) maior que o de Santa Catarina.

Capital – Florianópolis ocupa uma pequena parte do continente e toda a ilha de Santa Catarina. Com paisagens variadas de mangues, lagoas e dunas, o município abriga 101 praias. A população desfruta o mais alto IDH entre as capitais brasileiras. A riqueza de belezas naturais faz com que a cidade seja um dos principais destinos de turistas na Região Sul, atraindo também visitantes dos países vizinhos. A capital não é, porém, a mais populosa nem a mais rica cidade catarinense, posição ocupada por Joinville.

História

Diversas expedições exploram o litoral catarinense desde o início do século XVI. Em 1532, a expedição de Sebastião Caboto troca o nome da ilha dos Patos para Santa Catarina. O interior fica fora dos domínios portugueses delimitados pelo Tratado de Tordesilhas. Em 1534, o território é doado a Pero Lopes de Souza, irmão de Martim Afonso de Souza, donatário da capitania de São Vicente. Somente um século mais tarde é que começam as primeiras atividades colonizadoras, com a criação de alguns povoados, como o de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco e o de Nossa Senhora do Desterro, na ilha de Santa Catarina, futura cidade de Florianópolis. Depois de assinar o Tratado de Madri (1750), Portugal passa a incentivar a imigração açoriana, tanto para Santa Catarina como para o Rio Grande do Sul, ambos transformados em capitanias. Os colonos se fixam especialmente na faixa litorânea.

Chegada de imigrantes – Durante a Regência, a província se envolve na Revolta dos Farrapos (1835/1845), na qual liberais partidários do regime federativo e republicano se insurgem contra o governo central. No Segundo Reinado e na República Velha, Santa Catarina recebe grande quantidade de alemães, italianos e eslavos, que se estabelecem em colônias no Vale do Itajaí. Organizados em propriedades familiares pequenas e produtivas, os imigrantes lançam as bases de uma economia diversificada, que faria da agroindústria catarinense uma das mais avançadas do país. Esse progresso, porém, não ocorre sem conflitos. Na Guerra do Contestado, entre 1912 e 1916, camponeses pobres entram em violento confronto pelas terras e matas do noroeste do estado. Inicialmente, o movimento tinha inspiração religiosa, mas rapidamente adquire um sentido social de protesto contra a política agrária.

Industrialização – Da década de 1940 em diante, a modernização do país não modifica substancialmente a base econômica, social e cultural construída pelos imigrantes. Nas cidades mais próximas do litoral, como Joinville, Brusque, Blumenau e Criciúma, o artesanato familiar evolui para a moderna e diversificada atividade industrial. No interior, as
pequenas e médias propriedades familiares sustentam e expandem grande complexo madeireiro, moveleiro e agroindustrial em Lages, Rio do Sul, Joaçaba, Chapecó, Concórdia
e em outras cidades.
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SERGIPE





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BÉLGICA NA COPA DE 1982 NA ESPANHA

SELEÇÃO BELGA DA COPA DE 1982 NA ESPANHA
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CHUPINGUAIA: RONDÔNIA

VISTA AÉREA DE CHUPINGUAIA
CACHOEOIRA DE CHUPINGUAIA
CACHOEOIRA DE CHUPINGUAIA
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ESTADO DE SÃO PAULO: ASPECTOS GERAIS

MAPA DE SÃO PAULO
BANDEIRA DE SÃO PAULO

DADOS GERAIS

GEOGRAFIA – Área: 248.209,4 km². Relevo: planície litorânea estreita limitada pela serra do Mar, planaltos e depressões no resto do território. Ponto mais elevado: pedra da Mina, na serra da Mantiqueira (2.798,4 m). Rios principais: Grande, Mogi-Guaçu, Paraíba do Sul, Paraná, Paranapanema, Pardo, do Peixe, Piracicaba, Ribeira de Iguape, Tietê, Turvo. Vegetação: mangues no litoral, mata Atlântica e floresta tropical no resto do território. Clima: tropical atlântico no litoral, tropical de altitude no interior. Municípios mais populosos: São Paulo (11 milhões), Guarulhos (1.280.000), Campinas (1.120.000), São Bernardo do Campo (800.000), Osasco (720.000), Santo André (690.000), São José dosCampos (502.000.), Sorocaba (560.000), Ribeirão Preto (550.000), Santos (425.000) (2009). Hora local: a mesma. Habitante: paulista.

POPULAÇÃO – 42 milhões (est. 2009). Densidade: 162,5 hab./km² (est. 2009).

CAPITAL – São Paulo. Habitante: paulistano. População: 11.000.000 (est. 2009). Veículos: 6.000.000(2009). Jornais diários: 18 (2009).Data de fundação: 25/1/1554.

DESCRIÇÃO

São Paulo (SP) é o estado mais populoso e com o maior parque industrial, responsável por sua liderança na produção econômica do país. Marcado pela imigração, recebeu italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, judeus, sírios e libaneses que ajudaram a construir sua riqueza, sua história e seus costumes. Da mistura dos povos ibéricos com indígenas vem as maiores influências na culinária. Os índios contribuem com a farinha de milho e a de mandioca e o peixe defumado. Os europeus, com a horticultura, o pastoreio, o trigo e a galinha. Os escravos africanos deixam também sua marca, dando novos sabores, cheiros e cores à mesa paulista, como o uso da pimenta e do coco. Os pratos típicos são o virado à paulista, cuscuz paulista, pirão, farofa e a pizza, herança dos italianos.

Meio ambiente – São Paulo é o integrante da União que mais investe em meio ambiente. Com apenas 13,9% da cobertura vegetal original, o estado consegue nos últimos dez anos aumentar sua área preservada em 3,8%. É a primeira vez em quatro décadas de monitoramento da área verde que o estado registra inversão na tendência de desmatamento. A maior parte dos ganhos é na mata Atlântica, principalmente no Vale do Paraíba (no leste do estado), e no litoral, regiões em que houve maiores investimentos ambientais. O cerrado paulista, no norte e noroeste de São Paulo, continua a ser devastado. Resta menos de 1% desse ambiente que cobriu um quinto do estado e deu lugar a pastagens e canaviais. No sul do estado, um conjunto de 25 áreas litorâneas preservadas nos municípios de Iguape, Cananéia e Peruíbe é declarado, em 1999, patrimônio natural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Economia – O vigoroso parque industrial paulista, que abastece grande parte do país, é duramente afetado pelas recentes crises econômicas. A participação do estado no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que era de 37% em 1990, cai para menos de um terço em 2009. Depois do baixo crescimento econômico nos dez anos anteriores, o estado dá indícios de recuperação em 2009. Nesse ano, a indústria paulista, ao lado da amazonense, é a que mais cresce (até setembro). O bom desempenho concentra-se principalmente nos setores automobilístico, eletroeletrônico, metal-mecânico e de equipamentos de telecomunicações. As indústrias química, aeronáutica, de alimentos e de informática têm também peso importante na economia do estado. Os elevados índices de desemprego apresentam ligeiro recuo. Em outubro de 2009, a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) registram na região metropolitana de São Paulo taxa de desemprego de 12% da população economicamente ativa, quase 3 pontos percentuais abaixo da média registrada no período anterior à crise de 2008. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o emprego formal na região também melhora, com 41,8% da população ocupada trabalhando com carteira assinada em setembro de 2009 – 2,6% a mais em relação ao mesmo período da crise. Embora a região metropolitana da capital – que inclui as cidades do ABCD – ainda concentre boa parte das indústrias do estado, há grande crescimento industrial no interior a partir dos anos 1980. Uma das áreas que mais se beneficiam com essa tendência é a região de Campinas. Ali se instalam empresas de informática, telecomunicações e petroquímica que convivem com centros de pesquisa e boas universidades. Outro grande pólo industrial fica no Vale do Paraíba. A indústria é bem diversificada, produzindo desde itens de higiene até carros e aviões. Em São José dos Campos está localizada a Embraer, uma das mais importantes fábricas de jatos regionais do mundo. A agropecuária paulista, que ocupa 70% do estado, é diversificada e de bom padrão tecnológico. São Paulo detém a liderança no cultivo de cana-de-açúcar e laranja, além de ser um dos maiores produtores de grãos, café, leite, aves e ovos. O perfil econômico nas grandes cidades se modifica e o setor de serviços avança na Grande São Paulo, na Baixada Santista, no Vale do Paraíba, em Campinas e em Ribeirão Preto.

Índices sociais – O estado possui a maior cobertura elétrica do país, com 98,48% dos domicílios ligados à rede. São Paulo assiste ao aumento da violência, que chega às cidades menores. A capital paulista está entre as cinco com as mais altas taxas de homicídio por 100 mil habitantes do Brasil. O estado tem também o maior número de presos: quase 100 mil, o que corresponde a 40% da população carcerária do país. A taxa de mortalidade infantil é de 15,4 mortes por mil nascidos vivos – nos países desenvolvidos, esse índice fica entre cinco e seis mortes por mil.

Capital – A região metropolitana de São Paulo está entre as mais populosas do mundo. O transporte é caótico, há déficit de hospitais, médicos, escolas, de coleta de lixo e de habitação.

História

Em 1532, Martim Afonso de Souza funda São Vicente, a primeira vila brasileira. Esse é o início da ocupação e do povoamento do futuro estado de São Paulo e da efetiva colonização portuguesa no Brasil.

Fundação da capital – Poucos anos depois, os colonizadores sobem do litoral para o planalto e fundam outros povoados. A vila de São Paulo de Piratininga, a atual capital do estado, é fundada em 25 de janeiro de 1554 pelos padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. Os dois chegam ao planalto graças ao português João Ramalho, que vivia na região desde antes da fundação de São Vicente e era casado com Bartira, filha do chefe indígena Tibiriçá. A pequena cabana construída inicialmente deu origem a um colégio, e, em torno da escola, cresce o novo povoado. Nessa época, o progresso econômico é pequeno. A vila fica distante do litoral e não produz nada que seja importante para a metrópole.

Primeiras bandeiras – A produção e a exportação de açúcar não têm grande desenvolvimento, mas crescem outros cultivos, como o de trigo, mandioca e milho, além da criação de gado. Todas essas atividades são de subsistência local ou voltadas para o mercado colonial. A marca dominante de São Paulo é espalhar a colonização. Nas primeiras décadas do século XVII, os paulistas começam a organizar as bandeiras, que avançam pelo sertão em busca de mão-de-obra indígena e de minas de ouro. Na última década desse século, os bandeirantes descobrem ouro na região de Minas Gerais. Após os choques com os emboabas (portugueses e brasileiros que não nasceram em São Paulo) pelo direito de acesso às minas, os paulistas vão para o Centro-Oeste e, na década de 1720 e na de 1730, encontram minas de ouro em Goiás e em Mato Grosso. Essa intensa atividade dos bandeirantes contribui para a expansão territorial da colônia, mas não favorece diretamente a capitania de São Paulo, que atravessa longo período de estagnação econômica.

Expansão cafeeira – A província só passa para o primeiro plano da vida nacional com a rápida expansão cafeeira, na segunda metade do século XIX. Vindo do estado do Rio de Janeiro, o café é cultivado no Vale do Paraíba e em outras regiões do interior paulista. A mão-de-obra escrava é substituída por milhares de imigrantes portugueses, italianos, espanhóis, eslavos e japoneses. Exportado para a Europa e para os Estados Unidos pelo Porto de Santos, o produto impulsiona também a construção de ferrovias. A riqueza proveniente dos cafezais e de uma incipiente indústria sustenta a liderança paulista no movimento republicano e na República, em seu primeiro período. Mas a opção pela defesa do café na ocasião da quebra da Bolsa de Nova York provoca o rompimento dos acordos entre as oligarquias tradicionais, especialmente o da política do café-com-leite entre São Paulo e Minas Gerais, e acaba por levar à Revolução de 1930.

Desenvolvimento industrial – O estado de São Paulo tenta reagir ao centralismo da Era Vargas, na Revolução Constitucionalista de 1932, mas é derrotado. Mantém-se, porém, como pólo econômico de maior potencial do país. Torna-se a vanguarda da industrialização e da modernização brasileira. Paralelamente à expansão da agricultura (café, cana-de-açúcar, soja, milho, feijão, trigo, banana, laranja), o estado tem extraordinário desenvolvimento industrial. Crescem a indústria de transformação (aço, cimento, máquinas e componentes) e, principalmente, a de bens de consumo não duráveis (tecidos, alimentos, remédios, higiene e limpeza) e duráveis (automóveis e eletrodomésticos). Com a concentração do grande fluxo de investimentos das multinacionais norte-americanas e européias, o estado de São Paulo atrai intensas correntes migratórias vindas especialmente da Região Nordeste do país. A população aumenta consideravelmente, e sua força econômica é consolidada. Graças a seu vigor industrial, o estado tem a maior participação no PIB nacional. Mas, desde o início da década de 1990, vem se reduzindo a intensidade do desenvolvimento industrial paulista. São Paulo perde investimentos, seja por causa da saturação de algumas áreas, como a região metropolitana da capital, seja pela melhor oferta de crédito e pela agressiva política de incentivos fiscais feita pelos demais estados.

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ESTADO DE SERGIPE: ASPECTOS GERAIS

MAPA DO ESTADO DE SERGIPE
BANDEIRA DE SERGIPE

SERGIPE
GEOGRAFIA – Área: 21.910,3 km². Relevo: planície litorânea com várzeas e depressão na maior parte do território. Ponto mais elevado: serra Negra (742 m). Rios principais: Jarapatuba, Piauí, Real, São Francisco, Sergipe, Vaza-Barris. Vegetação: mangues no litoral, faixa de floresta tropical e caatinga na maior parte do território. Clima: tropical atlântico no litoral e semi-árido. Municípios mais populosos: Aracaju (600.000), Nossa Senhora do Socorro (200.000), Lagarto (100.000), Itabaiana (95.000), São Cristóvão (78.000), Estância (70.000), Tobias Barreto (51.000), Simão Dias (43.000), Itabaianinha (40.000), Poço Redondo (31.000) (2010). Hora local: a mesma. Habitante: sergipano.
POPULAÇÃO – 2.100.000 (est. 2010). Densidade: 88,9 hab./km² (est. 2010). Cresc. dem.: 1,2% ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 73,4% (2010).

DESCRIÇÃO
Menor estado brasileiro em área, Sergipe (SE) situa-se na Região Nordeste, entre a Bahia e Alagoas. O clima tropical é úmido na Zona da Mata e semi-árido na região do agreste. O acervo arquitetônico da época colonial mantém-se conservado nos municípios de São Cristóvão, a primeira capital do estado, tombada como patrimônio nacional, e de Laranjeiras, um dos maiores centros produtores de açúcar daquele período. Na culinária predominam pratos à base de peixes e crustáceos, entre os quais a moqueca de pitu, a caranguejada e o surubim na brasa. Destacam-se também os doces, como o de jenipapo. No interior do estado é famosa a paçoca, carne-seca desfiada e socada com farinha de mandioca.

Economia – A economia sergipana, que durante séculos se baseou no cultivo da cana-de-açúcar, começa a se diversificar a partir dos anos 1990. Apoiado em incentivos fiscais e na maior exploração de seu potencial energético – gerado pela usina de Xingó e pela exploração de petróleo e gás natural –, Sergipe aumenta sua produção industrial, cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB) estadual já supera o setor de serviços. Em 2002, a agropecuária responde por 6,6% da economia do estado; a indústria, por 51,6%; e o setor de comércio e serviços, por 41,9%. Os principais setores da indústria sergipana são o têxtil, o de cimento, o de calçados, o de fertilizantes, o da construção civil e o petroquímico. O suco de laranja é responsável por cerca de metade das exportações do estado. A extração de potássio e sal marinho também tem peso importante na economia.

Índices sociais – Sergipe é um dos estado nordestino cuja população mais aumenta entre 1991 e 2009, com crescimento médio de 1,3% ao ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Menos da metade dos habitantes tem acesso à rede de esgoto, 40% não contam com serviço de coleta de lixo e 35% não são abastecidos de água encanada. Um dos reflexos do déficit de saneamento é a alta taxa de mortalidade infantil, que chega a 32,3 em cada mil nascidos vivos.

Capital – Fundada em 1855, Aracaju situa-se na margem esquerda do rio Sergipe. A cidade foi a primeira capital planejada por um brasileiro construída no país. Com o formato de um tabuleiro de xadrez, foi projetada pelo engenheiro Sebastião Basílio Pirro, por volta de 1850.

História
Como ocorre nos demais estados nordestinos, o litoral de Sergipe também foi freqüentado por corsários franceses interessados no escambo de pau-brasil com os índios. Entre o fim do século XVI e as primeiras décadas do século XVII, a atuação dos missionários e de algumas expedições militares afasta os franceses e vence a resistência indígena. A ocupação sistemática de Sergipe pelos portugueses tem início por volta de 1590. O desbravador Cristóvão de Barros, reunindo alguns milhares de homens, inicia o combate aos índios. Nascem os primeiros povoados, como o arraial de São Cristóvão, e os engenhos de açúcar. O engenho mais antigo é o de Santa Luzia, de 1592. Como as terras litorâneas são pouco adequadas à plantação de açúcar, surgem as primeiras criações de gado. Sergipe torna-se, então, fornecedor de animais de tração e de couro para a Bahia e Pernambuco. Nessa época, passa a ser capitania independente, com o nome de Sergipe d’El Rey. Durante as invasões holandesas, sofre com a devastação econômica e volta a subordinar-se à capitania da Bahia. Em 1823, depois da independência, Sergipe recupera a autonomia como província do Império. Mas o progresso é pequeno, com exceção de um breve surto algodoeiro na segunda metade do século XIX. No primeiro período republicano, há um aumento da participação na exportação de tecido para atender à demanda provocada pela I Guerra Mundial. Setores das classes médias urbanas são as únicas forças a enfrentar a oligarquia local, como ocorre nas Revoltas Tenentistas da década de 1920. A modernização econômica é pequena, e os indicadores sociais continuam próximos aos dos demais estados nordestinos.
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COLORADO DO OESTE - RO

O município está situado na porção sul do Estado de Rondônia, entre as coordenadas geográficas de 13º sul e 60º oeste. Possui área física de 1.451,06 Km² tendo como vizinhos, ao norte Vilhena; ao sul Cabixi; ao oeste Cerejeiras, ao Noroeste Corumbiara e ao Leste o Estado de Mato Grasso.

Com o fluxo migratório em grande escala para o Território Federal de Rondônia, no início da decada de setenta, migrantes originários da região sul do país ocuparam desordenadamente a região entre a cidade de Vilhena e o Rio Guaporé, obrigando o INCRA/RO a implantar, em 1975, o Projeto Integrado de Colonização Colorado, depois denominado Paulo Assis Ribeiro (PIC-PAR) e que teve sua sede estabelecida no núcleo de apoio rural que deu origem a cidade de Colorado do Oeste. A sede administrativa do Projeto transformou-se em pólo comercial com grande raio de influência e importância econômica, sendo o centro de comercialização e abastecimento das propriedades agropastoris de uma vasta área rural. Pelo desenvolvimento sócio-econômico alcançado, foi elevado em 1981 à categoria de município, com área desmembrada do município de Vilhena, recebendo em seu nome o acréscimo da expressão “do Oeste”, devido à existência de outros dois municípios com nome idêntico, um no Estado do Rio Grande do Sul e outro no Estado do Paraná. A denominação veio do nome Rio Colorado ou Vermelho, de águas barrentas causadas pela terra roxa da região e que é o principal rio da micro bacia local.

Segundo a nomenclatura de relevo estabelecida por Jurandir L. Ross (1998), as terras do município situam-se sobre duas unidades de relevo: o Planalto dos Parecis, onde é possível encontrar basaltos e diabásios intercalados com arenitos e outros tipos de rochas, formando patamar rebaixado limitado por escarpas estruturais e a Depressão do Guaporé, onde os processos de erosão truncaram indistintamente, litologias do Pré-cambriano ao Carbonífero.

Na área do município e seus vizinhos são encontrados os solos mais férteis de todo o Estado, o solo de terra roxa, provenientes da decomposição basáltica, o que torna a região de alto poder agricultável.

O clima da região é o AW (equatorial) quente e úmido com estiagem durante os meses junho, julho e agosto. Apresenta temperaturas médias anuais de 24ºC e máximas de 36ºC.

Segundo o IBGE a região apresenta uma população absoluta de 17.644 habitantes , em sua maioria oriunda da região sul do país e que levaram para a região seu modo de vida e produção do espaço geográfico. Dessa população 28,07% encontra-se no limite do índice da pobreza, apesar de o IBGE apresentar para o município um PIB per capta de R$ 7. 784,00 (2006). Tal disparidade se dá em virtude da elevada concentração de renda tornado-a má distribuída. A partir dessa análise o município é considerado pobre.

Colorado do Oeste tem economia baseada no setor de serviços e atividades agropecuárias, merecendo destaque para pequenas e médias propriedades. Conforme o Censo Agropecuário 2006 (IBGE), existem no município 1.608 propriedades, em sua maioria no padrão 100 ou 50 hectares ocupando um total de 128.090 hectares.

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ESTADO DE GOIÁS: ASPECTOS GERAIS

MAPA DE GOIÁS
BANDEIRA DE GOIÁS
 


GOIÁS
GEOGRAFIA – Área: 340.086,7 km². Relevo: planalto, chapadas e serras na maior parte e depressão a norte. Ponto mais elevado: chapada dos Veadeiros (1.691 m). Rios principais: Aporé, Araguaia, Claro, Corumbá, dos Bois, Paranã, Paranaíba, Maranhão, São Marcos. Vegetação: cerrado com faixas de floresta tropical. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Goiânia (1.300.000), Aparecida de Goiânia (450.000), Anápolis (350.000), Luziânia (200.000), Águas Lindas de Goiás (160.000), Rio Verde (150.000), Valparaíso de Goiás (130.000), Trindade (105.000), Planaltina (100.000), Novo Gama (95.000) (2009). Hora local: a mesma. Habitante: goiano. 

POPULAÇÃO – 6.100.000 (est. 2009). Densidade: 17,2 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 2, % ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 89,9% (2009). 

DESCRIÇÃO
Goiás (GO) é o mais central dos estados brasileiros e o mais populoso do Centro-Oeste. Tem relevo marcado por amplos planaltos e chapadões, e a vegetação predominante é o cerrado. Sua fauna e flora permanecem razoavelmente resguardadas. No extremo nordeste do estado, o Distrito Espeleológico de São Domingos revela os maiores conjuntos de cavernas da América do Sul, como a de São Mateus, com 20,5 mil metros de extensão. Nas imediações fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com cânions, vales, saltos e cachoeiras.

Turismo – A cidade de Caldas Novas e a vizinha Rio Quente formam a mais importante estância hidrotermal do país e o principal pólo turístico goiano. Abastecidas pelas águas quentes que afloram do subsolo, as piscinas chegam a atingir a temperatura de 37 °C. Em 2001, no entanto, o turismo de Goiás é afetado por algumas catástrofes. Na virada do ano, a cidade de Goiás, antiga capital do estado, sofre a maior enchente de sua história, menos de um mês após ser oficializada como patrimônio histórico da humanidade. As chuvas praticamente destroem o centro histórico, formado por sobrados coloniais e igrejas de arquitetura barroca. Até a casa da escritora Cora Coralina, um dos endereços mais famosos de Goiás, é alagada e tem a estrutura comprometida. Parte do acervo do museu ali instalado é destruída. A reconstrução começa na mesma semana. Durante o ano de 2002, grande parte do casario é recuperada. Símbolo do apogeu do ciclo do ouro, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis (a 100 quilômetros de Goiânia), é destruída por um incêndio em setembro de 2002. Apenas as paredes externas e duas torres ficam de pé. Construída por bandeirantes, entre 1728 e 1738, a paróquia é a mais antiga do estado e um dos últimos prédios com a estrutura inteira de taipa de pilão (barro e cascalho socados). Havia sido tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1941.

Economia – Com extensas áreas de pastagem e de plantação, Goiás apresenta enorme concentração de terra. As grandes propriedades rurais (com mais de mil hectares) representam menos de 5% dos estabelecimentos agrários, mas ocupam quase metade do território goiano. Com a economia baseada na agroindústria, Goiás é o quarto maior produtor de soja e milho do país e o segundo de algodão. A produção de carne e grãos impulsiona as exportações goianas. As vendas para o mercado externo saltam de 649,1 milhões de reais em 2003 para 3.2 bilhões de reais em 2009. Conciliar a expansão da agroindústria com a preservação do cerrado é um dos principais desafios do estado. Em 1995 a indústria respondia por 26% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás. Em 2009, o índice atinge 35,6%. Esse crescimento se deve, além da expansão da agroindústria, à diversificação. Por meio de incentivos fiscais e formação de clusters (aglomerações de empresas do mesmo ramo para benefício mútuo), Goiás tem atraído investimentos em metalurgia, mineração e nos setores automobilístico, químico e farmacêutico, o que vem mudando seu perfil econômico.

Índices sociais – Goiás tem a menor renda per capita do Centro-Oeste e o mais baixo índice de alfabetização da região. A rede de esgoto alcança pouco mais de um terço dos domicílios. Mas a mortalidade infantil é de 20,7 por mil nascidos vivos, inferior à taxa do estado de Minas Gerais, no Sudeste. Goiânia, a capital, concentra 1 milhão de habitantes e as principais indústrias de transformação do estado. Anápolis, onde há um pólo farmacêutico, é a mais importante cidade do interior.

História
As primeiras notícias da região vêm de expedições enviadas ao interior da colônia e das andanças dos bandeirantes no século XVI. Nos primeiros anos do século XVII, as bandeiras paulistas eram escassas e bem espaçadas. Elas se tornam mais freqüentes a partir de 1650 e atingem o auge no início do século seguinte. Essas bandeiras capturavam índios para abastecer o mercado de trabalho colonial, mas seu principal objetivo era a descoberta de ouro e de pedras preciosas. A Guerra dos Emboabas afasta os paulistas de Minas Gerais e os lança à procura de ouro no interior de Goiás. Eles partem de São Paulo rumo ao noroeste pelas trilhas dos índios, o caminho dos goiases. O ouro é encontrado com fartura em rios, córregos e encostas de Goiás e Mato Grosso por volta de 1720. O bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, o segundo Anhangüera, funda o primeiro povoado goiano, o Arraial da Barra, na confluência dos rios Vermelho e Bugre. Nas décadas seguintes, milhares de aventureiros, mineradores e comerciantes são atraídos para as lavras. Os arraiais transformam-se em vilas, e Goiás torna-se capitania independente em 1748. O nome da sede, antes Vila Boa, muda para Goiás, tradicionalmente chamada de Goiás Velho. No fim do século XVIII, a capitania responde por cerca de 20% da produção de ouro da colônia, o que representa uma média anual de 500 arrobas (entre 6 e 7,5 toneladas). Com o esgotamento das jazidas, no início do século XIX, a economia goiana volta-se para a agropecuária de subsistência.

Investimentos – No fim do século XIX, o estado volta a receber migrantes de outras regiões. Entre 1890 e 1920, a população dobra e ultrapassa meio milhão de habitantes. A agropecuária amplia-se, principalmente com a criação de gado e com as plantações de arroz e café. A Revolução de 1930 provoca importantes transformações no estado, como a construção da cidade planejada de Goiânia, que em 1942 passa a ser a capital. A construção de Brasília, em 1960, em um quadrilátero cedido por Goiás ao Distrito Federal, contribui para o desenvolvimento da região, que recebe mais investimentos em infra-estrutura. O estado torna-se grande produtor nacional de cana-de-açúcar, soja, algodão, arroz, carne e leite. Em 1988, Goiás é dividido, e sua porção norte passa a constituir o estado do Tocantins. O objetivo é estimular o desenvolvimento na Região Norte, onde estão as maiores carências sociais e as principais disputas pela posse de terras provocadas pela concentração da propriedade fundiária.

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PODER EXECUTIVO NO BRASIL



PODER EXECUTIVO NO BRASIL

A Constituição brasileira de 1988 estabelece que o Brasil é uma República Federativa de caráter presidencialista. O sistema político baseia-se na atuação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nas esferas estadual, municipal e federal. Os três poderes possuem atribuições específicas e são independentes entre si. No regime presidencialista, o presidente é ao mesmo tempo chefe de Estado e de governo – isso significa que, além de representar o país diante de outras nações, ele administra a União com o auxílio dos ministros. O presidente tem um mandato de quatro anos e pode se reeleger uma vez. Cabe a ele conduzir a política econômica, aplicar as leis, vetar total ou parcialmente os projetos de lei e editar medidas provisórias. Também são suas responsabilidades: Submeter anualmente ao Congresso o plano plurianual e o projeto de lei que diz como o orçamento vai ser gasto naquele ano. Nomear e afastar do cargo os ministros de Estado e indicar os substitutos dos ministros do Supremo Tribunal Federal

e dos tribunais superiores em caso de morte ou aposentadoria, o procurador-geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e o advogado-geral da União.Comandar a política externa do país, celebrando tratados e, como chefe supremo das Forças Armadas, declarar guerra (se autorizado pelo Congresso Nacional), estado de sítio e de defesa.Quando o presidente viaja para o exterior ou fica impedido de governar, o vice o substitui. Caso esse esteja impedido, assumem o cargo o presidente da Câmara, o do Senado ou o do Supremo Tribunal Federal, nessa ordem.

A estrutura político-administrativa estadual e municipal não é muito diferente da federal. Nos 26 estados e no Distrito Federal, o Poder Executivo é exercido pelo governador (auxiliado pelos secretários estaduais) e regido pelas Constituições estaduais. No plano municipal, os municípios são administrados por prefeitos com o auxílio dos secretários municipais. O mandato de prefeitos e governadores tem duração de quatro anos e é permitida uma reeleição. A Constituição garante a separação entre as esferas federal, estadual e municipal de governo e a autonomia de cada uma delas. Mas elas se misturam, especialmente por causa da distribuição dos recursos públicos. Parte das verbas dos municípios vem da União e dos governos estaduais. Uma das principais fontes de recursos das prefeituras mais pobres é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que distribui verbas às cidades com maior dificuldade de arrecadação. O governo federal também é responsável por boa parcela do dinheiro de que os governadores podem dispor para gastar em seu estado. Como prefeitos e governadores têm autonomia para emprestar dinheiro para obras e investimentos, muitos acabam endividando o município e o estado e praticamente inviabilizam a administração de seu sucessor.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: ASPECTOS GERAIS

MAPA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
BANDEIRA

ESPIRITO SANTO

GEOGRAFIA – Área: 46.077,5 km². Relevo: baixada litorânea (40% do território) e serras (interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.891,9 m). Rios principais: Doce, Itapemirim, Itaúnas, Jucu, São Mateus. Vegetação: floresta tropical, vegetação litorânea. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Vila Velha (410.000), Serra (400.000), Cariacica (380.000), Vitória (340.000), Cachoeiro de Itapemirim (215.000), Linhares (130.000), Colatina (120.000), Guarapari (115.000), São Mateus (105.000), Aracruz (80.000) (2009). Hora local: a mesma. Habitante: capixaba.

POPULAÇÃO – 3.600.000 (est. 2009). Densidade: 74,7 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 1.5% ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 82,5% (2009).

DESCRIÇÃO

O litoral do Espírito Santo (ES) apresenta paisagens recortadas por serras e morros, características do Sul e do Sudeste, e regiões planas, com dunas e palmeiras, típicas do Nordeste do país. A capital, Vitória, fica em uma ilha costeira. Pouco mais ao sul está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas grandes dunas.É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba, feita com tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, com 2.891,9 metros, o terceiro ponto mais alto do Brasil, fica na divisa com Minas Gerais.

Economia – O estado tem aumentado sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Mas, com uma base industrial modesta, essa participação ainda é pequena, de 1,8% em 2009. O comércio é a principal atividade econômica do Espírito Santo, que está entre os sete primeiros estados exportadores do país. A capital do estado abriga o porto de Vitória – o segundo mais importante do Brasil, responsável por 16% dos embarques do país – e o de Tubarão.Entre os produtos locais de exportação destacam-se celulose, café e granito. De Minas Gerais são escoados minério de ferro, veículos e aço. Do Centro-Oeste, produtos agrícolas. Entram pelo Espírito Santo automóveis, grãos, máquinas agrícolas e carvão siderúrgico. Com a descoberta de grandes reservas petrolíferas a partir de 2002, o estado passa da sexta para a segunda posição entre os detentores das maiores reservas do país. A indústria, apoiada principalmente no aumento contínuo da extração de petróleo e gás natural, é a que mais cresce em 2008 e 2009. Na agricultura, o destaque são as lavouras de café, cuja produção só é menor que a de Minas Gerais. Nas áreas litorâneas plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá e limão, enquanto nas montanhas são cultivados morango e uva. O estado possui a segunda maior fábrica de chocolates do país, a Garoto, com sede em Vila Velha. Em 2004, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) veta a compra da empresa pela multinacional Nestlé, que já vinha controlando sua produção desde 2002. O Cade determina que a Garoto seja vendida novamente, sob protestos da Nestlé, que decide recorrer judicialmente. O governo estadual teme pelo destino dos 3 mil funcionários da empresa e por impactos negativos na economia da cidade.

Índices sociais – A renda per capita do Espírito Santo é idêntica à média nacional: 9.000 reais. Embora seja o estado menos desenvolvido da Região Sudeste, apresenta indicadores sociais superiores aos demais. A taxa de mortalidade infantil é de 20,9 para cada mil nascidos vivos. Mais de 80% da população tem acesso à água, ao passo que um terço não possui serviços de coleta de esgoto. Dados do Ministério da Justiça indicam que o Espírito Santo apresenta taxa de homicídios de 57,1 por mil habitantes, a maior do país.

Capital – Ao mesmo tempo que Vitória tem um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais do país, apresenta também uma das maiores taxas de homicídio do Brasil. Segundo especialistas, é o resultado do desemprego, do crescimento desordenado, do tráfico de drogas e das desigualdades sociais.

História

Criada em 1534, a capitania do Espírito Santo começa a ser ocupada no ano seguinte. Seu donatário, Vasco Fernandes Coutinho, constrói os primeiros engenhos, transformando a produção e a exportação de açúcar na principal atividade econômica da capitania. A vida nos engenhos e povoados, no entanto, é prejudicada pela constante presença de corsários franceses e pela hostilidade dos índios goitacás e aimorés. Para melhor resistir a essa situação, a sede da capitania, Vila Velha, é abandonada, e uma nova é construída na ilha de Santo Antônio, com o nome de Vila Nova, atual Vitória. A mudança para a ilha não resolve o problema dos ataques indígenas. A situação só melhora com a ida do primeiro contingente de jesuítas, para a catequização dos índios, em 1551.

Anchieta – O padre José de Anchieta, que faria o trabalho mais cuidadoso nesse sentido, chega em 1552. A luta contra os franceses prossegue ao longo do litoral, até o Rio de Janeiro. Um índio da região, Araribóia, chefe dos temiminós, amigo dos portugueses e da família do governador-geral Mem de Sá, desempenha papel importante nessa disputa. Ele se desloca com as tropas portuguesas até o Rio de Janeiro, onde luta contra os franceses liderados por Nicolau Durand de Villegaignon. No século XVII e no XVIII, a capitania vive o declínio da economia canavieira. Enfrenta outras guerras, contra os holandeses, de 1625 a 1640. Na segunda metade do século XVII, cresce a busca de ouro. O governador Gil de Araújo envia, a partir de 1676, 14 expedições à serra das Esmeraldas, rio Doce acima. As tentativas fracassam, pois a pequena quantidade de ouro encontrada não é suficiente para apontar uma alternativa econômica para a região. O crescimento da mineração de ouro e diamante em Minas Gerais também contribui para essa retração.

Expansão cafeeira – O Espírito Santo começa a se recuperar apenas durante o Império, com a expansão da lavoura cafeeira e com o incremento da imigração européia. Italianos, alemães, portugueses, holandeses e suíços instalam-se nas colônias e nas vilas do interior. No início da República, o café chega a representar mais de 90% da receita do estado e possibilita investimentos em infra-estrutura na capital e nas principais cidades. Nessa época, o porto de Vitória torna-se um dos mais importantes do Brasil. Com a economia baseada na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 1960, o Espírito Santo se beneficia, a partir dos anos 1970, da instalação de grandes projetos industriais, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica de Tubarão, depois privatizadas.


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DISTRITO FEDERAL : ASPECTOS GERAIS

MAPA DO DISTRITO FEDERAL
BANDEIRA DO DISTRITO FEDERAL

DISTRITO FEDERAL

GEOGRAFIA – Área: 5.801,9 km². Relevo: planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico do Roncador, na serra do Sobradinho (1.341 m). Rios principais: Descoberto, Paranoá, Preto, São Bartolomeu. Vegetação: cerrado. Clima: tropical. Município mais populoso: Brasília (2.500.000) (2009). Hora local: a mesma. Habitante: brasiliense.

POPULAÇÃO – 2.500.000 (est. 2009). Densidade: 400,3 hab./km² (est. 2009). Cresc. dem.: 2, % ao ano (1991-2009). Pop. urb.: 98,6% (2009).

DESCRIÇÃO

No Distrito Federal (DF) localiza-se Brasília, a capital do país e o centro do poder político da União. Dividido em 19 regiões administrativas, com cidades-satélites no entorno da capital, o Distrito Federal está encravado no estado de Goiás, no Planalto Central, a uma altitude média de 1,1 mil metros. Brasília abriga as sedes do Executivo federal (Palácio do Planalto) e do Poder Legislativo (Congresso Nacional, composto de Câmara dos Deputados e Senado Federal). Na capital ficam também as mais altas cortes judiciais do país, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), além dos ministérios, dos órgãos públicos e das embaixadas.Cidade projetada pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e inaugurada em 1960, Brasília tem a forma de um avião, com duas asas unidas por um eixo central.

Economia – O setor de serviços responde por mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal, com quase dois terços dos recursos vindos da administração pública. A agropecuária, com menos de 1%, e a indústria, com cerca de 6%, têm a menor participação no PIB entre todas as unidades da Federação. Na indústria, destacam-se a da construção civil, a de transformação e a gráfica. A força do setor de serviços é ilustrada pelo fato de que a região, com apenas 5.801 quilômetros quadrados, mantém 291 agências bancárias. Esse número supera o de 15 estados brasileiros, sendo, por exemplo, o dobro do existente em Sergipe e nove vezes maior que o do Acre. Os medicamentos respondem por mais da metade das importações feitas pelo Distrito Federal. O motivo são as compras feitas pelo Ministério da Saúde para distribuição em todo o país. Drogas do coquetel anti-aids e vacinas, como as de prevenção de paralisia infantil e da hepatite, representam boa parte dos produtos trazidos do exterior. Por isso, o Distrito Federal apresenta déficit anual de mais de 500 milhões de dólares. Os investimentos do governo federal em tecnologia da informação e a chegada de grandes grupos de telecomunicações estimulam o surgimento de um pólo de informática com mais de mil empresas em Brasília. Conhecida como cidade movida pelo funcionalismo público, a capital federal passa por transformações nos últimos anos, e, atualmente, o setor privado contrata mais funcionários que o governo.

Índices sociais – Após a explosão demográfica verificada em 1960 e 1970, o crescimento populacional do Distrito Federal decai nos últimos anos. Mesmo assim, na década de 1990, a população salta de 1,6 milhão para 2 milhões de habitantes, o que representa um crescimento de 2,8%, superado apenas pelos estados da Região Norte. O Distrito Federal ostenta o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e os melhores indicadores do país: cerca de 90% das casas com rede de esgoto, 96% com coleta de lixo e 89% com rede de água. Na área educacional, registra os melhores índices de escolaridade, com taxa de alfabetização de quase 95%. O peso do governo federal no PIB local contribui para que o Distrito Federal tenha também a maior renda per capita do Brasil. A concentração de renda, porém, é grande. O rendimento mensal do 1% mais rico atinge 40,7 mil reais, o maior do país. O Distrito Federal lidera ainda em número de telefones celulares por habitante: quase 90% da população possui um aparelho móvel. Por outro lado, o crescimento desenfreado tem gerado problemas de urbanização nas cidades-satélites, com aumento da criminalidade, redução da qualidade de vida e do transporte, desemprego e processo de formação de favelas.

Capital – Brasília é a principal atração do Distrito Federal. Em 1987, é declarada patrimônio cultural da humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em razão de seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX para ser uma capital.Brasília recebe constante afluxo de pessoas de todos os estados brasileiros e de outras nações. Atrai também místicos: muitos construíram, nas imediações da cidade, templos de diversas religiões. Essa diversidade cultural, que permite o encontro com estrangeiros de vários países, os mais diferentes sotaques, costumes e comidas típicas, é uma característica brasiliense marcante.Depois de fechado ao público por sete anos, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, é reaberto em 2002 para visitação.

História

A idéia da transferência da capital do país para o interior é antiga. Os participantes da Conjuração Mineira, em 1789, acalentavam esse sonho. Logo após a independência, José Bonifácio apresenta à Assembléia Constituinte uma proposta de transferência da capital do Império do Rio de Janeiro para o interior do país. Uma capital com essa localização garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e abriria novas frentes de desenvolvimento, além de ser menos vulnerável a ataques externos. Em 1877, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, defensor do projeto, viaja para o Planalto Central e indica a região ao ministro da Agricultura, Tomás Coelho. A idéia é incorporada pela Constituição republicana de 1891. No ano seguinte, o lugar para o novo Distrito Federal é demarcado. Em 1954, um trecho dessa área é escolhido para sediar a capital.Trinta mil operários constroem Brasília em 41 meses, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek. Com projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital é inaugurada em 21 de abril de 1960, data escolhida em homenagem a Tiradentes. No ano de fundação, a cidade já conta com 150 mil habitantes. No Plano Piloto, moram funcionários públicos. Nas cidades-satélites, estão os candangos – como são chamados os operários migrantes, a maioria nordestinos, que trabalharam na construção da capital.A população aumenta rapidamente à medida que a estrutura político-administrativa do governo federal se transfere para lá. Em 30 anos, o Distrito Federal alcança 1,6 milhão de habitantes, uma das mais altas taxas de crescimento demográfico do país. Em 1988, com a nova Constituição, ganha plena autonomia e passa a eleger seu governador e seus parlamentares.

Regiões administrativas – O Distrito Federal constitui uma unidade atípica na federação: não é um estado nem possui municípios. Consiste em um território autônomo, dividido em regiões administrativas. Exceto Brasília, capital federal e sede do governo do Distrito Federal, as demais regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites, com certa autonomia administrativa. Em 1961 criam-se as primeiras subprefeituras: Planaltina, Taguatinga, Sobradinho, Gama, Paranoá, Brazlândia e Núcleo Bandeirante. Em 1964 são substituídas por regiões administrativas. Surgem mais quatro dessas unidades em 1989: Ceilândia, Guará, Cruzeiro e Samambaia. Em 1993, acrescentam-se outras quatro: Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo. As três últimas regiões administrativas são criadas em 1994: Lago Sul, Lago Norte e Candangolândia.


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